Saving The World escrita por Writer


Capítulo 7
O Sol sempre nasce antes da chuva cair


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoa lindas e meigas do meu coração! -é acordei feliz hoje, rs.

Sobre o título, explico que pensei nele assim como quando escrevi o capítulo. Um pequenino momento de normalidade (se é que podemos chama-lo assim) antes de um pouco mais de ação começar.

Aviso também que o Superman pode estar meio diferente daquela pose heroica dele, mas é só pra expressar o modo como ele se sente tão a vontade perto dela, que até baixa a guarda.

Sem mais demoras...o capítulo!



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Enquanto eu sorria de orelha a orelha, ele me olhava curioso. Talvez não entendendo o motivo da minha felicidade, mas que se dane! Batman poderia considerar isso um comportamento que desse motivo à desconfiança, mas ele não. Superman acreditava em tudo e em todos, e sempre procurava antes ajudar as pessoas, para depois partir para a luta.

–Seu nome é Catrina, não? –ele perguntou olhando para minha ficha médica.

–Sim. –respondi ainda meio aérea.

–E vejo que não colocou seu sobrenome, tem medo de alguém descobri-lo?

–Não...


–Bruce Wayne...-brinquei com o nome em meus lábios, ele parecia ter um gosto tão bom- Wayne...Sobrenome incomum, mas tão... belo.



Olhei para ele e sorri:


–Digno do dono.

Ele sorriu em resposta:

–E o que você acharia de possuí-lo também? –ele perguntou e o encarei surpresa.

–Você não quer dizer...?

–Sim. –ele riu de um jeito charmoso e então abriu uma pequenina caixa de veludo negro e se ajoelhou a minha frente.

–Catrina, quer se casar comigo?


–Hu-hum...-ele pigarreou e acordei de meus devaneios.



–Eu tinha um... Há muito tempo, mas acredito que não possa ostenta-lo de novo.


–Ah, entendo...eu acho. –ele deu um sorrisinho e fez cara de desconfiado.

–Hey! Eu não era uma ladra de bancos ou qualquer coisa assim! –disse indignada.

–Mas eu não disse nada! –ele se defendeu.

–E nem precisou! Essa sua cara...

Ele abaixou as mãos, rendido:

–Tudo bem, tudo bem. Retiro quaisquer acusações que eu tenha feito mesmo sem ter a intenção.

–Se isso é um desculpe...-disse cruzando os braços e fazendo pose de esnobe- Desculpas aceitas!

Ele riu e um sorriso brincou em meus lábios ao ouvir aquela risada. Era um som tão familiar e tão bom:

–Mas me diga senhorita sem sobrenome, você está se sentindo melhor?-ele perguntou.

–Sim...mas o que aconteceu? –perguntei confusa.

Ele passou a mão nos cabelos:

–Esperava que você pudesse me responder isso. Encontrei-te desmaiada no corredor de ligação entre a Central e os dormitórios masculinos.

Minhas bochechas coraram:

–E-eu não ia bisbilhotar ninguém! –gaguejei.

–Mas isso nem tinha passado pela minha cabeça...Mas já que você disse...

–Eu disse que não ia bisbilhotar! Eu estava indo atrás de um cara para pedir desculpas...

–Desculpas? Fez o que de errado?

–Vichi...acho que só to me complicando, né?

Ele riu:

–Vamos dizer apenas que você esta começando de uma maneira incomum aqui.

–E quem começa de maneira comum aqui?! – falei gesticulando com as mãos como se indicasse o meu redor- Ainda estamos na Torre da Liga, local onde meta-humanos, alienígenas e outras criaturas se reúnem e treinam ou não?

–É...vendo por esse ângulo- ele colocou uma mão no queixo como se pensasse e depois riu- É você esta certa.

–Eu sempre estou. –falei convencida e depois ri.

–Mas do que se lembra exatamente? –ele perguntou voltando ao assunto mais uma vez.

–Bem...Eu estava vendo minha programação e o quarto em que estava quando um cara me ofereceu bolachas e fui meio grossa com ele, então fui atrás dele para pedir desculpas e...acordei aqui. – falei sem mencionar a estranha visão que tive enquanto estava desmaiada.

–Mas em que quarto está?

–No 326, mas acho que vou alugar um por aqui, até agora foi o único lugar em que descansei.

–Não recomendaria, a comida daqui é igual a da maioria dos hospitais na Terra, horrível! –ele disse brincando e rimos mais uma vez.

Estava prestes a perguntar como ele estava no Profeta Diário quando ouvimos batidas na porta e Caçador de Marte apareceu apenas para chamar Superman.

–Volto já. –ele disse e foi de encontro a Caçador de Marte, fechando a porta.

–Ufa! Imagina se...-mordi minha língua. Quase mostrei que conhecia sua identidade secreta e ainda ia falar isso em voz alta. Realmente tinha me desacostumado a ficar perto de pessoas com super audição.

Fiquei brincando com a água que estava em um copo ao lado da cama e depois de me sentir entediada tentei adivinhar o que eles estavam conversando.

Percebi pelas sombras que mais uma pessoa estava na conversa, e ela parecia impaciente. Era nesses momentos que queria poder ver ou ouvir através de paredes, seria tão mais prático para pessoas curiosas como eu!

–Calma, se for alguma coisa importante eles vão te falar...-tentei me conter, sabendo que mesmo que pegasse o copo e encostasse na porta não ia adiantar, eu já tinha tentado aquilo muitas vezes.

Ouvi o que pareceu ser a voz de Batman e então me levantei da cama com o copo na mão. Eu já tinha tentado aquilo, mas bem que eu podia tentar de novo...


***



–Eu não irei deixa-la colocar minha cidade em perigo. – ele falou nervoso.


–Batman, você e eu sabemos que ela não é uma novata comum, e pelo que li no relatório de Oráculo, ela passou em seu teste perfeitamente.

–Isso só aumenta minha desconfiança. Você não acha suspeito que ela conheça cada algoritmo do sistema da Liga? Que apesar de não ter recebido treinamento lute tão bem?

–Nós não sabemos pelo que ela passou para saber tudo isso.

–Ele sabe. – Batman disse com os dentes trincados indicando Caçador de Marte- Mas não quer nos falar.

–Eu já disse que vim até aqui para ajudar os humanos, e quando digo que não há perigo nela para nós temermos, é porque não há. –ele se justificou, com o rosto impassível como sempre.

–Eu acredito nele. –disse.

–Gotham já está cheia de loucos psicóticos, não irá precisar de mais um. - ele continuou resmungando.

–Mas o que lhe custará dar a ela uma chance? –perguntei. Apesar de ter conhecido a garota a pouco tempo, eu sentia algo que parecia me dizer para confiar nela. E mesmo não me contando tudo o que realmente perguntei, ela pareceu ser sincera.

–Para mim provavelmente nada, mas se algo der errado, eu irei trancafia-la em Arkham até que me diga tudo o que sabe sobre nós. – ele falou incomodado. Não eram muitos que conheciam sua identidade verdadeira, e mesmo para os fundadores da Liga ele demorou até finalmente contar quem era.

–Você não pode fazer...- comecei a argumentar mas John colocou sua mão em meu ombro.

–Está certo. –ele disse e então Batman saiu andando pronto para a próxima ronda em sua cidade.

–Muitas pessoas são apenas curiosas, outras se enchem de terror ao perceberem que estão em desvantagem quando normalmente se consideravam superiores. –John disse para mim, como se refletisse.

Passei a mão no cabelo, um pouco nervoso também:

–O que devo dizer a ela?

–Apenas diga que foi escalada para fazer uma ronda com Batman em Gotham. Explique como normalmente uma ronda é, e depois apenas a deixa fazer seu uniforme e a conduza até o teletransporte. –ele me orientou.

–Obrigado, amigo. –agradeci e abri a porta.

–Ai! – ouvi ela reclamar, e só então percebi que ela estava atrás da porta quando eu tinha a aberto.

–O que você estava...? –Nem precisei concluir, pois percebera o copo de água ao seu lado. Deveria estar tentando ouvir nossa conversa. Mas como as paredes e portas eram revestidas de um metal fortificado e modificado por Batman, elas eram a prova de som.

Seguindo meu olhar, ela pegou rapidamente o copo do chão e se levantou:

–Eu...ia...-ela mordeu o lábio inferior então finalmente disse- Perguntar onde tinha água! Eu estava com muita sede e não vi o bebedouro.

Olhei para ela desconfiado, e suas bochechas coraram contrastando com a pele pálida. Parecia uma boneca pela pele de porcelana.

–Sim...-ri da sua tentativa de mentira- Bem, da próxima vez, é só apertar o botão azul ao lado da cama, que o tubo irá conduzir água limpa para se beber.

–Obrigada! –ela disse envergonhada colocando o copo em cima da mesa de cabeceira.

–E então... novidades? –ela perguntou sorrindo inocente, mas percebi a curiosidade em seu olhar.

Ri pelo seu jeito e abri a porta:

–Você já pensou em fazer um uniforme?

***

Deixei que Superman me guiasse até o setor de Criação e Aperfeiçoamento, onde ele me instruiu para criar um uniforme leve, porém resistente, que me permitisse me movimentar de modo furtivo pela cidade. Ele não me disse exatamente qual cidade, mas explicou que eu iria fazer uma ronda em parceria com algum herói mais experiente.

–E aqui é onde cada herói pode melhorar suas armas, de modo mecanizado ou artesanal. –ele me explicou enquanto entravamos em uma longa oficina cheia de balcões de ferro.

Vários heróis estavam lá. Alguns modificando armas simples, enquanto outros forjavam espadas e facas especiais. A maioria estava tão concentrada em seu trabalho, que suspeitava que se o satélite caísse eles nem perceberiam. Mas a minoria que olhava para nós cochichava assim que passávamos ao seu lado. Se era pelo meu acompanhante ilustre ou pelo maiô que ainda estava usando eu não sabia, mas quando chegamos na área de criação de roupas fiquei mais aliviada.

–E aqui você poderá criar seu uniforme. É só entrar em um desses modeladores e poderá fazer as especificações que achar melhor. – ele percebeu meu olhar para a oficina e suspirou um pouco chateado- Ainda não poderá fazer sua arma, pois precisará de uma permissão dada pelos chefes de combate e tecnologia.

Nem precisei pensar para adivinhar quem era o chefe de tecnologia.

–Tudo bem. –disse dando de ombros e entrando no modelador- Te encontro na saída?

–Na verdade tenho de ir patrulhar em Metrópolis.

–Ah! –disse um pouco desapontada. Se ele ia patrulhar agora, quer dizer que não seria em Metrópolis meu turno. –Tudo bem, então...

–Mas pedirei pra alguém vir te buscar e mostrar em que portal deve entrar, está bem?

Dei um sorriso pequeno. Mesmo mal me conhecendo ele já se preocupava comigo.

–Sim, está bem. –disse entrando no modelador e antes de fechar a porta corri para fora e lhe dei um abraço

– Obrigada. –sussurrei e voltei para a máquina antes que me arrependesse a ceder a pelo menos esse impulso.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam????

Para estimular a vocês participarem mais ainda, proponho uma pequenina enquete: Quem deve ajudar Batman e Sereia no próximo capítulo?

1- Robin

2- Caçadora

3- Ricardito (Arqueiro Vermelho)

Votem!Votem!Votem! rs

Estarei esperando ansiosa o review[comentar mais de uma ou duas frases não dói] e o voto de vocês!

Lembrando que próximo capítulo terá a apresentação oficial dos vilões *------*