Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 71
Capitulo 71 – O Raio De Zeus


Notas iniciais do capítulo

Hey caros leitores! Bem vindos a mais um capitulo de Relíquias Perdidas.
A temporada está chegando ao final, isso é verdade, mas não se esquecem de ler e comentar na 3ª temporada também! Que aliás está incrível e irá fechar a trilogia, com chave de ouro.
Esse capitulo é muito importante para todos nós porque marca o fim da primeira fase de Relíquias Perdidas, eu estou orgulhoso do meu próprio trabalho e principalmente de você leitor.
Agradeço também aos leitores fantasmas, aqueles que leem e não dão a opinião sobre o capitulo, saibam que ainda dá tempo de criar uma conta e comentar!
E POR FAVOR NÃO SE ESQUEÇAM DE COMENTAR SOBRE ESSA MÚSICA PELO AMOR DE DEUS!!! É UMA DAS MINHAS MÚSICAS FAVORITAS DE UM DOS MEUS CANTORES FAVORITOS!!! (Descanse em paz, Jeff Buckley).
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: MÚSICA ::::::::::::::::::::::::::::::::::::
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A semana que se passou foi de agitação para os Caçadores de Relíquias. Todos haviam se reconciliado, amadurecido ou passado pelo problema que os afetava.

Lúcia, Theo e Camilla estavam trabalhando duro na Comera e depois de setenta e duas horas finalmente terminaram, pois já tinha magia o suficiente das onze Relíquias Perdidas para completar o trabalho.

Lúcia derramou o liquido no peitoral de Asafe e o mapa se formou novamente. Eles teriam que ir para o sul da Ilha Perdida, logo onde há uma entrada pra o rio Tártaro.

– O.k. Vamos todos para o Tártaro, Isabelle irá ficar por segurança – disse Asafe.

Todos comemoraram a chegada do novo sobrinho, a primeira criança de muitas que uniria as famílias Pevensie e Flyre, mas mesmo assim ainda estavam preocupados com os enjoos fortes de Isabelle.

– Não tem problema, eu farei uma sopa deliciosa para nós – brincou Susana.

Enquanto os cavalheiros se arrumavam, as damas desejavam boa sorte a seus amados, já que eles iriam se separar na tão perigosa missão, e podia ser que um deles morresse lá.

– Boa sorte meu amor – disse Mimí e deu um beijo em Theo.

– Quando vamos contar aos outros? – perguntou Zay agarrando a cintura de Zoë, ela se derreteu com um sorriso.

– Quando voltarmos! – sorriu Zoë, mas de repente começou a chorar. – Eu... Eu não quero te perder!

Os dois deram um abraço bem forte.

– Eu sempre voltarei para você! – disse Zay.

– Boa sorte meu amor, espero que você tenha sucesso nessa missão – disse Susana e deu um beijo em Caspian.

– Eu vou voltar meu amor, pode escrever – disse Caspian.

Lilliandil estava atrás de Susana e assim que Susana se afastou ela abraçou Caspian, foi um abraço meio forçado, mas Caspian retribuiu para não deixa-la no vácuo.

– Lilliandil, caso algo aconteça comigo, quero que tome conta de Rillian, tome conta do futuro rei de Nárnia – pediu Caspian com lágrimas nos olhos.

– Eu irei – disse Lilliadil, também com lágrimas presas eu seus olhos azuis vivazes. – Mas Caspian... E se o filho de Pedro for um menino... Ele será rei ao invés de Rillian?

– Não exatamente. A lei foi feita há séculos, e dizia que o primogênito de um dos reis e rainhas seria o único rei, e esse primogênito é Rillian – disse Caspian.

– De toda forma, boa sorte – sorriu Lilliandil e Caspian forçou um sorriso de volta.

Os Caçadores de Relíquias partiram logo após as despedidas e no acampamento só sobraram Susana, Lilliandil e Isabelle, e os bebês Rillian e Alex, mas a essa hora eles estavam dormindo e Lilliandil estavam fazendo um chá para Isabelle.

– Você sentiu falta de seus irmãos quando foi expulsa de casa? – perguntou Isabelle a Lilliandil.

– Eu sinto falta de meus irmãos todos os dias, até de meu pai – disse Lilliandil. – Eu não teria voltado para Nárnia se ele não tivesse descoberto sobre Rillian, mas foi uma coisa boa, Rillian precisava de um pai, eu iria enviá-lo para Nárnia quando ele tivesse idade o suficiente, mas isso tornou as coisas mais fáceis para meu filho.

– Não se preocupe Isabelle, eu serei uma ótima irmã para você, seremos melhores amigas – disse Susana pegando na mão de Isabelle, e a princesa sorriu.

– Eu também serei como uma irmã para você Isabelle – sorriu Lilliandil.

Susana fez uma careta para Lilliandil.

– E como foi a gravidez de vocês duas? – perguntou Isabelle.

– Bom, a minha foi um pesadelo, quebrei vários ossos e enfraqueci bastante nos últimos dois meses – disse Susana, Isabelle arregalou os olhos assustada, Susana riu – Não se preocupe, isso não irá acontecer com você, minha gravidez foi assim por que dormi no lugar errado.

– Ironicamente a minha gravidez também durou dois meses – disse Lilliandil. – Mas fora uma gravidez maravilhosa!

– Por que apenas dois meses? – perguntou Isabelle.

– No meu caso porque como era uma gravidez incomum, quando cheguei a este mundo, ela acelerou, já a de Lilliandil eu não faço ideia – disse Susana, ela tentou dizer a si mesma que Lilliandil não engravidara de Caspian, e sim de outro homem, mas não tinha provas, e até que Rillian se parecia com Caspian.

– A gestação de estrelas dura apenas dois meses, nosso corpo é adaptado assim – disse Lilliandil sorrindo. – Sinto falta de sentir meu pequeno rei chutando minha barriga – passando a mão no abdômen.

Susana ficou com raiva de Lilliandil, pra variar ela rebateu:

– Quando voltarmos para Nárnia planejo engravidar novamente – disse triunfante. – Sei que será um menino, eu sinto...

– Deve ter sido muito difícil para você ter perdido um bebê – disse Isabelle.

– E foi, mas eu superei – disse Susana meio triste.

– E você Lilliandil? Não planeja engravidar novamente? – perguntou Isabelle.

– Bom, eu só amo um homem nessa vida, mas infelizmente ele não me ama, é o jeito encarar a solidão – disse Lilliandil melancólica.

– E porque você não vai atrás de outro? Minha filha, o mundo está cheio de homens! – reclamou Isabelle.

– Acontece cunhada, que ela ainda tem esperanças – disse Susana apertando com força sua xícara de chá.

Lilliandil já havia servido e as três estavam tomando sentadas na mesa. Lilliandil encarou Susana com raiva.

– Mas Caspian está casado! Ou você quer ser a amante? – perguntou Isabelle.

– Caspian nunca permitiria isso! – gritou Susana. – Ele é um homem honrado e além de tudo ele me ama!

– Muitos lordes em Flyre têm amantes, isso não é comum em Nárnia? – perguntou Isabelle.

– Bom, é claro que alguns lordes narnianos tem amantes, mas elas vivem literalmente debaixo dos lençóis, são: empregadas, babás, governantas... Mas sempre geram famílias desestruturadas e sempre têm um marido de faixada. Além de tudo é contra as leis de Nárnia, o homem deve se manter fiel a esposa e vice e versa – disse Susana.

– As pessoas já estavam falando mal de mim! – disse Lilliandil chorando. – As serviçais e babás estavam me chamando de prostituta do rei Caspian! Nárnia inteira pensa que sou amante de Caspian! Ninguém se preocupa em entender a história e até os que sabem ainda falam!

– Mas você não é! – disse Susana firmemente. – Você é só a mãe de Rillian, há bons rapazes em Nárnia, tenho certeza de que você arranjará um bom.

– Você vai se certificar disso, não vai? – disse Lilliandil com desdém.

– O que está insinuando? – disse Susana rispidamente.

– Você me quer longe do meu filho! Meu bem mais precioso! Tudo para fazer de sua filha rainha e maltratar o meu príncipe! Saiba que eu nunca abandonaria meu filho! NUNCA! Principalmente por qualquer homem! – disse Lilliandil batendo na mesa com força.

– Eu arranjaria um lorde se fosse preciso! Mas eu só queria você longe do meu marido! – gritou Susana. – Sua oferecida! Sirigaita!

– Esses seus ciúmes só provam a sua paranoia e insegurança! – gritou Lilliandil.

– Eu não tenho ciúmes! Eu apenas odeio a sua presença! – gritou Susana.

– E o que é que eu te fiz de tão mal? – disse Lilliandil.

– Você dormiu com meu marido! – disse Susana com ódio na voz.

– Ele não era seu marido na época! – gritou Lilliandil.

– Mas ele é agora! E você estragou a minha vida! – disse Susana.

– Susana... Não foi culpa de Lilliandil, o destino prega peças... – disse Isabelle. – Você mesma sabe disso.

Susana a ignorou completamente.

– Você vai casar com quem eu quiser, eu sou a rainha de Nárnia e você é minha súdita! O seu filho ilegítimo não terá direito a nada! – gritou Susana.

– Ele é o primogênito de um dos reis de rainhas, pelo acordo ele será o único rei de Nàrna daqui para frente – disse Lilliandil.

– Quem te contou sobre o acordo? – quis saber Susana com raiva.

– Caspian, ele apoiará a ascensão de Rillian ao trono! – disse Lilliandil.

– Eu duvido muito! Muita coisa pode acontecer em quinze anos! Além de tudo, haverá uma votação na Câmara dos Lordes, Alex terá todo apoio por ser puro sangue! – disse Susana.

– Veremos! – sorriu Lilliandil maliciosamente.

– Então... Lilliandil o que você fará na Corte além de criar o seu filho? – perguntou Isabelle.

– Bom, eu posso... – começou Lilliandil.

– Você não pode nada! – gritou Susana. – Isabelle e eu seremos as rainhas de Nárnia! Nós participaremos e organizaremos todos os eventos e governaremos nosso reino!

– Tenho certeza de que posso fazer isso também – disse Lilliandil.

– Não! Você não pode! Você não tem nenhum poder sobre Nárnia – disse Susana.

Lilliandil abaixou a cabeça e começou a chorar.

– Susana! Lilliandil está triste...

Susana odiava quando Lilliandil se fazia de vitima.

– Desculpe – disse Susana falsamente.

– Lilliandil, talvez seja melhor você arrumar um marido e ter outros filhos... Você pode se casar com alguém da corte mesmo, tenho certeza de há vários lordes bonitos, não é Susana? – disse Isabelle.

– Ah sim, um mais lindo do que o outro, eu só quero que você deixe eu e Caspian em paz – disse Susana.

– Eu não quero nenhum homem. Serei fiel ao homem que eu amo pelo resto da minha vida, mesmo que esse sentimento não seja reciproco – disse Lilliandil.

Susana forçou um sorriso irônico, quando na verdade queria bater em Lilliandil.

– Deixe-a Isabelle, ela sabe o que é melhor para ela – disse Susana.

Susana saiu da cozinha e foi para sua tenda chorar. Ela simplesmente não aguentava mais esse conflitos com Lilliandil, era extremamente desgastante. O mínimo de bom senso que Lilliandil poderia ter era se casar com outro homem e deixar suspian em paz, mas ela simplesmente não largava o osso.

Alex acordou chorando em seu berço.

– Ôh meu amor – disse Susana pegando-a no colo.

– Aquela chata é um pé no saco, né? – sorriu Susana.

Alex também sorriu. Susana deu uma mamadeira a ela e as duas dormiram.

Em seu sonho só estavam Susana e Alex na tenda, Rillian estava dormindo no outro berço. Uma sensação de morte invadiu o peito de Susana, a morte havia chegado para ela, ela sentiu, ela podia sentir a figura encapuzada respirando atrás dela. Já que Caspian não estava, ela tinha que se despedir de Alex, que por acaso estava em pé em seu berço e chorando bastante, como se também soubesse o que estava por vir.

– Alex... Papai ama você... – disse Susana olhando seriamente nos olhos azuis de sua filha.

– Mamãe ama muito você... Alex fique segura! Seja forte!

Susana acordou assustada ao mesmo tempo que Alex, que também estava chorando, aquele foi o sonho mais real que Susana já teve. Mal sabia ela que a filha teve o mesmo sonho.

– Hoje quer dormir com mamãe? – perguntou Susana a Alex.

As duas se deitaram com seus corpos entrelaçados na cama de Susana, como nunca antes fizeram. Mas sensação de morte ainda rondava os sentidos de Susana, e ela rezou para que o sonho não significasse a morte de Caspian...

***

Os Caçadores de Relíquias estavam praticamente na beira do Tártaro. Era altos cânions, porém muito finos, escapando de criaturas mágicas eles podiam facilmente cair no Tártaro e morrer. Mas eles estavam levando todas as relíquias perdidas, elas eram as melhores armas para uma luta.

Eles se dividiram em duas equipes:

Equipe 1: Asafe, Zoë, Lúcia, Dédalo, Alícia, Zay, Pedro, Mimí e Edmundo

Equipe 2: Caspian, Theo, Bianca, Carly, Nico, Apolo e Camilla

A Equipe um foi patrulhar para a esquerda e a equipe dois para a direita, sempre tomando o maior cuidado para não cair no Tártaro.

A Equipe um estava andando normalmente quando encontraram grandes intervalos para chegar do outro lado do chão.

– Galera, vamos pular um de cada vez – disse Asafe.

Eles pularam cautelosamente um de cada vez, mas quando estava na terceira parte Zoë gritou e ficou pendurada segurando na fina pedra. Zay jogou uma corda para ela do outro lado. Zoë segurou na corda e soltou a pedra, foi andando de lado pelos outros pilares até chegar lá, foi o que o restante decidiu fazer para não cair.

Eles andaram mais e encontraram a equipe 2 do outro lado. Eles tinham que se comunicar gritando e o eco levava o som, pois estavam muito distantes uns dos outros.

– Vocês acharam alguma coisa? – perguntou Asafe.

– Camilla viu algo! – gritou Caspian.

– Acho que devemos ficar juntos, não tem nada por aqui – disse Zoë a Asafe e eles refizeram a trajetória e voltaram para o outro lado.

Os Caçadores de Relíquias caminharam por um tempo, mas Camilla parecia perturbada, ela estava tremendo e tendo calafrios, sempre ficava assim quando via algo ruim em suas visões, ela e Apolo andavam abraçados.

– Camilla, se quiser peço para Apolo voltar com você – disse Asafe.

– Não precisa... Eu... Ah meu Deus! – disse Camilla olhando para cima.

O céu estava completamente nublado e só era iluminado pelos relâmpagos e trovões barulhentos.

Fumaças em forma de pessoas começaram a descer das nuvens, mas não eram quaisquer pessoas, eram os inimigos que os Caçadores de Relíquias tinham enfrentado em sua jornada. O primeiro foi Hecaos, em seguida o líder dos Lobos Sanguinários e as pedras que se mexiam nos Jogos Letais também apareceram, Carus o mestre dos vulcões surpreendo-os. Quando eles pensaram que acabou, Aliah a sereia desceu acompanhada do Soprano, seguidos do gigante Grosho, e por ultimo o enorme dragão Sogra e Less o Lestrogue que guardara o arco de Ártemis.

Todos ficaram apavorados. Zoë lançava flechas nas pedras mas elas continuavam vindo para cima dela. Pedro criou raízes para prender o dragão e lestrogue, mas eles simplesmente as quebraram. Todos começaram a lutar e a correr, mas infelizmente não conseguiam atacar, aqueles monstros de fumaça eram indestrutíveis, eles estavam ali para guardar o raio de Zeus e algo lhes dizia que nada ia fazê-los desistir.

Tudo que os Caçadores de Relíquias conseguiam fazer era se defender com seus escudos. Camilla tentava se defender com seus campos de força, mas Aliah podia manipular a água do Tártaro e acabou atingindo Camilla bem nos olhos, ela começou a gritar, mas Apolo a curou com o restante de seu poder divino.

Eles estavam cansados de correr e se defender, não conseguiriam correr para longe sem cair no Tártaro. Os Caçadores de Relíquias viram a morte mais perto do que nunca. Eles estavam recuando para trás e nem uns conseguiam ajudar aos outros, talvez esse fosse o fim da jornada.

Eles acabaram sendo cercados pelos vilões. Sogra e Carus atiravam várias rajadas de fogo, teve uma vez que só os campos de força de Camilla os salvou. Eles não podiam derrotar os vilões novamente, era simplesmente impossível.

Bianca que estava com o pingente da Marca de Atena teve a ideia de jogá-lo em Alison, ela estava furiosa por ela ter machucado a irmã, e imaginou que a relíquia teria um poder sobre o monstro, dito e feito! Aliah começou a gritar e se desmanchou em fumaça.

– Gente atirem as relíquias em seus respectivos vilões! – gritou Bianca.

Todos obedeceram. Zoë jogou o Arco de Ártemis em Less. Asafe jogou seu tridente em Grosho. Camilla jogou o Diadema de Hera em Carus. E foram seguidos dos outros que jogaram as relíquias nos vilões que os impediram de pegá-las. Em poucos momentos todos os vilões evaporaram.

PLAY >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Os Caçadores de Relíquias olharam uns para os outros e gritaram comemorando! Do céu relampeando desceu um único raio dentro de uma garrafa de vidro transparente. Ali estava a ultima relíquia.

– Conseguimos gente! – gritou Camilla histericamente.

– Conseguimos! – vibrou Camilla.

Eles voltaram para o acampamento felizes da vida, quando chegaram já estava amanhecendo e quando Susana viu Caspian correu para abraça-lo e beijá-lo.

– Como eu te amo! – disse Susana.

A pequena Alex veio andando atrás deles e quando perceberam deram uma gargalhada.

Todos abriram os melhores vinhos para comemorar. Eles tinham conseguido todas as relíquias e estavam vivos e com saúde.

– Bom, eu vou dar um volta... – disse Susana. – Olha Alex para mim?

– Pra onde você vai? – perguntou Caspian.

– Vou só dar um espairecida. Lilliandil e eu tivemos uma grande briga ontem, eu vou explodir se não der uma volta! – arquejou Susana.

– Você quer que eu fale com ela? – disse Caspian com uma expressão séria.

– Seria bom – disse Susana e deu um beijo em Caspian. – Te vejo daqui a pouco.

A mesma sensação do começo da missão começou a invadir Susana. Ela tinha passado por muita coisa. Perdeu seu filho, brigou inúmeras vezes com Lilliandil, e passou um tempo seus os seus marido e filha. Tudo por conta dela. Aquela repugna estrela! Era revoltante que depois de tudo o que fez continuasse impune, mas não haviam provas nem testemunhas, o que poderiam fazer?

Susana foi para o Tártaro, ela precisava de um lugar bem afastado para colocar as ideias em ordem. Ela odiava Lilliandil profundamente, mas tinha uma pessoa que ela odiava mais... Ele... Toda vez que olhava para Rillian todo ódio que ela tinha por ele e sua mãe fervia nas veias de Susana. Por causa deles ela não iria ter uma vida perfeita, os dois estariam sempre ali para estragar tudo, mas não só para ela, para Alex também já que Rillian poderia se tornar rei um dia!

Ela nunca pensara em matar Rillian, mas seria perfeito se ele não existisse, a vida dela iria ser muito melhor. E se ela desse um sumiço nele? Ele seria criado por uma boa família e Lilliandil teria que abandonar Caspian e viver em outro lugar! Mas o problema é que Susana nunca teria coragem...

Susana passou uma hora encarando a água branca e tóxica do rio Tártaro sentada pensando no que sua vida poderia ser. Mas finalmente ela percebeu que precisava aceitar a vida do jeito que ela é, e o que está feito está feio, não pode ser desfeito.

Quando finalmente se levantou lá estava Lilliandil a encarando com raiva como se acabasse de ler todos os seus pensamentos, mas havia algo estranho nela... Ela não estava usando branco! Lilliandil sempre usava branco durante todos os dias da sua vida, ela não tinha nenhuma roupa que fosse de outra cor, mas agora estava vestindo preto.

– O que está fazendo aqui? – perguntou Lilliandil.

– Nada que lhe interesse – retrucou Susana e foi embora.

Lilliandil a puxou com força pelo braço e depois pegou seu outro braço.

– Me solta! – gritou Susana. – O que está fazendo?

– Estou te levando ao seu destino! – disse Lilliandil e empurrou Susana penhasco abaixo.

Susana deu o maior grito de sua vida, mas quando percebeu a água tóxica do Tártaro já estava impregnando toda sua pele. Ela queria gritar, mas não podia, nem sequer bolhas saiam, mas em compensação a água quente entrou em seus pulmões pela sua boca, aquela era a sensação mais agoniante que ela já sentira em toda sua vida, pior do que todos os momentos de sua primeira gravidez.

A sensação só foi piorando cada vez mais conforme Susana afundava. Ela desejou sair dali, ela não podia morrer! Começou a rezar para Aslam, mas ele não podia fazer nada, estava morrendo também...

O seu ultimo momento de vida foi quando ela sentiu todas as suas células morrerem torturadas, uma por uma.

Depois de horas, Caspian e os Caçadores de Relíquias começaram a procurar Susana. Quando eles chegaram ás margens do rio Tártaro encontraram um bilhete com uma pena e uma tinta do lado:

Caros, amigos e irmãos, Caspian e Alex...

Quero que saibam que não aguentaria viver esta vida e por isso me suicidei. Caspian, case-se com quem você amar e certifique-se de que essa pessoa será uma boa mãe para Alex, tudo que eu quero é que todos vocês sejam felizes, pois eu os amo demais!

Eterno amor,

Susana

Caspian caiu num choro desesperado e logo em seguida Lúcia, Pedro e Edmundo começaram a chorar também, seus corações pareciam estar sendo esmagados por pedras de tanta dor que eles estavam sentindo no peito. Em momentos todos ali estavam chorando, a profecia estava certa afinal... Susana Pevensie deixara de existir.


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Notas finais do capítulo

SPOILER: Susana não deixou de existir, ela ainda está viva. Mas todos pensam que ela está morta.
PS.: No próximo capitulo um ano se passará após o 'suicídio' da rainha Susana, e muita coisa mudou no mundo inteiro.
O QUE ACHOU DA MÚSICA?
Aviso:
Passarei um tempinho sem postar por aqui (não sei quanto), mas em compensação vou terminar a fic Meu Anjo e o spin-of Video Games, postarei todos os capítulos de uma vez só então fiquem ligados!