Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 66
Capitulo 66 – A Noite dos Dragões


Notas iniciais do capítulo

E aí, galera que lê RP!
Capitulo novinho em folha aí para vocês! Cheio de drama, ação, aventura e romance! Afinal, isso é Relíquias Perdidas! Fora a introdução de um novo personagem que vai afetar muito a vida de um dos Caçadores de Relíquias!
Boa leitura!



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– Mal posso esperar para ver os dragões em Eraton – disse Nico ansioso.

Os Caçadores de Relíquias estavam na carruagem de pegasus que estava indo para Eraton, a terceira maior civilização do Oeste. A maior era Flyre, depois vinha Dorne com o exercito mais poderoso do mundo e Eraton, conhecida por ser a melhor em qualidade de vida.

– Nós vimos um dragão na Floresta Negra, lembram-se? – disse Susana.

– Que por acaso eu derrotei – lembrou Lilliandil.

– Tenho quase certeza de que Ravenna mandou aquele dragão – disse Bianca.

Os Caçadores de Relíquias evitavam falar sobre Ravenna, pois os Pevensie e Caspian lembravam-se de Aslam, e ficavam imaginando quais as condições que ele estava sendo mantido em cativeiro, enquanto o mal que há no mundo ganhava força. Mas eles tinham recuperado nove relíquias e estavam mais próximos na guerra que poderia durar anos.

– Ainda me pergunto como eles conseguiram criar dragões domésticos – disse Edmundo, ele se interessava muito pelo assunto.

Isabelle tinha feito uma proposta a Pedro e Edmundo. Quem ganhasse um jogo de xadrez passaria o dia inteiro sozinho com ela, Edmundo infelizmente perdeu e Isabelle estava debruçada em Pedro.

– Foi um trabalho mágico que durou anos de pesquisa. Eles pegaram ovos de dragão e aplicaram várias poções e feitiços que alteraram o DNA agressivo dos dragões, isso deu muito certo e hoje muitos ricos excêntricos têm dragões de estimação – disse Bianca.

Bianca estava superando Edmundo aos poucos, não era fácil namorar o cara dos seus sonhos e depois levar um fora dele, ela ainda estava sofrendo muito, mas não deixava isso externado, estava oprimido nas profundezas de seu coração.

– Eu queia um dlagão de ‘mação – disse Rillian e todos riram encantados com o pequeno.

Alex estava sentada com um vestido de renda de bolinha e uma tiara com um laço grande, ela brincava seriamente com sua boneca que fora presente de tia Lúcia de seu batizado. Rillian distribuía seus brinquedos e encantava a todos com seu jeito meio moleque e meio anjinho, falava pelos cotovelos, porém não sabia andar, apenas engatinhava, e Alêx já sabia andar perfeitamente.

– O que se faz pra ter um dragão de estimação? – perguntou Caspian.

Susana sentiu-se enciumada e lançou a Caspian um olhar que dizia: Você vai adotar um dragão só porque seu filho pediu?

– Eles são as coisas mais caras do mundo – disse Bianca. – Só os mais ricos e nobres possuem dragões de estimação.

– Você pode comprar um Caspian – disse Lilliandil piscando os olhos.

Mas essa vadia ainda não desistiu? Pensou Susana.

– Bem, não tenho dinheiro comigo agora... – disse Caspian meio desapontado consigo mesmo.

– Gente! Estamos falando de um dragão! Um dragão! Com garras e dentes ferozes! Uma criatura que cospe fogo! Não importa se são magicamente modificados, são criaturas perigosas, e existem muitas prioridades monetárias em Nárnia que exigem atenção! Como colheita, instituições de caridades dentre outras! Ou esqueceram que nosso país está num caos? – disse Susana.

– Desculpe garotão, quem sabe da próxima – disse Caspian desapontado.

– Vocês não estão entendendo, os dragões são quase sagrados para os Eratoneses, eles tem um parque de exposições para turistas, é uma das maiores construções da humanidade, Rillian pode montar e voar em dragões à vontade – disse Bianca.

– Isso deve ser incrível! – disse Zay animado.

Zay e Zoë não estavam mais se falando. Zoë apenas não sabia o que fazer de sua vida no momento, ela estava cansada de briguinhas com Zay, tão cansada que até propôs uma trégua. No fundo ela sabia que um pedido de amizade para Zay iria irritá-lo e talvez ela o tenha feito para irritá-lo mesmo, pois ainda queria irritá-lo, mas estava tão cansada daquele drama...

– Eu já fui no Parque Dragonário, é bem legal lá, montei num dragão aviador e sobrevoei todo o acre, fora que montar nos dragões aquáticos é bem divertido – disse Clove.

Clove era a princesa do reino de Vigário o reino conhecido por nunca ter perdido uma guerra, era um reino grande e desenvolvido e com os melhores exércitos do mundo. Ela era do tipo princesinha mimada e perigosa que se irrita fácil, ela só tinha dezessete anos, mas viveu e soube muito da vida.

Asafe se apaixonou por Clove no momento em que a viu. Na manhã de seu aniversário de dezoito anos seu pai o avisou que arranjou a rainha perfeita, tanto para Asafe quanto para Flyre, e essa rainha era Clove. Ela tinha viajado por três semanas de carruagem com a família e finalmente chegara ao país de seu noivo. Os dois se apaixonaram a primeira vista.

Eles passaram dois meses se conhecendo e se gostando, mas suas irmãs não diziam o mesmo, Clove era bastante sarcástica e antipática ás vezes, todas as suas irmãs desaprovaram-na, tudo o que faltava em Clove era um pouco de humildade. Mas tudo mudou quando Lúcia chegou em Flyre e ela e Asafe se viram pela primeira vez.

De repente ele não sabia de quem gostava, Clove ou Lúcia e acabou gostando das duas. Agora ele está apaixonado por Lúcia, mas deixar Clove poria em risco sua própria vida e o bem estar de seu reino. Eles já têm uma grande guerra para lutar pela frente, não precisariam de outra. Se seus pais conhecessem Lúcia saberia que ela seria a rainha perfeita para Flyre e não Clove, mas o compromisso já foi fechado, e já era para eles terem casado há três meses.

Lúcia se sentia culpada, pois Clove parecia realmente gostar de Asafe, mas ela também gostava de Asafe, e só estava indo atrás de sua felicidade, mas estava cansada de encontros escondidos, embora fossem excitantes, depois de dar um amassos em Asafe ela sentia vergonha de si mesma, Lúcia não nascera para ser amante de ninguém, poderia parecer tão errado, mas também parecia tão certo... Os dois nem sequer tinham feito planos para o futuro, seria doloroso demais, eles estavam cem por cento incertos...

Já que Susana resolvera toda a tempestade que atravessara toda a sua vida ela podia muito bem voltar a focar em Lúcia e Asafe. Ela não queria ser uma estraga prazeres para a irmã, pois ela era muito nova e estava perdida numa paixão proibida. Esse romance só iria resultar no pior, ou numa grande guerra ou num bebê bastardo.

– Chegamos! – gritou Theo olhando pela janela da enorme carruagem, eles avistaram a grande cidade de Eraton, e bem longe também avistaram enormes dragões voando livremente pelo céu, mas estacionaram ás margens do rio de Gerra.

– Quando iremos a Dragonário? – perguntou Carly ansiosa.

– Poderemos ir hoje depois do almoço – disse Asafe e Zoë concordou, todos estavam animados para o passeio.

Ôba papai, vou ver o dagão hoje! – comemorou Rillian que estava nos braços de Caspian, já Alex estava andando abraçada com sua boneca.

Caspian notou o olhar de ciúmes na filha e pegou-a em seu braço direito, ficando com seus dois filhos nos braços.

– Oi Aquez – disse Rillian pegando nos cabelos loiros de Alex.

Alex empurrou a mão de Rillian num movimento brusco e deitou sua cabeça no ombro do pai.

Susana ainda tinha ciúmes de Rillian, por mais bobo que parecesse, ela ainda desejava que ele não existisse.

***

Enquanto Susana fazia o almoço, todos arrumavam as tendas. Quando a macarronada saiu todos comeram bem e se arrumaram para ir ao Dragonário.

Êba papai, vamo vê o dagão! – comemorou Rillian.

Alex também estava dando risadas hoje, o que não era normal, parecia que todos estavam felizes em ver os dragões.

– Será que vai ter garotos, lá? – perguntou Carly encantada.

– Lógico que sim – disse Camilla dando um beijo em Apolo. – Mas eu já encontrei o meu.

Bianca sentiu uma pontada no coração. Ela estava feliz por Apolo e Camilla, mas estava com inveja, ela estava desejando estar ao lado de Edmundo agora...

– Bom, Bia, parece que somos as únicas solteiras, vamos á caça hoje, não? – disse Carly animada.

Bianca deu seu primeiro beijo aos treze anos, a idade que Carly tem agora.

– Se eu fosse você esperaria bastante para arrumar um namorado – disse Bianca rabugenta.

– Por quê? – perguntou Carly.

– Você é muito nova – disse Bianca.

– Eu tenho treze anos, você tem catorze! – disse Carly.

– E veja o quanto me arrependi por ter me apaixonado! – gritou Bianca.

Todos ficaram em silencio e olharam para ela por um momento. Bianca abaixou a cabeça e ajeitou sua tiara que estava torta.

– Bem, estão todos aqui? Podemos ir agora? – perguntou Zoë.

Todos entraram na carruagem e pararam na porta do Dragonário.

Havia uma enorme placa em formato de arco com o nome Dragonário de Eraton, tinham altos portões de madeira pesada que estavam abertos. Milhares de adultos, jovens, idosos e crianças passeavam felizes pelo parque. Logo na entrada tinha um salão com uma espécie de lanchonete de lanches temáticos, e logo após o salão que era a céu aberto, estavam eles.

Primeiro eles avistaram o berçário. Instrutores trabalhavam com os uniformes justos com o logo do parque que era um dragão preto num campo verde, eles ensinavam os dragões bebês a voarem e até dava mamadeiras a eles, nos dragões maiores havia até crianças montando neles.

Caspian perguntou a um instrutor se Rillian e Alex poderia dar uma volta em um dragão, e o rapaz respondeu que a primeira vez é de graça.

Rillian e Alex montaram num dragão azul criança de pescoço longo. Havia uma cela oferecendo completa segurando para os dois, mas mesmo assim Rillian estava com medo e agarrou no pescoço do dragão, mas Alex parecia estar completamente sem medo, e estava dando várias risadas e até mesmo erguendo os braços enquanto o dragãozinho voava baixo em um campo de almofadas, o passeio durou dez minutos e ambos quiseram ir novamente, aos poucos Rillian foi perdendo o medo.

Logo depois tinha o aviário. Os dragões aviários eram conhecidos como os mais rápidos do mundo, eles possuíam uma dieta severa de animais do mar e cenouras gigantes. Voavam em círculos e bem alto, as crianças até os acariciavam. Eles possuíam as patas dianteiras bem pequenas e uma crina e asas afiadas, mas mesmo assim seu olhar assustava.

Depois vinham muitos outros tipos de dragões em muitas outras partes do Parque, mas Asafe e Lúcia só queriam fazer uma coisa.

Asafe enganou Clove e mandou-a para a lanchonete, mas ele tinha marcado um encontro com Zoë atrás do berçário, perto do vestiário dos instrutores.

Um beijo de Lúcia era tudo para ele, ele simplesmente não podia conter sua paixão, era muito intensa e quanto mais Lúcia tentava reijeitá-lo mais ela tinha desejo de amá-lo.

– Não podemos mais ficar nos encontrando escondidos – disse Lúcia.

– Eu sei – disse Asafe tristemente olhando para seus pés.

– Eu te amo! – ofegou Lúcia.

– Eu te amo! – respondeu Asafe estranhamente e os dois mergulharam em outro beijo intenso.

Bianca esquecera o pingente com a Marca de Atena e se perdeu no Parque. Agora ela estava nos morros de cruzamento de dragões. Tudo que ela menos precisava agora era ver casais de dragões fazendo amor.

Um belo jovem também estava lá, ele tinha cabelo crespo e ondulado, e suas feições eram igual a de um deus grego de tão bonito que ele era. Bianca sentiu-se atraída por ele, mas tudo que ela menos precisava agora era conversar e iludir-se com garotos bonitos.

– Olá – disse o rapaz radiante com a beleza de Bianca.

– Ah, oi – disse Bianca olhando para os morros. Os dragões cruzavam dentro de cavernas com portas em formato de corações.

– Eu odeio corações – disse ela.

– É meio ridículo, não acha? – riu o rapaz.

Bianca riu sinceramente pela primeira vez desde que Edmundo lhe dera o fora.

– Como se os dragões fossem apreciar a decoração – sorriu Bianca.

Os dois encararam os morros por um tempo.

– É sua primeira vez aqui? – perguntou o rapaz.

– Sim – respondeu Bianca.

– E qual seu nome? – perguntou o rapaz.

– Desculpe, eu sou a princesa Bianca de Flyre – disse Bianca.

O rapaz arregalou os olhos.

– Eu ouvi boas coisas sobre você princesa, soube que você gosta de ler e é muito inteligente – disse o rapaz.

Bianca corou.

– Bom, também esqueceram de te contar que não tenho sorte no amor – disse ela.

– O quê!? – disse o rapaz pasmo. – Uma princesa tão linda como você? Como pode ter azar no amor?

Bianca ficou escarlate com o elogio.

– E você, quem é? – perguntou Bianca.

– Me chamo Dédalo, e sou o arquiteto oficial do Dragonário – sorriu ele.

– Ah meu Deus! Você é quem projetou tudo isso! – disse Bianca impressionada.

– E eu também decorei tudo – disse Dédalo com um sorriso meio envergonhado.

Bianca corou de vergonha.

– Me desculpe por falar mal dos corações! Eu apenas estou com raiva do amor sabe... – disse Bianca. – Mas os corações são realmente fofos.

– Entendo – disse Dédalo. – Quer tomar um sorvete comigo?

– Claro – sorriu Bianca.

Os dois passearam pelo parque e Dédalo mostrou tudo a Bianca e falou sobre todas as curiosidades que ela tinha, parecia que a mente dos dois estava sempre em sintonia e Dédalo era o cara mais inteligente que Bianca já havia conhecido.

– Não conheceu muitos caras como eu, não é? – disse Dédalo.

– Bom... Não. Meu primeiro namorado era um deus e partiu meu coração, meu segundo eu achava que ele realmente me amava, mas tudo terminou mal – disse Bianca.

– Eu também nunca conheci uma garota tão interessante como você – disse Dédalo.

Bianca ficou escarlate e desviou seu olhar para o relógio de bolso em forma de coruja de Dédalo.

– Você é filho de Atena! – deduziu ela em voz alta.

– Culpado – disse Dédalo descontraído.

– Bom, eu teria orgulho em ser filha de Atena – disse Bianca.

– Eu tenho orgulho de ser filho de Atena, o problema é que as pessoas me julgam inteligente só por causa disso, meu pai era um simples ferreiro e eu também tenho muito orgulho dele – disse Dédalo.

– Claro – disse Bianca, então ele era um semideus. – Quanto demorou para esse projeto sair do papel? – perguntou.

– Bom, na verdade eu apenas juntei rascunhos e ideias que tinha para outros projetos e adaptei para o Dragonário, foi uma honra para mim, eu tinha apenas doze anos e estava subindo na carreira de arquiteto quanto os bruxos chamaram a mim para desenhar esse Parque, melhorou muito a vida da minha família, e foi muito prazeroso, a construção durou um ano para terminar de ser desenhada e passaram dois anos em construção – disse Dédalo.

– Então você tem dezoito anos? – disse Bianca, ela apenas calculou mais três anos que era o tempo que o parque existia.

– Você realmente é inteligente princesa – sorriu Dédalo.

– Não tanto quanto você. Sabe, meu sonho sempre foi ser arquiteta, não quero me casar com um príncipe qualquer e viver só para ter filhos – disse Bianca.

– E está certa, garotas são muito mais do que só esposas – disse Dédalo.

Os dois conversaram sobre sonhos, livros e projetos e em uma hora já estavam completamente apaixonados um pelo outro.

Já estava quase anoitecendo quando Dédalo convidou Bianca para seu escritório. Bianca ficou meio receosa, mas mesmo assim foi. O escritório de Dédalo era uma completa bagunça de papéis espalhados e um enorme quadro negro com centenas de desenhos geométricos, cálculos e anotações. Bianca ficou até meio zangada por ele não ter vergonha de mostrar seu escritório bagunçado.

– É daqui que saem meus projetos – disse Dédalo orgulhoso.

– Legal – mentiu Bianca.

– Sabe princesa, tenho vários projetos em minha vida, mas nunca tive projetos para casamento – disse Dédalo olhando pela janela de seu escritório.

Bianca decepcionou-se, então Dédalo não queria compromisso.

– Até eu ter conhecido você – disse Dédalo.

Bianca animou-se novamente.

– Fico lisonjeada – disse Bianca docemente. – Mas estou em uma missão perigosa que tem previsão para acabar daqui a três semanas, meu país entrará numa grande guerra e...

– Eu ficaria muito feliz de lutar ao seu lado – disse Dédalo.

– Quer dizer que abandonaria Dragonário por mim? – disse Bianca pasma.

– Eu abandonaria minha própria sanidade por você, princesa – disse Dédalo.

Aquelas palavras tocaram o coração de Bianca.

– Eu quero te mostrar algo – disse Dédalo estendendo a mão para Bianca, ela a pegou e os dois andaram até um túnel que dava numa espécie de câmara coberta por uma abóboda de vidro.

– Eu entrei nesse projeto com os bruxos há um ano e meio, quer ver? – perguntou Dédalo.

– Claro que sim – disse Bianca animada.

Dédalo tirou um apito de seu bolso e soprou, o apito fazia um barulho quase ensurdecedor.

– Conheça a Sogra – disse Dédalo apontando para um enorme dragão preto. Devia ter uns quinze metros de altura e dentes laranja, não parecia nada amigável como os outros dragões.

Bianca estava realmente assustada.

– Porque esse dragão está isolado dos outros? – perguntou Bianca.

– Bom, é porque esse dragão não é como os outros – disse Dédalo. – Há anos os bruxos vêm desenvolvendo formulas mágicas para deixar os dragões amistosos, mas os dragões perderam completamente a sua identidade, os dragões não foram feitos para serem animais de estimação de ricos excêntricos – disse Dédalo, havia certa revolta em sua voz. – Por isso criamos a Sogra, um dragão modificado em laboratório alquimístico, ela é ainda mais agressiva que dragões normais.

Sogra cuspiu uma grande chama de fogo na câmara de vidro, Bianca gritou e cobriu os olhos com seus braços. Sogra tentou voar, mas bateu no vidro da abóboda.

– Do que esse vidro é feito? – perguntou Bianca, ela já notara que o vidro não era simples logo quando entrou.

– É protegido por vários feitiços, Sogra não pode quebra-lo – disse Dédalo.

– Dragões normais não serviriam? – perguntou Bianca.

– Eu queria algo assustador – disse Dédalo. – Você me entende, certo?

– S-sim – mentiu Bianca.

– Nós queremos montar uma área apenas para os adultos que estão cansados de verem dragões tão banais – disse Dédalo.

– Dragões nunca serão banais, são dragões! Mas sua ideia é boa – disse Bianca.

Sogra agitou-se e ficou tentando escapar cuspindo fogo para todos os lados, mas simplesmente não estava dando certo, o vidro não sofria nenhum arranhão, Bianca não estava mais com medo.

– Bom, princesa... Sei que uma garota inteligente como você não se encontra na esquina todo dia, mas quando o amor nos toca nós sabemos que ele é verdadeiro, e eu sou um cara romântico, guardei essa aliança que foi um presente de meu pai para minha falecida madrasta – disse Dédalo estendendo uma aliança para Bianca.

Bianca encantou-se, ela jamais esperaria ser pedida em casamento.

– Princesa Bianca, quer ser minha esposa? – perguntou Dédalo.

Bianca ficou sem palavras quando ouviu-se um estrondo da abóboda se quebrando em milhares de pedaços. Dédalo e Bianca correram o máximo que podiam para não serem atingidos, e depois saíram desesperados para avisar aos outros.

– FUJAM! DRAGÃO FEROZ A SOLTA! – gritaram eles.

Toda a multidão no parque começou a sair, até mesmo os instrutores correram quando viram Sogra botar fogo no berçário. Mas algo estranho estava acontecendo, era como se o resto dos dragões estivesse obedecendo às ordens dela.

Sogra estava queimando e detonando tudo, e tudo que os Caçadores de Relíquias fizeram foi correr para seu Acampamento.

– Temos que ajuda-los! – gritou Bianca.

– Não temos essa obrigação! – praguejou Clove.

– Meu Deus! O que eu fiz... – culpou-se Dédalo, atordoado.

– Não foi culpa sua Dédalo, você não imaginava que o vidro iria quebrar daquela maneira – disse Bianca acariciando seus cabelos.

– Eu deveria ter previsto – disse Dédalo.

– E quem é esse seu amigo, Bianca? – perguntou Asafe com ciúmes.

– Ele é o arquiteto do Dragonário, nos conhecemos hoje, ele é um cavalheiro – disse Bianca.

– Bom, não machuque minha irmã, Dédalo – ameaçou Zoë, mas Dédalo não deu atenção, estava muito atordoado por causa de Sogra.

– Gente! Eu vi algo... – disse Camilla preocupada.

Todos pararam o que estavam fazendo, quando Camilla conta uma de suas visões é porque é muito grave.

– Temos que ir a procura do Martelo de Hefesto agora, ou ele não vai existir mais! Eu vi que Sogra o procura, ela quer construir um sinalizador que juntará todos os dragões do mundo inteiro para destruir o mundo – disse Camilla assustada, logo em seguida Apolo a abraçou fortemente.

– O que diabos fizeram com esse dragão? – indignou-se Pedro empunhando o seu Cetro em forma de espada na mão.

– Nós só queríamos inovar... – disse Dédalo.

– Gente, não temos tempo, temos que lutar, vamos nos preparar para a batalha. Camilla, onde está o martelo? – perguntou Zoë.

– Está dentro do Dragonário, perto da abóboda de Sogra – respondeu Camilla encolhendo-se no peito de Apolo.

– Mas aquele é um Martelo de enfeite – disse Dédalo, já reconhecendo

Doía demais para ela ver aquelas coisas, e quando ela compartilhava ficava ainda mais difícil esquecer.

Em meia hora os Caçadores de Relíquias pegaram suas armas e suas armaduras e foram a pé até o Dragonário, que eles viram de fora estava completamente destruído.

– Qual vai ser o plano? – perguntou Bianca a Asafe e Zoë.

– Bom... Vamos na raça até Sogra – disse Asafe, seu rosto parecia tenso.

– Vai ser muito difícil, mas nós temos que ir – disse Zoë. – Primeiro vão os arqueiros e atirem em Sogra e nos outros dragões o máximo que puderem, enquanto nós procuramos o Martelo. Dédalo, onde exatamente ele está?

– Está no meio das árvores, bem no centro – disse Dédalo. – Eu vou com vocês, mas primeiro acho melhor matar Sogra.

– Ele está certo, temos antes que matar Sogra – disse Asafe.

Os Caçadores de Relíquias correram para os vidros da abóboda que quebrara e avistaram o dragão de couro preto e grandes olhos laranja. Todos que estava com arco e flecha atiraram e Sogra berrara tão alto que eles quase ficaram surdos.

Quando eles estavam perdendo a luta, chegou uma multidão de cavalheiros com armas e armaduras brilhantes, com pouco esforço eles conseguiram matar Sogra, e com isso todos os outros dragões voltaram a ser mansos. Todos literalmente gritaram de alegria e acharam o Martelo de Hefesto. Eles estavam perto do local onde estava o Martelo, quando Bianca disse:

– Ei, Dédalo. É uma boa hora para você continuar com o pedido que fez horas atrás – sorriu Bianca.

Dédalo pigarreou e pediu a atenção de todos os Caçadores de Relíquias e dos cavaleiros de Eraton.

– Princesa Bianca de Flyre, a sábia, deseja ser minha esposa? Aceitou ou não aceita – disse Dédalo de joelhos e estendendo a aliança de ouro que tinha a frase gravada “Para a mulher da minha vida”. Todos ficaram em silencio por um momento quando Bianca diz confiantemente:

– Aceito.


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Notas finais do capítulo

Perguntas:

— O que achou do Dragonário?
— O que achou de Dédalo e Bianca (#Dianca)?

Preview Próximo Capitulo: Jardins de Água

Os Caçadores de Relíquias embarcam em uma nova aventura, em um novo lugar, repleto de perigos, aventuras e romance...



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