Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 33
Capitulo 33 – Em Fogo Grego.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, mil desculpas pela demora de postagem, andei muito ocupado e me afastei do site esses dias, entrando só para ver as atualizações e talz, mas agora eu voltei e espero que a fic ainda tenha leitores.
Esse capitulo está cheio de emoção e ação, vocês vão adorar.
Pra quem acompanha "Meu Anjo", hoje mesmo 12/12, postei o capitulo "12 – Video Games" piloto do spin-off (fic derivada) de "Meu Anjo".
LINK: http://fanfiction.com.br/historia/308113/Meu_Anjo/capitulo/12/



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Alícia, Zoë, Mimí e Lúcia passaram algumas horas acampadas atrás dos caixotes do armazém. Elas se cobriram com seus edredons porque apesar de estar há dez metros de distancia de grandes caixas com centenas de potes de fogo grego o armazém além de escuro era muito frio. Elas trouxeram jujubas e velhos pedaços de pizza para comer.

Quione e Despina ainda não voltaram, todavia milhares de depósitos de mantimentos de comida de roupas e de lixo foi posto no armazém. A caixa com fogo grego estava lacrada, talvez por magia, e fora tinha um aviso que dizia “ENCOMENDA RESTRITA AFASTE-SE, PRODUTO PERIGOSO”.

Elas entraram no armazém ontem lá pelas seis horas da noite. Há esta hora com certeza estavam dando falta delas. Mas elas tinham que agir rápido, não podiam esperar ninguém. E o primeiro de tudo, elas iriam “ver” o que poderiam fazer. Hoje mais cedo ou mais tarde Quione e Despina vão buscar o fogo grego junto com o tal “herói” hipnotizado.

Todas ficaram extremamente caladas durante o tempo atrás das centenas de caixotes. Espiavam toda vez que alguém entrava, e revezavam de guarda para descansarem um pouco. Dormiram muito mal noite passada, no chão duro e frio do armazém.

Lúcia estava montando guarda ás onze horas da manhã, morrendo de fome, não aguentava mais pizza velha e jujubas secas. Ela tinha ficado duas horas acordada na noite anterior estava com muitas olheiras e muito sono, estava com o seu punhal á mão, ele nunca a decepcionou. Sempre gostou de lutar com o seu punhal, não trocaria por um arco de jeito nenhum.

Todas outras estavam dormindo fazendo as mochilas de travesseiros, e cobertas com seus edredons. Lúcia estava espiando entre alguns caixotes e viu duas garotas jovens uma loira e outra com cabelos extremamente negros e ambas eram muito pálidas. Na mesma hora ela acordou as outras. Quione e Despina estavam prontas para por o plano em prática.

Elas traziam Apolo que parecia ter sido hipnotizado, estava com olhos brancos como gelo. Quione e Despina pareciam felizes da vida, até cantavam musiquinhas alegres. Abriram as caixas com o fogo grego e um brilho fantasmagórico verde invadiu o armazém. As meninas pegaram suas armas, Alícia pegou se arco de madeira, e Zoë seu arco de prata celestial, Lúcia pegou seu punhal e Mimí sua espada de fogo. O plano era seguir elas então esperaram elas saírem do armazém.

Derrubaram os caixotes de madeira que as cercavam, já tinha arrumado as mochilas e seguiram Quione e Despina, tinham que ter muito cuidado para não serem vistas. Apolo estava puxando a caixa de fogo grego com uma corda como quem puxa um trenó de brinquedo. Eles três se dirigiram para os fundos do hotel, onde havia um estacionamento de bigas gregas voadoras e pegasus. Quione e Despina também pareciam que iriam atuar no plano, pois subiram com Apolo na biga e colocaram as caixas de fogo grego e partiram para o céu.

Mimí, Alícia, Zoë e Lúcia pegaram outra biga com pegasus e seguiram atrás deles. Não era mais hora de se esconder, Mimí que estava pilotando a biga se igualou á biga de Quione e Despina, elas fizeram cara de surpresas não esperavam que alguém estivera as espionando, Despina que estava pilotando a biga dos inimigos tratou de ir mais rápido dando chicotadas nos pegasus. Mas Mimí também era uma ótima pilota de biga.

As bigas continuaram igualadas, Mimí puxou as rédeas dos cavalos para a direita fazendo as duas bigas colidirem. Zoë mandou Mimí se afastar alguns metros para ela e Alícia poderem atirar algumas flechas. Despina congelava todas as flechas que viam em sua direção e Quione as transformava em neve. Mimí passou as rédeas para Lúcia e mandou-a fazer as bigas colidirem outra vez. Mimí atacou com garganta, o nome de sua espada de fogo, mas quando ela tentou partir a roda da outra biga Quione apagou o fogo da espada com neve, e tudo que sobrou foi uma lamina de ferro quente.

Era muito difícil derrota-las, elas eram muito poderosas, Apolo não fazia nada a não ser olhar abobado para o tempo com olhos cor de gelo. Despina e Quione resolveram contra-atacar mandando adagas de gelo e bolas de neve, Mimí era mesmo uma ótima pilota de biga para desviar de tudo aquilo. Alícia e Zoë decidiram preservar seus estoques de flechas, mas Lúcia pediu outra colisão para atacar com seu punhal. Mimí aproximou-se novamente da outra biga mesmo com chuva de cacos de gelo e bolas de neve e rajadas de vento congelantes.

Lúcia pegou seu punhal e na rápida colisão com a outra viga conseguiu cortar uma das rédeas que ligava ao pegasu da biga de Quione e Despina. Não adiantou muito, pois Despina conjurou uma corda de gelo. Elas viram que naquelas condições não teria jeito de impedir, Lúcia quase levou uma adaga de gelo de Quione no peito. Elas deram a volta e decidiram voltar para o hotel, enquanto Despina e Quione voavam para ver qual era o melhor ângulo de incendiar o Vilarejo de Bóreas.

Quando elas chegaram ao hotel ouviram sons de explosões e quando olharam para fora do hotel o Vilarejo de Bóreas estavam queimando em fogo verde, era possível ver uma biga grega circulando pelo céu do Vilarejo com duas garotas e um garoto atirando potes de fogo grego em casas, lojas e todo o resto.

Todos se voluntariaram para ajudar, todos os garotos e todas as garotas, Caspian relutou em deixar Susana lutar por causa do bebê, mas todo o resto concordou em lutar. Mas antes que eles se organizassem Quione e Despina já estavam tocando fogo no Gran Hotel.

– Existe um feitiço para reverter o efeito do fogo grego, se eu ao menos lembrasse... Estava em francês – disse Bianca de mãos dadas a Eros, eles andavam de mãos dadas.

Todos olharam para Isabelle como se tivessem uma brilhante ideia.

– O que foi? – perguntou Isabelle amarrando os cabelos num rabo de cavalo e com suas fitas enforcadoras na mão.

– Você sabe falar francês! – afirmou Lúcia.

– Ah não gente, francês é legal, mas me assusta – disse Isabelle.

– Isso não é da minha conta, o Vilarejo, nossas vidas, e toda Quebec vai ser destruída – disse Zoë.

– Tá bom eu falo francês, mas não sou nenhuma bruxa pra fazer feitiço – disse Isabelle.

– Não precisa ser bruxa para fazer feitiço, todo mundo tem magia dentro de si – informou Lúcia.

– O.k., mas o que eu tenho que ler em francês? – perguntou Isabelle. Era incrível que até sarcástica ela era muito linda.

– Isso – disse Bianca voltando de seu quarto com um livrinho de bolço chamado “Feitiços Úteis e Poderosos”.

O fogo estava começando a atingir a recepção do hotel onde todos os caçadores de relíquias estavam, o resto do povo corria para fora do hotel e gritava no meio do Vilarejo.

– Mas isso aqui não está em francês... Que diabo de língua é essa? – disse Isabelle.

– Claro que está em francês! – disse Bianca indo conferir o livro. – Está sim em francês.

– Você por acaso sabe falar francês? – perguntou Isabelle com ignorância.

– Não Isabelle, mas eu leio muito tá? Sei o que é francês! – disse Bianca.

– Eu estava brincando gente, está mesmo em francês – gargalhou Isabelle e todos fizeram caretas de raiva. – ...Le feu brûle... – leu em seu lindo sotaque francês. – feu se refroidit...

Feu brûle

Le feu est refroidit

Cessez le feu maintenant

Le feu a diminué

Ou aller au tartre

Ela disse “O fogo queima, o fogo esfria, fogo cesse já, fogo diminua ou para o tártaro vá”. O fogo na recepção começou a diminuir, Isabelle repetiu o feitiço mais vezes e o fogo se apagou deixando o hotel como era.

Eles partiram para o meio das ruas do Vilarejo e Isabelle recitou o feitiço mais e mais vezes. Quione e Despina ficaram iradas, Quione jogava facões afiados de gelo e gigantes bolas de neve e Despina congelava algumas pessoas. Apolo continuava jogando potes de fogo grego, havia muito fogo pelo Vilarejo e muito mais fogo na biga deles, dava pra incendiar toda Quebec.

Os feitiços de Isabelle eram úteis, mas nem tanto, apagavam muito fogo, mas todo o Vilarejo estava pegando fogo e assim que ela terminava de apagar algo Despina e Quione atiravam outro pote de fogo grego. Isabelle parecia uma moça francesa praguejando sobre a cidade. Camilla, Zoë, Mimí, Lúcia e Alícia roubaram uma biga do estacionamento do hotel e subiram para o céu. Também fizeram isso: Caspian, Asafe, Edmundo e Pedro.

Caspian conseguiu quebrar a roda esquerda da biga de Quione e Despina, o que deixou a biga descontrolada, elas criaram uma alta montanha de gelo e neve para apoiar a enorme caixa de fogo grego e ficaram atirando os potes de lá de cima. Apolo que era quem atirava mais potes caiu estatelado no chão, a sorte foi que ele caiu encima de um pouco de neve que tinha caído da montanha de Quione se não estaria esmagado.

Quione e Despina atiraram todos os potes de fogo grego, em minutos todo Vilarejo de Bóreas estava queimando sob fogo verde. Os caçadores de relíquias saíram de lá com sorte, menos Zay e Nico. Bianca estava desmaiada por causa da fumaça tóxica, todos vomitavam e tossiam, aquilo ia custar uma semana de gripe.

Ouve uma enorme explosão no hotel e uma biga saiu voando como um raio de lá, nela estavam Zay e Nico, Zay com sua espada de bronze celestial e Nico com sua lança de ferro, voaram para a montanha de neve e gelo em que estavam Despina e Quione.

Do hotel saíram cones em forma de tornados, os venti, espíritos da tempestade. Quione e Despina conseguiram o seu objetivo. Mas ainda assim jogavam potes de fogo grego no pouco do Vilarejo que não estava incendiado. Havia pouco fogo grego e elas queriam vingança.

Nico e Zay pousaram na montanha há três metros de Despina e Quione. Quione continuou atirando os potes de fogo grego, seu pai não apareceu pois estava enfraquecido pelo fogo, os boreádas, Zetes e Calais estavam tentando apagar o fogo no Vilarejo. Despina conjurou uma lança de gelo para lutar com Zay.

Zay investiu contra Despina e cortou um pedaço de sua lança de gelo. A lança cresceu novamente na mesma hora, quando Nico ia investindo contra Despina novamente ela o transformou numa estatua de gelo. Zay investiu novamente só que seu ombro foi rasgado.

Zoë ficou com muita raiva deles dois terem tomado frente no ataque. Ela não gostava dos Shamats, nem um pouco. Ela pediu para Mimí deixa-la ir para a montanha de gelo e neve também, sentiu ciúmes de Zay e Nico, por eles terem meio que trapaceado nos jogos, e aquela era a missão dela e de seus amigos, e eles não eram seus amigos.

Ela tentou atirar uma flecha nas costas de Quione, esta continuava atirando fogo grego na cidade, mas a flecha foi congelada por Despina. Zay traçava uma luta violenta com a deusa do inverno ao lado de uma estátua de gelo. Todas as garotas tentavam atirar flechas, mas não conseguiam, além de estar atirando fogo grego, Quione criaria uma espécie de cúpula de adagas de gelo em volta do topo da montanha de gelo e neve.

Zoë investiu com o punhal que Lúcia lhe emprestara, tudo que conseguiu foi um arranhão no braço pela lança de gelo. Zay a protegeu de Despina atravessa-la com a lança de gelo. Zay estava com vários cortes, e seus golpes diminuíram enquanto ele tentava desviar dos raios congelantes de Despina. Uma vez ele até protegeu Zoë que estava caída e sangrando no chão da neve empurrando a estátua de Nico.

Uma Alícia preocupada pegou a estátua de Nico junto com Mimí e pôs na lotada biga das meninas. Zoë e Zay estavam sangrando muito e se viram lutando juntos contra Despina. A última coisa que Zoë queria era lutar ao lado de Zay, mas ela era obrigada, aquela deusa do inverno tinha destruído todo o Vilarejo, e estava destruindo a fora dele, estava destruindo alguns Vilarejos de Quebec. Despina conseguiu libertar os espíritos dos ventos para recrutar ao lado de Ravenna, ela era serva da inimiga.

Zay investia sempre com sua espada e se esquivava dos golpes de gelo de Despina, tudo que Zoë pudera fazer foi tentar atingir Despina com o punhal de Lúcia. Despina estava jogando rajadas de gelo á toda hora, Zay já destruíra umas quinhentas vezes sua lança de gelo. Quione continuava tacando os poucos potes de fogo grego que restavam em Quebec.

Enquanto se desviavam de raios congelantes eles tiveram que bolar um plano.

– A mantenha ocupada – disse Zoë para Zay e ele concordou.

Zay investiu novamente com sua espada e começou a lutar com Despina mais uma vez. Zoë que estava ensanguentada correu com toda a sua velocidade para Despina e na rapidez de um raio cravou o punhal de Lúcia no pé da deusa, ela gritou e sem querer empurrou a caixa com no mínimo vinte e cinco potes de fogo grego que terminou de destruir o Vilarejo de Bóreas e causou uma avalanche na montanha de gelo e neve, Quione e Despina criaram uma roda de gelo para a biga e partiram para longe com os espíritos da tempestade em seus encalços.

As outras bigas dos caçadores de relíquias pousaram na montanha para buscar Zay e Zoë. Apolo e Theo, os dois médicos do grupo foram fazer os curativos nos dois e dar Néctar e Ambrosia que os deixou bons em algumas horas. Forçaram uma preguiçosa Isabelle a recitar o feitiço milhares de vezes em francês, o suficiente para diminuir bastante o fogo no Vilarejo e algumas cidades de Quebec. Depois pegaram a carruagem deles para ir mais ao norte, pois Eros recebeu um recado de sua mãe Afrodite, ainda faltavam dois dias até ela vir até eles, mas não tinha como ficarem hospedados no hotel. Dormiram uma noite no Vilarejo para diminuir mais o fogo, ajudar as vítimas e recuperar os seus pertences.


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Notas finais do capítulo

Pergunta em especial:
* O que achou da Zoë lutando ao lado do Zay?



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