Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 18
Capítulo 18 – O Mestre Dos Vulcões.


Notas iniciais do capítulo

Lembram que a fic voltava no final de Junho?
Capitulo novinho e cheio de emoções pra vocês! Agora que eu estou de férias, vou postar muito, até porque já tenho muitos capitulos prontos pra vocês, só faltam ser editados, e também eu vou escrever novas fics nessas férias!
Boa leitura!



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Capitulo 18 – O Mestre Dos Vulcões.

Os perus-pavões tinham a força de cinco homens fortes, e bicavam e tentavam agarra-los com as boca enquanto davam chutes com suas longas patas, havia uma centena deles ali, e numa mesa no centro viram Theo bastante pálido e adormecido, parecia até que estava morto.

– Theo seu bosta! ACORDA AGORA E VEM AJUDAR A GENTE! – berrou esganiçada, Camilla sendo agarrada por um peru-pavão.

Zoë lutava o máximo que podia, estava furiosa, com seu arco ela ainda conseguiu acertar alguns perus pavões, mas foi pega por trás de um e seu arco escorregou de sua mão, o mesmo aconteceu com Bianca e Carly.

Apolo não podia interferir, era uma regra imposta por Zeus, ele não podia interferir numa missão até esse ponto, ele começou a chorar vendo Camilla ser pega.

O Arco de Prata celestial que Susana emprestou a Camilla havia desaparecido, e ela estava vulnerável na briga, enquanto Mimí cortava cabeças dos perus-pavões ela fechou os olhos e se concentrou no seu poder de Oráculo De Delfos, as pupilas de seus olhos começaram a ficar verdes fantasmagóricos, e uma bolha da mesma cor das suas pupilas apareceu em volta dela e foi se enlanguescendo até soltá-la da boca de um peru-pavão que morreu porque abriu a boca demais, ela se concentrou nesse circulo e conseguiu salvar Zoë, Bianca e Carly, depois seus olhos voltaram ao normal e deixando Isabelle e os outros feridos e lutando elas correram para buscar alguma ajuda.

Elas subiram de novo pelo escorregador, e pararam um pouco para descansar da corrida, principalmente Camilla que tinha gastado muita a sua força.

– O que faremos agora? – perguntou Bianca.

– Vamos procurar o diamante de Pura... – disse Apolo aparecendo do nada.

– O que? – perguntaram as quatro meninas em coro.

– Carus não vai matar todos agora, apenas tirar a cabeça como fez com Theo – começou Apolo. – Para completar o ritual ele precisa do diamante de Pura que tem que ser achado por um humano, se conseguíssemos negociarmos o diamante pelas vidas... Bem, enfim, podemos dar um jeito! – disse Apolo encorajador.

– Certo! E onde está esse diamante de “pluma”? – perguntou Camilla.

– No vale da cachoeira gelada – disse Apolo.

– Ah não... – praguejou Carly.

– Isso é tudo? – perguntou Zoë.

– Sim, e sugiro não perderem tempo – disse Apolo.

– Não, vamos! – bradou Zoë. – Em frente irmãs!

Elas desceram pelo rio subterrâneo que dava no riacho da cachoeira do vale fechado com a ajuda de Apolo, e visualizaram a boca da cachoeira que ficava a uns dez metros de altura.

– Alguém tem que procurar lá, é mais provável que esteja lá do que aqui, quem quer subir? – perguntou Apolo.

– Eu subo! – disse Zoë destemida.

– Quer uma ajudinha cunhada? – perguntou Apolo brincalhão e Zoë revirou os olhos.

– Seria prudente! – rosnou Zoë.

Apolo derrubou uma árvore de nove metros que ficou apoiada na montanha de pedras da cachoeira e daria para Zoë subir e chegar lá.

– De nada! – desdenhou Apolo e Zoë fez uma cara de desprezo e começou a escalar pela árvore, enquanto Camilla, Carly e Zoë procuravam entre os arbustos.

Ainda faltava um metro para Zoë conseguir entrar na boca da cachoeira, ela ficou pendurada um minuto pela beirada com água correndo fortemente em seu rosto, mas com esforço ela conseguiu se levantar e entrou no buraco, se andasse mais que um metro dentro daqui cairia, pois dentro da cachoeira havia um poço enorme coberto de ouro em cada centímetro, ouro, rubis, e diamantes, mas qual seria o diamante de Pura?

– Eu preciso de ajuda aqui em cima! – gritou para Camilla, Apolo, Bianca e Carly.

Camilla subiu trepando a árvore até chegar à boca da cachoeira. Camilla também ficou impressionada com o tesouro encrustado no poço.

– Pura tentou roubar o Oráculo de Delfos antigo, e como você é o atual, poderia dizer qual deles é o certo? – perguntou Zoë.

– Infelizmente não... Mas se talvez soubéssemos mais sobre Pura... – disse Camilla.

– Bianca tinha um livro cheio de lendas lembra? Uma vez eu estava lendo e li um pouco sobre Pura, mas não me importei e pulei o artigo – disse Zoë tristonha.

– Eu li a autobiografia de Pura, fez parte do meu treinamento para Oráculo, e decorei pouquíssima coisa eu passava a maior parte do tempo pensando em vacas tomando leite – disse calmamente Camilla.

– Porque você pensava em vacas tomando leite? O que é que isso tinha a ver com o seu treinamento e a autobiografia de Pura? – perguntou Zoë.

– Uma vez fui ao celeiro e vi fazendeiros tirando leites de vacas, eu perguntei por que as vacas davam leite, e eles disseram que é da natureza dela, mas na natureza uma coisa leva a outra né? Então eu pensei e pensei e cheguei a conclusão de que as vacas bebiam leite para ser tirado depois, mas eu não entendi era porque eles davam leite as vacas pra tirar depois! Eu sei que isso parece ridículo, mas não saiu da minha cabeça! – disse Camilla.

Zoë revirou os olhos de raiva.

– Mas o que você aprendeu sobre Pura? – perguntou Zoë aborrecida.

– Só que ela usava um diamante furta-cor – disse Camilla.

– Bom já temos uma dica – disse Zoë. – Eu tive uma ideia! Vou colocar um balde e você desce nele enquanto te seguro está bem? – disse Zoë.

– OK – concordou Camilla impassível. Zoë pegou um balde e uma corda enquanto desceu Camilla pelo buraco brilhante de ouro e diamantes. Depois de alguns minutos Camilla gritou:

– Achei!

– Tem certeza? – perguntou Zoë.

– Absoluta! – comemorou Camilla e Zoë começou a puxar o balde que Camilla estava agarrada trazendo-a para a boca da cachoeira.

Camilla trazia um anel brilhante com um diamante rosa claro, não, lilás claro, não, verde claro, em fim, que mudava de cor constantemente.

– Como sabe que é esse? – perguntou Zoë.

– Porque ele fez psiu pra mim – disse Camilla normalmente.

– Sério? – perguntou Zoë estupefata.

– Sim, mas eu sabia que era ele, sonhei com esse anel na véspera de uma prova do treinamento pra Oráculo, várias vacas estavam me explicando que o leite vem delas, mas eu não entendia, aí aparecia um anel gigante igual a esse dizendo que as vacas são um tipo de filtrador de leite, o que é filtrador Zoë? – perguntou Camilla.

– O anel disse que as vacas filtram o leite, que elas o limpam para consumo – disse Zoë pegando o anel, e em seguida ela e Camilla desceram a árvore.

– Achamos!

– Mas peraí, se as vacas filtram o leite porque que é que ele é cozido antes de bebermos? E de onde vem o leite que as vacas bebem? – perguntou Camilla curiosamente interessada.

– Isso importa? – retrucou Zoë mal-humorada, e Camilla foi perguntar a Apolo de onde vem o leite.

– Vamos, eles estão correndo perigo! – disse Carly e apressados tomaram o caminho de volta para o salão do ritual. Lá Apolo começou a falar em outra língua para os perus pavões.

***

Susana tricotava um casaquinho de lã rosa para Alêx enquanto rezava por todos que partiram, estava numa cadeira de balanço, presente de Caspian para ela dar mais conforto a ela e o bebê que estava crescendo conforme Susana se entupia de comida e as gorduras iam aumentando gradativamente. Cantarolava a música da flor de fogo alegremente, virou-se para pegar a caixa de lãs e viu o Arco De Prata Celestial na sua cama, ela tinha dado para Camilla lutar, e mesmo que Camilla fosse tão cabeça oca a ponto de esquecer ela vira Camilla partir com ele.

Ficou examinando-o atentamente porque o arco estava ali, Camilla não podia ter voltado e deixada o arco lá, porque minutos antes, de Susana encontra-lo agora, ela estava no quarto e não havia nenhum arco, cansada e agoniada de tricotar um torto casaquinho de lã rosa, ela decidiu examinar o arco que da primeira vez, estava curiosa pelos símbolos desenhados dentro de uns cilindros perto das extremidades do arco, eram letras esquisitas, muito estranhas que Susana pôde assemelhar ao alfabeto que aprendeu em seu mundo, pareciam as mesmas letras só que de cabeça para baixo, ou envergadas, ou coladas. Levando em conta a semelhança ela conseguiu traduzir.

Em cima do vulcão

Quando girou os cilindros para ver se conseguia formar mais palavras do nada sentiu uma forte dor no peito, ela caiu da cadeira de balanço, segurando-se pelos braços mantendo o rosto longe do chão, não conseguia pensar, nem respirar, aquele aperto ia aumentando mais e mais, enquanto ela se contorcia e ficava roxa, Liliandil entrou na tenda, e a ajudou a leva-la para fora, sua cor melhorou, assim como a dor e a respiração.

– O que há de errado? – perguntou Liliandil aborrecida.

– Eles estão correndo perigo... – disse Susana e a dor começou a voltar mil vezes pior.

– O que eu posso fazer? – perguntou Liliandil preocupada.

– Cham-me... pfff... Hera-a-a – disse Susana em meio à dor.

Liliandil correu para a tenda de Hera, e foi logo se ajoelhando para não aborrece-la.

– Por favor, senhora Hera, eles estão em perigo, e Susana está sufocada... – disse Liliandil e Hera andou lentamente até perto da fogueira onde Susana se contorcia.

Hera mandou Liliandil pegar um pouco de água, e ela obedeceu, mandou Io colher algumas ervas medicinais enquanto examinava Susana preocupada.

– Eles... Estão... Arr... Em... Perigo... – disse Susana voltando a ficar roxa e se contorcendo ainda mais, mal podendo falar nem respirar. Liliandil trouxe a água e Io algumas plantas para Susana mastigar, ela o fez e recuperou a sua respiração e a dor parou.

– O meu bebê... – disse explodindo em lágrimas. – Ele ainda está...?

– Está! – respondeu Hera. – Passou longe, ainda bem, mas ele está vivo. – Você realmente é uma das minhas, sentiu essa dor quando a sua família corre perigo, eu a admiro muito...

– Por favor, ajude-os, eu imploro, ajude-os – suplicou Susana desesperadamente.

– Quando um herói sai em missão em grupo, deve estar preparado para perder os colegas, mas eu vou atender ao teu pedido – disse Hera e o pavão central da sua coroa começou a brilhar intensamente e ela a desaparecer.

***

– Que língua é essa Lólo? – perguntou Camilla a Apolo.

– Bramaico, Milla – respondeu Apolo terminando de falar com um peru-pavão e olhando ele se afastar.

Um rapaz de mais ou menos dezessete anos apareceu, tinha os cabelos espetados e vermelhos flamejantes, estava sem camisa exibindo um corpo musculoso, e dois braceletes de ferro nos pulsos com uma chama acesa dentro, sandálias e vestes gregas.

– Apolo! – disse num sorriso. – Veio ver o show?

– Ah Carus! – disse Apolo surpreso. – Você está organizando a festinha?

– Sim meu velho amigo, sou eu, e pelo visto você trouxe amigos... Hm... Isso aqui vai ser como os velhos tempos... – disse Carus comum sorriso estranho.

– Sabe o que é Carus? É que, bem, esses são realmente meus amigos então tipo, seria gentil se você não os sacrificasse... – disse Apolo com um sorriso amarelo.

– Ah meu querido Apolo, aí a festa ia ficar sem graça... – disse Carus pegando um cetro com a ponta em chamas.

– Ah – disse Apolo com um sorriso muito amarelo. – Mas numa festa quanto mais pessoas melhor, não?

– Bom, já trouxeram o meu presente! O anel da minha amada Pura – disse Carus olhando para o anel na mão de Camilla.

– Isso ah, é imitação barata, achei na mina dos sete anões, faz tanto tempo que eles ainda nem tinham conhecido a branca de neve – disse Apolo com a voz tremendo.

– Você com o mesmo senso de humor estúpido Apolo, e por falar em você, porque saiu sem dar satisfação na festa dos cem dias? – perguntou Carus com raiva. – Você prometeu me ajudar no ritual...

– Bom, acho que aquele meu irmão velho bêbado deve ter drogado o meu conhaque no quinquagésimo dia da festa, se bem que eu suspeito que ele venha me drogando muito antes, mas... Fiquei tão maluco que sai da festa e fui direto para um asteroide tão longe daqui que você nem pode imaginar! – disse Apolo em meio a gargalhadas forçadas e toscas.

– Sei... – desdenhou Carus.

– E por onde andaram meus amigos desde a queda de Milady Ravenna? – perguntou Carus, estava confirmado que ele era um seguidor de Ravenna.

– Não faço a menor ideia sabe Carus... Não os vejo literalmente há séculos! – disse Apolo ainda com a voz e os olhos tremendo.

– O.K., o.k., mas suponho que esses jovens nobres estejam em uma missão, certo? – disse num tom aveludado. – E assim você não pode fazer muita coisa por eles.

– Er, V-vamos fazer-r um acor-rdo? – disse Apolo quase gaguejando.

– Fale... – disse Carus.

– B-bom, eu te dou o anel e posso arranjar mais treze sacrifícios humanos pra você completar a profecia, se é claro, soltar os meus amigos... – disse Apolo, não estava mais gaguejando estava falando firme.

– Sabe Apolo, você prometeu me ajudar e depois sumiu, e eu esperei vinte e cinco anos por isso... Então, Apolo, eu acho que você não tem crédito para pedir uma negociação – disse Carus seriamente.

– Ah, qual é cara, em nome da nossa amizade de milênios! Eu te peço! – disse Apolo incrédulo.

– Ahhh, então é isso... – riu Carus olhando para Camilla. – Você é patético Apolo – disse em tom arrastado e desdenhoso. – Está apaixonado pelo novo Oráculo, a garota que segura o anel, mas ela é mortal, você é mesmo patético Apolo! – gargalhou. – Você nem imagina o poder que tem e fica desperdiçando com bobagens, francamente, eu não vou desperdiçar mais meu tempo com você, Peruetospe guinos loishomanus – disse em Bramaico. Os perus-pavões correram atrás deles, enquanto lutavam com suas armas, os corpos de Theo, Mimí, Isabelle, Lúcia, Asafe, Clove, Caspian, Pedro e Edmundo estavam com os corpos pálidos e gelados, amarrados encima de uma mesa, pareciam estar mortos.

– Eles ainda não estão mortos – confirmou Carus olhando para a mesa, – Só tirei os protoplasmas deles, estão no poço, fazendo companhia a Theo.

Apolo hesitou em ver Camilla se machucando e conjurou um arco de ouro brilhante com uma aljava de flechas enquanto Carus olhava para o ato gargalhando.

– Você é mesmo patético Apolo! – desdenhou em meio a gostosas gargalhadas.

– Sabe, sempre tive nojo dessa gangue de Ravenna – disse uma voz em tom superior atrás deles, Apolo ficou boquiaberto ao saber quem era.

Uma mulher elegante, com vestes gregas de ceda douradas e lilás, uma coroa de ouro fino com desenhos de pavões. A rainha dos deuses, deusa do casamento, da fidelidade e da família, Hera.


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Notas finais do capítulo

Merece um review?
Ah, só um vai...
Ainda dá tempo de mais um...
Até o próximo!
Titulo: Hera Heroína.