Mas quando se pensa que os problemas acabaram, pelo contrário, Nárnia está mais do que nunca num caos de fenômenos climáticos.

O sol se escondeu em algum lugar, há duas semanas que o sol literalmente não aparece nas manhãs Nárnianas, o céu chega a ficar quase azul celeste de manhã, mas não há sol, e quando achavam que viram de tudo uma chuva de sangue caiu ontem á noite, era áspera, ácida, e cortante, os Nárnianos estão querendo uma solução dos reis e rainhas, a verdade é que eles estão mais perdidos do que os súditos.

Só se passaram dez meses desde o nascimento de Alêx, e como se não bastasse profecias de ameaça a Nárnia, do nada vem essa praga.

E neste momento, ás oito da manhã o céu está escuro, e Pedro, Edmundo, Caspian, Susana e Lúcia estão reúnidos na biblioteca, discutindo as hipóteses dessa praga.

– Feiticeira Verde com certeza! – bradou Lúcia.

– Mesmo que fosse, não seria gelo? – indagou Edmundo.

– Não tem como saber, afinal ela está morta – disse Susana.

– Acham que pode ser o nevoeiro? – perguntou Caspian.

– Pode ser mas, não tem nenhum ponto de onde ele possa escapar – disse Edmundo.

– Só Aslam pode nos dizer o que é – disse Lúcia.

– Claro, e como vamos fazer isso? você ouviu ele da ultima vez Lúcia, nunca mais iria voltar – disse Edmundo.

– Então temos que ir até o país de Aslam – disse Pedro.

– Não acho seguro, arriscar comida numa empreitada tão insegura, e se Aslam não se mostrar quando chegarmos no portal? Está faltando sol, as colheitas estão muito pequenas, e nem sabemos se vamos encontrar Aslam – disse Caspian.

– Então o que vamos fazer? – perguntou Pedro.

– Esperar – disse Susana. – É a única maneira, Aslam pode nos mandar um sinal, ou essa praga pode ir embora.

Todos decidiram que o que Susana disse deveria ser seguido, se as coisas piorassem eles iriam ao país de Aslam, buscar uma solução.

Lúcia, Edmundo e Pedro tem passado o tempo livre fazendo atividades. Lúcia têm se dedicado ás artes marciais, e ao seu treinamento com facas, Edmundo tem se dedicado a literatura mais e mais, e Pedro têm passado bom tempo desenvolvendo a nova aéronautica de Nárnia. Mas enquanto isso, eles procuram o que lhes falta, o verdadeiro amor, pretendes falsos e bonitos é o que não faltam, mas até agora eles não se interessaram por ninguém, e não estão muito apressados, Lúcia tem 16 anos, Edmundo 17 e Pedro 19, em silêncio eles esperam alguém, e esperam sorte, pois todos os Pevensies nunca tiveram sorte no amor.

Alêx acordou sorridente, e com calor, por causa dos seus enormes cabelos loiros, seu crescimento desacelerou com o colar que Aslam deu para sua proteção, e ela estava do tamanho normal de um bebê de oito meses. O sol radiante, mas não era o sol que brilhava em Nárnia, mas estava muito próximo disso. era um feiche de luz ensolarada, que corria numa direção de tirar o fôlego de qualquer um, todos os Pevensie acharam que era um meteoro que iria destruir Nárnia de vez, mas Lúcia reconheceu, era Haley 2.0.

Haley era o nome da nave que a princesa Mimí trouxe os Pevensie pra casa, ela prometeu passar todo ano no céu no aniversário de Alêx, mas hoje não era aniversário da bebê mais fofa do mundo, como dizem os Pevensie.

A cada segundo que a nave descia não parecia Mimí que estava pilotando, e sim outra garota, extremamente bonita. A linda nave pousou lentamente, e uma garota, loira de olhos verdes, e extremamente bonita desceu, tinha armadura azul e dourada de Mimí, mas não parecia um coelhinha, Edmundo a abraçou e Pedro ainda ficou curioso para saber quem ela era.

– Surpreso com a minha forma humana Pedro? – disse Mimí com um sorriso, e Pedro percebeu os dentes da frente maiores do que o normal, aqueles que uma vez cortaram sua língua. Sorridente os dois se abraçaram, eles tinham, meio que "ficado" há um tempo, Pedro foi prometido a Mimí, isso deu uma confusão que os tornaram amigos.

– Mas o que você faz aqui? – perguntou Edmundo.

– Tenho notícias importantíssimas de que vocês vão gostar – disse Mimí.

– Vem, vamos para outro lugar – disse Lúcia conduzindo os outros Pevensie, Mimí e Caspian. Eles foram para a biblioteca.

– Tenho notícias de Aslam – começou Mimí. – Ele foi sequestrado, e ele é o governador da parte do sol que brilha em Nárnia, por isso vocês estão sem sol, e o sequestrador dele é que está causando essas pragas, ele não podia mandar mensagens para Nárnia, então mandou uma mensagem para Solaris, pedindo que eu fosse a vocês, ele quer que viajem, para um país chamado Flyre, o rei de lá tem as respostas para tudo, e dirá a vocês que caminho devem seguir.

– Flyre não é uma... – dizia Caspian.

– Lenda! – disse Mimí. – Fica ao extremo oeste do mundo.

– Essa é a única referência? – perguntou Caspian.

– Tem o mapa do tesouro, que fala sobre uma cidade, com castelos, roupas, e comércio revestido de ouro, mas também criaturas terríveis, como monstros que é proibido citar o nome, a lenda foi suspensa em Nárnia pelo professor Diggory pois calsava alvorosso nos jovens, e extremo medo nas crianças, haviam criaturas de que nem poderia olhar nos olhos, e que muitos jovens morreram tentando ir para lá de navio ou barco – disse Lúcia.

– Vamos usar um desenho fictício para chegar num lugar que nem sabemos que existe, e é totalmente fantasioso, e isso dependo do nosso reino – reclamou Susana.

– Você por acaso tem uma idéia melhor? – perguntou Pedro.

– O mar a oeste é impenetrável!, ninguém consegue atravessar a contra-corrente, Aslam disse que se ela for penetrada abrirá uma porta para monstros terríveis, fora os meses que levaríamos – disse Edmundo.

– Com a minha nave conseguiremos, e chegaremos lá em pouquíssimos dias – disse Mimí.

E naquela semana eles preparam tudo para a viajem, mas na véspera, de noite, enquanto estavam conversando alegremente no salão, á luz da lareira, ouviram alguém batendo na porta.

Eles abriram pois os empregados estavam de folga, e era uma moça loira, extremamente bonita e esbelta, rosto angelical, e um vestido branco, com um bebê lindo no colo, loiro igual a ela, essa moça era Lilliandill, e seu filho poderia ser de Caspian.