O Cara Certo escrita por A nova Cinderela


Capítulo 1
Primeiro dia de aula, o reencontro.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, me esforço para escrever.



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Os raios de Sol invadiam a janela e chegavam até mim, insistindo para que eu levantasse da cama para abrir a cortina e ver como o dia estava lindo. Obedeci a sua ordem, levantei-me, abri a cortina e, realmente, o dia estava horrível. Odeio o sol, prefiro a chuva e muito frio. Por um instante olhei para meu imenso quarto e pensei: pra que tudo isso?

Bom, eu não sou daquelas garotas que vivem para ajudar os outros, mas havia horas em que eu parava pra pensar que haviam pessoas precisando de um metro quadrado para dormir e eu aqui com um quarto quase maior que uma sala do meu colégio.

Fui ao banheiro, escovei os dentes e tomei banho. Fui até meu guarda-roupas e vesti uma calça jeans preta, uma regata preta com detalhes pratas e uma jaqueta de couro preta. Calcei meu tênis All Star roxo. Passei uma maquiagem pesada e soltei meus cabelos pretos, longos e lisos sobre meus ombros. Peguei minha mochila que estava em minha escrivaninha. Caminhei até a ponta da escada e respirei fundo antes de descer.

– Primeiro dia de aula no terceiro ano do ensino médio. É o ultimo ano, vamos lá.– pensei alto.

Desci as escadas lentamente, não tinha pressa. O inferno que era a escola estava me esperando e eu não tinha como fugir. Meus pais não ligavam muito pra mim, mas exigiam que eu fosse para o colégio. Já fui expulsa de três escolas e meus pais me juraram que se eu fosse expulsa desta eu iria para um colégio só para garotas na Suíça. Isso tem sido meu pior pesadelo.

Fui até a copa onde meu café já estava na mesa. Sentei-me e agradeci a Rosa (minha empregada) por ter feito o café. Rosa, além de Vitor, se importava comigo e eu gostava dela. Quando estava quase acabando de tomar café escutei uma buzina na frente de casa.

– Você esta se atrasando – disse-me Rosa.

– Tudo bem, já estou indo– respondi.

Peguei minha mochila e fui até a entrada de casa correndo um pouco. E lá estava meu motorista com o carro em que iria me levar até a escola.

– Bom dia, Paulo– me esforcei para ser simpática com ele.

– Bom dia, Julia– respondeu ele, educadamente.

Paulo me levou até a escola. Um caminho de vinte minutos que pareceram voar. Passaram tão rápido que até me assustei. Talvez até o tempo quisesse que eu fosse para o colégio.

Por um lado, eu queria muito chegar a escola, para ver Vitor, mas por outro, seria tortura! Vitor viajou as férias todas, sempre me mandando noticias,claro, mas eu estava sentindo a falta dele. Quando ele estava perto eu me não me sentia completamente sozinha em um mundo de pessoas horríveis.

Quando chegamos ao colégio, agradeci Paulo por ter me trazido (isso é uma coisa rara de acontecer). Desci e respirei fundo novamente. Não tinha escolha, eu iria ter que entrar. Caminhei até as escadas na entrada, com o fone no ouvido, escutando música em meu iPhone. No topo da escada, lá estava ele. Lindo, como sempre. Com um sorriso encantador olhando para mim. Era Vitor, meu melhor amigo. Meu irmão.


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