Amada escrita por juuh_lautner


Capítulo 7
Desespero.


Notas iniciais do capítulo

Peço UM MILHÃO de desculpas pela demora, mesmo!
Mas estou me empenhando para terminar a história de vez.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/31910/chapter/7

PS: Não tem capinha nesse, sinto muito, estou fora do meu computador =/

Capítulo 6 - Desespero

Do you know what's worth dying for?
When there's nothing worth living for... 

Nunca chegara a tempo de saber. Antes que atingisse o corredor principal, já via macas, médicos, enfermeiras e cirurgiões correndo de um lado para outro. Acidente, e pelo visto dos graves.
'Ótimo' pensou irônica, 'Tudo que eu precisava agora'.

Seguiu pelo caminho contrário, fazendo a volta maior, mas pelo menos, mais segura, até a recepção.

- Eric! - berrou antes que o menino saísse, já estava dando horário - O que está acontecendo?

Ele a olhou assustado, respirou fundo e recostou no balcão.

- Não era pra você estar nos arquivos? - a menina confirmou com a cabeça - Pois bem, ocorreu apenas um acidente, agora volte para lá.

Contrariada, não conseguiu discutir com o menino, apesar de ter insistido. E muito.

Bom, não conseguiria ver Edward hoje. Não com toda agitação no andar, mas também não voltaria para os arquivos de modo algum. Estava cansada, sem paciência e de saco cheio.

O dia havia sido inútil. Não fizera nada que gostava de fazer e tivera que passar o dia indo de um lado para o outro do hospital. Não, não era um dia bom.

Respirou fundo, sentada na lanchonete com um mocaccino em mãos. Recebera seu 1° salário ontem e já conseguira quitar muitas das dívidas de Jacob, além de ter se dado ao luxo de gastar mais do que alguns trocados para se alimentar por dia.

Começara a pensar em se mudar, quem sabe achar um cantinho só pra ela. Mas eram sonhos muito distantes ainda, precisava primeiro terminar de pagar tudo o que devia. Ou o que Jacob devia, talvez.

Aliás, se era ele que havia feito tantas dívidas, por que ela que pagava? E ainda se esforçava realmente para pagar?

Era idiotice. Certamente que era, mas sempre achou que as pessoas não tinham que sofrer pelas coisas que Jacob era culpado. Ela sim, ninguém mais.

Já passara das cinco e meia, estava eufórica para que o dia acabasse logo. Se ela não podia fazer o que queria, também não faria o que os outros queriam. Terminaria tudo amanhã, depois de ver Edward, claro.

O andar já estava mais calmo, mas o movimento de médicos ainda era alto. Achava péssimo que o corredor principal de seu andar fosse o caminho mais rápido para o centro de operações.

Era simplesmente impossível trabalhar ali quando havia acidentes. Dias festivos então, era um caos.

Resolveu parar de enrolar na cafeteria e ir logo embora. Caminhou silenciosamente, tentando passar despercebida de volta ao quarto 257 que conhecia tão bem.

Foi até fácil demais chegar ao seu destino. Os médicos e enfermeiras estavam tão entretidos com seus próprios problemas que Bella era apenas mais uma qualquer passando por ali, nada que merecesse atenção.

Parou em frente à porta, tinha algo de diferente. Sentiu uma sensação estranha em seu estomago e sua mão simplesmente não se movia para abrir a porta.

Não fazia idéia do que estava acontecendo, mas algo a estava fazendo muito mal. Começou a se sentir fria, suar, juntou todas as suas forças e pôs a mão na maçaneta. Um tipo de choque passou por todo seu corpo. Não doeu, mas foi extremamente aterrorizador. Tinha algo muito errado ali.

Agora estava com medo, não fazia idéia do que a esperava do outro lado da porta e temia descobrir. Não sabia se entrava ou se continuava ali, se ia embora ou se fazia alguma coisa.

Respirou fundo e olhou pela janelinha da porta. Luzes apagadas, apenas o verde do monitor piscava. Verde. Já era um bom começo.

Buscou um fundo de coragem e empurrou a porta. Ela se abriu com um rangido fraco.

Era assustador, há meio minuto atrás estava em um corredor cheio de luzes e pessoas conversando e alegres. Agora já não ouvia mais barulho algum e a escuridão do quarto parecia dominar todo o resto.

Sentiu vontade de chorar, não de medo, de tristeza mesmo, daqueles choros de soluçar.

Conseguiu se conter parcialmente e avançou quarto adentro. Já estava lá mesmo, não havia porque recuar ou ir devagar.

Parou quatro passos depois que começou. Sabia agora de onde vinha a tristeza.

A última coisa que se lembrava era de estar berrando agarrada aos lençóis sujos de sangue na cama do paciente. Vozes vieram ao seu encontro, mas não via mais as imagens.

Estava verde. Por que raios, estava verde então? Ele estava mal, estava piorando cada dia mais e só ela não fora capaz de perceber isso. Aquilo era motivo para os computadores terem avisado alguma coisa.

Ela não entendia bem disso, mas sabia que algum aviso, algum barulho, um chamado, qualquer coisa do tipo, as máquinas deveriam ter emitido.

Por que estava verde se ele estava vermelho de sangue? Por que?

A cena simplesmente não saia de sua mente. Havia sido levada para a sala de descanso e colocada em uma das camas para que recuperasse a consciência.

Mas ela não a havia perdido. Ela estava desnorteada, sem rumo algum. Ela não havia desmaiado, era um caso pouco pior que esse.

Provavelmente foi a cena mais assustadora que já vira em toda sua vida. E nisso se encaixa Jacob correndo em sua direção com facas e cadeiras.

Os olhos verdes que sempre a encantaram estavam sem brilho, desfocados, olhando para o nada. Da boca entreaberta escorria sangue. A pele branca, sem vida.

Estava verde, ele não estava morto! Não estava! Não podia, ela não queria... ela não sobreviveria!
Era estranho como tudo agora fazia sentido, a vontade que ela tinha de ir trabalhar todos os dias, não importando a distância, não importando o tempo ou quantos vagões lotados ela teria que pegar para chegar no hospital provinha do brilho esmeralda que os olhos daquele homem irradiavam.
Quem saberia que em tão pouco tempo alguém que ela mal conhecia, aliás não conhecia nada, podia causar um estrago tão grande?
Apesar de todos os pensamentos irradiarem sua mente, esclarecendo milhões de dúvidas e criando milhares de novas, ela não queria saber de nada, além de porque o computador não havia apitado se havia algo errado!
Porque obviamente, até uma leiga como ela sabia que não estava ‘tudo bem’ como as enfermeiras que a rodeavam diziam estar. Não estava tudo bem! Não estava!

O medo que sentira ao encostar na maçaneta agora se espalhara por todo o seu corpo e dava lugar a algo mais perto do desespero. Era assustador a situação em que se encontrava!
O homem de quem ela gostava... sim, ela gostava de Edward, gostava por demais, até. O homem de quem ela gostava estava a beira da morte, sangrando por todos os lados, branco, sem expressão e ela ali, traumatizada pela visão, incapaz de se mover ou de balbuciar qualquer coisa que fizesse as enfermeiras a sua volta acharem algo mais digno para fazer do que paparicá-la.

Ela estava bem... ou ia ficar, não era o importante no momento! Ela precisava se mexer, voltar a vida ali e fazer alguma coisa! Lutar pela única coisa que já havia valido a pena em toda sua vida!

Juntou toda a sanidade que ainda havia dentro de si, pulou da cama e saiu correndo corredor a fora. Era uma sensação péssima mas ao mesmo tempo, era sensacional! Era horrível saber que estava a correr atrás de algo incerto, mas mesmo assim, fazer alguma coisa boa, por alguém que merece e que te faz bem é maravilhoso.
Em meio a lágrimas e tropeções um sorriso bobo, meio esperançoso, meio triste abriu-se em seu rosto. Ninguém se atreveu a entrar em seu caminho até que ela chegasse na porta do quarto.
A porta estava entreaberta, um silêncio reinava nos arredores. Aí sim tinha coisa errada.
Ela não havia ficado tempo o suficiente na sala de repouso para que todos os preparativos para cirurgia de emergência ou seja lá o que ele fosse precisar já tivessem acontecido. Alguma movimentação era crucial!

A não ser... não! A não ser por nada! Ele estava bem, ela podia sentir... ou queria sentir, de qualquer modo.

Adentrou o quarto com os olhos semicerrados, sabia que se houvessem médicos ali, ela corria perigo de se meter em grandes encrencas... por outro lado, se não houvessem  era um fim.

Assim que fechou a porta atrás de si e atravessou o pequeno corredor até a cama, já se arrependeu de ter entrado.

Ângela estava sentada em uma das poltronas, quase que como esperando por ela. Ou realmente esperando por ela.

A doutora mal olhou em seu rosto. Levantou, pegou suas pranchetas e fichas e disse em alto e bom som, uma única vez, uma ordem que deveria ser cumprida já.

- Para a casa Swan. E não te quero aqui de volta até amanhã às 8h.

E assim saiu do quarto deixando a menina lá, sem nenhuma conclusão, sem nenhuma resposta, não restando nenhuma escolha além de realmente voltar para casa. Não havia mais nada no quarto. Ângela havia acelerado o processo de remoção do paciente, para que não sobrasse nada ali para ser visto.

O caminho todo de volta foi o mais longo e torturante de toda sua vida. Procurara por Eric quando saia do hospital, mas não o encontrou. Queria que ele a avisasse caso algo novo acontecesse. E com algo novo, ela obviamente queria dizer alguma novidade sobre Edward.
Sabia que ao menos, ele estava vivo. Antes de sair passou pelo quadro de operações e o nome dele estava lá como próximo paciente.

Não tinha certeza se isso era bom ou ruim.

N/A: Sinto muito meesmo pela demora. Mas eu entrei na faculdade, e a faculdade é integral e gente, sério, to sem tempo pra respirar. Desculpa mesmo =/
Espero que tenham gostado. 



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.