Target 01 - Vizinhos

Yo! Meu nome é Sora Sawada, uma garota de 16 anos qualquer que vive com a tia em Namimori, o nome dela é Haru Miura, e ela não é bem minha tia, mas é como se fosse. Meu cabelo é da cor de bronze, meus olhos castanhos, da última vez que eu medi minha altura eu tinha 1,65, mas talvez já tenha mudado.

Depois de fazer minha higiene matinal, eu coloquei uma blusa azul escura e um short jeans preto, já que não teria aula hoje.

No primeiro andar, minha tia não parava de andar de um lado para o outro, mais inqueta do que o normal.

– Err... Tia? - entrei na cozinha.

– Sora! Temos vizinhos novos! Poderia levar esse bolo que eu fiz pra eles como boas-vindas? - antes que eu respondesse um bolo enorme foi parar nas minhas mão, que era tão grande que encobria até mesmo parte da minha visão.

– Vizinhos novos...? Não me lembro de nenhuma casa vendendo... - algo gritava na minha mente que isso estava errado.

– Mas como você é destraida em, Sora? Vá logo, eles estão na casa a esquerda da nossa.

– Mas...

Eu já estava do lado de fora da casa. Droga, porque ela nunca me escuta?

A casa a esquerda realmente não tinha nada de suspeito, lembro-me do casal que morava lá eram estranhos e quase nunca falavam com ninguém, talvez os vizinhos novos tivesse algum filho gato, hehe, a esperança é a última que morre.
Passei pelo portão da casa, e bati na porta com o pé, já que minhas mãos estavam desmasiadamente ocupadas.

Notei que alguém abriu a porta, mas eu não sabia quem era ou como era.

– Chaos - disse ele.

– Ann, olá? Meu nome é Sora Sawada, minha tia me mandou dar boas-vindas a vocês.

Ele pegou o bolo das minhas mãos (com uma mão!), e fiquei livre para ver como ele era, e sim, a esperança não foi em vão. Ele parecia ser alguns anos mais velho de que eu, e também era mais alto, ele usava um terno completo, no seu ombro tinha um camaleão kawaii e sob um chapéu o cabelo negro dele parecia um tanto atrapalhado, e seus olhos ficavam meio invisíveis, porém me pareceu que eles eram de algum tom de cinza, mas o que chamou mais minha atenção foram as costeletas dele que eram enroladas.

– Sora Sawada, certo? - concordei com um aceno, e ele pareceu me analisar por alguns segundos - meu nome é Reborn, e esse é o Leon - ele apontou o camaleão no ombro dele - não quer entrar e e conhecer meus amigos?

Olhei dele pra minha casa e de volta pra ele.

– Vou aceitar sim.

Ele abriu passagem pra mim na porta, eu entrei e enquanto ele fechou a porta, passou por mim e seguiu até o fim do corredor e eu o segui. Lá tinha mais duas pessoas, um homem e uma mulher, e mesmo que ela parecia ser mais velha, eles pareciam ter algum envolvimento íntimo.

O cara também era bem bonito, era loiro, como talvez os olhos azuis mais lindos que eu já tenha visto na vida, ele usava uma jaqueta verde acinzentada por cima de uma blusa branca, uma calça verde e um coturno, e no ombro dele tinha um falcão ou uma águia, eu não sabia ao certo.

Ela tinha o cabelo azul repicado curto, e os olhos vermelhos, usava uma blusa vermelha e um short, e por cima de tudo uma capa marrom e vermelha, e sobre os cabelos tinha um óculos estranho.

– Sora, esses são a Lal e o Colonnello, a galinha chama Falco. Gente, essa é a Sora. - apresentou Reborn, e confesso que tive que segurar a risada no "galinha".

– Não é uma galinha, kora - rebateu Colonnello.

– Tanto faz. Agora Sora, vamos ao que interessa - disse Reborn - Seu pai, Sawada Tsunayoshi, é o chefe de uma das famílias mais influentes da máfia italiana.

Cai de bunda no chão.

– E-Espera... Co-Como assi-im má-máfia?

– Meu deus, só podia ser filha do Tsuna bom-em-nada, eu esperava que o sangue da Kyoko fizesse alguma diferença, porque ser parente do Ryohei não deve ser fácil.

– T-Tsuna? Kyoko? - eu sabia que eram os meus pais, minha tia já havia me falado deles, mas nada no mundo mudava o fato deles terem me abandonado...

– Seu pai, que no caso é chefe da máfia, e sua mãe, esposa dele. - Reborn parecia explicar algo muito fácil para um bebê que não compreendia nada.

– Mas eles... Eles me abandonaram... - o chão de repente ficou muito atraente, assim como meu rosto para as lágrimas que ameaçaram a sair.

– Eles nunca te abandonaram, pelo contrario, eles te amam e querem te ver o mais rápido que puderem.

– Nã-não é verdade...

– Sim, querida, eles te ama - a voz familiar me acalmou.

– Tia? - olhei para traz para conferir

– Olá Reborn-chan, Colonnello-chan, Lal-san - minha tia pareceu conhecer eles a anos, e sentou na mesa - confio em você, Reborn.

– Claro, Haru. E Sora, você gosta de um tal menino chamado Riki Hibari?

Fiquei mais vermelha do que... Do que... Do que... Eu nem sei! No momento que o nome DELE foi citado nada mais fez sentido!

– E-E-E-E-Eu cla-cla-claro que-e na-não...

– Muito pior que o Tsuna bom-em-nada, francamente - Reborn falou mais pra si próprio - E você já se declarou para ele?

– Na-não...

– Faça isso como seu último desejo.

Antes de que tivesse qualquer reação, ele sacou uma arma de sabe lá deus aonde e atirou em mim.

O mundo estava me deixando eu sabia disso... Mas se eu tivesse um último desejo... Eu acho que deveria ter me declarado para o Riki... Eu talvez...

– REBORN!

Eu estava de pé? Serio? Bem, não importa, eu tenho que me declarar para o Riki!

Sai correndo da casa, praticamente arrancando a porta junto escutando um comentário do tipo "ainda bem que ela tava com um short leg e um top por baixo"

Não liguei para o comentário, ou perdi tempo decifrando, sai correndo com todas as minhas forças, até me dar conta de que não sabia onde ele morava. Corri até o colégio de Namimori e segui o caminho que ele sempre tomava para voltar pra casa (sim, eu sou um pouco stalker), e não demorei muito a chegar em uma casa com a placa "Hibari"

Entrei a toda velocidade na casa, quase arrancando a porta junto.

Um garoto idêntico ao Riki colocou a cabeça no corredor para ver o que acontecia, eu não sabia ao certo o nome dele, acho que é Hyou Hibari, irmão mais novo do Riki.

– CADÊ O RIKI? - peguei ele pela gola da camisa e sacudi.

– Na cozinha - ele apontou a porta ao lado.

Larguei o pobre menino no chão e entrei na cozinha chutando alguma coisa, que se não me engano era um gato...

Lá estava ele, lindo como sempre...

– RIKI HIBARI! - apontei pra ele, que me olhava um tanto assustado - EU...

Me senti ficando mais calma, como se a força que me levou até ali tivesse acabado...

– Sawada... O que você esta fazendo na minha casa com roupa de ginastica? - ele me olhava como se eu não fizesse parte desse mundo.

– Eu... Err, é que eu... - fui dar um passo pra trás e trombei em alguém.

Me virei e tinha uma versão grande de Riki, seria o pai dele?

– Riki, o que essa Sawada herbívora está fazendo aqui com roupas intimas? - ele falou tirando um par de tonfas de deus sabe aonde - posso morder ela até a morte.

Minha cabeça começou a girar e nada mais estava fazendo sentido...

– Me de-desculpe, senhor, eu já estou saindo...
Cambaleei até a porta.

– Hibari? O que esta acontecendo aqui?

Ann? Tinha outro Riki? Porque esse ta com roupa de luta? Ai, minha cabeça...

Lembro que desmaiei, mas um pouco antes pude escutar do Riki que tinha acabado de chegar "Francamente, o Reborn poderia se apresentar mais educadamente... E ela é uma garota"
Depois tudo ficou preto... Seria ótimo se fosso só um sonho... Um sonho...