Percy Jackson E A Profecia De Poseidon escrita por BabyS


Capítulo 10
CAPÍTULO 9 - OS FARDOS DE UM HERÓI




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AVISO:

Pessoal me desculpem pela demora mas é que estou em semana de provas e ta tudo  muito corrido :/ Bem, esse capítulo espero que esclareça um pouco sobre o passado da Lexi, e eu sei que as coisas ainda estão confusas por causa de Nico, mas um mistério é sempre bom não é? E falando em Nico, uma leitora ficou meio que "Como assim, a Lexi tem 19 anos e o Nico 13..." Não sei se vocês pensam assim, mas para tudo ficar certo vou esclarecer as coisas do jeito que eu imagino. Bem, nos livros tipo A Batalha do Labirinto e os outro seguintes o Percy comenta que o Nico cresce muito rápido, que não aparenta ter a idade que tem, então eu imagino um Nico aparentando ter 16 à 17 anos... Por aí haha

Eu achei um ator que se encaixa um pouco sobre como imagino o Nico:

Nico estilo, magro, pálido, alto, roupas pretas, olhos azuis e tals... Espero que tudo esteja mais claro sobre como imagino o Nico, e como penso que isso não seja tão pedofilia assim.

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Finalmente história:

   Percy podia sentir sua cabeça latejando, mas estava extremamente descansado. Não se lembrava de ter ido dormir, mas sabia que não estava no chalé, experimentou mexer um pé depois o outro, tudo ok até agora, os dedos das mãos, ok,  mexeu o pescoço, ok.

   Procurou na memória algo concreto que pudesse lhe fazer lembrar do por que estava ali, onde quer que seja.  Concentrou-se e visualizou uma lança soltando faíscas de eletricidade apontada para o seu peito, pronta para empalá-lo e em seguida uma série de vultos.

   - Ugh... – soltou, abrindo os olhos, a claridade o cegou, mas percebera que haviam mais pessoas ali, então se concentrou em ouvir.

   – Você não tinha ido para o Mundo Inferior? – perguntou. Ele reconheceu ser a voz de Lexi, mas com quem ela estaria falando? E quem tinha ido para o mundo inferior? Ele esperava que não tivesse sido ele.

 – Sim, mas era só mais uma das futilidades do meu pai então voltei, ultimamente ele e Perséfone não andam muito bem então não é agradável o ambiente por lá. – Seria Nico? O que ele estaria fazendo ali? Bem, pelo menos a parte do mundo inferior estava explicada, e Percy se sentia aliviado, pelo menos não estava morto. Mas realmente, por que Hades e Perséfone não estariam bem?

   – Entendo... – Percy ouviu Lexi murmurar.

   Ele tentou abrir os olhos mais uma vez, se acostumando com a claridade, focalizou dois rostos, Lexi e Nico.

   - Nico, hm... Eu gostaria de descobrir uma coisa. Por favor, não me leve a mal. – ela disse cautelosa, se aproximou um pouco mais de Nico, fez uma pausa e o beijou. O beijou? Como assim? Percy piscou algumas vezes, mas a cena diante dele era sempre a mesma.

   Nico havia posto uma mão na base da coluna de Lexi, que entrelaçava os dedos em seu cabelo até que relutante se afastou.

   - Hm, não está certo... Me desculpe Nico. – Ela disse dando tapinhas em suas costas como se estivessem tratando de negócios. Nico sorriu de lado e falou algo que Percy não entendeu, talvez fosse “ O passado está no mundo inferior, se você tentar tirá-lo de lá, sofre consequências” mas Percy não via como isso faria sentido. Nico saiu.

   - Wow... – Percy disse depois que Nico já estava fora de vista. – Você e Nico, uh? Nunca pensei que os dois... Acho que isso é pedofilia. Que o conselho tutelar não fique sabendo.

   - A bela adormecida acordou. – Lexi disse enquanto se voltava para ele como se soubesse que ele estava ali de plateia o tempo todo.

   - Então você vai ignorar o fato de que eu acabei ver você se agarrando com o Nico? – ele perguntou, mas já sabia a resposta.

   - Esqueça o que viu Percy, foi irrelevante. – respondeu, quase que como uma ordem,

   - Tudo bem. – Percy murmurou, e se lembrou de que tinha muitas coisas que ainda queria perguntar. – Primeiro, eu hm... Porque estou aqui mesmo, e onde é aqui?

   - Depois da sua última performance você apagou, então Quíron lhe trouxe para a enfermaria. – ela explicou. – Mas não se sinta tão inútil, depois de todo o treinamento que tivemos foi normal, esgotou todas as suas energias, e depois a caça à bandeira... Por isso pedi que não saísse das margens do rio.

   - E eu saí, e então apaguei. – Percy completou abaixando a cabeça.

   - Claro que você iria sair Percy... E então capturou a bandeira. Havia alguma falha, ninguém tinha chegado à bandeira, então você nos salvou.

   - Wow, acho que essa foi a coisa mais legal que você me disse desde que chegou aqui.

   - É claro que a falha não foi minha. – completou. – Aqueles descerebrados não souberam seguir o meu ótimo plano, talvez fosse melhor se tivéssemos seguido um plano de segunda mão de uma das crianças de Atena, provavelmente assim esses incapacitados entendessem.

   - Ah claro. – ele concordou segurando uma risada.

   Lexi não disse mais nada, nem Percy, ela parecia estar pensando em algo, passeando em um tempo distante, e dadas as circunstâncias, com certeza muito distante, até que Percy se lembrou de algo que queria perguntar desde que ela chegara, mas não tivera oportunidade, ou proximidade...

   - Hm, Lexi? – chamou, depois de alguns segundo ela se voltou para ele, com um brilho diferente no olhar. – Como era antigamente, você sabe, na sua época?

   Ela riu, como uma pessoa normal, sem nenhum tom histérico louco ou sarcástico, então foi assustador, mas agradável.

   - Tinha jazz, era a década do jazz, foi terrível. – tremeu.

    Ele sentiu pena de Lexi, jazz deveria ser realmente horrível, Percy entendia pelas “músicas” que Quíron ouvia...

   – Entendo complemente, mas Lexi, como era a sua vida, tirando a guerra e o jazz?

   - Huh... Eu vivia com meu pai e minha mãe. – Ela disse sorrindo.

   - Poseidon vivia com sua mãe? – Percy perguntou surpreso e com uma pontada de ressentimento, imaginou como seria chegar da escola e ver Poseidon, sentado em uma poltrona com óculos na ponta do nariz enquanto lia o jornal semanal...  uma visão estranha.

   - Não.

   - Ah, então era seu padrasto? – perguntou se sentindo mais aliviado.

   - Não, era meu pai! – insistiu quase impaciente.

   - Seu pai? Então Poseidon... E seu pai? Uhg

   - Oh Percy! Você é nojento! – ela gritou com as bochechas tomando um tom vermelho escarlate e o empurrou.

   - Mas você disse... E os deuses encontram cada modo para conceber crianças... Talvez você fosse concebida pelo pensamento como os filhos de Atena.

   - Filhos de Atena, einh? – perguntou com um sorriso malicioso, talvez Percy tivesse dito demais, que Annabeth o perdoe. – Você pensa coisas demais. Eu fui adotada, minha verdadeira mãe chegou à conclusão de que eu seria um problema, então me colocou para a adoção.

   - Sinto muito... – ele disse, mas Lexi sorriu.

   - Não sinta, eu não sinto. Tive pais muito bons, eles sabiam o que eu era e mesmo assim me amaram.

   - Você tem razão. – Percy disse. – Teve sorte de ser adotada por pessoas tão boas, se eles soubessem como você se tornaria uma garota chata e egocêntrica não teriam lhe adotado.

   - Talvez você esteja certo. – ela riu.

   - Depois da guerra, quando foi escondida no hotel cassino lótus, o que aconteceu a eles?

   - Além de Poseidon, eram os únicos os únicos que eu sabiam que eu estava viva. Poseidon permitia que fossem me visitar com uma espécie de proteção magia que inibia a magia do local, até que depois de muitos anos ficaram velhos e debilitados, um dia se despediram e nunca mais voltaram.

   Ela não continuou, Percy imaginou que não pudesse, e nem tinha o que continuar.

   - Lexi... – ele começou, mas ela abaixou a cabeça, Percy notou algo brilhar na sua bochecha. – Você está chorando?

   - Você sabe o que eu mais odeio em tudo isso? – exigiu, com a voz cheia de raiva, ela balançava o rosto e as lágrimas se desprendiam de seus cílios. – Odeio como toda vez que eles chegavam lá pareciam literalmente mais velhos, enquanto eu estava presa naquele cassino sem nenhuma noção do tempo, sem saber como o tempo que passavam ao meu lado era precioso... Talvez eu pudesse ter aproveitado mais... Às vezes penso que se eu não tivesse concordado em ir para esse maldito cassino eu poderia viver normalmente e vê-los envelhecer aos poucos, enquanto eu envelhecia aos poucos. Essa é a ordem das coisas.

   - Mas esses sãos os fardos de um herói. – completou sorrindo duramente.

   Fardos de um herói? Então ele era um fardo para Lexi?

   A porta abriu audivelmente com Annabeth passando por ela, parou a meio caminho quando viu o clima tenso no ar, olhou de Percy para Lexi e deu um olhar restritivo a ele.

   - Você está bem para voltar aos treinamentos? – Lexi perguntou ignorando a presença de Annabeth. – Desde que diga que está bem voltaremos ao mesmo ritmo de antes. Tudo voltará a ser como antes.

   Percy entendeu que ela não estava falando apenas sobre o treinamento, mas ele nunca mais a veria como antes.

   - Sim, estou bem. – respondeu. Ela se levantou e saiu sem olhar para trás ao menos uma vez.

   Annabeth perguntou o que havia acontecido entre os dois, mas ele não se sentia no direito de falar, pensou que Lexi tinha compartilhado algo muito particular com ele, e ele não se sentia feliz com isso. Annabeth provavelmente entendeu, por que não voltou novamente ao assunto. 


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Notas finais do capítulo

Eu queria fazer um capítulo maior, mas como estou em época de provas então fica meio complicado, prometo que logo que acabar as provas vou me dedicar mais à fanfic :) Não foi um dos melhores capítulo, mas serve para você conhecerem um pouco mais sobre a Lexi e seu passado misterioso.