Blind And Dangerous Love escrita por kagomechan


Capítulo 39
XXXVIII - The End


Notas iniciais do capítulo

é gente... capítulo final. Obrigada a todos que conseguiram chegar até aqui e parabéns a mim por também ter conseguido chegar até aqui. Desculpa todos os erros que tiveram no caminho e espero que tenham gostado. desculpa a demora pra postar o último e boa leitura a todos XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/318807/chapter/39

– HARUMI!!! – gritava Yusuke a plenos pulmões sem ligar para o fato de que estava em um hospital. Sua tentativa de chegar perto da garota foi frustrada por um par de enfermeiros que o impediram de chegar perto dela enquanto outro enfermeiro usava um par de reanimadores elétricos dando choques ritmados em Harumi tentando a reanimar. Entretanto, foi necessário mais um enfermeiro para segurar Yusuke já que simplesmente não conseguia ficar quieto.

Um choque. Yusuke agora se culpava por ter engravidado Harumi. Sentia como se a luz da vida dele estivesse indo embora. Dois choques. A cada choque parecia que era o coração de Yusuke quem ia parar. Três choques. Alguns enfermeiros já abaixavam a cabeça desistindo da reanimação. Lágrimas começavam a rolar pelo rosto dele sem parar e ele não fazia esforço algum para controla-las. Quatro choques. Puxando uma grande quantidade de ar como se tivesse acabado de sair do fundo d’água usando o finalzinho de seu fôlego, Harumi acorda, a frequência cardíaca da menina volta a ser mostrada no aparelho e Yusuke suspira tão aliviado que a força abandona suas pernas. De joelhos no chão, Yusuke tremia, tentava se acalmar e recuperar as forças enquanto a equipe do hospital tomava conta de Harumi.

Já sentindo as forças voltarem para suas pernas, Yusuke se levanta tremulamente e vai até Harumi apertando com firmeza a mão dela.

– H-Harumi... – disse ele com a voz fraca.

– Yusuke..? – disse ela fracamente ainda um tanto tomada pela anestesia e obviamente fraca por ter acabado de dado a luz. Seu rosto estava tão pálido que ela mais parecia transparente. Seus lábios estavam secos e ela tremia de leve – Y-Yusuke... O.... Bebê... C-cadê?

– Aqui... É um menino – disse uma enfermeira chegando com o menininho no colo. O menino chorava a plenos pulmões. Com cuidado, a enfermeira colocou o menino no colo de Harumi onde ela, com muito cuidado, fez um leve carinho nele e ele logo parou de chorar.

Apesar de o menininho ter parado de chorar, agora quem chorava era Harumi. Yusuke por outro lado, não tinha parado de chorar ainda desde do susto. Yusuke arrumou um espacinho na beirada da cama para se sentar e passou o braço ao redor de Harumi deitando sua cabeça levemente sobre a dela e olhando os dois com um sorriso no rosto enquanto os olhos permaneciam vermelhos de tanto chorar.

– Você quase me matou do coração amor– reclamou Yusuke sem querer largar ela.

– Desculpa – disse ela dando uma risada fraca e logo fungando o nariz. Dava para fazer uma competição para decidir quem mais chorava, ela ou Yusuke. – Amor... C-como ele é? – perguntou Harumi.

Com um sorriso de canto, Yusuke deu um beijinho na bochecha dela e pegou delicadamente a mão dela ajudando ela a sentir com o máximo de delicadeza possível o pequenino bebê. Tremulamente, Harumi foi abrindo um sorriso que logo foi aumentando conforme ela também começava a chorar ainda mais.

– Ele é lindo. – disse Yusuke.

– Parece mais comigo ou com você? – perguntou ela.

– Parece com um joelho – disse ele rindo

– Ei!!!

– Brincadeira, brincadeira. – disse ele ainda rindo embora também ainda chorasse – acho que parece mais com você.

Tremendo, Harumi fez um doce carinho na cabecinha praticamente careca de seu filho enquanto Yusuke não conseguia parar de admirar a cena.

– Então... Que nome vamos dar? – perguntou Yusuke

– Estava pensando em Akira ou Ryota. Qual você prefere? – perguntou Harumi. Yusuke demorou um pouco para responder. Como os japoneses sempre deram muita importância na escolha do nome de um bebê, como se escreveria ele e seus significados, o que ela perguntava era uma pergunta bem complicada. Sem falar que um nome era para o resto da vida.

– São dois muito bons... – disse Yusuke – Mas acho que prefiro Ryota. É um bom nome. É acho que combina com ele.

– Ryota então – disse ela sorrindo e então dando um leve beijinho no topo da cabeça do filho – Meu pequeno Ryota.

Yusuke então tratou de dar um “abraço coletivo de família” embora tomando extremo cuidado com os dois. Harumi sorriu e fechou os olhos aproveitando o abraço até que perguntou:

– Você quer segurar ele um pouco.

Yusuke a soltou lentamente e teve que admitir que ficou meio nervoso com a ideia.

– E se... E se eu derrubar ele? – perguntou Yusuke nervoso.

– Não vai. Você consegue. – disse Harumi

– É só segurar com jeitinho – disse a enfermeira que logo tratou de ajudar Yusuke a segurar o filho.

O menino ficou tranquilo no colo do pai enquanto as vezes mexia delicadamente a pequena mãozinha. Yusuke olhava o rostinho do filho com muito amor. Aquela coisa tão pequena, tão frágil em seu colo, era seu filhinho. Seu e de Harumi. Yusuke ainda não conseguia acreditar. Tudo parecia um sonho.

Algumas horas depois, Harumi estava num novo quarto. Mais confortável e espaçoso. E ainda bem que era espaçoso pois a nova família estava cheia de visitas. Ainda bem fraca, Harumi permanecia com um tubo no nariz para ajuda-la a respirar e raramente aceitava a ideia de soltar seu filhinho que agora dormia calmamente em seu colo e, quando aceitava, era bem a contragosto. Assim como Harumi, Yusuke mal saia de perto do filho também e era a única pessoa, com exceção do próprio pai, que Harumi conseguia deixar segurar Ryota sem dar nem um resmungo se quer. As visitas de Harumi incluíam todos os amigos da época de escola, seu pai e os amigos que fez na casa de Yusuke. Todos paparicavam o recém-nascido e o enchiam de presentes. O quarto estava repleto de conjuntinhos de bebê, fraudas, brinquedinhos, mamadeiras, chupetas.

Já haviam feito alguns exames com Ryota e os médicos concluíram que ele era perfeitamente saudável e forte. Entretanto, Harumi ainda estava muito fraca e ainda não recebera alta e provavelmente não receberia tão cedo. Cada ponto de sua barriga onde os médicos abriram a incomodava quando tentava, com ajuda de alguém, se arrastar até o banheiro ou algo do tipo. Mesmo depois de ter tirado os pontos, ainda demorou alguns dias para Harumi finalmente ter alta para voltar para casa.

Algumas poucas semanas haviam se passado desde que Ryota nasceu e Harumi continuava quase tão grudenta com ele como no dia em que ele nascera. Certo dia, ela estava sentada na cama com Ryota em seu colo e seu fiel cão guia ao seu lado. O cachorro realmente pareceu gostar do bebê. Aproveitando toda a beleza de sua voz, Harumi cantava todo dia para Ryota que provavelmente era um dos bebês que usufruíam da melhor cantora de músicas de ninar. Naquele dia, Harumi cantava uma musiquinha para o filho também. O menino tinha acabado de tomar banho e um bom leitinho e todo dia doía no coração de Harumi não conseguir dar banho no próprio filho.

– Hey – disse Yusuke ao entrar no quarto finalmente chegando a casa depois de um longo e cansativo dia.

– Shh... – disse Harumi baixinho – ele tá dormindo – De fato, Ryota dormia calmamente, assim como o cachorro que só fez abrir o olho para ver Yusuke chegando.

– Ele já cresceu bastante... – disse Yusuke olhando para Ryota enquanto se sentava ao lado de Harumi.

– Verdade. – concordou Harumi – Tenho certeza que vai ser um meninão forte que nem o papai dele.

Aquilo fez Yusuke dar uma leve risada.

– Se for bonito como a mãe então as garotas vão brigar por ele – completou ele fazendo Harumi ficar toda vermelha com um sorriso no rosto. – Erm... Harumi... Eu estava pensando.

– O que?

– Que tal marcamos o casamento para daqui a uns 6 meses? – disse ele sorrindo lindamente e dando em Harumi um beijinho na bochecha e então acariciando levemente o local onde tinha a beijado - Acho que é tempo suficiente para organizar tudo, para você se recuperar de vez e para Ryota crescer mais um pouco.

– 5 meses –rebateu ela com um biquinho

– 5 e meio então – disse Yusuke revirando os olhos.

– Fechado – concluiu Harumi a discussão com um sorriso no rosto - Mal posso esperar pela nossa primeira dança.

– Não sou um bom dançarino... – comentou Yusuke.

– Com você? Não não... Estava falando da minha primeira dança com o Ryota! – disse Harumi dando uma leve risada e logo sendo acompanhada por Yusuke.

– Só me faltava essa, vou ter que competir com meu próprio filho – brincou Yusuke.

– Para você, espero conseguir achar um vestido bem bonito para o casamento então e ficar parecendo uma princesa.

– Você sempre pareceu uma princesa – disse ele com as maças do rosto levemente rosadas fazendo Harumi ficar toda corada.

– U-Uma rainha então.

– Mal posso esperar para ver – disse ele romanticamente pegando delicadamente o queixo dela e lhe dando um doce, longo e profundo beijo em seus lábios. Ambos estavam felizes sabendo que teriam um ao outro para sempre e o pequeno Ryota que a cada dia crescia mais e fazia dos dias cada vez mais alegres. A pequena família se abraçou ali juntinha na cama extremamente feliz enquanto sonhavam com o futuro e se perguntavam o que ele prometia. O que o futuro reservava ainda era um mistério e sempre seria apesar dos planos de cada um deles, mas apesar disso, eles sabiam no fundo do coração, que enquanto tivessem um ao outro, tudo estaria bem, tudo sempre estaria bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo final. Muito obrigada por terem chegado até aqui e desculpa a todos que acharam que eu ia matar a Harumi



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Blind And Dangerous Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.