O Mundo Secreto De Ágatha. escrita por Koda Kill


Capítulo 16
Com a espada no pescoço


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Deesculpeeeem. Podem me matar já. É serio mil desculpas. Fiquei hiper mega ultra super ocupada. Não tive tempo nenhum. Mas decidi que de hoje não passava. Gente eu sei que eu sou meio travada então aqui vai um agradecimento mega atrasado. Desculpem não sei lidar com isso muito bem. Muito Obrigada para a Mariana e para a Ágatha Finn. Muito muito obrigada por recomendarem minha história isso significa muito para mim e me deixa super feliz! Muito obrigada também a todos que favoritaram minha historias, oas que acompanham e principalmente aos que comentam! Seus comentarios alegram minha vida, juro. Amo vocês gente. Não tenho nem como agradecer pelo carinho. Até lá embaixo.



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Quando finalmente comecei a despertar, sentia uma mal estar terrível. Eu sentia o suor gelado escorrendo pelas minhas costas, calafrios percorriam minha espinha, meu corpo estava febril e tremulo e eu sentia uma mal estar horrível no meu estomago. Era a pior sensação que eu já havia sentido na vida. Imediatamente uma onda de ânsias de vomito me atingiu em cheio. Antes mesmo de abrir os olhos percebi estar gemendo brevemente, pois quando eu tentava falar parecia que ia vomitar a qualquer letra.

– Diogo? – Sussurrei me contorcendo em uma pequena bola com as mãos pressionando o estomago.

– Você está acordando... Não se preocupe com a dor, daqui a pouco melhora. Consegue sentar?

– Acho que sim. – Com sua ajuda sentei contra uma árvore. Espera árvore? Que eu me lembre estávamos voando. – Onde? – Perguntei apontando ao nosso redor.

– Na floresta. Vamos pernoitar aqui e depois seguimos viagem. – Disse se inclinando em direção à uma pequena fogueira e voltando com um copo de barro na mão, o qual continha um liquido suspeito e de cheiro adocicado. – Tome, vai fazer a dor passar. – Sorvi o liquido sofregamente deixando-o escapar pelas minhas bochechas. O gosto enjoativo seria agradável em outra situação, mas apesar de ser melhor que a gosma verde o enjoo me impedia de gostar. Eu já havia esvaziado o pote, bebendo-o até a ultima gota.

– Porque estou assim? Que eu me lembre não comi nada suspeito ou estragado. – Perguntei lamuriante. Depois dessa frase e de quase vomitar, segurei a respiração e tapei minha boca.

– É por causa do remédio. – Explicou.

– Eu... Matar. – Disse raivosa, contendo as palavras e o enjoo. Mas acho que ele entendeu perfeitamente o recado. – Assim... Melhorar.

– Vou esperar então. – Ele estava rindo! Eu não estava brincando. Eu estava falando sério, muito sério. – Durma um pouco. Partiremos pela manhã bem cedo.

– Fome. – Reclamei. Eu não estava muito afim de comer, mas minha barriga estava doendo e quem sabe não ajudava?

– Tem certeza de que quer comer nesse estado? – Ele me encarou. – Eu não recomendaria.

Dei de ombros bufando irritada. Deitei no solo fofo usando uma trouxinha de roupas como travesseiro e virei de costas para ele. Demorei certo tempo para adormecer. Fiquei escutando o crepitar do fogo e os barulhos esporádicos de Dante se mexendo.  Eu disse Diogo. Eu estava morrendo de raiva de Diogo, mas de certo modo aqueles malditos remédios, que ele havia fabricado e me obrigado a tomar, estavam realmente melhorando a dor. Entretanto não existe a menor possibilidade de eu engolir aquele troço verde de novo.

Quando acordei pela manha, Diogo já estava arrumando as coisas para dar continuidade à viagem. Me espreguicei e sentei novamente tirando algumas folhas que haviam se enganchado nos meus cabelos.

– Tem algum lago aqui perto? – Perguntei. Diogo se sobressaltou.

– Bom dia Agastar. Tem sim. Eu te levo lá em um segundo. – Diogo jogou mais algumas coisas nas costas do Dragão e sussurrou algo no ouvido do Bicho que grunhiu em resposta. – Mas antes temos que trocar o curativo.

– Eu troco. – Respondi rápida pegando o frasco com o liquido azulado de suas mãos. Ele me encarou confuso. – Quero tomar um banho. – Expliquei. E evitar que você tire minha armadura novamente. 

Ele assentiu, pegou o necessário e nos embrenhamos entre as árvores. Elas estavam quietas. Quietas até demais. Mesmo assim ainda era possível ouvir um leve sussurro disfarçado de vento que uma mandava para outra. Alguns minutos caminhando e saímos em um lago acinzentado e cheio de pedras negras redondas em suas margens. Pousei todos os utensílios que eu havia trazido no chão e respirei fundo aliviada. Olhei instintivamente para o lado e constatei surpresa que Diogo ainda estava ali, encarando o horizonte. Eu o olhei de cara feia e fiz gestos com as mãos mandando-o ir embora. Ele percebeu que estava parado ali como um parvo e corou.

– Ah, desculpe. Já sabe o caminho de volta certo?

– Certo. – Confirmei. Ele deu as costas e voltou pela trilha. Desabotoei a armadura com certa dificuldade e a pousei no chão aproveitando a liberdade e a leveza que o fino tecido me dava. Me senti ainda mais leve quando tirei completamente os acessórios de ferro e os tecidos que me cobriam. Fechei os olhos enquanto apreciava o frio que a água gelada me proporcionava.

O que será que estava acontecendo em casa? Eu estou sentindo uma tímida saudade martelando. Mas logo eu voltaria. Ou pelo menos assim espero. A viagem não está tão desagradável quanto eu pensava que seria. Mas também não é o paraíso. O que será que aconteceria quando voltássemos? E o que o rei quer comigo?

Depois de um tempo, apenas relaxando ao sabor da água me ensaboei e lavei meus cabelos. Sem pressa. Aproveitando o silêncio ao redor. Talvez pela dormência que todo aquele gelo me dava, não senti minhas costelas protestarem. Entretanto pouco depois de eu ter saído da água uma dorzinha aguda começou a latejar disfarçadamente. Coloquei a gaze ao redor dos meus seios, além de espalhar bastante remédio pelas minhas costelas. Passei um longo tempo tentando recolocar minha armadura e depois de recolher meus pertences rumei de volta ao acampamento. A única coisa que me incomodava eram os sussurros das árvores. Eu sei que elas estavam loucas para se intrometer na história. Aquele zumbido estava me irritando de tal modo que tive que me conter para não esmurrar a madeira.

– Você gosta dele. – Sussurrou uma arvore enorme. Parei estática onde estava. – Sim, gosta. Mas ele te assusta. – Eu poderia ver seu sorriso se árvores sorrissem.

– Eu não tenho medo dele! – Exclamei nervosa. Todos as outras plantas pareciam ter se calado.

– Não. Não fisicamente...

– Eu não gosto dele! – Exclamei nervosa.

– Ninguém nunca gostou de você... – Continuou ela ignorando o que eu havia dito.

– Claro que já! Eu tenho a Danandra, o Ícaro...

– A quem está tentando enganar Agastar? – Perguntou a árvore por fim. – Você deveria ser mais gentil com ele. – Concluiu e então se calou.

– Eu não estou enganando ninguém. E eu o trato como quiser! – Falei exaltada. Mas as árvores se calaram. Bufei irritada e continuei meu caminho pisando duro. Não estava muito longe. Me escondi atrás de uma arvore e fiquei observando Diogo. Ele estava amolando sua espada distraidamente. Havia comida quentinha e cheirosa sobre uma toalha e Floyd repousava às suas costas. Será que aquela arvore idiota estava certa? Se bem que olhando desse ângulo até que ele era bonito. Mas será que eu gostava mesmo dele? De repente ele se levantou e rumou para a floresta na direção oposta à mim. Soltei o ar que eu estava prendendo e me encostei na arvore mais próxima. Segundos depois uma espada surgiu de baixo do meu pescoço e uma mão enorme tapou minha boca no momento que eu pensei em gritar por Diogo.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Quem será o dono dessa mão gigante? Comentem! Se ainda estiverem ai. :(