O Mundo Secreto De Ágatha. escrita por Koda Kill


Capítulo 13
A entrevista e o garoto dos olhos coloridos


Notas iniciais do capítulo

Gente mil desculpas. Estava eu sem pc e atolada de coisas pra fazer. Mas já estou postando outro capitulo e pretendo mandar outro na sequencia ater sábado. Não me odeiem por favor kkkk Ah e espero que gostem desse capitulo. E se não gostarem tem o próximo pela frente e ele promete. Vejo vocês nas notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/318489/chapter/13

– Ágatha... Ágatha, hora de acordar. – Uma voz grave sussurrava insistentemente no meu ouvido. Esfreguei os olhos enquanto Dante me encarava desconcertantemente. Levantei com um sobressalto, preocupada com a hora. Sete horas em ponto, ufa. Por um segundo pensei que tinha perdido a hora. Comecei a me arrumar, ainda meio grogue. Escovei os dentes, troquei de roupa, passei maquiagem e essas coisas. Dante apenas me esperou sentado na sala. Peguei minha bolsa em cima da escrivaninha e o chamei.

– Vamos. – Dante já havia tirado o tampão hilário do nariz e apenas bagunçou os cabelos e me seguiu.

Pegamos um táxi e pedimos que ele nos levasse até a editora. Na verdade Dante pediu. Eu não conseguia falar direito, porque parecia que meu estomago estava dando voltas e mais voltas... Opa, melhor não pensar em coisas girando ou eu vou ficar mais tonta e desmaiar. Coloquei a mão no estomago e gemi, fechando os olhos.

– Você está bem? – Perguntou Dante. Assenti com os olhos fechado. Melhor não olhar pra lugar nenhum que me lembre circulo ou se mova de maneira uniforme. Eu tinha esse pequeno problema. Eu simplesmente começava a acompanhar o movimento das coisas e quando eu menos percebia estava no chão.

– Estou bem, só nervosa. – Forcei as palavras pra fora e mordi os lábios em seguida. Será que o taxista iria me odiar eternamente por eu vomitar ali? Provavelmente, eu só espero que ele não fique gritando e me xingando em indiano.

– Não se preocupe, eles vão te adorar. Você escreve muito bem.

– Eu... Espera. Como você sabe?

– Como eu sei o que? – Perguntou se fazendo de desentendido.

– Como você sabe que eu escrevo bem Dante?

– Pelo que as pessoas dizem. – Disse de maneira nada convincente. Olhei cética para ele. – Não?

– Como você sabe Dante? – Falei mais firme e irritada. Esquecendo por alguns instantes que estava passando mal.

– Talvez eu tenha lido um livro seu... Ou dois.

– Dante eu não acredito!

– Eu estava curioso! – Tentou se justificar. Dei vários tapas no seu braço deixando-o tão vermelho quanto a minha cara.

– Não acredito que fez isso. – Cruzei os braços e olhei pela janela.

– Mas era muito bom. – Concluiu ele. Continuei seria, mas só por fora. Eu continuava irritada é claro, e obviamente estava morrendo de vergonha, mas confesso que sentia uma pontinha de alegria e esperança por ele ter gostado. Porém não demonstrei nada além de irritação.

A viagem até o outro lado da cidade foi bastante silenciosa. Dante não puxou assunto novamente e eu fiquei absorta em meus pensamentos tentando me distrair para não passar mal. Ao chegarmos na editora Dante me desejou boa sorte de uma maneira meio desajeitada e ficou perambulando pela recepção enquanto eu fui falar com a secretaria.

– oi. – Disse timidamente. A moça levantou o olhar curiosa.

– Em que posso ajuda-la?

– Estou aqui para uma entrevista.

– Seu nome? – Perguntou voltando o olhar para o monitor de um computador.

– Ágatha, Ágatha auler. A, U, L, E, R. E Ágatha tem acento no primeiro a e TH. – Tamborilei os dedos na mesa distraidamente.

– Certo Ágatha, você pode esperar ali na sala 01. É a primeira porta á esquerda desse corredor.

– Obrigada. – Acenei para Dante me despedindo e ele sorriu e acenou enquanto eu entrava na sala.

Era uma sala relativamente pequena, com um sofá preto de couro sofisticado e minúsculo encostado na parede, uma pequena mesinha de vidro no centro com várias revistas e livros, paredes acinzentadas e plantas em todo o lugar, além de uma mesa de mármore onde a secretária se encontrava.

A sala não estava vazia, um rapaz que parecia ser uns cinco anos mais velho que eu estava sentado no sofá, ocupando-o quase por completo. Ele tinha cabelos castanhos rebeldes que cresciam em todas as direções e sua roupa era bem simples e despojada, como se ele não se importasse muito com sua aparência, mas nem a calça surrada, nem a camisa folgada conseguiu deixa-lo feio. Pelo contrario. Sem muitas opções me espremi entre ele e o braço do sofá preto, mantendo-me cabisbaixa e calada. O sofá era tão pequeno que em 90% do tempo nossos braços ficavam imprensados lutando por espaço. De vez em quando ele me empurrava como se para colocar o braço em determinado lugar, sem me encarar ou dizer nada, apenas com um sorriso discreto nos lábios como se estivesse adorando a situação incomoda.

Tentei me concentrar em uma revista qualquer que eu havia pegado da mesa. Mais uma coisa sobre mim. Eu tenho a péssima mania de ficar bebendo água de cinco em cinco minutos quando estou muito ansiosa ou muito nervosa com alguma coisa. Da quarta vez que eu me levantei para beber água os dois, o cara e a secretária, me encaravam estranhamente. Como seu eu tivesse ficado louca. A secretaria apenas virou o rosto e saiu da sala alegando que voltaria dentro de poucos instantes. Bebi dois copos de água seguidos e quando estava voltando para o sofá, esbarrei no garoto que estava agora de pé.

– Me descul... – Seus olhos. Pensei que eram azuis, mas eu estava olhando apenas o olho esquerdo dele. Na verdade seu olho esquerdo era azul acinzentado e o seu direito era castanho levemente claro. Confesso sempre achei estranho e até mesmo feio pessoas com heterocromia assim. Um olhos de cada cor, mas Jesus... Aqueles olhos eram muito sexy! Combinava perfeitamente com o rosto do garoto deixando-o muito, muito bonito. Charme e sensualidade não davam nem pro começo. E é claro que eu fiquei encarando ele com cara e idiota.

– Sem problemas. – Disse ele me segurando pelos ombros e me ajudando a me equilibrar de novo. Eu não sabia que olho encarar. – Sou Jeremias, mas pode me chamar de Jotta.

– Ágatha. – Ele apertou minha mão. Eu já falei que o perfume dele era muito muito bom? Era tão bom que eu fiquei curiosa pra saber se minha mão tinha ficado com o cheiro dele. Mas me contive, porque isso seria estranho e cheirar a minha mão me faria uma lesada e tarada. Você não sai por ai cheirando a mão das pessoas, nem a sua mão na frente das pessoas. Isso tornaria as coisas um pouco tensas.

– É escritora Ágatha? – Nossa o jeito que ele dizia ágatha era tão bonito e sonoro.

– Sim... E você? – Perguntei nervosa.

– Também. – Disse rindo amigavelmente. – Sobre o que você escreve?

– Romances na maioria das vezes. E você?

– Terror, suspense, ficção cientifica... Depende do meu estado de espirito.

– Nossa, legal. Já teve algum livro publicado?

– Alguns... – Disse ele vago.

– Então não deveríamos ser inimigos? – Perguntei pegando mais um copo de água. Ele riu.

– Tecnicamente... Talvez. Mas não estou com vontade de ser seu inimigo. – Ele colocou as mãos nos bolsos distraidamente.

– É nem eu. – Completei terminando de tomar a agua.

– Nos devíamos marcar qualquer dia para conversar sobre os nossos textos. – Ah não...

– Você está me chamando para um encontro? – Perguntei seria. Eu estava sentindo minhas defesas subirem.

– Estou te chamando pra conversar. Como escritores, só isso. Gosto de conhecer pessoas novas, ainda mais se forem escritores.

– Eu não sei... Acho melhor não. – Falei sorrindo timidamente e voltando para o sofá. Ele permaneceu parado por um instante e depois me seguiu, sentou no sofá, pegou uma revista da mesa, rasgou o pedaço de uma pagina e começou a rabiscar alguma coisa. Segundos depois a secretaria voltou e Jeremias me passou o bilhetinho que tanto rabiscava.

“Me encontre depois de amanha na pizzaria Magnus. Não se preocupe, vou ser um bom garoto.” – Não me contive e ri. Olhei para Jeremias que tentava esconder um risinho safado. Sei... Bom garoto. Peguei uma caneta dentro da bolsa.

“Tudo bem, mas não se apaixone por mim” – Respondi audaciosa. Papel e caneta, essa sim era minha área.

“Vou dar meu melhor, mas não prometo nada.”

“Pensando bem, eu esqueci que tenho medico depois de amanhã.”

“Não se preocupe Ágatha. Só amigos, eu entendi.”

“Se for só isso tudo bem.”

“Ok, então me encontre lá às 19 horas. 99240008 – Caso precise.”

– Jeremias? – Chamou a secretária. – Pode entrar.

– Minha visita é coisa rápida. Ela pode ir primeiro.

– Tudo bem. – Disse ela arqueando as sobrancelhas de modo nada simpático. – Pode entrar Ágatha.

Aqui está uma foto dos olhos do Jotta:


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai o que acharam do Jotta? Um fofo? Sexy? Contem-me!! kkk E olha se não gostarem desse não se preocupem o proximo está BOMBASTICO. E hot. kkkk não percam.