–Santana! Quinn! Venham aqui agora! – gritei do meu quarto, já eram 17h e eu tinha combinado de Finn vir me buscar aqui às 19h30. Estava muito atrasada.

–Sim Rachel, o que houve agora? – disse Santana.

–Houve que eu preciso de ajuda para escolher minha roupa para o encontro, digo, janta na casa do Finn.

–Espera, se não é um encontro, porque está nos chamando aqui para escolher roupa? Ah, nem precisa responder, acho que o porteiro está mexendo de outro jeito com você não é? – disse Quinn entre palavras e risadas.

–Ótimo! Vocês me convenceram. Sim, eu estou gostando do Finn, algum problema? – nesse instante começaram uma série de gritos e pulinhos pelo meu quarto.

–EU SABIA! EU SABIA! – dizia Santana

–Quando vai trazer ele aqui? – disse Quinn sorrindo maliciosamente

–Acalmem-se, não estamos namorando. Ainda. – eu ter dito “ainda” só piorou as coisas, Santana e Quinn me jogaram na cama e me fizeram cócegas, e nós três começamos uma crise de riso que parecia interminável.

–Meninas, agora deu. Eu tenho que me arrumar, e rápido.

–Sim senhora – disseram Quinn e Santana em coro.

–Rachel que tal ir com um vestido, não de festa é claro, mas um mais simples?

–Não sei... O que você acha Santana?

–Se eu fosse ele gostaria que você usasse nem vestido, nem blusa, nem calça. – Santana disse gargalhando.

–Santana não teve graça, não sou vocês que já saem transando na primeira vez que vêem alguém. Saiam daqui, eu decido minha roupa sozinha! – as meninas saíram reclamando do quarto. Abri meu guarda-roupa e escolhi um vestido preto de renda, e um bolero bege por cima, nos pés uma sapatilha e peguei uma bolsa de mão. Tomei banho e me arrumei. Quando acabei de me arrumar eram 19h, fui esperar na sala.

–Meu Deus Rachel! Vai para um encontro com o príncipe William, ou com o porteiro? – disse Santana me fitando em tom de reprovação.

–Santana cala a boca! Quinn o que você achou?

–Está linda Rach, ignore a Santana. – disse Quinn sorrindo.

–Obrigada. Acho que ele já vai chegar.

–Acho que tem alguém buzinando lá em baixo... – disse Santana sorrindo, de repente meu celular tocou. Era Finn.

–-Rachel, estou aqui na portaria te esperando.

–-Ah, claro, já estou descendo! – eu estava nervosa como se fosse o meu primeiro encontro com alguém na vida. E nem era um encontro, era só uma janta para conversarmos melhor sobre o que o pai de Finn poderia fazer para me ajudar com Sam.

–Bom, eu tenho que ir, eu volto cedo.

–Não precisa voltar cedo, pode passar a noite com ele – disse Santana.

–Isso Rach, faz isso pelas amiguinhas aqui que queriam estar no seu lugar.

–Que horror! Tchau para vocês! – bati a porta e saí, só consegui ouvir Santana gritando “usa camisinha” lá de dentro. Desci pelo elevador, e ao chegar na portaria estava me esperando Finn. Ele estava incrivelmente bonito, mais do que nunca. Ele usava uma camiseta preta com a gola em formato V, calça jeans e tênis. Parei em sua frente e fiquei uns segundos admirando aquele homem perfeito. Finn olhou bem nos meus olhos e disse:

–Você está linda Rachel, linda.

–O-obrigada Finn, você está lindo também

–Rachel, que acha de irmos jantar no shopping ao invés de irmos pra minha casa? – o shopping não me trazia boas lembranças, me lembrava Sam, mas aceitei porque eu queria uma vida nova, e essa vida nova inclui o Finn e esquecer o Sam.

–Claro Finn! – entramos no carro e Finn ligou o rádio.

–Gosta de música?

–Adoro. – ele foi trocando de estação até que parou em uma que tocava Faithfully, da Journey. – conhece essa música Finn?

–É uma das minhas favoritas e você conhece? – disse ele dando seu sorriso torto mortal

–É uma das minhas prediletas também.

Finn começou a cantar, eu o analisei cantando e comecei a cantar também. Fomos o caminho inteiro cantando. Chegamos no shopping e fomos diretamente para a praça de alimentação.

–Então o que vamos comer? – perguntou ele.

–Você que sabe!

–Não, não. Nosso primeiro, é... Encontro então você escolhe a comida.

–Não sabia que isso era um encontro Sr. Hudson!

–Hmm, então deixa eu lhe dizer srta. Berry: isto é um encontro. – disse Finn dando aquele sorriso torto novamente. – o que vamos comer?

–Pode ser comida chinesa?

–Boa escolha. Pode. – Finn e eu fomos até o restaurante de comida chinesa. Escolhi só massa com peixe, já Finn pegou quase tudo o que tinha no buffet. Conversamos o tempo inteiro sobre nossas vidas.

–O que você faz Rach? – perguntou Finn

–Ah, no momento eu estou de férias, mas eu trabalho na empresa do meu pai, aqui em Lima mesmo.

–Legal. – Finn olhou no relógio e já eram 22h. – Já quer ir pra casa?

–É... Não. – eu disse sorrindo.

–Quer ir lá em casa? – ele perguntou colocando sua mão enorme sobre a minha, e deu novamente seu sorriso torto e chegou mais perto de mim.

–Pode ser. – fomos até a casa dele. Chegando lá Finn me convidou para sentar.

–Na última vez que cheguei aqui eu estava me sentindo péssima.

–E agora? O que está sentindo? – disse Finn chegando mais perto de mim no sofá. Minha respiração começou a aumentar, e minhas batidas cardíacas também.

–Bem. – eu disse tentando não demonstrar nervosismo.

–Só bem? – perguntou Finn chegando ainda mais perto

–Não, ótima. E...

–E...

–Nada, nada Finn.

–Tem certeza? – disse ele passando a mão em meu rosto.

–Não.

–O que é então Rach?

–Finn, me beija! – eu cuspi as palavras, que não deveriam ter saído da minha boca. Mas Finn não disse nada, apenas sorriu. Um sorriso lindo, que ia de orelha a orelha. Ele se aproximou de mim, pousou uma mão em meu rosto, e a outra na lateral da minha perna. Minha respiração aumentava cada vez mais. Coloquei uma mão o pescoço de Finn, e ele aproximou meu rosto do dele e me beijou. Nossas línguas estavam frenéticas desejando um ao outro cada vez mais, as minhas mãos saíram do pescoço de Finn e foram para os cabelos dele. Finn desceu o beijo por meu pescoço, inclinei a cabeça para trás a fim de ajudá-lo. Seus beijos ficaram um tempo ali e depois voltaram para a boca. Deitei-me no sofá e Finn deitou de leve por cima de mim, pressionando nossos corpos um contra o outro. Ele tinha definitivamente o melhor beijo do mundo. Mas naquela noite não passamos disso. Eu interrompi o beijo, não conseguíamos falar nada, somente nos olhar ofegantes, ainda com Finn por cima de mim eu disse:

–Foi o melhor beijo da minha vida.

–Pode ter certeza, que foi o melhor da minha vida também. – disse ele me dando um selinho. Finn saiu de cima de mim, e me perguntou:

–Me considera seu amigo não?

–Claro!

–E se eu achasse que esse beijo não quisesse dizer somente amizade quisesse dizer algo a mais, eu estaria correto?

–Sim, estaria. – eu disse sorrindo.

–Então não somos mais só amigos?

–É, eu acho que não. Somos?

–Se depender de mim, não.

–Se depender me mim também! – olhei no relógio e vi que já passava da meia-noite.

–Eu tenho que ir Finn...

–Tá eu te levo. – disse ele dando aquele sorriso matador. Fomos para o carro. Conversamos pouco no caminho. Ele parou na frente do prédio, e disse.

–Está entregue!

–Obrigada, por tudo! - dei um beijo rápido em seus lábios e quando eu ia abrir a porta Finn me interrompeu e disse:

–Eu te amo Rachel! – eu sorri, lhe dei outro beijo, saí do carro e disse.

–Eu te amo Finn Hudson! – Entrei pela portaria. Cheguei no apartamento, e por um milagre Quinn e Santana estavam dormindo. Me troquei e fui dormir também. Me deitei e pensei em Finn até adormecer. Aquela noite tinha sido a melhor, de toda a minha vida.