A Lenda Dos Amuletos Dos Sonhos Livro I escrita por Nah


Capítulo 7
Capítulo 7 - Prazer, meu nome é Farrah


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores, desculpe a demora, mas finalmente aqui está o sétimo capítulo e espero que gostem. Boa leitura ^^



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A neve estava parando cada dia até não ter mais nevasca, mas ainda havia muita neve no chão. Valentina, Reiko e eu estávamos acampados debaixo de uma grande árvore, ainda não tínhamos encontrado nenhum lugar para ficar. Quando o dia clareou fui até o rio, para lavar meu rosto para poder despertar. A água estava extremamente fria. Fiquei olhando meu reflexo na água por um tempo: eu estava com um aspecto cansado e com olheiras; minha pele que era morena estava bem descuidada e com alguns aranhões, causados pelas árvores e lugares que passávamos e acampávamos. Estava começando a sentir muita falta dos meus cremes corporais, dos shampoos e condicionadores.

         Deitei no chão gelado pela neve. Não sabia mais onde meus pés me levariam, Valentina era nossa guia, mas também parecia perdida e não víamos sinal de vila por onde passávamos.

         De repente, enquanto eu fitava o céu cinzento, reparei que alguém se aproximava do rio. Virei meu rosto para poder ver melhor quem estava vindo: era uma garota alta e branca; vestida com um leve vestido branco; cabelos lisos que batiam no final de suas costas e eram brancos, me surpreendi muito ao ver aquele ser totalmente branco! Ela vinha de longe e andava perto da beira do rio, nessa hora me sentei para que se alguma coisa acontecesse eu pudesse sair de lá correndo e avisar Valentina e Reiko. Ultimamente eu andava desconfiando até a sombra.

         Ela continuava se aproximando até que esta se sentou na beira e colocou seus pés no rio, parecia estar descansando. Mas havia algo errado, parece que ela não havia me visto ainda e nessa hora eu vi algo que me espantou. Eu vi asas! Asas brancas e longas nas costas dela! Um arrepio passou pelo meu corpo e entendi o que estava acontecendo.

         –AI MEU DEUS! – eu disse não podendo me conter. A garota se virou assustada para mim, no começo ela ficou paralisada então ela saiu do rio vindo na minha direção.

         –Está tudo bem? – perguntou ela cautelosa se aproximando devagar.

         –Não! Eu não acredito que isso esteja acontecendo! Como isso foi acontecer?! – eu falava para mim mesma.

         –O que aconteceu? – agora ela já estava bem perto de mim – Posso ajudá-la?

         –Não é para isso que você está aqui? – perguntei.

         –Como? – perguntou ela confusa se agachando na minha frente.

         –Tudo bem pode me contar. Eu sou forte e vou aguentar...

         –Desculpe, mas não estou entendo mesmo. – falou ela. – O que está acontecendo?

         –Pode falar que eu morri!

         –Você o quê? Acha que está morta?

         –Claro! Você não é um anjo?

         Antes que a garota pudesse responder Reiko e Valentina apareceram correndo pelas árvores, Reiko estava com sua espada em punho e Valentina mirava uma flecha para a garota.

         –Se afaste dela senão eu atiro. – proferiu Valentina.

         –Não me diga que vocês também morreram? – falei mais confusa ainda.

         –O quê? – perguntaram Reiko e Valentina juntos.

         –Calma, eu acho que está havendo um mal entendido. – disse a garota se levantando e olhando para os irmãos.

         –Ângela, o que houve? – perguntou Valentina olhando para mim.

         –Perai, agora estou confusa. Eu não estou morta?

         –Claro que não! Da onde tirou isso?

         –Ela não é um anjo? – perguntei apontando para a garota de branco.

         Então pelo leve sorriso de alivio que vi passar pelo rosto de Valentina, entendi que ela estava entendendo o que estava acontecendo.

         –Relaxa, você não está morta. Você não se lembra quando eu estava comentando sobre os povos que habitam meu mundo? – perguntou Valentina e eu assenti – Então, ela é uma Hazius, por isso que ela tem asas.

         Senti-me extremante leve ao saber que não estava morta e muito idiota por ter causado aquela confusão besta. Era incrível conhecer uma nova espécie que nunca tinha visto. Olhei de novo para a garota de branco, ela passava uma sensação de paz que era impressionante.

         –Está tudo bem então? – perguntou a garota.

         –Está sim. – respondeu Valentina com um sorriso.

         –Então você é uma Hazius mesmo? – perguntou Reiko maravilhado e guardando sua espada.

         –Sim. Prazer, meu nome é Farrah. – disse sorrindo.

         –Prazer. Eu sou Reiko, está é minha irmã Valentina e nossa amiga Ângela.

         –É um prazer conhecer todos.

         –Você mora por aqui? – perguntou Valentina.

         –Sim, eu moro no reino de Narcaham. – respondeu Farrah apontando para alem do rio.

         –Narcaham. – murmurou Valentina pensativa. – Acho que já ouvi falar nesse reino...

         –É uma dos maiores reinos do leste, vivem apenas Hazius lá. Mas e vocês? São daqui mesmo?

         –Na verdade não. – respondeu Reiko. – Estamos meio que perdidos, procurando uma cidade ou vilarejo para pararmos um pouco.

         –Vocês parecem cansados, podem vir para Narcaham comigo se quiserem. – propôs Farrah com um sorriso sincero.

         –Serio? – perguntou Valentina.

         –Claro, por que não? Podem vir.

         Farrah começou a caminhar na direção que ela havia vindo, ela andava com tanta leveza e suas asas brancas eram como se eu estivesse na presença de um anjo mesmo. Estava muito ansiosa para ver a cidade dos Hazius, deveria ser incrível. Andávamos por dentro de uma densa floresta, mas depois apareceu um campo sem nenhuma árvore. O chão era coberto por neve, o céu estava nublado e cinzento, parecia que iria cair chuva a qualquer momento.

         Não demoramos muito tempo na planície, logo começamos a subir um morro um pouco íngreme. Íamos por uma estradinha que tinha ali. Algumas árvores começaram a aparecer, de folhas verdes com frutos e flores que eu nunca havia visto antes. Quando estávamos bem no alto do morro tivemos uma grande visão de uma planície muito maior que tínhamos acabado de sair: podia-se ver as montanhas muito mais além; florestas muito longínquas, mas que dava para perceber a imensa extensão dela; tinham alguns animais andando daquele lugar. Mas o que mais surpreendeu naquela vista foi a enorme muralha que crescia numa imensa parede de rocha. Muito longe eu pude enxergar um grande portão, deveria ser a entrada da cidade, eu estava completamente hipnotizada pela aquela paisagem que nem reparei que todos havíamos parado e Farrah estava conversando com Valentina e Reiko.

         –É sem duvida belíssimo. – dizia Valentina a Farrah enquanto olhava a paisagem.

         –Sim, realmente. – respondeu Farrah. – Aquela é a porta de entrada de Narcaham – ela apontou para o grande portão que eu tinha visto antes. – Vamos indo, acho que irá chover logo, logo.

          Descemos o morro sem muita dificuldade, pois não era muito íngreme e tinha uma trilha para passarmos. Andamos muito quando chegamos a planície até chegarmos a muralha.

         Perto da entrada da cidade havia muitos animas e alguns mercadores, na porta alguns guardas conversavam com os comerciantes. Adentramos na cidade: as pessoas que andavam nas ruas todas tinham asas; as ruas eram largas; as casas não eram grandes e tinham um tom escuro, o estilo das casas e do lugar me fez lembrar um pouco o Oriente Médio, não nos tempos modernos, mas do século XV talvez. A cidade era colorida com as casas, mercadorias, ma não um colorido berrante, era um colorido de tons escuros

         Farrah falou que íamos andar um pouco mais, pois ela morava quase no fim da cidade. Enquanto andávamos apareciam muitas construções majestosas e imponentes, mas nada era mais incrível do que o grande castelo que havia quase no fim da cidade: suas paredes de rocha maciça eram bem parecidas com a muralha da cidade. Mesmo eu vendo aquele incrível castelo ainda estávamos longe de chegar nele.

         Comercio, praças, muitas pessoas, estávamos passando agora pelo o centro e com isso comecei a explorar com meus olhos as maravilhas que Narcaham oferecia. O que não tinha como não reparar era nos moradores, tirando suas asas, eram seus cabelos: cada um tinha uma cor de cabelo diferente: uns com cabelos brancos, mas jovens como Farrah; cabelos laranja, roxos, pretos. Pude notar também que suas asas variavam de cor dependendo do tom de sua pele, alguns que vi que tinham a pele morena, assim como eu, tinham a cor das asas um pouco cobre.

         Algumas pessoas começaram a dar saudações a Farrah, pessoas que ela conhecia deveriam ser, estes nos observaram com certa curiosidade.

         Cada vez mais o castelo se aproximava, até chegarmos perto de seus portões que haviam muitos guardas. Viramos a direita e entramos numa rua menos movimentada, cada vez mais menos gente aparecia, como se estivéssemos saindo da cidade, o que parecia isso mesmo. Um campo verde coberto com um pouco de neve e casinhas começou a se formar na nossa frente, a balburdia da cidade ficava para trás. Farrah parou em frente a uma casinha.

         –Podem entrar. – disse ela abrindo a cerca, o jardim tinha muitas flores e uma grande árvore. A casinha era igual as da cidade só que menor, com a porta de madeira, o telhado era vermelho escuro e havia uma chaminé também onde estava saindo uma leve fumaça. Ela nos abriu a porta nos convidando a entrar. Entrando na casinha vi que ela era bem maior que do lado de fora: era um grande cômodo com uma lareira; uma janela na parede da porta e debaixo desta tinha uma pequena mesa; na parede oposta a janela havia duas portas e na parede ao lado havia mais uma; com o fogo da lareira aceso o cômodo ficava reconfortante e ficava muito mais com as almofadas de cores escuras que estavam no chão, vermelhos, azuis, verdes, roxos; estantes com alguns livros e um armário também tinha no cômodo.

         Farrah disse para ficarmos a vontade, como se estivéssemos em nossa casa, ela iria fazer o café da manhã. Em uma das portas dava para a cozinha, Reiko botava a mesa, eu e Valentina ajudávamos Farrah com o café.

         Nossa anfitriã começou a contar um pouco de si mesma enquanto comíamos: ela era uma camponesa que trabalhava para a realeza, fornecendo verduras e frutas de boa qualidade que vinham da sua horta; também trabalhava no castelo cuidando do jardim, o que amava bastante de fazer; a Hazius morava ali sozinha por isso era tão pequenina sua casa.

         Ela fez perguntas para nós, mas Valentina e Reiko tentavam escapar apenas falando coisas não muito concretas, percebendo o tom deles Farrah não fez mais perguntas.

         Depois do café da manhã a jovem pediu gentilmente pra que Reiko fosse até a cidade comprar algumas coisas para ela, enquanto isso eu e Valentina fomos com ela até o fundo da casa onde havia uma grande horta e árvores. Farrah era bem organizada e caprichosa, algumas das frutas e verduras que havia ali não reconheci, devem ser nativas daquela terra e com certeza não existiam no meu mundo, e pareciam tão boas mesmo nascendo naquela arvore com neve.

         A jovem nos explicou como colher sem danificar as frutas e verduras.

         –Deveriam ficar aqui por mais tempo. – comentou Farrah colhendo verduras e eu colhendo o que pareciam ser maçãs junto com Valentina. – Vocês iriam gostar da cidade, posso mostrar-lhes tudo depois se desejarem. – convidou ela com um sorriso.

         –Seria ótimo. – exclamou Valentina. – Gostaríamos de ficar aqui sim por algum tempo, mas para isso precisamos de um emprego e arranjar um lugar na cidade.

         –Enquanto ao emprego eu posso resolver isso.

         –Mesmo? – perguntei.

         –Sim. – ela sorriu. – Hoje como sempre vou até o castelo entregar a colheita fresca, podemos ver se eles precisam de ajuda por lá, se precisarem podem já trabalharem hoje.

         –Simples assim? – perguntou a elfa.

         –Sim, já vi isso acontecer antes.

         Assim que terminamos a colheita arrumamos tudo, esperamos Reiko voltar da cidade e fomos para o castelo. A barulheira da cidade grande começou a criar vida enquanto nos dirigíamos para a cidade, feiras e comércios apareceram, era de manhã ainda e já tinha gente gritando para vender sua mercadoria. O castelo foi tomando forma a cada passo, pois a Hazius morava perto dele. Guardas estavam espalhados por todos os lados do grande castelo, Farrah se dirigiu até uma grande porta que havia dois guardas tomando conta. Enquanto ela falava com o homem não pude conter uma vontade de olhar para cima, o castelo era imenso, as paredes eram de rocha maciça, as torres eram altas e deslumbrantes, por mais que a manhã estivesse cinzenta não ofuscava a beleza daquele castelo, e eu só estava olhando uma parte dele. Parecia ser muito maior que isso, muito mesmo.

         Voltei a olhar para o que estava acontecendo ao meu redor e pude notar melhor com quem Farrah estava conversando: era um homem alto e forte de cabeça raspada e negro; usava o uniforme da guarda, como os outros que havia visto, com uma espada na cintura dentro da bainha. Conversava simpaticamente com ela, pareciam ser amigos faz tempo.

         –E quem são esses jovens? – perguntou ele a Farrah.

         –Eles são meus amigos e estão procurando um trabalho, resolvi ajudá-los trazendo-os para o castelo, quem sabe possam trabalhar aqui também?

         –Sim, claro. Boa sorte, companheiros. – disse o homem, então a garota nos levou para dentro do castelo.

         Chegamos a cozinha rapidamente, era um lugar bem grande e com mulheres jovens, de meia idade e velhas. A cozinha era grande e elas trabalhavam num ritmo acelerado, era bem limpa e organizada. Era estranho ver uma cozinha sem eletrodomésticos, em vez de fogão tinha um grande forno a lenha, as colheres eram de madeira, e panelas de barro. Sentia-me na Idade Média.

         Farrah se dirigiu até uma mulher que estava dando ordens as outras, uma velha Hazius meio corcunda com roupas claras, mesmo com a idade avançada, que era facilmente notada, suas asas eram tão novas quanto de Farrah.

         –Aqui está a colheita de hoje, senhora Agenora. – disse ela entregando a colheita a velha Hazius.

         –Ah, já estava na hora. – exclamou a mulher. – Está realmente atrasada hoje, garota.

         –Sinto muito por isso, senhora...

         –Sem tempo para lamentações, garota. – interrompeu Agenora. – Vamos, vamos, você terá de ficar aqui hoje na cozinha e me ajudar. Temos muito trabalho aqui hoje, terá que esquecer aquele seu jardim.

         –Senhora, acho que posso ajudá-la. Esses são Valentina, Ângela e Reiko, eles procuram por trabalho e podem ajudar na cozinha.

         A velha nos observou, acho que tinha-nos notado agora. Enquanto observava-nos suas rugas apareciam mais, depois perguntou a mim:

         –Sabe fazer alguma coisa, filha?

         –Sei fazer doces. – respondi, era uma verdade, segundo minha família eu sabia fazer doces muito bem.

         –E você? – se dirigiu agora a Valentina.

         –Cozinho bem os salgados.

         –Está bem, podem ficar as duas, já você não. – disse apontando para Reiko. – Homens na minha cozinha nem pensar só estragariam tudo, tudinho. Você pode ir junto com Farrah para o jardim, quem sabe arranja algo por lá.

         –Obrigada, senhora Agenora. – agradeceu ela a mulher com um sorriso.

         –Agora vocês venham comigo. – disse a idosa fazendo sinal para seguí-la.

         –É melhor vocês irem, ela não gosta muito de esperar. – alertou Farrah. – Reiko, você irá comigo para o jardim, certo?

         –Claro, por mim tudo bem, gosto de mexer com isso.

         –Farrah, ela é sempre assim? – perguntei me referindo a Agenora.

         –Não...

         –Ufa...

         –É pior. Boa sorte. – terminou Farrah com um sorriso meigo. – Vamos. – e foi embora com Reiko.

         –Talvez ela não seja má conosco. – comentou Valentina.

         –Hey!, vocês duas! – gritou Agenora do outro lado da cozinha. – Venham logo se quiserem um emprego.

         –Você acha mesmo? – perguntei.

         –Bem... Vamos, né?

         –Sim. – dei um breve sorriso.

       

Eu e Valentina começamos a trabalhar na cozinha do castelo da cidade de Narcaham. Agenora nos auxiliava para que não cometêssemos nenhum erro na sua cozinha, a comida da realeza tinha que ser impecável. Eu tinha que fazer as sobremesas, mas havia ingredientes ali que eu não conhecia, não sabia se eram para doces ou salgados.

         –Algum problema, Ângela? – perguntou Valentina enquanto estava no meu lado preparando uma massa.

         –Na verdade tem sim. O que é isso? – dei o ingrediente que estava segurando, era uma folha, mas não sabia se essa planta podia ser usada em doces.

         –É uma folha de Carmiin. Fica muito boa em alguns pratos doces, deveria usá-la. O que está preparando?

         –Não sei ao certo, vou improvisar. Tem ingredientes aqui que não conheço. – disse a ela apontando para alguns que estavam na bancada. – Não sei o que vou fazer.

         –Fique tranquila, eu sei o que são, falarei para que cada um serve.

         –Obrigada. – agradeci e ela sorriu.

         Observei o que tinha na bancada e as outras que trabalhavam na cozinha, muita das comidas para o almoço já estavam prontas, eu tinha que pensar logo em que doce eu faria. Valentina mexia a massa freneticamente ao meu lado.

         –O que está fazendo? – perguntei.

         –Uma torta de carne de carneiro.

         –Torta... – murmurei mais para mim mesma que para ela, aquela massa me deu uma idéia.  – Escute Valentina, essa massa daria para duas tortas?

         Ela examinou e respondeu:

         –Talvez... Por quê? Quer fazer uma torta?

         –Sim, eu sei fazer torta, só falta decidir o sabor.

         –Tome – Valentina me entregou uma parte da massa. – Farei mais se precisar.

         Sai da bancada e fui até onde tinha umas frutas, as que eu tinha ajudado a Farrah colher. Levei algumas frutas que pareciam maçã até onde eu iria fazer a torta, cortei a fruta e comi, não era bem maçã ela era mais forte e doce. Era dela mesmo que eu iria fazer a sobremesa. Algumas mulheres da cozinha me ajudavam a prepará-la, porque eu era nova ali.

         Algumas me perguntava de onde eu era, e como eu não conhecia nenhuma terra de humanos não soube responder muito bem, desconversava na maioria das vezes.

         Quando a torta ficou pronta as mulheres já estavam retirando os pratos e saindo da cozinha, deveriam estar colocando a mesa. Entreguei a torta a moça que tinha me ajudado na cozinha, não sabia seu nome, mas ela estava retirando os pratos junto com as outras.

         –Ela parecia boa. – disse Valentina para mim. – A sua torta. – ela sorriu.

         –Obrigada, pensei que não iria conseguir, acho que a pressão que Agenora colocou em nós deve ter ajudado. A sua torta também parecia boa. – sorri.

         –Então como foram? – Farrah apareceu na cozinha. – Fizeram algo bom?

         –Oi Farrah, estávamos falando disso agora mesmo. – falei. – Espero que nossas tortas os agradem. Falando nisso eu tenho uma pergunta.

         –O que? – perguntou ela pegando um banquinho e se sentando no nosso lado.

         –Muitas pessoas moram aqui?

         –Sim, bastante. Mas hoje tem mais gente, o outro rei e sua família da terra de Alunir está na cidade. É um outro reino dos Hazius, fica muito longe daqui.

         –E o que o rei de Alunir faz aqui? – perguntou Valentina.

         –Em breve terá o Baile de Inverno, – começou a explicar Farrah. – mas não será como o baile dos outros anos, esse ano é o noivado do filho do rei de Narcaham com a princesa de Alunir.

         –Então terá um baile? Quando? – perguntei curiosa.

         –O dia não sei ao certo, mas em breve será anunciado, teremos muitas pessoas importantes na cidade nesse baile. Com certeza vamos ter que trabalhar bastante para que tudo fique perfeito.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Por favor deixem reviews quero muito saber a opinião de vocês. Criticas, sugestões, ideias sempre são bem vindo, mesmo falando que está uma droga, isso serviria para alterar coisas na história.
Bem é isso e até o próximo capitulo.
Bjs Nihal ^^