Enquanto o Grande Mestre não descobrir escrita por Myu Kamimura, Madame Chanel, Secret Gemini


Capítulo 13
XIII. Bette Davis Eyes




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1993

—Saga... Pela nossa deusa! Você ainda está nessa situação? – indagou Aiolos, após abrir a porta do meu aposento.

—Achei que tinha dado ordens claras para não ser incomodado por ninguém.

—Eu sou seu estrategista... Devo sempre lhe incomodar.

—Em tempos de guerra, o que não é o caso.

—Ah não? Pois eu estou vendo uma guerra aqui... Uma guerra de sentimentos, Saga. Você não pegaria esse álbum de fotos à toa - colocou um dedo no livro - É melhor se abrir comigo, Grande Mestre... E podemos até tomar uma loira gelada, já que o senhor está tão nostálgico.

—Não estou nostálgico! – desviei o olhar – Eu apenas estou tentando entender algumas coisas... Portanto vamos tomar um vinho e lhe explico tudo.

Retornamos a área de descanso, onde o Sagitariano havia me flagrado com o álbum de fotos mais cedo. Pedi a uma das servas que nos servisse de um lanche, afinal seria um pouco estranho o Grande Mestre e seu estrategista tomando vinho em plenas 03h00min da tarde:

—Antes de você me falar o porquê do grilo na cuca— o protetor da nona casa começou, após morder uma Kulurakia— que tal você me falar como conseguiu essas fotos?

—O Shura havia guardado esses anos todos... Quando os deuses nos permitiram voltar à vida e fizemos as pazes, ele me entregou... Porém eu nunca tive coragem de olhá-las... Apenas guardei-as no álbum... Como tudo acabou? Você sabe?

—Para Sofia eu sofri um acidente aéreo... Morri no Triângulo das Bermudas. – falou com certo pesar na voz – Quanto a Agnes e Shura... Eles ainda duraram alguns meses. Depois, do nada, a Agui quis terminar... Acho que foi apenas solidariedade com as amigas. Mas, enfim... O que sua excelência está tentando entender?

—A Sammyrah... Achei que revivendo a minha juventude imprudente, entenderia o porquê da minha esposa não parar nesse Santuário… - Suspirou - As coisas mudaram muito entre nós desde que...

      — TÁ FALANDO SÉRIO, IRMÃOZINHO? – gritou, me assustando a ponto de fazer a Kolokythopitákia que eu tinha na mão sair voando. – Não, cara... Eu não estou acreditando...

—Até pensei em uma coisa absurda...

—Acho que vou me arrepender da pergunta, mas... Que coisa?

—Ir atrás da Fedra e deixar a Sammy livre...

Pega leve, chefia! A Sammy te ama de verdade, morô? E digo mais, a ruivinha é muito mais gamada em você do que a Fedra era.

—E como pode afirmar isso com tanta certeza?

—Analise os fatos, Quadrad—... Desculpa, Saga, me empolguei nas gírias.

—Percebi – falei sério. –Analisar que fatos?

—De acordo com o que a própria Fedra me disse, ela percebeu que vocês não poderiam ficar juntos quando você disse que, para ela viver no Santuário, seria como serviçal, além de ter que abrir mão de tudo que ela mais gostava... A Tatia é uma Grã-Duquesa russa, seria herdeira do trono se os Romanov ainda fossem monarcas. Ela tem uma vida cheia de privilégios, mas abre mão de muita coisas pra viver com você aqui. Ela não deixou para trás algumas festas, amizades ou um cachorro. Pode-se dizer que ela trocou um império para viver ao seu lado.

As palavras do Sagitariano mexeram comigo. Em três anos, achava que Tatiana havia escolhido casar comigo por mero capricho. Achava que mesmo com tudo que vivemos juntos, meu relacionamento com Sammyrah era fruto de uma obsessão infantil que ela nutria por mim, algo que ela tinha colocado na cabeça ainda criança e lutou com unhas e dentes para realizar. Em três anos de casados, nunca percebi tudo que ela deixou para trás. Senti vontade de chorar, mas ela desapareceu quando minha esposa surgiu na área de descanso, usando o que deveria ser uma túnica branca, porém, considerando a longa trança ruiva, mais parecia que ela fazia um tributo a Princesa Leia Organa em “Return of the Jedi”:

—Reunião de estratégia sem a sua Subcomandante, hm Saguinha?

—N-não é nenhuma reunião, excelência. – respondeu Aiolos, levantando da cadeira e curvando o corpo. Como o conheço bem, sabia que só fez isso para evitar olhar diretamente para seu corpo e acabar tomando um sopapo duplo – Eu e o Grande Mestre apenas nos juntamos para tomar um lanche.

—Lanche?! E não me convidam? – respondeu debochada, sentando na cadeira onde antes se encontrava o irmão de Aiolia – Sabem que eu adoro Halvás simigdalénios. – Quando foi pegar o doce, a ruiva reparou no álbum em cima da mesa e questionou – Que livro é esse que nunca vi?

—É um antigo álbum de fotografias meu, Sammy – respondi

—E eu posso ver?

—Claro, mas sente-se aqui do meu lado, sim?

—Do seu lado? Negativo... Ajeita meu colinho aí, Saguinha.

—Er... Eu já vou indo... – falou o Sagitariano nos olhando com uma cara meio abismada – As coisas ficaram meio açucaradas por aqui e eu já comi doce demais. Se precisarem de mim, estarei conversando com o Coroa.

E saiu naquele caminhar gingado, provavelmente cantarolando alguma coisa. Sammyrah mais do que depressa se aconchegou no meu colo e pegou o álbum. Folheou-o sem pressa, muitas vezes parando e rindo de minhas vestimentas. Até que chegou nas fotos com Fedra, Agnes e Sofia:

—E essas garotas, quem são? Nunca as vi no Santuário...

—E nunca verá... – respirei fundo – Essa é uma parte do meu passado que nunca te contei. Quer ouvir?

—Se é passado não importa, meu amor – sorriu e me beijou – O que importa é o presente... E tudo que vivemos agora.

Sorri com a declaração dela. Ela era jovem, mas convicta. Sabia o que queria e sempre agia deliberadamente. Devido a isso, tomei uma decisão:

—Minha linda... Que tal irmos a Athenas fazermos algumas compras?

—Ok... Algo está estranho aqui... Saga de Gêmeos querendo me levar para fazer compras? O que o senhor andou aprontando, hm?

—Nada... Apenas quero mostrar o quanto te amo. – lhe dei um selinho – Te levo para passear, tomamos um sorvete, vamos ao museu ou cinema e depois compramos umas roupas, o que acha?

—Ah, então é isso... Minha túnica te incomodou, Né?

—Não... De forma alguma... Só que eu não sou um Hutt a fim de te escravizar, minha rainha. – ri.

—Está bem... Eu vou colocar algo mais confortável e logo saímos.

—Também irei me trocar.

Acabei acompanhando-a a nosso aposento, embora nossos closets fossem completamente separados. Acabei vestindo uma calça Jeans e uma camiseta branca sobreposta com uma blusa xadrez, enquanto minha ruiva, depois da quinta roupa atirada pela janela, vestiu um short jeans, uma mini blusa preta decotada e botas de cano curto.             

Caminhamos de mãos dadas até Rodório, seguindo para o fim da colina, onde ainda se localizava a Il Palazzo, agora uma cantina maior e de renome, mas que ainda servia como “válvula de escape” para alguns Cavaleiros e aspirantes conseguissem uns trocados vez ou outra – claro que com suas devidas autorizações e ordens de saída. Com o sucesso da cantina, Carlo também tinha comprado uma casa maior. Uma casa com uma grande garagem, que ele alugava para mim, afinal, depois de anos criei coragem, aprendi a dirigir e comprei um carro simples, apenas para não ter que ficar andando de carruagem com minha esposa:

—Carlo, como vai? – fiz questão de entrar na Cantina e cumprimentá-lo. Pude ver de relance Louise e Pierre, além de Seiya, Hyoga e Shun servindo mesas no salão principal – O negócio está movimentado por aqui, hein?

—Ah, Saga! Sempre é uma satisfação ver você ia sua bella moglie (e sua bela esposa). Vão querer uma mesa?

—Não, hoje não... Passei apenas para cumprimentar e ver se esses garçons estão trabalhando direito.

Ma naturalmente! Que io saiba, os maiores estão atarefados na faculdade... E il Piccolo (e os menores), apenas querendo se divertir, igual alguns garçons que tive anos atrás.

Ri junto com ele, acenei aos demais e segui para a garagem. Dentro do meu carro – um Alfa Romeo Spider vermelho – Tatiana finalmente riu e disparou:

—Sabe... Eu queria muito ser mais velha… Pra ter me casado contigo antes.

—Você vive falando isso, mas estou percebendo uma entonação diferente… O que foi?

—Toda vez que vou ao Carlo esse sentimento vem com força. Sabia que me apaixonei quando te vi mexendo o molho? 

—Não pode ser…

—Mas é! Naquele momento que você disse que ia fazer uma belo Spaghetti para mim e foi pra cozinha… Eu fiquei te espiando pela fresta entre o balcão e a cozinha. Pergunta pro Dite. Ele vai te confirmar – falava em meio a um sorriso – Mas, além disso, o Aiolos me contou um pouco sobre o tempo que vocês trabalhavam lá. Disse que era uma época divertida.

—E o que mais aquele quadrúpede falou?

—Calma, Saguinha... Ele não queimou seu filme não. – disse, me dando um beijo na bochecha. – Vai. Vamos logo antes que fique tarde demais.

Dirigi por alguns minutos até o centro de Athenas, como sempre, bem movimentado e com alguns turistas. Nossa primeira parada foi no Museu de Mitologia Grega. Eu não gostava muito dele, afinal respiro a Mitologia Grega e posso até dizer que faço parte dela, mas como a ruiva insistiu muito, fiz sua vontade. Assim que entramos, tomei um baque: havia um cartaz bem grande, com uma foto do Parthenon e os dizeres “Exposição ‘O Mito dos Bravos Cavaleiros de Athena’ por Professora Fedra Bataglia no salão 04. Venha conferir”. Engoli seco:

—Tatia... Tem certeza que quer ver essa exposição?

—Claro, Saguinha! Ouvi falar muito bem dela e... – começou a sussurrar – Como fazemos parte de tudo isso, vai ser legal caçarmos alguma coisinha errada.

—É... Tem razão.

Mas eu sabia que não teria nada falho. Eu participei de boa parte dessa pesquisa. Sabia muito bem como ela estava quase completa na década de 70 e, se ela demorou tanto para ser publicada, era sinal de que agora estava perfeita.

Chegamos ao tal salão. Estava tenso, afinal temia encontrar Fedra ali – e não sabia o efeito que esse encontro teria sobre mim. Porém a guia do museu logo eliminou esse temor, dizendo que por algum problema pessoal a autora da pesquisa não estava lá. Respirei aliviado e comecei a apreciar tudo por lá exposto... Inclusive uma réplica em gesso de uma armadura... A armadura de Gêmeos.

Saímos maravilhados do museu. Eram poucos os fatos incompletos na pesquisa. Eu me senti orgulhoso por ela, mas apenas isso. Era hora de deixar de ser nostálgico e seguir a minha vida com a minha bela esposa:

—Tatia que tal as compras agora?

—Sim, amor! – respondeu manhosa, me abraçando – E acabei de ver algo muito empolgante.

Ao falar isso, apontou para um grande prédio branco de esquina e letreiro brilhante. “Aktína Fotós Beauty Center & Boutique” era o nome do local. Assim que entramos, foi como se fizéssemos uma viagem no tempo. A boutique era toda trabalhada nos anos 70, desde a decoração as músicas que tocavam. Sentei na sala de espera enquanto Tatiana foi tentar a sorte para fazer o cabelo. Não que ela precisasse de alguma coisa. Ela era linda e sabia disso – e eu não estava muito a fim de ficar esperando horas para que ela se arrumasse. Graças aos deuses, demorou apenas uma hora para que ela me chamasse:

—Amor... O meu cartão de crédito ficou no seu bolso. Pode vir aqui?

—Claro, minha linda.

Levantei e, conforme me aproximava do balcão, ouvia minha esposa empolgada conversando com a balconista. Pelo tom do assunto, a moça a reconheceu:

—Mas eu não acredito que casou assim tão jovem... – a moça falava, meio deslumbrada – Seu marido deve ser um gato, com a permissão da palavra.

—E é mesmo. – respondeu olhando para trás – Olha ele vindo aí. Vem cá, Saguinha, quero te apresentar a Sofia.

—SAGA?

—SOFIA?!

Claro que Tatiana não entendeu nada. Sofia era a dona da Boutique... E seu nome fez todo sentido quando vi uma foto de Aiolos no fundo do balcão:

—Há quanto tempo não nos vemos – cumprimentei-a, mantendo a pose – Como você está?

—Bem... – sorriu, ainda espantada – Então quer dizer que você é o esposo da Grã-Duquesa? Sortuda ela, hein?

—Não... O sortudo sou eu. – respondi, abraçando minha ruiva pela cintura e entregando o cartão de crédito para a loira. – E as meninas?

—Agnes é minha sócia aqui na boutique e a Fê não vejo tem algum tempo... Última vez que soube dela, estava na Itália.

—Ah sim.

—E...

Ela respirou fundo e hesitou por alguns instantes. Quando ia falar, Agnes apareceu. Ainda era a mesma “espalhafatosa” de sempre, com uma parte do cabelo presa no alto da cabeça, calça branca de cintura alta e uma mini blusa vermelha listrada. Trazia algumas escovas nas mãos, que saíram voando no momento que me viu:

—PELA ALMA DE MARVIN GAYE! QUADRADÃO? É VOCÊ MESMO?!

—Sim, Agnes...

—Deuses! Você estava enfiado aonde, que sumiu por tanto tempo?

—Longa história... Que não vale a pena ser contada. Agora, com a licença de vocês, vou terminar o passeio com a minha esposa. Foi um prazer revê-las.

Peguei as sacolas, a mão de Tatiana e deixei a boutique, respirando bem fundo. A ruiva, por sua vez, cruzou os braços e começou a bater o pé:

—Desembucha, Saguinha...

—Você viu as fotos um pouco mais cedo... São amigas de longa data... E que eu não vejo há muito, mas muito tempo. – Dei um beijo em sua testa – A minha garota é apenas você, então larga de ciúmes.

—Não estou com ciúmes, ta? – resmungou, enquanto me seguia até o estacionamento – Só cuido do que é meu. E o que faremos agora?

—Hm... O sol está se pondo. Que tal um passeio no parque do píer?

—Adorei a ideia. – falou, me abraçando

Entramos no carro e dirigi até o píer. Achei que ia sofrer para achar uma vaga, mas até que foi fácil. Como de costume, surgiu um garotinho pedindo para vigiar o carro. Autorizei, dei as mãos para minha ruiva e fomos caminhar. Brincamos um pouco, tomamos sorvete, tiramos fotos em uma cabine... Tatiana estava radiante e eu até comecei a me sentir culpado por causa dos pensamentos que tive mais cedo. Como sempre alguém a reconheceu. E este foi um cantor que fazia um pequeno show e a convidou para cantar. Minha ruiva sempre foi ligada a música, então claro que topou. Pediu para que eu segurasse seu algodão doce e subiu ao palco sob aplausos. Cochichou algumas coisas com o músico e ele logo começou a dedilhar a melodia no violão. A música era de Kim Carnes. Bette Davis Eyes:

—Só pode ser brincadeira...

A voz de Tatiana soava forte, impactante quando falava, porém era a primeira vez que eu a ouvia cantar. Uma mistura de Bonnie Tyler e Madonna com uma pitada de Tina Turner. Eu nunca tinha parado para prestar atenção na letra dessa música, só que nunca estive tão nostálgico quanto estava hoje:

She'll let you take her home (Ela te deixará levá-la para casa)

It whets her appetite (Isso estimulará seu apetite)

She'll lay you on her throne (Ela te colocará no seu trono)

She got Bette Davis eyes (ela tem olhos de Bette Davis)

She'll take a tumble on you (ela vai te dar um tombo)

Roll you like you were dice (te rolar como se fosse dados)

Until you come out blue (até que você fique deprimido)

She's got Bette Davis eyes (Ela tem os olhos de Bette Davis)

 

Como se a música e a nostalgia não fossem suficientes, enquanto mordiscava meu algodão doce, fui atacado por um labrador caramelo, que me jogou no chão e começou a lamber meu rosto, até uma voz feminina gritar:

—Khufu, aqui, garoto!

O cachorro saiu de cima de mim e a dona o amarrou. Ainda deitado no chão, a vi de calça azul, blazer e uma blusa listrada. Seus cabelos eram cortados em um Chanel sem franja. Levantei, batendo as mãos na perna da calça. Tatia já tinha parado de cantar e corria na minha direção, quando a dona do cachorro finalmente ergueu o corpo:

—Me perdoe. Ele se soltou... Da guia...

Nos encaramos. O tempo não havia passado para ela. Salvo o novo corte de cabelo, ainda era a mesma mulher que eu tinha em minha memória:

—Oi, Fedra.

—O-oi... Saga.

—Saguinha, você está... bem? – Tatia mediu Fedra de cima a baixo e creio que se lembrou das fotos – Nossa... Hoje é dia de reencontrar suas amigas, hein?

—Essa menina... Grã-duquesa Romanova?

—Em carne, osso, mas não precisa me chamar de Grã-Duquesa. Acho que já é de conhecimento geral que a família não governa mais nada há um bom tempo - A jovem deu um meio sorriso irônico - Seu rosto também não me é estranho... Eu já o vi em outro lugar, além do álbum de fotografias do Saga.

—Professora Fedra Bataglia, do museu de Mitologia de Athenas.

—Claro... A filha de Enrico Bataglia. Nossos pais já fizeram negócios tempos atrás.

—Sim... Mas você disse que viu fotos minhas com Saga? – me olhou séria – Por acaso você...

—Ela é minha esposa. – Tomei a frente – Foi bom te ver, Fedra. E, a propósito, a sua pesquisa ficou fantástica.

Peguei Sammy e rumei para o estacionamento. Claro que a ruiva não era boba e notou tudo ali:

—Então... Ela é a garota que transformou a Almofadinha do Grande Mestre em um cara descoladão?

—C-c-como você sabe disso?

—Além de eu conseguir ler mentes, uma das minhas melhores amigas é a sua sobrinha... E, quando eu quase desisti de você porque você era mala e certinho demais, ela me contou algumas histórias. Você era da pá virada, hein?

—Não está brava comigo?

—Jamais, querido... Só queria um pouco desse Saga divertido e que quebra as regras mais vezes. – Sorriu, se aconchegando em meu ombro – Embora eu tenha me apaixonado por você assim, Quadradão.

—Acho que esse apelido nunca vai me abandonar.

—Não mesmo.

E me beijou terna, daquele jeito atrevido que apenas ela tinha. O que eu tive com Fedra foi bom, divertido, mas ficou no passado. Meu presente e meu futuro era o Santuário, meus amigos, Athena, e minha Tatiana Romanova, minha Sammyrah de Perseu, a mulher que me amava como eu era e que não media esforços para ficar comigo:

—Saguinha... – a ruiva me chamou, enquanto eu dirigia pelas colinas.

—Sim, minha rainha?

—Nós te amamos...

—Nós quem?

—Eu... – pegou minha mão do câmbio e colocou sob seu ventre – e os nossos monstrinhos.




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Notas finais do capítulo

Primeiro, o dicionário:
Kulurakia = tipo de bolacha/biscoito.
grilo na cuca = preocupação
Kolokythopitákia = Tortinhas de abobrinha
Pega leve = devagar
Morô = entendeu?
Halvás simigdalénios = Doce de Semolina
Aktína Fotós = Raio de Luz
Lalique Pour Femme = perfume lançado em 1992
mala = Chato
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Bem, a Sammyrah é esposa do Saga em "Saint Seiya High School" e é uma personagem de autoria da Madame Channel. Todas nossas fics são interligadas, a propósito.
Agradecemos a todos que leram até aqui.

Dulces Besos de Chocolate



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