The Dark Side Of The Sun escrita por gabe ferreira


Capítulo 6
Capítulo #5


Notas iniciais do capítulo

Estamos possivelmente chegando aos últimos capítulos da fic D: Aproveitem rs



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– Isso é tudo. – Levantei-me da cama e olhei para os dois seres congelados pela primeira vez desde que comecei a contar minha história.

– Nós vamos te ajudar. – Demorei alguns segundos para entender o que William havia dito.

– Vocês o quê? – Sentei na beirada da cama, ficando mais próxima dos dois.

– Nós vamos te ajudar a descobrir se foi Boyd que matou seu pai. – Eu não podia deixar que as coisas chegassem àquele ponto. Já era difícil demais garantir que depois disso tudo eu voltaria para casa sã e salva, quem dirá proteger esses dois.

Não subestimava o poder de Boyd. Sabia que ele era poderoso demais e perigosamente inteligente. Qualquer deslize da minha parte custaria minha vida e se aceitasse a ajuda deles iria lhes custar a vida também.

– Vamos lá. Nós vamos tomar cuidado. – Frank aproximou-se de mim, ficando com o rosto poucos centímetros distantes do meu. - Nós três juntos faremos tudo mais rapidamente e até mais eficientemente.

Nisso o loirinho estava certo. Suspirei e olhei nos olhos dos dois.

O brilho da excitação tomava conta deles.

– Se preparem. Não sabemos o que vem por ai. – Will levantou-se comemorando enquanto Frank depositava um beijo na minha testa.

– Já sabe por onde começar? – O moreno arremessou seu corpo na cadeira da escrivaninha de Frank e começou a girar.

– Bem... No nosso primeiro dia aqui Boyd me levou no escritório dele. Fica lá em cima e é bastante escondidinho. – Dei de ombros e voltei a me jogar na cama.

– O que ‘tamo esperando para ir lá? – William estava de pé novamente. Cambaleou um pouco, mas depois se recompôs.

Esse garoto é hiperativo. Fato.

– E se eu chegar lá e ele estiver lá dentro? – Levei as mãos até minha nuca e puxei os fios de cabelo. Automaticamente lembrei-me de Garrett e senti um arrepio percorrer meu corpo.

– Me mostra onde é. Já sei exatamente o que fazer. – A voz grossa de Frank ecoou pelo quarto e eu senti uma alegria estranha tomar conta de mim.

Finalmente as coisas iriam andar.

–-

– Pelo amor de todos os Deuses, coloca esse celular pra vibrar, Ells. – Segurei a risada e olhei para William.

– Calma cara. E para de me chamar de Ells, porra. Eu ainda sou o Travis para vocês. – Comecei a subir a escada e olhei para trás a tempo de ver William e Frank se escondendo em um canto muito escuro da rampa.

Cheguei até a plataforma e corri agachada até porta. Olhei através da linha grossa de vidro ao lado da maçaneta e até onde podia ver a sala estava completamente vazia. Porém a luminária dourada em sua mesa estava acesa.

Girei a fechadura só para ter certeza de que a porta estava fechada e para minha surpresa ela estava aberta. Eleanor 2 x Norman 0.

Entrei na sala e fechei a porta atrás de mim, tomando cuidado para não fazer barulho. Olhei em volta e era oficial agora: Eu estava sozinha.

Descargas de adrenalina corriam pelo meu corpo enquanto eu corria até a mesa de Boyd e começava a revirar os milhões de papeis ali espalhados.

Quando cansei de procurar entre as folhas, olhei para o lado e agradeci todos os Deuses pelo o que vi; Um notebook e um celular.

Peguei primeiro o celular e fui direto aos registros telefônicos. Boyd não gostava muito de falar ao telefone, mas uma ligação feita há cinco dias me chamou atenção. O número era o único que não era registrado na agenda do celular. Sendo assim, não havia um nome de identificação. A ligação havia durado 23 minutos.

Deixei o celular de lado e abri o notebook. Descobri que Zeus estava do meu lado hoje.

Boyd não havia se dado o trabalho de desligar o notebook, apenas havia o fechado. Quando abri o mesmo a primeira tela que se abriu foi a do e-mail de Norman.

A sua caixa de entrada estava lotada de e-mails da mesma pessoa. Não possuía nome nem sobrenome no e-mail remetente. Abri o único e-mail que ainda não tinha sido lido.

Preste atenção nesse garoto, Norman. Ele é muito mais esperto do que você pensa. Nunca o subestime.

Afinal, estamos falando de um Goodwin”.

Levei a mão aos lábios e senti meus olhos se embaçarem. Muitas ideias rondavam minha cabeça, mas a única que realmente ficou por muito tempo foi a de que Norman não havia matado meu pai sozinho, ele tinha tido ajuda de alguém. E esse alguém sabia que eu estava aqui.

Peguei um post-it e anotei o e-mail do cúmplice de Norman. Colei o pequeno pedaço de papel na tela do meu celular e peguei o celular de Boyd novamente.

Repirei fundo e apertei o botão verde. Estava possivelmente ligando para o possível cúmplice de Norman. Cúmplice do assassinato do meu pai.

O telefone chamou duas vezes e desligou. Ótimo. Estava pronta para ligar novamente quando o alerta de mensagem ecoou pelo escritório.

Pare de me ligar e fique de olho no garoto. - GM” .

Apertei o celular entre os dedos e escrevi o número do celular de quem havia enviado aquela mensagem do post-it que ainda estava colado na tela do meu celular.

GM.

Senti o meu celular vibrar em minha mão e soube que Boyd estava voltando.

Fechei o notebook, apaguei a mensagem e o registro da ligação antes de escutar os passos de Boyd pela escada de madeira. Ai eu lembrei: Não havia decido como sair aqui.

– Mas é claro que seu plano é perfeito, Frank. – Sussurrei para mim mesma e olhei para o lado, me deparando com uma porta. Abri a mesma rapidamente e entrei no banheiro iluminado pela luz da lua.

Iluminado pela luz da lua?

Olhei para o lado e vi um vitro razoavelmente largo. Escutei a porta da frente ser aberta e os passos pesados de Boyd pelo cômodo.

Abri o vitro e empurrei o mesmo delicadamente até que houvesse espaço suficiente para passar por ali. Olhei para baixo e dei um suspiro aliviado; Eu iria cair sobre a plataforma de madeira.

Pulei e corri na ponta dos pés até a escada caracol. Desci pulando vários degraus e quando cheguei à rampa William e Frank vieram correndo até mim.

– Conseguiu alguma coisa? – Os dois perguntaram ao meu tempo e se entreolharam. Percebi que ambos ficaram envergonhados antes de desviarem o olhar, mas não tinha tempo para questionar isso.

– Vamos dar o fora daqui e depois eu conto. – Puxei ambos pelo braço e descemos a rampa na ponta dos pés e entramos no nosso andar.

– Travis. – Dei um pulo e olhei para trás. Garrett estava alguns passos atrás de nós e sua expressão não era nem um pouco amigável.

– Agora não, Gary. – Senti minhas bochechas arderem quando percebi o meu deslize ao chamá-lo de “Gary”.

Senti sua mão apertar meu braço e me puxar, fazendo com que eu largasse William e Frank.

– Solta ele, cara. – Frank começou a andar na minha direção.

– Vá para o quarto com o Will. Daqui a pouco eu vou estar lá. – Olhei no fundo de seus olhos e Frank recuou.

– Mas...

– Agora, Frank! – Aumentei o tom de voz e senti Garrett aliviar o aperto no meu braço quando loiro e moreno adentraram o quarto. – Diga logo o que quer.

– Meu pai disse para ficar de olho em você. – Arqueei uma sobrancelha em total confusão.

– Seu pai? – Garrett suspirou e olhou para baixo antes de responder:

– Norman Boyd.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Por favorrrrrrrr c; xx Ella