Harry pov

Segundos depois estávamos numa espécie de pátio de pedra, a Lua alta no céu dava um ar mais sombrio ainda ao lugar, mas afinal era a casa do Snape!

- Hermione tem certeza que é aqui? – inquiri, encarando finalmente a imensa casa a minha frente.

- E por que não seria?

- Desde quando Snape mora numa mansão? – eu indaguei ainda perplexo, pelo tamanho da casa e do pátio de pedra que existia na frente, onde nos encontrávamos.

- O quê? Você achou que ele morava nas masmorras de Hogwarts? – ela me indagou e eu a olhei com uma cara de: “pensei” – Harry, por favor! – ela disse e dando uma risada descontraída, caminhou até a porta.

Ela tocou a campainha que soou pela casa inteira, pude ouvir e logo a porta se abriu, mostrando um elfo muito conhecido.

- Dobby! – exclamei muito feliz, ultimamente não demonstrava meus sentimentos, mas aquele elfo tinha feito tanto por mim.

- Senhor Harry Potter! – o elfo exclamou vindo na minha direção e me abraçando, retribui é claro. – Srta. Hermione Grenger! – o elfo foi até ela que o abraçou alegremente.

- Olá Dobby, como está sendo trabalhar aqui hein? – ela inquiriu enquanto entrávamos na imensa casa.

- Muito bom Srta. Grenger! – Dobby falava visivelmente feliz, ele sempre gostara de Hermione e ela dele.

- Por favor, se sentire-se a vontade pode me chamar de Hermione Dobby, somos amigos lembra-se? – ela falou a ele, que abriu um sorriso enorme e assentiu.

Continuamos andando, saímos so hall de entrada e fomos até a sala de estar.

- Senhor Snape, os convidados chegaram! – falou o elfo num tom formal.

- Obrigado elfo, por favor, nos traga um chá, sim? – pediu Snape.

- Claro senhor! – Dobby disse e estalou os dedos, tinha sumido então.

- Boa noite Severus! – exclamou Hermione indo o abraçar, não sei se foi ciúmes ou despeito, mas algo me atingiu ao ver aquele abraço, mesmo sabendo que não significava nada além de amizade.

- Oi Snape. – eu o cumprimentei com um aperto de mãos.

- Olá Harry. – ele disse, e pela primeira vez ouvi meu primeiro nome saindo da boca dele, Hermione com certeza percebeu, deu um sorriso pra ambos e olhou profundamente pra mim.

- Tio, por acaso o senhor viu meu... – dizia uma voz feminina, muito fina entrando na sala, imediatamente nós três encaramos uma garota de cabelos pretos, como os de Severo e olhos azuis quase transparentes. – ah desculpem-me! Não sabia que estava em reunião! – ela pediu sem graça.

- Não tudo bem, não estávamos em reunião querida! – falou Snape de forma carinhosa. Não pêra! Snape, Carinhosa? Duas palavras que NUNCA devem ser usadas na mesma frase. Eu olhava perplexo pra Hermione que me encarava da mesma forma.  – desculpe! Essa é minha sobrinha Lauriel. – Snape dizia indo até o lado da sobrinha.

- Você deve ser Harry Potter! Sua história é uma lenda, li absolutamente TUDO sobre você! – ela falou sorridente.

- Prazer Hermione Grenger! – Hermione falou, nenhum pouco satisfeita com aquela garota. Seriam ciúmes? Por fora eu estava sério, mas por dentro ria muito, ao pensar na possibilidade. – melhor amiga do Harry e...

- Só isso! – eu a interrompi, por medo dela dizer que era minha namorada ou minha ex. A garota era bonita e minha fã, talvez, desse uns amassos nela! Sem que o tio soubesse, claro! – não sabia que tinha irmãos Severus.

- Até um tempo atrás eu também não! – ele falou dando um breve sorriso. – bem, ela vai pra Hogwarts nesse ano, ela estudou em outro colégio até vir morar comigo, com certeza será uma Sonserina!

- Ou talvez uma Grifinória. – falou Hermione tranquilamente, recebendo uma encarada mortal de Snape. Ela sorriu divertida. – tudo bem, quem sabe uma Lufa-Lufa? – ela indagou com seu tom brincalhão. Eu ri baixo e foi a minha vez de receber uma encarada Mortal.

- Muito bem, o que você estava a procurar minha querida?

- Meu livro novo de poções do sexto ano! Tentava praticar a poção do morto vivo!

- O Harry sabe tudo sobre essa e seu tio também! Ou devo dizer príncipe mestiço? – Hermione falou recebendo duas encaradas mortais, uma minha e outra do Morcegão. Ela se sentou no sofá de couro preto que havia na sala e deu um sorriso leve.

- Pode pegar um dos meus livros da biblioteca querida! – ele disse e a garota saiu saltitante a sala.

- O Lupin contou como a missão vai funcionar? – Severo inquiriu assim que viu a sobrinha sair de vista.

- Ele mais omitiu, acho que queria deixar tudo pra você. – falou Hermione o encarando.

- Bem, não é difícil, ainda mais pra vocês! Vamos encontrar um grupo de seguidores de você-sabe-quem, não é bem um grupo de seguidores, eles só estão fazendo arruaça por ai! – falou Snape.

- Se é só um grupo fazendo arruaça, por que nos solicitar? – inquiri, achando que aquilo seria perda de tempo, eu estava de férias, só iria trabalhar se fosse EXTREMAMENTE preciso.

- O Ministério, provavelmente não quer causar alarde, mandando um grupo de Aurores, por isso solicitaram a Ordem, meio que inativa, mas sabem que os membros que nela trabalham, podem sair de seus compromissos e investigar todo esse grupo estranho! – falou Hermione categoricamente, usando seu tom sabe-tudo.

- É isso! – Snape exclamou sentando-se em outro sofá, eu ainda continuava de pé.

- Tenho uma pergunta. Por que Ron não vai conosco?

- Sirius sabia que talvez você lutasse pra não ir, então a primeira opção fora o Weasley, mas ele recusou!

- Estão por que não posso fazer o mesmo e voltar a minha casa? – inquiri. Que balde de injustiça era aquele?

- Não pode! Como Auror do grupo de elite é seu dever ir em missão quando solicitado! E é um pedido da Ordem, esqueceste que faz parte dela Potter?

- Ron também! – eu exclamei mais puto ainda.

- Não mais Harry... – Hermione balbuciou, sentindo o clima tenso e palpável na sala.

- Como assim não mais, ele não pode sair da Ordem assim, sem mais nem menos!

- Tanto pode que fez! – disse Severus, ele também não facilitava, velho chato!

- Harry, quando você viajou, Ron decidiu que não éramos mais como antes, na verdade percebeu, então ele saiu da ordem, ele não quer combater bruxos das trevas mais! Ele cansou-se, ele quer curtir a nova profissão, você deveria entender, já que é o melhor amigo dele, ou pelo menos era.

- Ainda sou! – bradei, assustando-a um pouco.

- Harry, vamos completar a missão, ir embora, assim você segue sua vida e enfim o trio de ouro se separa! – Hermione disse firme, mas viu seus olhos rasos d’água. Aquilo me doeu, eu não conseguia pronunciar uma frase sem deixá-la abalada ou tristonha.

- Tudo bem! – eu falei me sentando em outro sofá daquela sala.

Acordei muito contrariado, sendo cutucado por Hermione.

- Harry você tem que ver o que ta rolando lá na sala de jantar! – ela disse sorridente, encarar aquele sorriso pela manhã, era uma boa forma de despertar, embora eu ainda estivesse com sono. Levantei-me estava sem camisa, então coloquei uma e desci as escadas devagar como Hermione fazia a minha frente.

Chegamos pela greta da porta e escutei barulhos de beijos, colei meus olhos na greta que dava pra sala e encarei uma mulher loira no colo de Snape O BEIJANDO! NA BOCA! Meu queixo caiu e Hermione começou a rir de mim, eu estava perplexo.

- Para de rir, vamos ser descobertos! – eu disse meio risonho por vê-la sorrir.

- Homenum Revelio! – disse Severus e a porta se abriu de supetão, revelando eu e uma Hermione rindo que nem loucos e com cara de tacho depois.

- Oi Snape! Bom dia! – eu falei risonho entrando na sala e vendo a mulher sair do colo dele e sentar-se numa cadeira próxima. Hermione sentou-se ao meu lado, o que me fez abrir um sorriso maior ainda, se é que é possível.

- Bom dia Potter, Grenger. – ele falou ainda meio envergonhado, a expressão dele era indecifrável, mas eu sabia que eu estava envergonhado.

- Olha, - ele iniciou nos encarando. – o que vocês viram aqui foi.. – Hermione o interrompeu.

- Olha, Snape, vamos esquecer o que vimos, não é Harry? – ela inquiriu e eu assenti. – além do mais, eu e Harry entendemos você, imagino q   eu muitas vezes Sirius fez o papel que fizemos hoje não é Harry? – ela olhou pra mim e eu senti meu rosto ficar MUITO vermelho, ela se referia a vez que estávamos na sala de jantar e Sirius entrou bem... Numa hora inconveniente! Queria estuporá-lo.

- É. Entendemos. – eu falei e voltei a sorrir descaradamente.

- Bom Dia a todos! – exclamou Lauriel entrando na sala de jantar. Vi quase que imediatamente Hermione lançar um olhar desconfiado pra mim, como quem diz, ela é só uma garotinha!

Mione me conhecia mais que eu mesmo! Parece que ela sabia dosa meus planos de “pegar” a Snape sobrinha, o que eu começava a descartar, afinal, as coisas com ela estavam ficando boas novamente. O que é isso Potter?! Seu dever como filho único do falecido garanhão de Hogwarts James Potter, é pegar TODAS que puder!

Bem, ele conheceu minha mãe e tudo passou... AH mas, isso era coisa pra outra hora.

- Hermione, fiquei sabendo que não houve aluna mais brilhante do que você em Hogwarts! Talvez, você pudesse me ajudar com DCAT. – pediu Lauriel, muito educada, dando uma mordiscada numa torrada depois.

- Olha, eu não quero parecer ruim, ou má, mas Harry é melhor que eu, eu cuidava da parte teórica da burlagem de regras escolares! – eu ri alto, como ela falava aqui na frente da sobrinha, provavelmente, exemplar de Snape.

- Bem, se é assim... Mas, sabe eu queria mesmo a sua ajuda, com os feitiços. – ela insistiu e Hermione me encarou como quem diz, tem coisa estranha ai.

- Muito bem! Eu ajudo você com os feitiços. – ouvi ela dizer, e pelo tom de voz, meio desconfiada.

Minutos se passaram e eu sai da sala com Mione e Lauriel, domos até a área externa traseira da casa, perto da piscina para treinarmos.

- O que você quer aprender primeiro? – inquiriu Hermione pacientemente, como de costume.

- Podíamos estuporar? – inquiriu Lauriel, com um sorrisinho de canto, eu estava numa espreguiçadeira a beira da piscina e Snape e sua... Namorada, próximos a mim em outras espreguiçadeiras, ele não disse como era o nome da moça e também não perguntamos.

- Por que não? – indagou Hermione com um sorriso. – você sabe o feitiço?

- Claro! Estupefaça! – a mais nova exclamou e num instante Hermione estava na grama envolta da piscina noutro, dentro dela, quase se afogando, Mione nunca fora boa pra nadar e no desespero não pensou em usar a varinha e muito menos eu, corri e pulei na piscina indo salva-la, enquanto via Snape e sua acompanhante em nossa direção.

- Mione... – eu dizia tentando esquentá-la, o clima era frio e a água não estava muito diferente. – você ficou doida? Perto da piscina? – eu inquiri preocupada a abraçando na tentativa de esquentá-la e ela sorria pra mim, como quem diz: Obrigada.

- Aqui! – ouvi Snape dizer e entregar duas toalhas, que eu coloquei em Hermione. – uma era pra você Potter.

- Não se importe comigo. – eu falei ajudando Hermione e ir pra dentro de casa, subi as escadas com ela nos braços, não queria deixá-la andar, tenho que dizer, foi um grande susto.

- Eu estou bem Harry. – ela falou finalmente quando entramos no quarto que ela dormia. – sério, pode e colocar no chão. – a carreguei mais um pouco até o meio do quarto, a coloquei na cama.

- Você precisa tirar essa roupa molhada. – eu disse, sem perceber o

que eu tinha dito.

- Então... – ela apontou pra porta. E eu me virei e cruzei os braços.

- Não saio daqui até ver você nessa cama debaixo de muitos cobertores. – eu disse.