Playing God escrita por Bruce


Capítulo 1
Make me Bad


Notas iniciais do capítulo

Achei meio maçante o começo desse capitulo, mas sei lá... Espero que vocês gostem.



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– Crianças, assim que a mãe de vocês saír do banho nós já vamos sair ok? – Disse Gustav enquanto penteava seu curto e liso cabelo negro para trás.

Gustav era um cientista, um homem muito inteligente, embora não se destacasse muito entre os outros cientistas do seu local de trabalho.

Ele era alto e magro, a pele era muito clara, as sobrancelhas e os cabelos eram grossos. Não tinha barba ou bigode, e mesmo tendo problemas na visão ele não usava óculos, já que o dinheiro que ele ganhava como cientista dava pra comprar uma lente de contato por dia. Mas suas olheiras e os olhos cansados mostravam o quanto esse homem havia estudado nesses seus 30 anos de vida.

Gustav tinha dois filhos, um casal, Ronnie e Suzume.

Suzume tinha dez anos, era uma garota inteligente. Ela era considerada um gênio para a sua idade e se interessava pela ciência, assim como seu pai. Seus cabelos castanhos claros, lisos, e bem tratados chegavam até a metade de suas costas. Seus olhos eram negros iguais aos de sua mãe, sua pele era clara, mas não pálida como a de seu pai. Suzume aparentava ser mais nova do que era quando estava sem falar nada, pois sua aparência era muito infantil, mas quando ela começava a falar, as pessoas se espantavam com toda informação que saía daquele pequeno gênio. Ela era gordinha, mesmo não comendo muito e nem comendo carne, segundo ela, os animais não eram alimento.

Ronnie tinha uma pele bem mais escura que Suzume, mas não chegava a ser negra como a de sua mãe. Diferente de sua irmã, Ronnie não se interessava pela ciência ou pelos animais, ele era apenas um garoto normal de oito anos que gostava de esportes, e por isso, era bem magro. Seus cabelos negros eram sempre cortados bem curtos.

A casa de Gustav era enorme, bem decorada, e tinha aparelhos que nós nunca pensamos que existiriam. A tecnologia estava muito avançada nessa época; era 14 de abril de 2052. A casa de Gustav ainda tinha um laboratório subterrâneo secreto, o qual apenas ele e sua mulher sabiam da existência.

– Você está animada para ir ao zoológico, não é filha? – Gustav sorria para Suzume.

– Sim papai. Muito obrigada por atender meu pedido, eu sempre quis ir a um zoológico. – Disse Suzume abraçando seu pai.

– E você Ronnie? – Gustav sabia que Ronnie estava bravo porque seus pais haviam escolhido ir ao zoológico em vez de ir ao museu de esportes que ele queria.

Ronnie cruza os braços.

– Eu nem quero ir. – Disse ele com um tom de raiva.

– Você vai gostar do passeio, eu tenho certeza. ­– Essa voz era de Margaret, mãe de Suzume e Ronnie, e esposa de Gustav.

Margaret era muito bonita, tinha um corpo que qualquer mulher sonhava ter. Tinha a pele e cabelos escuros, seus cabelos eram levemente ondulados. A beleza de Margaret era tanta, que muitos achavam que ela estava casada com Gustav apenas por interesse, mas isso era mentira, já que eles começaram a namorar aos 13 anos, nessa época ninguém poderia imaginar que um dia Gustav se tornaria um rico cientista.

– Eu tenho certeza que não.

Ronnie estava ficando ainda mais nervoso.

– Bem... Vamos logo, também estou ansioso para ver os animais. – Gustav sabia que Ronnie ia acabar gostando do passeio, era normal dele fazer essas birras quando algo que ele queria não acontecia.


– Já estamos chegando papai? – Perguntava Suzume.

– Ainda não filha, o zoológico fica na outra cidade. – Respondeu Gustav.

Ele dirigia o carro o mais devagar possível, gostava de apreciar a bela paisagem da serra.

– Não vejo a hora de começarem a fabricar aqueles carros voadores. – Margaret bufava. Ela sempre ficava impaciente em viagens.

– Eles ainda estão em fase de testes, e depois que eles estiverem prontos, ainda vai ter muita coisa pra mudar nas leis de transito. E com certeza eles serão muito caros. – Explicava Gustav.

– Mas a senhora não está satisfeita com o nosso carro mamãe? Ele é incrível! É resistente a quedas, é necessária muita força para conseguir amassá-lo, tem bancos macios. Resumindo, é confortável e seguro, porque querer mais? – Suzume parecia indignada com o comentário de sua mãe.

– Não foi isso que eu quis dizer. – Margaret bufava novamente.


– O que nós vamos fazer? Eles estão atrás de nós! E eles devem estar armados! – Elton gritava assustado. Elton era um usuário de drogas, um viciado. Nessa época, o uso de drogas se tornou ainda maior, por algum motivo, mais pessoas estavam entrando em depressão, e era esse o motivo principal do uso das drogas. Mas assim como nos dias de hoje, o vicio nas drogas terminava em morte, ou porque as drogas causavam problemas no corpo, ou por causa dos traficantes, que matavam aqueles que não pagavam suas dividas com eles. Elton e seu amigo Clark, estavam fugindo de um grupo de traficantes armados prontos para assassiná-los, devido à falta de pagamento. Era uma perseguição de carro. Os traficantes não se importavam tanto em acabar chamando a atenção da policia, já que a mesma temia os traficantes, que havia se tornado melhor equipados e preparados do que a policia. Afinal, nessa época, o dinheiro estava acima de tudo.

– Nós temos que despistar eles, chegar à cidade mais próxima, e nos esconder em qualquer lugar. – Clark estava mais calmo que Elton, mas, não era ele que estava no volante.

Os traficantes começaram a atirar. Elton estava muito nervoso. Todos os carros presentes próximos a aquele lugar ficaram desnorteados. Gustav não podia deixar que alguma daquelas balas acertasse sua família. Mas ele não pôde fazer nada, uma bala perdida acertou a perna de Margaret.

Margaret gritava de dor. Mas aquilo não iria matá-la, o hospital estava próximo.

– Aguente firme, amor! O hospital não está longe. – Gritava Gustav enquanto tentava fazer algo em relação ao ferimento de sua mulher e dirigir o carro ao mesmo tempo.

– Papai! Cuidado! – Ronnie gritava apontando para frente.

Não deu tempo de reação. Um carro que também estava desgovernado bateu no carro de Gustav. O carro caiu da estrada da serra.


Alguns minutos depois, os bombeiros já estavam a caminho. O carro dos traficantes se perdeu no meio da confusão, Elton e Clark conseguiram escapar. Algumas pessoas olhavam para baixo tentando achar o carro que havia despencado, mas não enxergavam nada. De repente uma explosão no meio das árvores. O carro de Gustav foi o único que sofreu acidente, então essa explosão só poderia ter vindo dele.




– Acho... Acho que eu consigo. Eu fui rápido, então... Então ainda tem salvação. Eu estudei por muito tempo o corpo humano, então com esses meus equipamentos, quem sabe, eu consiga resolver isso. Não. Eu com certeza vou resolver isso! – Gustav estava com uma voz sombria, chorava e soluçava olhando para as três pessoas que ele mais amava, mortas em sua frente.

– Qual vai ser a primeira coisa a ser feita, meu amor? – Gustav acariciava o rosto de sua falecida esposa, dando-lhe um beijo em seguida.

– Talvez, eu possa tentar transferir o seu cérebro para o corpo de alguma mulher. Talvez eu consiga. Mas quem, meu amor? Ah, você sempre disse que achava sua prima Simone, muito bonita, então acho que você gostaria do corpo dela. O que acha meu amor? – Gustav estava fora de si. A morte da sua família havia o deixado insano.

Gustav estava em seu laboratório, aquele lugar era como uma base alienígena, tudo do que era mais tecnológico estava naquele lugar. Então talvez, ele realmente pudesse fazer algo em relação á sua família morta.

Ele pega o celular, e faz uma ligação para Simone.

– Alô. Simone?! Você poderia vir até aqui em casa agora? A Margaret tem algo importante para falar com você.

– Claro. Mas eu estou de babá do meu sobrinho, posso levar ele junto? – Respondeu Simone.

– Sim, claro que pode. Espero vocês. Tchau. – Gustav desligou o celular. Aproximou-se de um estranho compartimento na parede, o abriu, e de lá retirou uns estranhos líquidos.

– Simone deve morrer sem machucar o corpo. Ninguém quer um corpo feio para a mãe de vocês não é Ronnie? – Gustav fazia cafuné na cabeça do filho.

– O sobrinho de Simone é o Paul. Estou certo Suzume? Você adorava brincar com ele, não é filha? Papai vai ter que machucar ele um pouco, mas vai ser para o bem de vocês. Eu preciso de pessoas para usar como cobaias. Você entende, não é? Meu pequeno anjo. — Gustav sorria para sua filha.

Gustav preparou um lanche especial, com um pouco do liquido que ele havia pegado no compartimento da parede do laboratório. Aquele seria o lanche que daria fim a vida de Simone.

Ele foi tomar um rápido banho. Ele estava sujo de terra, de sangue, estava machucado.



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Notas finais do capítulo

A historia vai ficar melhor no capitulo 2 xD Não se esqueçam de comentar :P



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