I Will Not Give Up On Us. escrita por Maria Julia


Capítulo 14
Capítulo 14




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Chegando lá, ele parou na frente da portaria. Eu estava descendo do carro quando ele segurou meu braço.

- Ei, cuidado!

Sorri para ele e fui falar com o guarda que estava na portaria. Deu para perceber que ele ainda me olhava. Até entrar no prédio.

Rene narrando ~~

Eu estava preocupado com ela sim, não sabia realmente como ela faria para colocar a câmera nele, e o que ele poderia pensar com uma visita dela assim, tão inesperada. Eu estava com mal pressentimentos.

Helena narrando ~~

Entrei no elevador e subi até o 15º andar, onde o Delegado Silveira morava. Ainda não sabia o que falar, eu estava suando, minhas mãos mais ainda. Tentei me acalmar. Eu estava parada na porta do apartamento, e quando percebi, já havia tocado a campainha.

Um arrepio repentino tomou conta do meu corpo quando ele abriu a porta e me olhou de baixo para cima. Ele estava de terno, pronto para sair.

- Senhorita Fernandes, o que devo a essa visita?

Ele olhou mais uma vez de baixo para cima em mim, fixando seu olhar nos meus olhos.

- Eu juro que não vou demorar.

- Entre.

No começo hesitei, mais depois resolvi entrar. Ainda estava com uma sensação estranha, sentia um nó na minha garganta, meu estômago dava voltas, eu suava frio, mais não podia demonstrar.

- Senhor Delegado, eu vim aqui me desculpar pela forma que falei com o Senhor na delegacia hoje, eu realmente queria suas desculpas.

- Ora, como não a desculparia? Uma moça tão linda e tão doce como você, o que poderia fazer.

Dessa vez ele fixou seus olhos em minhas pernas, dava para perceber, pois estava evidente.

- Senhor Delegado, eu realmente preciso ir.

Era minha chance de colocar a câmera em seu terno. Infelizmente tive que abraçá-lo para poder cumprir com isso.

Quando ele encostou suas mãos na minha cintura, um outro arrepio subiu pela minha espinha. Eu já havia colocado a câmera em seu terno, mais quando fui tentar me soltar, ele me segurou mais forte, e com uma das mãos, tampou minha boca percebendo que eu iria gritar.

Rene narrando ~~

Ela está demorando demais.. Eu estava impaciente, e o  meu pressentimento de que alguma coisa havia dado errado, tinha aumentado 80%.

Decidi subir até o quarto dele. Perguntei para o guarda que estava no portão, e disse que era um neto do Delegado. Ele acreditou e me disse o número do quarto.

Subi até lá, e resolvi não bater na porta, entrei de “supetão” e me deparei com ele, praticamente agarrando a Helena. Ele não havia me visto, pois estava de costas para a porta, mais ela me olhava aflita, implorando por socorro.

Sabia que a Helena precisava de ajuda, mais para pode incriminá-lo ainda mais, eu precisava de provas, sobre isso que ele estava fazendo com ela. Peguei meu celular e tirei algumas fotos, umas 10 mais ou menos.

Depois voltei o celular no bolso e gritei.

- DELEGADO SILVEIRA!

Ele a soltou imediatamente e se virou rapidamente para mim. Ela correu até mim, percebendo que iria partir para a briga.

- Não Rene. – ela me segurou.

- Mais esse cara é um canalha mesmo. – eu estava pegando fogo de raiva ao ver que ele ainda a olhava maliciosamente.

- Rene, olha aqui – ela colocou as mãos suavemente sobre meu rosto – eu não vim aqui para isso. Vamos embora.

Viramos e fomos embora, mais eu ainda o encarava até a porta.

- Obrigado pelos maravilhosos segundos Helena – ele gritou me provocando.

Tentei voltar, mais ela me agarrou pelo braço.

- Rene!

Descemos até o carro. Eu estava nervoso demais.

- Me dê as chaves. – ela pediu.

- Para que?

- Eu não vou te deixar dirigir assim.

- Helena eu estou bem.

- Rene, as chaves!

Entreguei para ela.

Helena narrando ~~

- Rene, presta atenção – já estávamos dentro do carro – se acalma, você ainda tem que fazer a sua parte.

- EU devia ter ido no seu lugar, EU! – dava para perceber o quanto ele se culpava.

- Rene, olha aqui. – ele se virou para mim – graças a você, não aconteceu nada. – tentei o tranquilizar escondendo tudo o que eu estava sentindo. Dessa vez havia sido pior do que  a de antes.

- Helena, eu não quero que você passe por isso, dá pra entender? – ele estava desesperado.

- Ei... – disse acariciando o rosto dele – eu estou bem. Vamos terminar isso logo, daqui a pouco ele vão se encontrar.

- Tudo bem.

Ele parecia mais calmo, mais a raiva estava escrita nos seus olhos. Ele estava suando, obviamente que, de raiva. Quando ele colocou as mãos na perna para secá-las eu coloquei a minha sob a dele, que na mesma hora me olhou. Depois voltei a mão na direção do carro.

Ele me disse onde era o flat da Suzana e o levei até lá.

- Eu volto logo. – ele disse dando um beijo em minha testa.

- Confio em você!

Ele subiu até lá.

Continua ...


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