Diana Damburn: Adeus, Casamento. escrita por Desirée Schultz
Estou me arrumando. Visto minha blusa branca de manga comprida e um corpete preto por cima. Coloco uma calça confortável e botas de couro. Como logicamente eu não gostaria de ser reconhecida, visto uma capa cinza com capuz. Onde estão as flechas? Onde estão elas? Alguém bate a porta.
- Entre!
- Olá, vim me despedir. - diz Mary, de cabeça baixa.
- Ora, venha cá! - abro os braços e nos abraçamos como velhas amigas de infância. Ou irmãs. Somos quase irmãs, na minha opinião.
- Eu trouxe três coisinhas para você.
- E o que são?
- Três garrafinhas. Esta roxa contém veneno. Tome cuidado, isso leva a morte instantâneamente. Resulta numa morte extremamente silenciosa.
- Uh...
- Esta amarela possui uma substância alucinógena. Deixa seu amiguinho ocupado por aproximadamente duas horas. Eficiente, não?
- Oh sim.
- E esta azul possui o poder de cura. Muito eficiente também. Não necessita ser usada uma enorme quantidade. E antes que pergunte, meu avô é curandeiro, aprendi tudo o que sei com ele. - disse ela, orgulhosa.
- Como posso lhe agradecer?
- Traga alguma raiz de uma planta qualquer. Sugiro que seja de uma ilha que fica ao norte. Faria isso por mim?
- Claro! - eu ainda estava a procura da aljava.
- Está ali do lado da janela.
- Oh! - deuses, ela acertou mesmo!
- E eu trouxe aqui pra você uma faca de caça. Comprei de um pirata.
- Como você conseguiu pagar? - ela baixa a cabeça em tom de tristeza. - hum... Eu pego sua honra de volta.
- Obrigada. - sorri ela.- Então, já é sua hora de partir. Se quiser coletar informações, fale com um pescador chamado Dave.
- Adeus, Mary.
- Adeus, Diana.
***
Saio sorrateiramente em direção ao porto. Vejo um homem saindo da praia. Então, eu o pego de costas, ameaçando cortar sua garganta.
- Boa tarde, cavalheiro. Preciso de informações.
- Veja só, uma menina. O quer, criança?
- Apenas me responda algumas perguntas. Quantos navios piratas há por aqui?
- Acha mesmo que pode render um cavalheiro como eu, mocinha? - então ele se solta rapidamente e toma a faca de minha mão. Maldito, penso. Tive uma idéia.
- Que droga, que droga de vida que tenho, - começo a choramingar, afinal " cavalheiros não resistem a donzelas indefesas", já dizia minha mãe. - eu nunca consigo fazer nada direito.
- Ora, mocinha, o que quer?
- Eu só gostaria de algumas informações... - vou me arrepender mais tarde, ah se vou. - e um favor tembém.
- O que eu ganho com isso?
- Bom, - eu solto um botão da camisa. - eu poderia lhe pagar. - a expressão dele se transforma num sorriso.
- Se é assim... Sou Dave. - bingo. - No momento, há apenas uma embarcação pirata por aqui. Tem um bando de moleques. O capitão é um idiota, se quer saber. Um velho beberrão.
- Sabe onde posso encontrá-lo?
- Conhece a taverna de ouro?
- Aquela taverna nojenta, que desmerece o nome que tem?
- Essa mesma. E agora, minha recompensa...
- Não tão rápido. Você vai até lá. Vai me colocar dentro da tripulaçao.
- Você é uma garota muito sapeca, pelo visto, não é mesmo?
- Ah sou. Sou sim, meu pai é um homem de negócios, meu caro. Aprendi com ele. E qual é o nome do capitão?
- Larry. Mais conhecido como Larry, o beberrão. - ele solta uma gargalhada.
- Está bem, pare de rir como um imbecil.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Peço desculpas, não tive muito tempo de construir um capítulo decente. T.T