I Hate That I Love You escrita por Tris
Notas iniciais do capítulo
Então, segundo capítulo. Espero que gostem. Deixem reviews!
– Você? – Dissemos juntos.
Will, o primo de Lou, o garoto que faria dupla comigo pelo resto do ano, o garoto parado na minha frente era ele. Will era o garoto da bicicleta.
– O que você tá fazendo aqui? – Ele perguntou.
– Espera um instante: vocês já se conhecem? – Dani perguntou confuso.
– Ele é o garoto da bicicleta! Foi por causa dele que eu quase perdi o primeiro horário! Por causa dele eu tô toda arranhada! – Eu disse apontando pra ele.
– O que você disse que era “bonitinho”? – Claire falou rindo da bancada ao meu lado. Ah, vadia!
– Cala a boca, Claire! – Ela e Andy começaram a rir. Olhei pra Will e até ele esboçava um leve sorriso nessa hora.
– “Bonitinho”? – Ele perguntou querendo tirar onda de mim.
– Cala a boca você também, criatura! Já vou ter que aguentar você o resto do ano! – Respondi.
– Senhor Beckendorf! Senhorita Calder! Algum problema? Já posso passar a atividade ou vocês ainda tem muito pra conversar? – O professor perguntou ironicamente.
– Na verdade professor, eu não quero fazer dupla com ele. – Eu falei.
– Sinto muito, mas eu não posso mudar as duplas. Agora sente-se por favor, Senhorita Calder. Preciso passar o exercício. – Ele respondeu.
– Mas... – Começei, mas fui interrompida por Will.
– Senta logo nessa cadeira, Jane! Deixa de frescura! – Ele disse.
– Por favor, Senhorita Calder. Sente-se. – O professor disse.
Que merda! Eu não queria sentar com ele! Poxa, a criatura me acerta em cheio hoje de manhã (pelo menos ele conseguiu fazer com que bicicleta não batesse em mim), me deixa toda arranhada, quase me faz perder o primeiro horário e ainda faz graça! E não só isso, algo em Will me incomoda profundamente. Acho esse jeito “sou engraçado” perturbador. E é porque eu só falei com a criatura duas vezes! O professor passou o exercício e eu tive uma certa dificuldade, sou terrível em Química. Percebi que Will sabia fazer tudo, mas eu não pediria ajuda. Não pra ele.
Comecei a fazer os exercícios, quando de repente fui tirada da minha linha de pensamento pelo ser com quem fui obrigada a me sentar.
– Sabe, se você tá tendo dificuldades, é só me perguntar. Eu sou sua dupla, tô aqui pra te ajudar. – Ele disse olhando em meus olhos. Cara, que olhos lindos que tinha. Tinham um tom verde da cor do mar, profundos e lindos.
– Não preciso de ajuda. – Disse rapidamente. Quem eu tô querendo enganar, não tô entendendo porra nenhuma!
– Se isso fosse verdade, você já teria saído da quinta questão há muito tempo. Deixa eu te ajudar. – Ele disse puxando o meu caderno. No fim cedi, realmente precisava de muita ajuda. Caramba, ele era fera em Química, sabia de tudo. E ele explicava muito bem, entendi tudo. Assim que acabamos de fazer o exercício, agradeci e calei-me instantaneamente. Não queria falar com ele, continuava com raiva. E acho que ele também. Fechei meu caderno e fiquei admirando a capa que eu mesma tinha enfeitado: cheia de fotos de "Harry Potter", “Percy Jackson”, “Jogos Vorazes”...
– Também é PotterHead? – Ele perguntou e eu percebi que seus olhos pecorriam meu caderno e o chaveiro em meu estojo: com uma foto de Harry que desaparecia e voltava. Então reparei que tinha um livro em cima da mesa dele, um livro normal. Quando li o nome, lá estava: “Harry Potter e as Relíquias da Morte”.
– Sempre. É realmente o meu vício. – Respondi.
– Meu também. É o meu mundo, sabe? – Ele disse. E começamos a conversar. Cara, goste de “Harry Potter” e as chances d’eu gostar de você são gigantescas. Esqueci imediatamente todo aquele ódio e conversei muito com ele, não apenas sobre Harry Potter. Sobre tudo. Ele tinha muito em comum comigo, pelo menos nos quesitos livros e televisão. E ele realmente era muito divertido, era meio idiota, mas isso era o que o fazia engraçado.
A aula acabou e agora eu tinha aula de Inglês com a Lou. Seria filme. O professor colocou um filme muito chato pra passar e eu acho que quase todo mundo dormiu. Bem, eu e Lou ficamos conversando, claro.
– O que foi aquilo na aula de Química, Jane? – Ela me perguntou.
– O que? – Respondi confusa.
– Você e o meu primo. Tipo, vocês começaram a aula se odiando e terminaram “Te vejo no intervalo”. Sério, aquilo é o que eu chamo de química. – Ela respondeu sorrindo.
– Que é isso, Lou? Tá viajando? Eu descobri que ele também é PotterHead e aí começamos a falar sobre Harry Potter, só isso.
– Engraçado, porque eu não acho que tenha nenhum personagem chamado “Sheldon Cooper” em “Harry Potter”. Nem “Cabeça de Alga”, nem “Coldplay”...
– Tá, tá! A gente falou sobre um monte de coisa, mas foi só isso. – Respondi. – Tô até indo com a cara dele, mas só isso.
– É, parece que não vai ser um sacrifício tão grande assim fazer dupla com ele nos trabalhos de Química... – Ela disse sorrindo.
– Cala a boca! E você e o Dani? Acha que ninguém percebeu? Só vocês dois não se tocam que um gosta do outro! – Disse.
– Ele não sente nada por mim e vocês sabem disso. – Ela disse meio triste.
– Só vocês que não percebem... – Respondi e peguei “Morte Súbita”, de J.K. Rowling, na minha bolsa e fiquei lendo.
O intervalo chegou e nos reunimos: eu, Lou, Dani, Claire, Andy e Will. Conversamos bastante, rimos descontroladamente... Fizemos o que sempre fazemos. Tava tudo lindo, até ela chegar. A maior vadia do colégio: Hannah Hanks (http://weheartit.com/entry/48765717).
– E aí, não vão me apresentar o novo amiguinho de vocês? – A vadia falou isso se encostando em Will.
– Oi, Hannah.- Claire falou com a cara mais fechada o possível. Ela e Hannah realmente se odeiam. Claire a odeia mais do que eu a odeio, e olha que isso é difícil. – O que você quer?
– Conhecer o bonitinho. – Ao dizer isso ela se virou para Will e estendeu a mão pra ele. – Hannah Hanks.
– Will Beckendorf. – Will disse estendo a mão para retribuir o aperto. Assim que Hannah pegou a sua mão, ela o puxou e deu um selinho rápido nele.
– Foi um prazer. – Ela falou e foi embora. E nós ficamos lá, boquiabertos. Cara, ele fez isso mesmo? Tudo bem, foi um selinho mas... ela nem conhecia o cara!
– Ela sempre faz isso? – Will perguntou confuso.
– Não sei, mas do jeito que ela é vadia, não duvido. – Eu disse fuzilando a garota com o olhar. Ela estava do outro lado do pátio, fazendo isso com outros garotos. – Bem, se isso responde... – Disse apontando com a
cabeça para o local onde ela estava. – Só não vai me dizer que você gostou!
– Porque, tá com ciúmes? – Disse ele rindo.
– Que é isso garoto, vê se te enxerga! – Respondi. – Só vê se não fica amiguinho dela, todo mundo a odeia aqui. – Disse me referindo ao nosso grupo.
– Por que?
– Porque ela é uma patricinha vadia e popular que se acha a tal e se sente no direito de humilhar todo mundo. – Disse Claire. – Não fique amigo dela.
– Ok, ok – Disse Will levantando os braços sinalizando rendição. Nisso o sinal tocou e eu, Claire e Dani fomos pra dois horários de aula de geografia.
– Vem cá, eu fui o único ou vocês também perceberam como o Will olhou pra Hannah no final do intervalo? – Daniel perguntou.
– Eu percebi. – Claire disse. – Sério, se ele quiser alguma coisa com aquela criatura com silicone no lugar do cérebro, é melhor que nem ande com a gente. Não aguentaria ver ela mais do que eu já sou obrigada!
– Eu também não. Mas calma, é capaz de não ter sido nada. – Eu disse, mas nem eu acreditava em mim mesma.
– Duvido muito. Eu vi como ele olhou pra ela. – Dani falou. Depois disso, a professora passou uns exercícios e a gente teve que fazer. O próximo horário era matemática, e como tava todo mundo fodido, todo mundo prestou atenção. A aula acabou e ficamos conversando no portão do colégio.
– Vocês vão pra festa na casa do Tyler na sexta? – Andy perguntou.
– Quem é Tyler? – Will perguntou.
– O amor da Jane. – Andy respondeu. Corei violentamente nessa hora.
– Ah, é? – Will perguntou meio desconfiado. A cara dele era um mix de surpresa e... não consegui identificar o outro sentimento, mas parecia ciúme. Credo.
– Puta que pariu, hoje você e a Claire tão impossíveis! – Falei a parte de Claire me referindo ao “bonitinho” de hoje de manhã. – Tudo bem eu tinha uma queda por ele, mas só! Já passou, Andy!
– Vocês ficaram? – Will perguntou no mesmo tom de antes.
– Por que, tá com ciúmes? – Respondi como ele respondeu à minha pergunta hoje de manhã.
– Claro que não. Mas e aí, sim ou não? – Ele insistiu.
– Não.
– Ok.
– Enfim, vocês vão ou não? – Andy voltou a perguntar, rindo um pouco do que tinha acontecido.
–Você já sabe que vai me dar carona, meu bem. – Respondi.
– E a mim e à Lou também.- Dani disse.
– Eu tenho cara de motorista? – Andy perguntou.
– Tem. – Eu, Dani e Lou respondemos.
– Ha. Ha. Muito engraçado. Tô rindo por dentro. Mas ok, eu levo todo mundo. E você, Will? Vai ou não? – Andy perguntou.
– Vou precisar de carona, né? Não sei onde é a casa desse tal de Tyler. – Ele respondeu.
– Sorte que meu carro é grande! – Andy respondeu. Todos temos 17 anos, mas apenas Andy e Dani têm carro.
– Você tem carro, Will? – Perguntei.
– Tenho, só que tá na oficina, o motor deu um problema. Por isso eu vim de bicicleta. – Ele respondeu. Conversamos mais um pouco e cada um foi pra casa. Fui conversando com Will, já que, pelo que eu descobri na volta, ele mora na casa à direita da minha. Então eu tive que tocar no assunto que estava me perturbando. Quer dizer, a todos.
– Will, o que aconteceu hoje com a Hannah significou algo pra você?
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Gostaram, odiaram, acharam sem graça? Quero saber, deixem reviews! Bjs, minhas cenouras.