Livro 2: Água escrita por Dama do Fogo
Notas iniciais do capítulo
É isso, finalmente acabei esse capitulo.. espero que gostem...
PS.: Um pouco de ZUMI para vocês!!!!
Mayumi estava deitada em uma grande cama com um cobertor verde musgo e com alguns detalhes mais claros. Estava em um quarto simples, aparentemente de uma família bem humilde do reino da terra. Ela ainda permanecia de olhos fechados, mas já estava entre o acordado e dormindo, ouvia o que estava acontecendo ao seu redor e também sabia que alguém estava no quarto. Sentiu o cheiro de uma sopa de legumes bem forte e então, a pessoa lhe tocou a mão. Aquele toque quente só poderia ser de uma pessoa.
Ela abriu os olhos devagar e então deu de cara com o sorriso, que na opinião de Mayumi era o mais perfeito possível, de Zuko.
– Eu pensei que você não fosse acordar mais. – ele se aproximou da jovem, que jurava estar sonhando , e se sentou em sua cama. – Você já estava dormindo a mais de quinze horas. – A voz de Zuko havia ficado ainda mais grave, com mais força e mais firme. Ele entregou a tigela a Mayumi que apenas o olhava. Havia muito tempo que ela não conversava assim com ele. – Eu que fiz, espero que esteja bom.
– Eu não sabia que você cozinhava. – A jovem pegou a tigela.
– Tem várias coisas a meu respeito que você ainda não sabe. – falou ele e sorriu. Mayumi mergulhou a colher na sopa e então levou até a boca. Estava um pouco apimentada, mas mesmo assim, Mayumi fez cara de que era a melhor comida de todos os tempos.
– Huum... Está maravilhosa. – a voz dela quase não saia por causa da pimenta.
– Mentira, está horrível, eu sei. – falou Zuko e sorriu.
– Está terrível, eu sinto muito. – Mayumi e Zuko caíram na gargalhada.
– Você sabe como é. Por ser um príncipe, sempre tive tudo em minhas mãos, pouco estive na cozinha.
– Eu pude perceber. – ela entregou a vasilha para ele que colocou em cima da mesinha que estava ao lado da cama. – Mas o que vale é a intenção. Muito obrigada.
– É bom ver seu sorriso outra vez, sabia? – ele encarava Mayumi que também não tirava os olhos dele. – Você está tão diferente, mas esse sorriso eu reconheceria de longe.
– Olha só quem fala. – Mayumi tocou os cabelos cumpridos do senhor do fogo.
– Ah é, o cabelo grande.
– Eu preferia você de cabelo curto.
– Eu posso cortar. – Zuko observava Mayumi com ternura. – Nossa! Você está tão linda.
– Como está a Mai? – falou ela impedindo que Zuko continuasse.
– Está bem. – falou ele e se levantou da cama, entendeu o recado. – Você sabe que ela está grávida, não sabe?
– Não, ninguém me disse. – falou ela se referindo a Aang e Katara.
– A gravidez está nos últimos dias.
– Você vai ser papai. Meus parabéns. – falou ela triste. Sempre achou que seria ela a mãe dos filhos dele.
– Obrigado. – O silêncio se fez presente no quarto por algum tempo.
– Você não deveria ter feito isso. – falou Mayumi.
– Feito o que?
– Ter deixado ela sozinha nesse período.
– Eu tinha que vir.
– Não, você não tinha que vir.
– Eu prometi...
– O que? Proteger-me? – Zuko assentiu com a cabeça. – Pois então eu livro você dessa promessa. – Mayumi tentou se levantar, mas estava bem fraca para fazer isso rápido, teve que se apoiar na parede. – Olha só quantas pessoas estão ao meu redor Zuko, todos podem me proteger.
– Eu não sou homem de voltar com minhas promessas, Mayumi. Há dez anos, eu prometi lhe proteger e vou cumprir, sempre. Não importa onde você esteja ou onde eu esteja, ou com quem eu esteja. Se eu apenas sonhar que você precisa de mim, eu largo tudo e vou imediatamente.
– Você é um idiota, sabia? – Falou ela e sorriu.
– Eu sei. – respondeu ele.
Mayumi se aproximou de uma bacia com água e tentou dominá-la, mas ela nem se mexeu. Uma lágrima correu.
– Aang tirou minha dominação, não foi?
– Não, apenas bloqueou o seu chi e fez você dormir. – Zuko tocou o braço da jovem. – Quando você provar para ele que nunca mais se transformará naquilo que você se transformou, ele libera sua dominação outra vez.
– Azula?
– Fugiu e o Homem combustão está preso. Ele não consegue mais dominar.
– Eu não quero fazer aquilo nunca mais. – falou ela e começou a chorar. – Mesmo sendo contra a Azula, eu me senti imunda enquanto controlava o seu corpo. Não era eu.
– O poder, às vezes é tão grande que nos domina. – Zuko passou a mão no rosto de Mayumi. – Eu sei, por que já senti isso também. – ele ficou de frente para Mayumi e ela simplesmente o abraçou. Por mais que dissesse que não, sentia muita falta dele.
Mas então se lembrou que ele estava com outra, e que essa outra estava esperando um filho dele.
– Vai para a casa. Volta para a Mai. – falou ela e se separou dele. – Ela deve estar precisando de você. Agora eu estou salva.
– Tem certeza que não quer mais nada de mim? – falou ele e sorriu.
– Na verdade eu quero. – falou ela. – Eu preciso encerrar isso de uma vez.
– Encerrar o que? – perguntou ele.
– Eu vou ser bem franca com você. Eu não vou te ver nunca mais, você sabe disso? Sabe que eu não vou me permitir te ver de novo? – Zuko abaixou a cabeça. – Sabe que todas as vezes que isso acontece, nós dois saímos machucados. – Ela se aproximou dele mais uma vez e lhe tocou o rosto. – E eu não posso machucar você. – Uma lágrima caiu dos olhos de Zuko. – Então eu vou te pedir uma coisa, só para eu ter certeza que isso chegou ao fim.
– O que você quiser. – falou ele.
– Me beija. – mais lágrimas correram de seus olhos. – Mas como da primeira vez, naquela casa. Um beijo de despedida para encerrar essa história de uma vez por todas. Só assim eu... – Antes que Mayumi pudesse concluir, Zuko a beijou. Nem sequer lembrou que Mai existia e Mayumi também esqueceu completamente Jun. Só importava eles dois ali, encerrando aquela louca história de amor. Ficaram se beijando por um tempo até que Zuko parou. Mayumi abriu os olhos e então sorriu.
– Adeus Zuko.
– Adeus Umi. – falando isso ele dá as costas para ela e então deixa o quarto e a casa. Seguiu até a praça, onde uma nave da nação do fogo o aguardava. Nem sequer se despediu dos outros, ele só queria sair dali o mais rápido que conseguisse.
...
Mayumi caminhou devagar até a sala e então encontrou todos reunidos na mesa, jantando. Jun, ao ver a namorada em pé, correu para ajudá-la.
– Você está bem? – falou ele.
– Agora estou, acredite. – ela abraçou o jovem.
– Você está diferente Umi, o que aconteceu?
– Eu pus um ponto final em uma história e agora tenho várias paginas em branco para escrever outra nova.
– Eu sei do que você está falando. – falou Katara e sorriu. – Estou orgulhosa de você.
– Eu também estou orgulhosa de mim. – ela olhou para Aang. – Obrigada por me impedir. Não era eu.
– Não há de que. – Aang fez uma reverencia. – Sabe que não perdeu a sua dominação não é? Está apenas adormecida.
– Eu sei, e quero que fique assim, por enquanto. – Ela sorriu. – Então, estou com muita fome. – Jun ajudou ela a se sentar ao seu lado e então todos voltaram a comer.
...
A nave da nação do fogo havia acabado de pousar na praça da coroação quando uma mulher, servente do palácio veio correndo na direção de Zuko.
– Senhor, ainda bem que esta aqui. – ela se ajoelhou e depois se levantou.
– O que houve?
– A senhora, está dando a luz. – Zuko nem ao menos piscou e saiu correndo na direção do palácio, porém as mulheres não deixaram ele entrar no quarto onde Mai estava, o parto ainda estava em andamento.
Ele se sentou em uma poltrona próxima da porta, mas não ficou muito tempo lá. Estava impaciente demais e começou a andar de um lado para o outro. Mai dava gritos altos de dor e a cada grito ele se desesperava ainda mais.
Depois de duas horas, ele finalmente escutou o choro de um bebe, ainda bem fraquinho.
– Senhor. – falou uma mulher e Zuko se virou para ouvi-la. – Pode entrar se quiser.
As pernas de Zuko ficaram bambas enquanto ele andava para dentro do quarto. Encontrou Mai com os cabelos grudados na testa por causa do suor e observou também algumas mulheres saírem com os lençóis ensopados de sangue. Ele se aproximou da cama e só então reparou que ela segurava um pequeno embrulho de pano, era o seu bebe.
– Eu pensei que você não estaria aqui. – falou ela e então o encarou.
– Eu vim o mais rápido que pude. – falou ele e sorriu.
– Conseguiu resolver o problema que era urgente?
– Não só resolvi como também pus um ponto final nele. – falou Zuko e então tirou o pano que o impedia de ver o rostinho do bebe.
– É uma menina. – falou Mai. – Qual é o nome? – Zuko sorriu e se lembrou da época em que ele ainda era jovem, perseguindo o avatar.
– Honora. – falou ele e sorriu.
– É um nome lindo, mas não tem nada a ver com aquela história de “eu vou capturar o avatar e trazer a minha honra de volta”, tem?
– Você me conhece, não é?
– Claro, você é meu marido.
– Nossa filha é linda. – falou ele e deu um beijo na testa de Mai.
– Somos uma família agora.
– Somos sim. – respondeu ele e ficou admirando a pequena bebezinha de cabelos negros iguais aos da mãe e os olhos caramelos iguais os dele.
Tudo agora parecia estar caminhando no caminho certo. Era o que Zuko e Mayumi pensavam.
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Beijinhos!!!