Livro 2: Água escrita por Dama do Fogo


Capítulo 14
Coisas da vida - Parte 5


Notas iniciais do capítulo

Passando hoje bem cedinho... vou lá na faculdade resolver a matrícula... Vejo vocês mais tarde...



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– Agora só falta o cabelo e você está uma hora adiantada. – falou Suki. Ela penteava os cabelos de Katara e tentava fazer um penteado, mas não era muito boa nisso.

– Deixe que a Mayumi faz quando vier Suki.

– É,você não pode ficar muito tempo de pé. – falou Toph. – você teve um bebe ontem.

– Uma guerreira não fica de cama porque foi ferida. – falou ela e continuou a pentear.

– A propósito, você está linda Suki. – falou Katara observando o vestido azul da cunhada. Ele era decotado e ao mesmo tempo composto. Como ela ainda estava grávida quando mandou fazer, estava um pouco folgado na cintura, mas nada que uma fita bem clara não resolvesse. Seus cabelos estavam presos e dois palitos os seguravam. – Você também Toph.

– Eu nem faço idéia de como estou, mas obrigada mesmo assim. – falou a jovem cega. Ela usava um enfeite de nobres do reino da terra na cabeça e trajava um vestido verde com várias flores e de manga cumprida. – Foi a Umi que me ajudou.

– Por falar em Mayumi, onde ela está? – falou Katara.

– Aqui. – respondeu a jovem que acabara de cruzar a porta.

– Nossa. – falou Suki. – Você está... linda. – Mayumi usava um vestido vermelho, cor da sua nação de origem, com uma fita dourada transpassando a cintura. No pescoço usava um colar amarelo com rubis. Seu cabelo estava completamente solto, o que deixava a jovem bem diferente e em seu braço, o bracelete que Zuko havia lhe dado há tantos anos antes.

– Uma verdadeira cidadã do fogo. – falou Katara e sorriu. – Belo contraste vai dar com o Jun. Você já o viu?

– Ainda não.

– Ele está usando uma roupa tradicional de festa da tribo do norte, azul e com direito até a capa.

– Deve estar lindo. – falou Mayumi e sorriu.

– Ah, que raiva. – falou Suki quando o seu penteado deu errado pela terceira vez.

– Deixa isso comigo, você não pode se aborrecer... – falou Mayumi e tomou o pente da sua mão. –... e o bebe acordou.

– Ele está fazendo assim comigo, dorme o dia todo e quando já é de tarde ele acorda e passa a noite toda assim. – ela se aproximou do espelho. – Olha só o tamanho da minha olheira e olha que eu só sou mãe há um dia.

– Você vai se acostumar. – falou Katara.

Mayumi começou a fazer o penteado.

– Umi, você já decidiu o que vai fazer? – falou Suki e colocou o bebe para mamar.

– Fazer o que?

– O que conversamos mais cedo.

– Sobre dormir com o Jun?

– Você vai dormir com o Jun? – falou Toph e sorriu. – Pensei que já tivessem feito isso há muito tempo. Ele não me parece o cara que espera.

– Eu estava falando justamente isso com a Umi. O cara já está com ela há quase cinco anos e ela nem deu chance a mão boba.

– Eu não sei se quero dormir com ele, é simples. – falou ela e puxou um punhado de cabelo de Katara e o prendeu no alto da cabeça.

– É por causa do Zuko, não é?

– Até que dia eu vou ter que dizer que ele é passado? – falou ela ficando chateada.

– Até o dia em que você falar nele e eu não ouvi seu coração acelerar. – falou Toph.

– Só estamos dizendo que o Jun é um cara bom e não merece ser enganado assim. – falou Katara. – Se você ainda ama o Zuko, deixe o Jun viver a vida dele com outra que possa amá-lo.

– Eu gosto do Jun e o quero em minha vida. – Mayumi deixou duas mechas de cabelo soltas e prendeu as pontas com dois enfeites com o símbolo da água.

– Mas não o ama. – falou Suki e o bebe voltou a dormir.

– Não posso dizer que é amor... Eu gosto muito de estar com ele, mas não é a mesma coisa de quando eu vejo...

– O Zuko? – falou Katara.

– É, o Zuko. – concluiu Mayumi e parou de pentear o cabelo da amiga. – Todos os dias eu me perguntou até quando?

– Acha mesmo que isso vai acontecer? Já se passou doze anos e você não o esqueceu.

– Mas eu vou esquecer.

– Meninas, silêncio. – falou Toph e tocou o chão de madeira. – Tem alguém ouvindo a nossa conversa. – Assim que Toph disse isso, as meninas ouviram alguém correr do lado de fora. Mayumi correu para saber quem era, mas quando chegou, achou apenas pegadas na neve e ficou preocupada. Ela caminhou devagar para dentro da casa até que Sokka chegou.

– Era você que estava ouvindo a nossa conversa?

– Eu por um acaso tenho cara de mexeriqueiro? – ele sorriu.

– Pior que tem. – concluiu Mayumi e sorriu.

– Devo desapontá-la, mas não... não fui eu.

– Você viu alguém quando estava vindo para cá?

– Eu vi várias pessoas, a aldeia está cheia.

– Eu quero dizer, saindo daqui.

– Não. Por quê?

– Nada, esquece.

– Papai pediu pra perguntar se Katara já está pronta.

– Só falta um retoque no cabelo e vestir o vestido. – falou ela e o guerreiro balançou a cabeça.

– Suki ainda está ai?

– Está conversando com a gente, quando for a hora, nos a levaremos. – falou Mayumi e finalmente entrou.

– Conseguiu ver quem era? – perguntou Toph.

– Não, quando eu cheguei, já havia descido.

– Será que foi o Jun? – perguntou Suki.

– Acho que não, vou falar com ele quando eu descer.

– Quem quer que tenha sido, ouviu o que você disse sobre o Zuko. – falou Katara. – É melhor você se preparar para o que vem por ai.

– Acho que você está sendo dramática demais. – Falou Mayumi e voltou para o cabelo da amiga. Ela prendeu algumas mechas com grampos e finalmente colocou o diadema no alto do coque.

– Está pronto. – falou ela.

– Está lindo amiga, obrigada. – falou Katara e seus olhos se encheram de lágrimas

– Por nada. – respondeu ela e sorriu. – Agora está na hora de por o vestido.


...


Todos na aldeia já aguardavam sentados em seus bancos quando finalmente a noiva chegou. Hakoda foi ao encontro de Katara que quase não conseguia respirar. Ela esperou paciente até que eles finalmente avistaram o pequeno lugar, completamente feito de gelo e Aang, que a aguardava ansiosamente.

Assim que o avatar avistou a jovem dobradora de água, seu coração disparou e ele ficou completamente sem reação enquanto ela se aproximava. Mayumi, Toph e Suki vinham logo atrás e quando finalmente alcançaram o caminho entre as cadeiras, Mai se juntou a elas. Jun, Sokka, Zuko e Haru já aguardavam do lado de Aang.

Todos caminharam por entre os convidados até que finalmente Katara ficou de frente para seu noivo.

A cerimônia seguiu conforme as tradições dos nômades do ar, juntamente com as da tribo da água. A pessoa que fez o casamento foi o guru Pathik, a pedido de Aang. No meio da cerimônia, o padrinho principal e a madrinha principal tinham que trazer uma tigela com tinta azul, como parte da tradição da água, e fazer uma pintura nos noivos desejando boas energias.

Zuko e Mayumi deram um passo a frente e mergulharam os dedos na tinta.

– Oi. – falou o senhor do fogo quando ficou lado a lado com a jovem da água. Ela nada respondeu e se voltou para Katara. Zuko então ficou de frente para Aang.

– Que em seu casamento, você seja sempre como a lua. – ela desenhou uma pequena lua em sua testa. – Sempre mude conforme o ciclo, mas nunca deixe de brilhar e que a cada novo ciclo, a sua luz ilumine a todos a sua volta – Katara sorriu e Mayumi a reverenciou.

– Que em seu casamento, você seja como as ondas do mar. – falou Zuko e desenhou uma linha na testa do Avatar. – que por mais agitado que esteja, sempre ache uma forma de levar para longe, tudo aquilo que não é puro. – Zuko reverenciou Aang. Os dois voltaram a sua posição inicial.

– Podem fazer os votos. – falou o guru Pathik.

– Katara. – começou Aang a falar. – Eu nunca vou me esquecer da primeira vez que te vi. Você havia acabado de salvar a minha vida e me tirado daquele Iceberg. Você ainda era apenas uma menina, mas quando a vi, algo aqui dentro falou que era você. O seu rosto se iluminou e então você sorriu para mim e eu disse para mim mesmo, mesmo ainda sendo aquele garoto bobão que só queria esquiar nos pingüins... Eu disse: É ela. Dali para frente você foi o meu braço direito em tudo, desde me ensinar a dobra de água até quando eu parti, em Ba sing se. Você sempre esteve ao meu lado e agora isso é oficial. – Aang passou a mão no rosto de Katara. – Eu acredito no destino, porque ele fez com que eu ficasse congelado, por cem anos, para eu ter a chance de te conhecer e de te fazer minha mulher. – Katara sorriu e então Aang voltou a sua posição. – Eu te amo, Katara.

– É a sua vez. – falou o guru e apontou para a jovem.

– Aang. – falou Katara. – Eu não vou mentir e dizer que te amei desde a primeira vez que eu te vi, porque não foi a verdade. – Aang engoliu seco. – Mas a partir do momento em que eu finalmente percebi que era você que eu queria em minha vida, esse amor se tornou imensurável. Eu me orgulho de ter vivido tudo aquilo ao seu lado, mesmo estando sempre em perigo eu fui feliz ali, porque eu estava com você e nada daquilo mudou. Foi você que me mostrou o verdadeiro sentido do amor. É você que faz meu mundo ser mais colorido, e será sempre você, o amor da minha vida. – Aang sorriu e enxugou algumas lágrimas.

– Aang, você pode entregar o colar para ela. – o Jovem se aproximou meio desajeitado.

– Dali baixinho. – falou Toph e o casal sorriu sem graça. Colocou o colar no pescoço de Katara e o prendeu.

– Agora, eu declaro, marido e mulher. – falou o guru e abençoou os dois.

– E o beijo, não vai ter não? – falou Sokka.

– O beijo, mas é claro. – falou Pathik. – Pode beijá-la agora.

Aang se aproximou de Katara e os dois sorriram, até que ele a agarrou e a beijou, como cena de um filme romântico. Todo mundo aplaudiu o final da cerimônia.

– Agora... COMIDAAA. – falou Sokka e ajudou Suki e a descer. Hakoda segurava o pequeno Kamai.

– Parabéns amiga. – falou Mayumi e a abraçou. – Muitas felicidades.

– Espero o seu em breve. – falou Katara e olhou para Jun que sorriu embaraçado.

Todos cumprimentaram os noivos e assim a festa começou ao som de “Os flamejantes”.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos!!