Summer Love escrita por Directioner
Notas iniciais do capítulo
obrigada por estarem lendo (:
Apareci parcialmente pela porta da cozinha, meu pai estava com um ar impaciente, batendo os pés de leve no chão. Seu olhar subiu até mim, eu sorri fraco, e ele fez um gesto com o dedo para que eu fosse ate ele.
– Não vou brigar com você, pode vir. - Ele disse com um tom de zombaria.
– Já tenho 18 anos, não tenho mais medo das "broncas do papai". - Sorri sarcástica.
Ele se sentou no sofá, abaixou de leve sua cabeça, fazendo seu olhar se desviar para o chão, sentei-me ao seu lado, esperando uma palavra vindo dele. O silencio tomou conta do local.
– Pai, desculpe. - Tomei a iniciativa de falar primeiro, já que não havia palavras da parte dele.
– Não filha, eu tenho que me desculpar. - Tentou forçar um sorriso. - Sei o quão difícil é para você ter que conviver com uma outra pessoa, desconhecida praticamente. Eu não queria que nosso almoço tivesse tomado esse rumo meu amor, a culpa é minha.
Respirei fundo, naquele momento eramos apenas eu e ele, como antes, eu e ele contra o mundo. Sorri bobo em me lembrar dos momentos difíceis que ele passou, tendo que ser dois em um, pai e mãe, o conselheiro e o bravo. Naquela época, eu não entendia o quão ele se dedicava a mim, mas agora eu entendo.
– Escuta, a culpa não é sua. Você esses anos todos se dedicou tanto a mim, deu muito duro pra trabalhar e cuidar de mim, eu dei trabalho, e admito isso, mas viver sem uma mãe é difícil. Você foi os dois papeis, e eu nunca tive a oportunidade de te dizer o quanto isso foi importante para mim. Viver sem uma mulher ao lado, não é fácil, a mamãe não volta mais, não quer dizer que nós vamos esquece-la, mas... - Uma lagrima rolou sobre meu rosto, passando pela minha bochecha, meu pai logo a limpou. - Você me entendeu, peço desculpas, por as vezes não me controlar e respirar fundo com a Mercedez, mas é muito difícil para mim.
– Filha, eu não imaginava que você se sentisse assim.... Olha, eu não me arrependo de nada que te fiz ate hoje, de todo o trabalho duro, olhe pra você, quase uma adulta, madura, e linda. Minha princesinha cresceu, e agora esta virando grande, com namorado, e tudo. Nâo deixe ninguém falar algo ruim a seu respeito, por que você é a pessoa mais forte e mais doce que eu ja conheci. - Ele me abraçou forte, dava para sentir que estava feliz com nossa conversa. - Olhe, tire uma semana de folga ta? Quero você aproveitando São Paulo! Vou mandar cancelar seus compromissos, ou mandar o Lu fazer para você,ok? Alias, tenho mais três dias aqui, preciso de alguém para me mostrar a cidade.
– Conheço uma pessoa, que conhece Bertioga, como ninguém.
Sorri, e olhei para cozinha, meu pai entendeu o recado, e deu uma leve risada.
– Danny?
– Sim? - Ele surgiu na porta da cozinha, com algo na mão, como sempre, devia ser algo de comer.
– Poderia mostrar a cidade para mim amanha? Junto à Lola?
– Claro! Mas vamos andar muito, aqui tem vários lugares. Podemos ir de carro se quiserem. Mas com uma roupa a vontade, por que tem muitas praias por aqui. - Danny sorriu sincero, o que contagiou eu e meu pai, a ficarmos animados.
– Então combinado! Amanha de manha, bem cedo viu? - Meu pai disse animado
– Por mim está perfeito, agora pra esse daí acordar cedo... - Olhei para Danny que sorriu. - Vai ser difícil !
– Eu acordo, prometo ! - Danny encostou seu corpo no sofá.
– Tudo bem, eu já vou indo para o hotel então, ate amanha. - Meu pai se levantou, e nós nos levantamos para leva-lo ate a porta.
– Tem certeza que não quer ficar aqui? - Perguntei humildemente.
– Não precisa querida, obrigado. Ate amanha.– Ele sorriu, me deu um leve beijo na testa e se virou para Daniel. - Vou ser sincero, eu gostei de você, esta aprovado. Cuide bem da minha filha, caso contrario... - Ele sorriu.
– Pode deixar, vou cuidar muito bem dela. - Danny riu e passou sua mão pela minha cintura, me puxando para perto. - Foi um grande prazer.
– Igualmente.
Ele entrou no carro, abaixou o vidro e acenou. Nós acenamos de volta, e esperamos ele ir em bora. Entramos em casa, eu me joguei no sofá e ele deitou com a cabeça em meu colo.
– O que quer fazer? - Ele me encarou com seus grandes olhos azuis.
– Nada ! Apenas ficar deitada no sofá pelo resto do dia. - Disse enquanto acariciava seus cabelos.
– Jura? Acho que isso não vai ser possível !
– Não ? Por que? - Disse confusa.
Ele sentou no sofá, e apontou para a mesa de jantar, que estava cheia de copos, talheres e pratos sujos.
– Ah! - Joguei minha cabeça pra trás e ele riu. - Quer lavar louça comigo?
– Só se eu secar ! - Ele riu.
– E la vamos nós... - Ri.
....
Depois de muitos pratos e copos, finalmente conseguimos "relaxar um pouco". Ficamos de bobeira, apenas conversando por algumas horas. Fomos ate a locadora e alugamos alguns três filmes, de terror, comedia e romance. Chegamos em casa, para assistir os filmes, me joguei no tapete da sala, e ele foi colocar o primeiro filme.
– Hoje somos apenas, eu e vo....
– Oi pombinhos, estávamos na casa do Felipe, e vimos vocês chegando, como estamos no tédio, viemos pra ca ! - Rafa disse abrindo a porta estericamente.
– Eu deixei a porta aberta? - Sorri.
– Deixou! - Eles disseram em unissono.
– Ops.
– Atrapalhamos vocês? - Dinho sorriu.
– Não.... - Eu ri da entrada "triunfal" deles.
– Sim! Cai fora! - Danny disse bravo.
– Eu disse que agente ia atrapalhar, bate aqui ! - Lipe e Rafa bateram as mãos.
Eu ri da reação de Danny, e dos meninos.
– Não liguem, eu estou jogada no tapete, por vontade própria. - Sorri.
– Ótimo! O sofá é nosso! - Lucas deitou no primeiro sofá.
– Tem dois sofas, seu idiota! - Dinho bateu na perna de Lucas.
– Que filme? - Lipe se sentou ao lado de Lucas.
– Nenhum que você vá gostar. - Danny sorriu sarcasticamente.
– Que chato você, hein. - Rafa jogou uma almofada nele.
Fizemos a pipoca e colocamos o refrigerante na mesa de centro. Todos ja tinham sentado, Lucas, Lipe e Dinho no sofá na frente da TV, eu e Danny no sofá lateral e Rafa jogado no tapete. Começamos pelo de terror, em seguida o de comedio, e no de romance, já estávamos rindo e brigando um com os outros.
– Dá o controle, Felipe! - Gritei
– Vem pegar!
– Quantos anos acha que eu tenho??? Dá esse controle! - Pulei em cima dele.
– Montinho. - Rafa, que estava destraido, gritou.
– Não, não pula! - Disse numa tentativa inutil de fazer ele nao pular. Em menos de cinco segundos me vi no chão, jogada com dois garotos do meu lado, rindo.
– Que caus ! - Lucas riu.
– Voce ta linda hoje ! - Lipe riu.
– Como é que é? - Danny estava sentado no sofá, com o pote de pipoca em seu colo.
– Deixa pra lá. - Lipe se virou e levantou. Estendeu sua mão para me ajudar a levantar.
Estavamos rindo do que acabou de acontecer, quando a campainha tocou.
– Policial Silvio? - Minha expressão estava confusa e surpresa.
– Podemos conversar?
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