My Beating Heart Belongs To You escrita por MsTigerOwl


Capítulo 25
Christmas




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Era natal em Akron, na elegante casa vitoriana dos Torres, o clima era de comemoração, Simon brincava com Kayla e Hannah no chão da sala, Renée praticamente saltitava, sorridente, com um vestido com estampa de pinheirinhos, cabelos casanhos presos e tiara com chifres de hena que Callie cismava em dizer que lhe lembravam "Precisamos Falar Sobre o Kevin", Fernando estava sentado em uma poltrona na sala e a seguia com os olhos enquanto ela pendurava os enfeites de natal e espalhava pratos com biscoitos para a festa, Callie pendurava bolas de natal aos risos com sua mais nova amiga Erica, uma mulher alta e loira, todos ali já tinham notado que aquela loira não podia ser só amiga da latina. 

Emily estava de pileque por causa de algumas taças de champanhe, falava um pouco embolado e ria bobo, praticamente se jogando em cima de Maya, sua nova amiga que convidara para a festa de natal, uma garota morena e sorridente que teimava em conversar perto demais de Emily, mesmo sob os olhares raivosos de Alison, que a cortava aparentemente durante as conversas, Aria, Spencer e Hanna conversavam com Jade, que lhes dava conselhos de moda, Theo ajudava Simon com as meninas e Carolyn, uma moreninha irmã de Emily que sua mãe havia mandado para passar o natal com a irmã mais velha, o garoto loiro trocava ideias com Simon sobre a liga superior de basquete e os últimos dois jogos com times titulares da NBA. 

Santana e Brittany tinham ficado encarregadas de receber os convidados com uma sacolinha de presentes que Simon sempre organizava, dentro tinha um saquinho de pano cheio de biscoitos confeitados, um cartão desejando Feliz Natal e pulseiras de néon com desenhos de pinheiros para os adultos e um ursinho de pelúcia com bengalas de açúcar e uma customizada para prender na lareira para as crianças. 

- Bem vindos á festa de natal dos Torres! - Santana desejou, abraçando uma mulher ruiva que levava um bebê no colo e era acompanhada por mais um casal de crianças. - Que bebê lindo! - afirmou, passando a mão pelos cabelos ruivos da menininha.

- Você deve ser a filha do Simon, Santana, estou certa? - perguntou, e a morena assentiu. - Somos os Campelli, eu trabalho com seu pai na universidade, me chamo Veronica e esses são meus filhos, Payton, Caden e Gwen. 

- É um prazer. Tome uma sacolinha, Britt, separe a sacolinha das crianças. - pediu a morena, sorrindo amigavelmente. 

- Claro, San. - um grupo de amigos chegava, uma mulher ruiva, um homem moreno com cara de galanteador, uma mulher loira e uma asiática.

- Bem vindos! - Aqueles eram os últimos, os amigos de Callie. - vocês devem ser a turma que Callie me falou! 

- E você é Santana. - a ruiva falou, a abraçando. - a Callie falou muito de você, sou Meredith Grey, esses são Mark Sloan, Izzie Stevens e Christina Yang. 

- Peguem as sacolinhas, podem entrar, Callie está na sala. - avisou, entregando os brindes para todos eles. 

- Meninas, venham! Papai vai contar a história de natal! É lindo! - Emily apareceu, um pouco embriagada e sendo seguida por Ali.

- Estamos indo. - Santana a seguiu puxando Brittany, todas as crianças estavam sentadas ao pé do sofá e olhavam o homem que estava em pé usando gorro de papai Noel. 

- Antes de distribuir os presentes, nossa família tem a tradição de contar uma história, esse ano eu chamo aqui para lerem, Santana e Brittany, minha filha e sua namorada. - todos aplaudiram enquanto a morena levantava com  Brittany e iam para perto de Simon. - passamos muito tempo separados, mas tudo o que quero agora é passar todos os natais possíveis ao seu lado, eu te amo, Santie, sempre vou amar, e já amo Britt por fazer minha menininha tão feliz. - disse o homem, beijando o rosto da menina, que sorriu, olhando todas as crianças que olhavam atentamente. 

- Tudo bem, vamos começar... - Santana se sentou em um banquinho com a namorada e segurou o livro para começar a ler. 

- Não! Tem que colocar o gorro! - Renée reclamou, colocando um chapéu na cabeça de cada garota elas riram e ajeitaram seus cabelos, piscando com o flash da câmera de Renée em seus olhos. 

- Ok... "Era uma vez, duas princesinhas, elas se chamavam Alana e Jane, eram filhas do rei Cory, que era um homem muito famoso pela sua bondade e por ser um homem muito piedoso e amar o seu povo, todo natal, o rei mandava darem doces para todas as crianças do reino." - Santana começou, sorrindo para todas as crianças que a olhavam, Carolyn mastigava a unha do dedo médio, Kayla sugava a parte de cima de uma bengala de açúcar, Hannah comia um biscoito e espalhava migalhas no colo de Theo, as três crianças ruivas a olhavam atentamente, a morena nunca tinha ido á uma festa assim, a sala estava apinhada de pessoas, e todas elas sorriam, felizes. 

- "Quando o sino tocava , todas as crianças iam para perto dos portões e esperavam pelos doces e as guloseimas que o rei mandava á elas, ele sempre ia com suas princesinhas entregar os presentes." - Brittany continuou, com um sorriso no rosto. - "Mas naquela véspera de natal, as crianças esperaram e esperaram, mas o rei e as princesas não apareceram, a lua chegou e deu lugar ao sol, e ninguém saiu do palácio."

- "Pobre rei, estava muito doente, Alana e Jane temiam perder seu pai, todas as noites elas se ajoelhavam e pediam a deus 'só mais um natal, senhor, não leve nosso pai, somos muito pequenas ainda' ." - Santana afirmou, fazendo uma voz penosa, teatral.  - "Disseram que havia uma cura para a doença do rei em uma flor que ficava bem longe, tão longe que nenhum explorador até lá havia chegado, a notícia correu pelo reino aquela noite, quem trouxesse a flor, desposaria a mais velha e mais bela das irmãs" 

    

- "Passaram-se várias semanas e o rei ficava a cada dia mais doente, Alana, a princesa mais nova, lia para ele, esperando que sobrevivesse para o próximo natal, e rezava junto á irmã toda noite, junto ao povo, todos pediam que o rei não fosse levado." - Brittany fez beicinho, o que fez todos na sala aumentarem o sorriso. - "Vários cavaleiros voltaram de sua jornada, trazendo consigo o que seria a flor, mas o rei já estava muito doente, e uma noite, quando as suas filhas se ajoelharam ao pé da cama, ele sussurrou, com a voz fraca:"

- "Eu nunca vou deixar vocês." - Santana arregalou os olhos para as páginas estampadas, penalizada. - "As princesas começaram a chorar e disseram: 'nós sabemos, papai, nós sabemos', e aquela noite, o rei morreu"

- "Então, Alana correu pela floresta, inconsolável, ela correu e correu, até que ela viu uma flor azul e que brilhava muito." - Britttany continuou, ajeitando a bainha do vestido e se inclinando para ler melhor o livro que estava sobre as pernas da namorada. - "Ela arrancou-a de seu caule no momento em que Jane chegou até onde ela estava."

- "O que faremos agora sem ele?" - Santana fez uma cara de dúvida, olhando diretamente nos olhos de Brittany como se realmente esperasse uma resposta e todos riram. - "'ele sempre estará conosco', Alana falou, acariciando as pétalas da flor azul" - as duas sorriram entre si, mergulhando naquela magia que só existia entre elas.  

- "No outro ano, quando o natal chegou, Jane acordou a irmã muito cedo. 'Alana! Venha ver!', as duas correram para o jardim do castelo e do céu caíam doces e pétalas azuis." - Brittany continuou, mais lendo para Santana do que para os outros ali reunidos. - "Aquele natal foi mágico, todas as crianças do reino riam e corriam pelas ruas perfumadas."

- "Todas as pessoas que visitavam o reino diziam que nunca houve um lugar tão belo e abençoado." - dessa vez foi Santana, que tinha um sorriso estampado no rosto. - "O rei nunca deixou a memória de todos que ali moravam, todos os natais, podia-se ouvir sua voz ecoando por entre os prédios:"

- "Feliz Natal!" - a loira leu. 

- "E até hoje, todos que viveram ali prosperaram!" - Santana sorriu abertamente, olhando na imensidão azul que tanto adorava. - "As duas princesas governaram o reino por vários anos."

- "Então se você acha que alguém não está mais por perto." - Brittany leu, sorrindo. - "Só precisa olhar com mais atenção."

- Feliz Natal crianças! - Santana disse, antes do pandemônio começar com todas as crianças querendo seus presentes, as duas subiram as escadas entre risos e só desceram no final da noite. 

* Em memória do nosso eterno Cory Monteith, que sempre será eterno no coração de todos os gleeks, nós te amamos, Cory! *

     


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