My Beating Heart Belongs To You escrita por MsTigerOwl


Capítulo 13
Words I Never Said


Notas iniciais do capítulo

beeeem, meu povo, sinto dizer que a nossa Short-fic ta acabando em DOIS capitulos, eu amei escrever pra voces e vou estar com novos projetos logo, mas se voces quiserem, podem dizer nos comentarios se preferem uma continuacao dessa, ai eu boto as sinopses que eu to trabalhando e voces me dizem, ok? aproveitem!!



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Três envelopes foram abertos aquela tarde, o primeiro, era endereçado ao filho mais velho, continha a carta em si e um pequeno cordão, nele, estava preso um pingente em forma de um pulso, era para que ele tivesse sorte, o garoto leu a carta e colocou o colar enquanto duas lágrimas escapavam de seus olhos castanhos, ele pegou o quarto envelope e o guardou na última gaveta da escrivaninha do pai, para que fosse aberta por sua dona em oito anos.

A segunda carta foi entregue para a segunda filha, que escolheu lê-la na sala de artesanato da mãe sentada na poltrona que cheirava exatamente como o perfume da mesma, leu as palavras da mãe e tirou de dentro do envelope um pequeno broche de ouro branco e diamantes em forma de pássaro, o prendeu na blusa azul clara, secou as lágrimas e desceu para fazer um café da manhã para os irmãos.

A última carta chegou ás mãos de Santana e ela pegou a mão de Brittany, a puxando até o jardim, se sentou no balanço que tinha embaixo da amoreira um pouco mais longe da casa, com Britt ao seu lado, assim que abriu o envelope, um cordão caiu, era um colar com um pingente que abria, ali dentro tinha uma foto da pequena Santana na maternidade, com Nando e Jade dos lados do pai com ela no colo, tirada por uma enfermeira prestativa no dia que a menina nasceu, o outro espaço estava vazio, a morena pegou a carta entre as mãos e começou a lê-la em voz alta para a loira, que passava o pingente entre os dedos da mão.

12 de Janeiro de 1994, Lima, Ohio.

Querida Santana,

Hoje nasceu minha segunda menina, eu e Antonio decidimos chamá-la de Santana, assim como minha sogra e sua mãe antes dela, agora, Escrevo essa carta para você, Santana, na família de seu pai, há uma tradição de deixar uma carta e um presente para que cada um de seus filhos receba após a sua morte, acho realmente que é uma tradição válida, pois quero que cada um de meus filhos tenha algo para se lembrar de mim após eu partir, começou com a bisavó de seu pai, que tinha um caso de câncer grave, ela teve a avó de seu pai e lhe deixou uma carta com um presente, escrita em seus últimos suspiros, mas era câncer de mama e acabou se desenvolvendo também na filha daquela mulher, que deixou duas cartas, para seu tio-avô e sua avó, que também mantém uma carta escrita para que seu pai receba após a morte dela.

Quando te vi pela primeira vez, tive a estranha sensação de que você era diferente, a sensação de que você amará muito, e também será muito amada, espero que esteja certa, pois amor é o que mais podemos nos orgulhar na nossa vida, essa já é a terceira carta que escrevo, desejando veementemente que não se esqueçam de mim, amo cada um de vocês com todo o meu ser, e desejo tudo do bom e do melhor para você, Santana, assim como pedi nas outras cartas, quero também acrescentar a essa, que depois que eu partir, por favor, não lamente, estarei em um lugar melhor, e você vai estar em um caminho bom, se o bom Senhor permitir, falarei agora sobre o meu presente para você.

O que lhe deixo é um colar, nele está preso um pingente, eu mandei fazê-lo dois meses antes de seu nascimento, e o recebi uma semana antes desse dia, nele coloquei a foto que tirei algumas horas atrás, quando seus irmãos vieram vê-la, deve ter percebido que um lado está seco, quero que coloque nele a foto da pessoa que você mais ama, e quero pedir também que tenha certeza antes de colocá-la, tem que ser alguém que você esteja certa que amará para sempre, assim como tenho certeza quanto a você, pois os lados desse pingente representam dar e receber, de um lado, está a foto de pessoas que sempre irão te amar independente de quem você é, quem você foi e quem você será, então do outro, você deve colocar a foto da pessoa, que mesmo não te amando de volta, você sempre amará, pois do lado de fora, está escrito “Hoje e para sempre, mais que minha própria vida” em espanhol, termino mais uma carta lhe dizendo que eu já te amo tanto que é quase impossível e pedindo que seja feliz, do jeito que for, seja feliz.

                                                                                                                          Com todo o amor, Mamãe.

A morena terminou de ler a carta e secou as lágrimas com as costas da mão direita, ela se inclinou e abraçou a loira, que ouvira com atenção e agora a olhava com a mesma, se virou e segurou os cabelos escuros no topo da cabeça para que Britt prendesse o cordão, guardou a carta com todo o carinho de volta no envelope, então se virou e deitou a cabeça no colo de Brittany, que apenas ficou ali, lhe fazendo carinho e lhe dando atenção, imaginando a foto de quem ela colocaria na pequena moldura, Santana tentava assimilar tudo, e estranhamente, aquela angústia que antes a corroia com tanta força, tinha sumido, Brittany apenas se manteve ali, tentando com todo o seu ser passar um pouco mais de alegria para a garota que ela amava.

Depois de uma hora, Brittany teve que levar Hannah em casa e Santana entrou, ela subiu até o quarto de Kayla e encontrou a pequena sentada no banquinho de seu pequeno piano, que foi pintado de preto e tinha a caixa coberta de bichinhos de pelúcia, a pequena estava com o olhar triste e perdido, segurava nas mãozinhas a pequena bailarina de vidro que a mãe havia lhe dado.

Santana sentou-se ao lado da irmãzinha e a observou com atenção.

- É muito bonita. – falou a latina, olhando a pequena bailarina.

- A mamãe não vai voltar, né? – a menina perguntou, falando pela primeira vez desde que respondeu a pergunta de Nando na varanda.

- Não, meu amor, ela tá no céu agora. – explicou a mais velha, tocando o ombro da irmã com carinho, ela só tinha sete anos, e agora estava sem mãe e o pai tinha sumido. – Deus precisou de mais um anjo.

- Mas por que? – perguntou a pequena, olhando a irmã com os olhos cheios de lágrimas. – Ele já não tem o suficiente?

- Não, pequena, ele precisou de um anjo-mãe, pra cuidar dos bebês e das crianças que morreram. – inventou a mais velha, pensando em como explicar para a pequena.

- Mas por que ela, Tana? Eu preciso dela aqui! – reclamou, com as lágrimas caindo pelo rosto, a mais velha deixou que uma lágrima caísse também e a secou rapidamente.

- É que ele achou que os bebês dela daqui da Terra já estão grandes. – explicou.

- Eu só tenho sete anos! Preciso da minha mãe pra cuidar de mim! Quem é que vai me levar pra escola? E quem é que vai fazer minha comida? Eu vou pra um orfanato? Cadê o papai? – a menina disparava perguntas, deixando a irmã confusa.

- Kay... a mamãe ainda tá cuidando de você, só que lá de cima, ela tá olhando pra você, pra mim, pro Nando, pra Jade... ela vê tudo, você não vai a lugar nenhum, vai ficar aqui com seus irmãos, nós vamos cuidar de você, e o papai... ele precisou de um tempo pra pensar, mas eu acho que ele volta logo. – ela finalizou, e a pequena a abraçou, ganhando um carinho nos cabelos.

Jade apareceu na porta e as chamou para comer, a mais nova desceu, Santana foi até o seu quarto e procurou uma foto pelas gavetas da escrivaninha, assim que a achou, desceu e se despediu dos irmãos, foi até uma loja que revelava fotos e pediu que diminuíssem aquela foto para que pudesse caber no pingente.

Haviam seis pessoas que Santana Lopez amava mais do que tudo no mundo, e sempre iria amar, naquela foto, estavam três delas, e ela decidiu colocá-las para simbolizar, já que as outras já se encontravam na outra foto.

Ela recebeu as miniaturas e prendeu uma no colar, uma imagem tirada na casa do lago, na segunda vez que Brittany foi lá, a loira estava em uma cadeira na varanda, aos dezesseis anos, ao lado de Eleanor segurando Kayla em seu colo, no exato momento em que a pequena apagava suas velinhas em seu aniversário de seis anos, as duas sorriam inocentemente debaixo do olhar atencioso da mulher mais velha, hoje e para sempre, eram as três pessoas que Santana amava mais que sua própria vida.


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