At Hearth Mountain escrita por Lawliet Ryuuzaki


Capítulo 3
No alto da montanha




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No meio da madrugada ouço alguém batendo na porta do meu quarto, acendo o abajur, coloco um roupão por cima da langerie.

Quando abro a porta, dou de cara com Dani.

– Dani o que houve?

– Não é nada, posso entrar Jessie?

– Entre.

Fecho a porta, nos sentamos em minha cama.

– Dani está tudo bem?

– É que andei pensando no que você me disse hoje.

– O que foi que eu te disse?

– Que me amava. Jessie não aguento mais, eu te quero na minha vida, comigo.

Daniel então do nada me beija. Não tem volta, de repente acabamos nos deitando em minha cama. O clima começa a esquentar.

Daniel abre meu roupão, o tira. Por minha vez, arranco sua camisa, passo a mão por sua barriga. Nos olhamos, nos beijamos mais ainda.

Daniel tira minha langerie, morde meu pescoço. Diz com uma voz rouca que me ama.

Não me aguento, arranco toda a sua roupa. Deito em cima dele, digo que o amo muito.

Depois dos momentos mais quentes, nos deitamos na cama, coloco minha cabeça sobre o peito de Daniel.

– O que fizemos? - Pergunto a Dani preocupada.

– Fizemos o que deveriamos ter feito a muito tempo, nos entregar totalmente um ao outro.

– Mas Dani....

– Sim, Jessie?

– Eu... eu...Sou virgem - Digo corada.

– Eu sei Jessie, fico feliz por você ter confiado em mim.

Dou um sorriso meio timido. Ao amanhecer, acordamos. Realmente não foi um sonho. O homem que eu amava estava sim, deitado ao meu lado na cama, tinhamos transado a noite passada. Me entreguei a ele sem pensar em mais nada.

Agora não tinha volta, eramos só nós dois e mais ninguém. Um amor muito forte e intenso. Depois que nos levantamos, descemos para tomar café.

– Bom Dia Sra. Vanguart- Digo a ela

– Bom Dia Jessie- Sra. Vanguart me recebe com um sorriso na cozinha.

– Daniel ainda esta dormindo lá em cima em seu quarto? - Sra. Vanguart diz isso com uma cara de que sabia de tudo.

– Ãn? Como assim? - Digo isso quase que gaguejando.

– Não finja menina, eu vi na hora que ele bateu na porta de seu quarto e você o deixou entrar.

– Ah! Meu Deus - Fico sem jeito, sem o que dizer.

– Calma, não precisa ficar assim, seu segredo esta a salvo comigo- Sra. Vanguart sorri para mim.

Termino meu café me retiro da mesa, pego minha jaqueta de couro azul, vou em direção a porta.

– A onde vai? Pergunta Sra. Vanguart

– Vou tomar um ar , já volto.

– Okay, se Daniel perguntar, digo o que?

– Diga que sai e que volto logo.

Pego o carro do Tio Fred, que havia me falado que quando precisasse poderia pegar seu carro emprestado. Dirijo até as montanhas.

Desço do carro, vou em direção ao alto da montanha. Sento lá.

Pego o colar, o abro. Era aqui que eu e a senhora costumavamos vir, se lembra mamãe.

Olho para o céu, vejo uma estrela brilhando lá no alto, em meio a um dia tão claro, consigo enxergar uma única estrela, brilhando intensamente, com certeza aquela estrela era minha mãe. Sorriu para a estrela dizendo Te Amo.

Minha mãe faleceu tão rapidamente que mal consegui me despedir . Mas sempre me lembro que quando era pequena, minha mãe me trazia até aqui, até o alto da montanha, ela dizia que daqui eu poderia ouvir os céus me dizendo bom dia.

Em dias de primavera, eu e ela vinhamos até aqui. Em torno da montanha era sempre cheio de flores nessa estação do ano, flores de todos os tipos, um jardim totalmente colorido. Subiamos a montanha inteira, chegavamos ao topo, nos deitavamos na grama e ficavamos olhando para aquele céu , completamente azul com poucas nuvens, um céu de sol fraco.

Sem pensar duas vezes não me aguento e começo a chorar.

– Mamãe por que a senhora foi me deixar assim sem por que, sem ao menos me dizer adeus?

Minha mãe nunca me falou nada sobre meu pai, como era, quem era, e por que nos deixou. Em alguns dias ouvia mamãe falar bem baixo em seu quarto o quanto o amava mas teve que deixa-lo ir para não perde-lo para sempre, nunca entendi muito bem isso. Um dia entrei sem querer em seu quarto e achei uma carta em cima de seu criado mudo, nela dizia:

" Annie, me perdoe por tudo isso, não queria te deixar, nunca quis te deixar, você é o amor da minha vida. Foi um erro enorme ter deixado que meus pais me dissessem o que fazer, espero que um dia pudessemos reviver nosso amor guardado todos esses anos, estou indo viajar, gostaria que fosse comigo, mas sei que tem que cuidar da nossa pequena princesinha Jessie, diga lhe que a amo muito, que logo mais trarei boas noticias. Espero que fique bem ai, saiba que onde eu estiver, em qualquer lugar, estarei sempre pensando em você. Te Amo minha Annie, amor da minha vida"

Mamãe me explicou que essa carta foi enviada por meu pai um pouco antes dele partir para a capital para estudar e começar sua vida, depois que ele voltou parece que ele e mamãe se desentenderam, e então mamãe resolveu ir embora daqui comigo, até que chegou um dia em que ela começou a adoecer e como onde moravamos não tinham muitos recursos médicos, ela resolveu ligar para o tio Fred vir me buscar, pois sabia que seu tempo por aqui era muito pouco, e não queria que eu a visse partir.

– Lamento até hoje mamãe por sua ida, poderia ter sido eu e não a senhora.

Meu celular então toca, é Dani.

– Alô

– Alô, Jessie, onde você esta? Acordei e não te vi na cama deitada- Dani diz com uma voz de preocupado

– Fique calmo Dani, estou bem, apenas dei uma saida para resolver uns assuntos, já estou voltando.

– Okay fico mais calmo agora, Jessie?

– Oi Dani

– Te Amo meu amor

– Também te amo e muito meu amor - sem querer começo a sorrir do nada.

Depois de falar com Dani, percebo que aquela estrela lá no céu começou a brilhar mais forte. Sim, era mamãe feliz por isso estar acontecendo.Me lembro muito bem o que mamãe me disse antes de falecer.

– Jessie, minha querida - mamãe já não aguentava quase nem falar, falava com uma voz tão rouca.

– Sim mamãe.

– Minha querida escute bem, não importa o que façam com você, se te derrubarem, se levante mais forte ainda, esta me entendendo?

– Sim mamãe te entendo.

– E outra coisa minha querida.

– Fale mamãe

– Nunca deixe, que lhe tirem seu motivo de sorrir minha pequena, lute pelo o que te faz feliz, lute, pois assim ninguém ousará lhe arranca-lo.

– Sim, farei isso mamãe, farei isso pela senhora.

– Mamãe?

– Mamãe? - Mamãe não quer responder, o que houve.

– Jess... Te Amo minha Peque....

– Nãooo! mamãe! Acorde, vamos, por favor não me deixe!

– Mamãe!

Depois disso tio Fred me trouxe para cá. Foi muito dificil ver essa cena, mas prometi algo para minha mãe e vou cumprir. Pela senhora mamãe.

Desço do alto da montanha, entro no carro e vou para casa.

Chegando lá sou recepcionada por tio Fred.

– Jessie?

– Sim tio?

– Você foi até o alto da montanha não foi?

Mas como ele sabia que eu sempre vou até lá, será que mamãe lhe disse isso?

– Sim tio, mas como o senhor sabe disso?

– Sua mãe sempre ia lá, eu a seguia para saber a onde ela ia, e descobri que ia quase todos os dias para o alto da montanha.

– Então quer dizer que mamãe quando era mais jovem, sempre ia para o alto da montanha?

– Sim lá era seu lugar prefirido;

Começo a sorrir do nada ao saber dessa noticia.

– Se me der licença, vou para meu quarto tio.

– Sim claro, pode ir.

– Obrigada.

Subo para meu quarto, quando abro a porta vejo Dani deitado na cama.

– Jessie, fique tão preocupado com você, saiu sem dizer para onde e demorou á voltar. Onde foi?

– Estou bem Dani, não se preocupe, apenas fui andar por ai, tomar um ar.

– Esta bem. Venha até aqui.

Me deito ao seu lado , coloco minha cabeça sobre seu peito, Dani me da um beijo na testa. Nossa, me sinto tão segura com ele, parece que não tenho medo de nada.

– Jessie?

– Sim, Dani?

– Te amo meu amor.

Ele me diz isso com tanta naturalidade, assim como meu pai disse isso para minha mãe naquela carta. Mas será que Dani um dia também poderia chegar a me deixar e nunca mais voltar?

– Também te amo meu amor.







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