Seven o Calendário Oculto escrita por Insane


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Capitulo de doido @_@



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  - Como? – O padre já se levantava da cama e ia abrir a porta do quarto quando ouviu um grito, o grito do arcebispo que chamava por Haniel.

 

    - Oh, Deus! – Haniel se apressou e saiu do quarto antes do padre.

 

   Ao chegar no corredor viu o arcebispo encostado na parede á frente do quarto, sua mão estava em cima do peito e os olhos arregalados estavam presos no quarto das crianças. Ouviu-se um uivo vindo do bendito quarto e a menina se esgueirou para ver melhor o que acontecia ali. Impressionante. Dentro do quarto estavam quatro lobos enormes, suas bocas embebidas com o sangue das crianças, a maioria delas estava gritando de dor e sem um pedaço do corpo. Apenas três restaram vivas.

 

    Haniel subiu os olhos novamente pela parede, mas estacou na janela que estava quebrada, mostrando como os lobos entraram ali, também estava cheia de sangue. Entrando no quarto a passos lentos a menina olhava diretamente para os lobos, era também encarada por eles e por mais incrível que pudesse parecer aquelas feras de pele negra tinham os olhos da cor vermelho-sangue assim como ela, assim como o corvo. Conseguiu entrar no cômodo, não fora atacada até então, mas não sabia o que estava para acontecer nos momentos seguintes.

 

    Com um movimento rápido e preciso o padre Cathain enfiou um pé-de-cabra na cabeça do que parecia ser o lobo alfa, o maior de todos e o que tinha sangue por todo o corpo, logo depois do lobo cair morto e jorrando sangue como se fosse uma fonte os outros foram embora pelo mesmo lugar de onde vieram. Haniel e o arcebispo estavam paralisados, as outras crianças que sobreviveram saíram correndo do quarto e foram para perto de Meehan.

 

    - Por que não me disse logo que era isso?

 

    - Porque não era por isso que eu fui chamá-lo... – O olhar de Haniel se abaixou e seguiu até o meio do cômodo, onde o lustre ainda estava caído em cima das crianças e a poça de sangue aumentava. E por mais incrível que parecesse as crianças ainda não tinham morrido, elas agonizavam pela dor, ainda sofrendo por cada ultimo segundo de suas vidas.

 

      - Meu Deus! – Agora Cathain olhava para as crianças, aterrorizado e com uma certa ânsia de vomito. – Mas como isso aconteceu?...

 

      Antes que Haniel pudesse responder ao padre ela e os outros ouviram uma explosão vinda da cozinha e depois o cheiro de fumaça e o barulho da madeira estalando por causa do fogo tomou conta dos pensamentos deles. Aos poucos Haniel se lembrava que o arcebispo estava preparando o café para os dois e eles esqueceram de apagar o fogo antes que fossem ver o que acontecia com as crianças. Ela não conseguia se mexer, olhou o padre, o arcebispo e as duas crianças que estavam com ele. Duas? Mas não eram três? Pensou ela olhando para o lado a procura da terceira criança. Não precisou procurar muito.

 

     Outro grito agonizante vinha da cozinha e chegava mais perto, logo o cheiro de carne queimada tomou conta do corredor. A criança estava pegando fogo. Cathain e Haniel correram para a cozinha, mas não conseguiram entrar nela, o fogo já tinha se alastrado pelos quatro cantos do local e bem no meio havia uma grande tocha humana gritando enlouquecida pela dor que dominava seu corpo. Haniel não conseguia olhar para aquilo sem ficar cada vez mais aterrorizada, decidiu fechar os olhos e virar a cabeça para o lado, mas a curiosidade era maior que o medo e ela voltou a abrir os olhos. Foi assim que ela viu algo surpreendente.

 

    Lá estava ele. O livro que ela tinha visto na biblioteca, o mesmo livro que dizia que a semana acabava em uma sexta-feira. Aquele livro demoníaco. Seria por causa dele que estava acontecendo tudo aquilo? Haniel se afastou do padre e foi em direção ao livro, como se sendo levada para ele por mãos invisíveis que a empurravam, ao chegar até onde ele estava caído ela abaixou-se e ficou encarando-o. Suas pequenas mãos se moveram até ele, seus dedos estavam quase o alcançando, porem ela hesitava em pegar tal obra do demônio. Ela estava perto, muito perto.

 

    - Cuidado! – Berrou o padre Cathain atrás dela apontando para cima. Os olhos dela seguiram a mão, o lustre de cristal do corredor estava prestes a cair.

 

 

       Foi rápido demais para ela raciocinar, pegou o livro e correu para perto do padre que a colocou atrás de si para  protegê-la  caso o lustre espatifasse. Mas não foi bem isso que aconteceu. O lustre caiu intacto no chão, nenhum pedacinho quebrou, nenhum vidro ou cristal espatifou. Ele estava intacto. Alias, ele estava mais intacto do que nunca. O arcebispo Meehan estava tremendo e crendo que seu coração não agüentaria mais um momento daqueles. O padre Cathain estava exasperado e confuso, olhava para Haniel como se ela fosse culpada por tudo aquilo. E ela, a pequena Haniel, segurava o livro como se fosse uma relíquia preciosa.

 

  Foi quando ouviram uma batida na porta que o medo inundou o lugar.

  


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