My Last Piece escrita por Skye


Capítulo 8
Bring me the future




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Rose POV:

Depois da minha última aula da manhã de quarta-feira, fui direto para o Salão Comunal tentar adiantar alguns dos muitos deveres de casa que eu já tinha antes mesmo de a primeira semana de aula acabar. Domi estava lá, já de saída para almoçar devido ao fato de que ela tinha tempo para isso por seu próximo horário ser livre, infelizmente o meu não era, então hoje teria que dispensar o almoço. Ela falou rapidamente comigo, disse algo sobre uma festa sábado e que mais tarde conversaríamos melhor sobre isso.

Tentei adiantar o máximo que pude, o problema era que o tempo passava rápido, quando vi que faltava apenas quarenta minutos para a aula de Adivinhação, guardei tudo e sai literalmente correndo pelo castelo, sabendo que o caminho até a torre de Adivinhação não era dos mais rápidos. Só parei de correr quando cheguei às escadas que levavam até a sala de aula, podia sentir meu estomago doendo de fome, mas agora não tinha muito o que fazer para resolver o problema. Fui subindo as escadas sem pressa, até porque não tinha mais forças, e quando cheguei no último degrau levei o maior susto da minha vida, estava tão avoada que nem percebi o que tinha acontecido até começar a cair para trás, não consegui evitar soltar um grito, mas por sorte dois braços me envolveram pelas costas, impedindo minha provável morte.

– Me desculpe, eu sinto muito, sinto muito mesmo, não era minha intenção te derrubar. – reconheci a voz da pessoa que havia me salvado no mesmo instante, Scorpius. – Ou quase te matar.

Scorpius POV:

Não sabia como pedir desculpas, não sabia nem como reagir depois daquilo, nem tinha percebido que enquanto eu tentava me desculpar, continuava segurando Rose no ar. Puxei-a então em minha direção, para o topo da escada em segurança. Daquele jeito podia-se dizer que estávamos quase abraçados, minhas mãos estavam em volta dela, em suas costas, mais ou menos na região da cintura. Não sabia o que fazer agora, fui então virando para o lado, ainda sem solta-la, com objetivo de deixar ela no lado da porta, e eu no lado da escada, foi uma cena bem desajeitada, Rose riu.

– Não tem problema, afinal, você me salvou da minha quase morte. – ela disse sorrindo. – Em parte, a culpa é minha também, não estava prestando atenção no caminho, vim correndo achando que estava atrasada.

– Ainda falta meia hora para a aula começar, pelo que eu saiba. – a avisei, retribuindo o sorriso, meus braços ainda estavam envolta de seu corpo segurando-a pelas costas, não queria solta-la, se ela colocasse as mãos envolta de meu pescoço íamos parecer um casal prestes a se beijar, mas eu sabia que não erámos isso então me convenci a finalmente solta-la.

– Perdi meu almoço por nada então. – ela resmungou.

– Você perdeu o almoço? Isso significa que não come desde o café da manhã? – perguntei preocupado.

– Exatamente. – ela respondeu.

– Isso é um caso de urgência. – respondi franzindo as sobrancelhas. – Por sorte você tem uma sala cheia de mesas, meia hora e eu com a minha mochila. – disse puxando a mochila das costas e abrindo o compartimento da frente. – Não é muita coisa, mas tenho dois bolinhos de caldeirão, uma garrafa de suco de abóbora e uma varinha de alcaçuz se quiser sobremesa. – disse sorrindo e tirando duas embalagens contendo tortinhas de caldeirão da mochila.

– Sempre carrega comida na mochila? – Rose perguntou sorrindo.

– Caso eu fique preso em algum lugar, posso sobreviver por algumas horas. – eu falei mesmo sabendo que aquilo iria soar extremamente idiota. Ela riu.

– E você vai simplesmente me dar sua comida de sobrevivência? – ela perguntou, fitando meus olhos ainda com um sorriso nos lábios.

– Como eu disse, é um caso de urgência perder o almoço. – não conseguia evitar meu sorriso. Entreguei um bolinho para Rose e com a mão livre peguei a garrafa contendo suco de abóbora da mochila, que por sorte não estava tão quente. – Vamos, eu te ajudo a levar tudo lá dentro. – fiz um gesto indicando para ela ir na frente, Rose entrou na sala vazia e eu fui atrás dela. Ela optou por uma das poucas mesas que não continham uma bola de cristal em cima, tinha dois lugares assim como todas as outras. Rose se sentou e eu depositei o suco e a segunda tortinha em sua frente, se pudesse ficaria ali com ela pra sempre, mas algo me dizia que ela me acharia um completo esquisito se eu me auto convidasse para ficar ali assistindo ela comer. Estava me virando para sair quando ela voltou a falar.

– Espero que você não esteja nem pensando em me deixar sozinha nessa sala esquisita. – Rose disse séria, eu imediatamente sorri e me virei de volta para a mesa, deixei a mochila no chão e sentei na cadeira ao seu lado. Mais uma vez, ela sorriu. Ficamos conversando sobre o quão puxado estavam as aulas só nesses primeiros dias. Quando Rose estava comendo o segundo bolinho, um pequeno pedaço ficou grudado no canto direito de seu lábio, não consegui evitar uma leve risada.

– Do que esta rindo Malfoy? – ela perguntou rindo também, mesmo sem saber.

– Tem uma coisa ali. – eu disse apontando o local em meus lábios. Ela se apressou para tentar tirar, mas acabou tentando do lado oposto ao que eu tinha mostrado, ri mais uma vez, era incrível como ela conseguia continuar perfeita em todas as situações. – Deixa que eu te ajudo. – disse me virando na cadeira, ficando de frente para ela e me aproximando. Conforme eu me aproximava, nossos rostos consequentemente também se aproximavam, levei minha mão direita até o canto de sua boca e limpei o pedaço de bolo com meu polegar, de modo que eu realizasse um gesto só, do jeito mais leve possível para não machuca-la sem querer. Encarei seus olhos e o olhar dela estava revirado em direção ao meu dedo, que agora permanecia em seu rosto, estávamos mais do que próximos, podia sentir sua respiração, na verdade, podia respirar sua respiração. Mesmo que eu não tivesse afastado minha mão de seu rosto, o olhar dela se virou para mim, seus olhos verdes agora me encaravam, tão profundamente que era difícil explicar, talvez estivéssemos a menos de centímetros um do outro, o que era impossível, mas naquele momento parecia possível, um movimento e acabaríamos mais uma vez na mesma situação de outras vezes.

– Quem são vocês? O QUE ESTÃO FAZENDO NA MINHA SALA? – uma voz nos trouxe de volta a realidade. Rapidamente nos viramos para encontrarmos a professora de adivinhação, nos encarando com seus olhos esbugalhados, não me lembrava de qual era seu nome.

– Professora Trelawney, sou sua aluna, Rose Weasley. – Rose respondeu da forma mais calma possível. – E este é Scorpius Malfoy... – me dei conta de que Rose nem sabia por que eu estava lá.

– Vim entregar uma carta para você, do meu amigo Albus, deixei em cima da sua mesa. – expliquei.

– Então o que ainda faz aqui se já deixou a carta e não faz parte da aula? – ela disse indo em direção da mesa e pegando o papel nada caprichado de Albus para ler.

– Vi que Rose tinha chegado mais cedo... – comecei a falar, mesmo vendo que os olhos de Trelawney agora encaravam a carta de Albus, lendo-a, aparentemente, com seriedade. – E...Ela me falou sobre uma tal de adivinhação do futuro por meio dos olhos. – queria me parabenizar por conseguir inventar uma desculpa tão idiota. – Já que eu tenho um período livre agora, não me importei em ficar aqui para ajuda-la. – Rose segurava a risada ao meu lado.

– Bom, parece que temos uma vaga sobrando, já que você é tão interessado por adivinhação e tem um período livre, pode preencher a vaga hoje. – a professora falou e eu não tive como reagir, pelo jeito eu não tinha opção, talvez Adivinhação não fosse assim tão ruim ao lado de Rose Weasley.

– E então... – disse me virando novamente para Rose. – Acha que precisa de um novo parceiro para adivinhar o futuro?


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