My Last Piece escrita por Skye


Capítulo 23
Trouble granted


Notas iniciais do capítulo

Então, acho que demorei muuuuuuuuuuuuuuuuito para postar, mas é que eu estava bem desanimada e confesso que tinha até desistido da fic, porém estava lendo ela esses dias e me deu uma vontade enorme de continuar e aqui estou. Peço mil desculpas pela demora, fiz um capítulo bem grandinho pra compensar. Espero que continuem acompanhando



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Scorpius POV:

A raiva tinha simplesmente tomado conta de mim por inteiro, não havia defendido Rose no incidente com Domi, e agora eu talvez tivesse defendido até demais, não queria que ela pensasse coisas erradas sobre mim, mas o jeito com o qual aquele Thomas Watt havia se dirigido a nós dois fez com que meu nível de raiva atingisse capacidade máxima. Não me surpreendi ao ouvir a voz da diretora interrompendo a briga, acho que no fundo eu já sabia que aquilo iria acontecer, mas mesmo assim havia me deixado levar pela raiva. O que me surpreendeu foi sentir a mão de Rose segurando a minha após ela também ser chamada por McGonagall, estava com medo de que ela fosse me odiar depois de eu ter reagido ao comentário daquela forma.

Aos poucos fomos deixando o Salão Principal para trás, McGonagall mais a frente, logo depois Thomas, e então eu e Rose, discretamente de mãos dadas. Já estava preparando um discurso em minha cabeça para a diretora poupar Rose de qualquer que fosse a punição que ela tinha em mente, Rose não tinha nada a ver com meus atos e eu nem entendia o porque de ela estar ali, não tinha como McGonagall ter ouvido a discussão entre mim e Watt.

Alguns minutos depois. Finalmente chegamos à sala da diretora. Com um gesto de varinha, ela moveu três cadeiras para frente de sua mesa, e andou rapidamente para trás da mesma onde se sentou em sua própria cadeira. Thomas se sentou na ponta, eu no meio, e Rose na outra ponta.

– Então, quem vai começar falando? – a diretora Minerva perguntou encarando um por um. Ninguém falou nada. – Tudo bem, eu começarei então. – ela voltou a falar, e para minha grande sorte, seu olhar pousou em mim. – Pode começar contando quais motivos o levaram a deixar Watt com um olho roxo, Malfoy.

– Ele me chamou de corno, e chamou Rose de vadia. – contei, sem desviar o olhar.

– Algo a dizer em sua defesa, Watt? – McGonagall dirigiu o olhar para Thomas, que permaneceu em silêncio. – Levando em conta as palavras sujas de Watt, não irei expulsá-lo Malfoy, mas para qualquer seja o tratamento recebido por uma pessoa, violência nunca é a resposta, da próxima vez espero que venha me informar sobre o comportamento de seu colega ao invés de revidar da forma que fez hoje, e também espero que controle as palavras que saem de sua boca Watt, para reforçar o aprendizado de vocês, detenção para os dois. – nenhum de nós dois reclamou ou resmungou. – Semana que vem nas terças e quintas vocês acompanharão Hodger após o jantar para qualquer que seja a função que ele lhes estabeleça. – Hodger era digamos que o faz tudo da escola, monitorava os corredores, ajudava os funcionários e professores, e era responsável pela determinação das detenções, a boa parte era que ele na maioria das vezes era uma pessoa legal. – Você já pode se retirar Watt, e recomendo que passe na enfermaria para dar uma olhada nesse seu olho. – sem dizer uma palavra, Thomas se levantou e rapidamente foi embora da sala. Rose e eu nos entreolhamos, não sabíamos o que a diretora ainda teria para falar. – Não sei se vocês estão pensando no como poderiam ter evitado esse encontro comigo hoje, mas na verdade não poderiam, eu estava indo atrás de vocês dois quando encontrei um problema ainda maior, no caso a sua briga com seu colega, Malfoy. – não estava entendendo aonde ela queria chegar com toda aquela conversa. – Vocês se lembram de porque chegaram atrasados na última aula da professora Vector? – após ouvir a pergunta, tudo começou a se encaixar em meu cérebro. – Porque o que disseram para a professora Vector foi que haviam ficado até um pouco depois da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas para tratar de alguns assuntos com o professor Cranston, mas o professor Cranston não sabia de nada disso, então acho que está na hora de contarem a verdade. – olhei para Rose, ela assentiu com a cabeça, como se estivesse me dando permissão.

– A verdade é que estávamos resolvendo assuntos entre nós dois, não com o professor Cranston. – contei.

– Entendi. – McGonagall disse. – E esses assuntos por acaso envolvem o ato mencionado no comentário feito pela senhorita Dominique Weasley na aula da professora Vector?

– Talvez. – respondi.

– Fico feliz por terem contado a verdade, espero que os nossos professores possam sentir o mesmo quando vocês se desculparem com eles. – a diretora falou, indicando que teríamos que fazer aquilo. – Preciso que me entendam aqui, não sei que tipo de relação vocês dois mantém, mas nossa escola é talvez até liberal demais quando se trata de romance pelos corredores, porém existe hora e local para tudo, então espero que isso não se repita. – ela advertiu. – Não adicionarei mais uma detenção para você Malfoy, mas como complemento Rose terá que acompanha-los na detenção de terça.

– Não diretora, não me importo em receber mais uma noite de detenção, quem mentiu foi eu, Rose não merece ser prejudicada por isso! – eu disse. Não queria que ela saísse na pior por coisas que eu tinha feito.

– Admiro sua generosidade Malfoy, mas Rose foi cúmplice da sua mentira.

– Mas ela não tinha como reagir de outra forma diretora. – insisti.

– Scorpius, está tudo bem, ela tem razão, eu fui cúmplice. – Rose interveio. Eu a encarei.

– Que bom que entende a situação senhorita Weasley. – McGonagall voltou a falar. – Então, terça após o jantar para os dois, e quinta após o jantar apenas para o Malfoy. Agora estão liberados. – esperei Rose se levantar, e fui logo atrás dela. Seguimos em silêncio e estávamos prestes a atravessar a porta quando a diretora voltou a nos chamar. – Sobre a relação de vocês dois, suas famílias já sabem disso? – a pergunta nos surpreendeu. Entreolhamo-nos mais uma vez, sem saber como reagir.

Rose POV:

Se já não bastasse tudo aquilo que havia acontecido, a diretora ainda tinha mais uma pergunta para fazer com que eu e Scorpius tivéssemos que refletir mais uma vez sobre a nossa relação que ainda não tinha durado uma semana sequer sem que algo a interrompesse.

– Acho que nenhum de nós contou diretora, a verdade é que não faz muito tempo desde que nós...hã...estamos juntos. – tentei responder a pergunta dela. Sabia que McGonagall não tinha intenção nenhuma de interferir, mas também sabia que minha família tinha um tipo de inimizade com a família de Scorpius, na verdade eram mais nossos pais que mantinham uma intriga boba dos tempos de escola, mas minha mãe já sabia sobre a minha paixonite por Scorpius, e ela havia demonstrado total apoio, sempre deixou claro que só queria minha felicidade, e entendeu quando eu pedi para que ela não contasse nada ao meu pai, ela era ótima com aquele tipo de assunto, mas a realidade é que naquela época eu não tinha nada concreto com Scorpius, agora as coisas estavam começando a mudar.

– Vamos fazer o possível para não mencionar isso na carta que enviaremos a eles então, mas se pretendem continuar juntos, uma hora vão ter que comunica-los. – Minerva tinha total razão, uma hora teríamos que enfrentar a situação.

– Obrigada diretora. – eu agradeci pela “dica”, Scorpius assentiu com a cabeça e um leve sorriso nos lábios. Minerva deu uma piscadela para nós dois e então continuamos nosso caminho para fora da sala, logo descendo as escadas e então virando no primeiro corredor que encontramos.

– Me desculpa por tudo isso. – Scorpius falou.

– Não precisa se desculpar. – falei revirando o olhar para ele.

– Claro que preciso, eu não devia ter reagido daquele jeito, e não devia ter inventado uma desculpa tão estúpida para acabar causando problemas pra você também.

– Scorpius, está tudo bem. – afirmei mais uma vez. – Meus pais vão surtar um pouco, mas nada de tão horrível aconteceu, dou um jeito de explicar depois.

– Eu que deveria explicar a situação, eles já devem me odiar um pouco. – Scorpius sugeriu.

– Tenho certeza que eles não te odeiam, talvez meu pai não vá muito com a sua cara, mas isso pode ser revertido facilmente e é exatamente por isso que vamos assumir a culpa juntos, Minerva tem razão eu sou cúmplice, ou seja, sou tão culpada quanto você. – estávamos andando por um corredor escuro e vazio, nem sabia direito onde estávamos e como faríamos para chegar à torre onde estava a sala de Adivinhação, Scorpius provavelmente saberia se localizar, ele andava mais pela escola do que eu. Parei de andar. – Não faço ideia de onde estamos, mas acho que esse corredor é perfeito para terminarmos nossa conversa. – Scorpius também parou de andar, um tanto quanto confuso, ele se virou para mim esperando que eu prosseguisse. – Se faz com que você se sinta menos culpado, eu não me arrependo de nada. – falei mordendo meu lábio inferior. Ele ergueu um leve sorriso em resposta.

– Tem certeza? – ele perguntou fixando seu olhar em mim.

– Absoluta. – eu sorri. – O jeito que você me empurrou contra a parede... - as mãos de Scorpius envolveram minha cintura igual a ultima vez, lentamente ele foi me empurrando contra a parede.

– Gostou daquilo? – ele perguntou, o mesmo sorriso permanecia em seus lábios enquanto ele me guiava.

– Gostei de tudo. – confirmei retribuindo o sorriso. – Sua desculpa pode não ter funcionado, mas valeu a pena acabar em encrenca, por ter te enfrentado e escutado as coisas que você me disse, por um beijo como aquele...

– É? – foi tudo o que Scorpius disse, porque logo em seguida ele começou a depositar uma trilha de beijos começando pelo meu pescoço, ainda me levando em direção a parede, já estávamos quase lá e ele não parou os beijos até que meu corpo finalmente encostasse na fria parede que não parecia ser tão fria naquela altura da situação. Scorpius foi começando a subir a trilha, traçando um caminho pela parte lateral de meu pescoço, subindo um pouco antes de minha orelha, mais uma vez eu sabia que devia fazer algo para parar aquilo, e mais uma vez eu já havia me rendido antes de poder pensar em qualquer outra coisa.

– Scorpius... – tentei chama-lo, mas minha voz saiu ainda mais fraca do que um considerável sussurro. Agora seus lábios já invadiam meu rosto, ele veio descendo pela lateral até chegar ao cantinho da minha boca.

– Permissão para prosseguir? – Scorpius sussurrou, nossos lábios estavam tão próximos que se roçaram de leve quando Scorpius pronunciou as palavras. Eu devia interromper tudo aquilo, tínhamos aula e a situação ia se repetir, mas eu era fraca quando se tratava de Scorpius e mais uma vez não resisti.

– Permissão concedida. – sussurrei em resposta. De uma forma surpreendente calma os lábios de Scorpius invadiram os meus, com movimentos lentos e completos, pela primeira vez estávamos realmente aproveitando o beijo, sem pressa e sem interrupções, a sensação era a melhor do mundo, eu já havia esquecido de toda a minha vida fora daquele momento, estava totalmente entregue àquele beijo. Não sabia quanto tempo havia passado, os movimentos foram durando e aumentando aos poucos, o beijo somente foi interrompido quando realmente não tínhamos mais folego para dar continuidade. Fitei Scorpius.

– Você é maravilhosa, Rose Weasley. – ele sussurrou, fixando seus olhos nos meus. Não respondi, apenas me inclinei para frente e selei nossos lábios brevemente.

– Queria poder ficar aqui assim, pra sempre. – eu disse, formando um sorriso nos lábios. – Só que infelizmente temos Adivinhação em alguns minutos.

– Vamos arranjar mais uma desculpa então. – Scorpius disse também sorrindo, eu soltei uma leve risada com a sugestão dele.

– Acho que já estamos envolvidos em problemas demais.


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