My Last Piece escrita por Skye


Capítulo 16
Kiss me like you wanna be loved


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora!!! Espero que gostem desse capítulo.



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Scorpius POV:

Rose se desencostou de mim e ficou parada me encarando, como se esperasse que eu fizesse alguma coisa com aquela comida. É claro que como sempre eu não sabia como agir, para mim era mais fácil reagir ao que ela fazia do que agir por conta própria, mas eu sabia que se não tomasse atitudes ela ia acabar me achando um babaca e possivelmente iria desistir de mim. Procurei os talheres e só encontrei um par deles, quase levantei a mão para pedir mais um par, porém graças a alguma boa parte do meu cérebro entendi rapidamente que aquilo tudo era proposital. Peguei então o garfo e a faca e cortei um pedaço do bolo, usei o garfo para pega-lo e levei-o em direção a boca de Rose, ela sorriu e fechou os olhos enquanto abria a boca, dirigi o garfo até ali dentro e ela mordeu o pedaço, tirei então o garfo com calma e também cortei um pedaço para comer.

– Tenho uma ideia melhor. – Rose disse.

– E que ideia seria essa? –perguntei.

– Uma ideia bem Weasley, não tenho como explicar, só mostrar. – ela informou.

– Então pode mostrar. – eu disse curioso enquanto ela pegava o garfo e a faca nas mãos. Rose se inclinou para o meio da mesa e começou a cortar o pedaço de bolo em vários pedacinhos quadrados.

– Assim é muito mais prático. – ela disse largando os talheres no canto do prato e pegando um pedaço de bolo com a mão. – Sua vez de abrir a boca. – Rose disse levando o pedaço que tinha nas mãos até minha boca, eu a obedeci e mordi o pedaço quando senti o mesmo tocando meus dentes.

– Esse é provavelmente o melhor bolo do mundo. – eu falei com a boca um pouco cheia enquanto terminava de mastigar, só percebi o que tinha feito depois de ter feito. – Se não era, agora é.

– Concordo com você, Malfoy. – ela disse com um leve sorriso nos lábios enquanto pegava outro pedaço, dessa vez para ela mesma. Sem nem ter noção do que eu estava fazendo, fiquei observando Rose enquanto ela mastigava o pequeno pedaço, ela era como um imã para mim. – Agora você vai ter que fechar os olhos. – Rose disse ao terminar de mastigar.

– Devo ficar com medo? – perguntei antes de fazer o que ela havia pedido.

– Acho que não. – ela respondeu e eu fechei os olhos.

Rose POV:

Talvez o fato de a Grifinória ser relacionada a coragem finalmente estivesse fazendo sentido em relação a mim. Naquele momento tudo o que eu sentia era vontade e determinação, se juntar essas duas coisas talvez elas formem uma possível definição para coragem, na verdade isso tudo pouco me interessava, só uma coisa me interessava depois das últimas horas que eu havia passado com Scorpius.

– Não vale abrir. – eu disse quando ele fechou os olhos. – Não precisa ter medo, não é uma coisa que você não tenha provado antes. – falei me aproximando dele.

– Preciso abrir a boca? – Scorpius perguntou.

– Ainda não. – respondi me aproximando ainda mais, ficando mais junto a ele do que quando estávamos abraçados. Estava encarando seu rosto então pude perceber o pequeno sorriso que se ergueu do lábio de Scorpius no primeiro contato de nossos corpos, não parei de me aproximar até nossos lábios estarem a centímetros uns dos outros. – Só uma coisa vai ser diferente dessa vez. – eu disse passando uma de minhas mãos pelo cabelo dele, até chegar ao seu pescoço, onde eu a apoiei. – Dessa vez sou eu quem vai beijar você. – dizendo isso me inclinei com o apoio do pescoço de Scorpius e juntei minha boca à dele. Dessa vez nossos lábios não ficaram apenas juntos um do outro, aos poucos eles começaram a se movimentar, em um ritmo tão perfeito que até então eu não sabia que podia existir, era um beijo lento, sem pressa, sem nenhum de nós dois tentando tomar o controle, Scorpius explorava meus lábios ao mesmo tempo em que eu explorava os dele e com a mesma suavidade, como se tentássemos aproveitar o que não tínhamos tido coragem da outra vez. Scorpius agora já tinha seus braços ao redor de meu corpo e eu fazia pressão com minha mão em seu pescoço para que ele não se afastasse de mim, o único problema era o fato de estarmos apertados atrás de uma mesa em um lugar público, com pessoas provavelmente nos encarando e em posições desconfortáveis. Cortei o beijo.

– Esse lugar é lindo, aconchegante e tudo mais, mas você se importaria se eu pedisse para sairmos daqui tipo agora? – perguntei e Scorpius sorriu. Ele não respondeu nada, apenas colocou a mão no bolso de sua calça de onde tirou alguns galeões e jogou sobre a mesa, rapidamente Scorpius já foi se levantando, eu estava pronta para fazer o mesmo, mas antes mesmo de poder me mexer senti os braços dele me erguerem pelas costas e pelas pernas, me levando ao encontro de seu corpo, do mesmo modo que ele havia feito noite passada. Não pude evitar o grande sorriso que se abriu em meu rosto. Scorpius foi abrindo passagem entre as mesas e tomando cuidado para não esbarrar em muita coisa.

– Pode ficar com o troco. – ele disse quando passamos pelo balcão, onde a mulher que havia nos atendido se encontrava sorrindo enquanto nos encarava.

Scorpius seguiu o caminho até a porta comigo em seus braços, podia sentir o olhar dos poucos casais que ali se encontravam sobre nós, os olhares das meninas pareciam demonstrar certa inveja por não estarem sendo carregadas nos braços dos próprios namorados, mas eu não me importava com nada daquilo, não tinha interesse na vida de ninguém ali naquele momento, tudo que importava era eu e Scorpius.

Scorpius POV:

Eu sempre fui horrível para explicar coisas, ainda mais coisas inexplicáveis, e com coisas inexplicáveis eu me com certeza estava me referindo ao beijo que acabara de acontecer. Não sabia nem como reagir depois daquilo, me sentia um completo idiota por não tê-la beijado de verdade quando tive a chance, mas se ficasse pensando nisso agora, ia acabar agindo como covarde mais uma vez, então quando Rose me deu a chance de fazer alguma coisa prestativa para tudo aquilo dar certo, não pensei em perder tempo.

– Alguma preferência de lugar para irmos agora? – perguntei enquanto esbarrava com meu ombro na porta de entrada abrindo passagem para a rua e assustando o homem que fazia guarda em frente ao café.

– Você é o guia, Malfoy. – Rose respondeu se inclinando e dando um beijo no meu rosto. – Só não pode demorar muito pra se decidir.

– Podemos voltar para o nosso banco de antes, não tinha quase ninguém naquela rua, mas não vamos ter toda a privacidade do mundo. – sugeri.

– Hoje não estou me importando muito com privacidade. – ela disse se inclinando para dar outro beijo em meu rosto. – Rápido Scorpius, não podemos perder tempo.

– Não considero nenhum momento com você tempo perdido, mas já que insiste... – comecei a correr na direção contrária a qual tínhamos vindo, voltando nosso caminho.

– Repetindo: eu não mereço você. – Rose disse se segurando forte contra meu corpo e escondendo a cabeça em meu ombro para o vento não bater em seu rosto.

– Mas me considere seu, porque não pretendo ir a nenhum outro lugar. – disse e pude sentir seus lábios pregando meu pescoço em uma leve mordida, aquilo quase me desconcentrou, mas precisava ficar focado em não cair com Rose Weasley em meus braços, ela começou a espalhar beijos pelo meu pescoço e foi subindo para minha orelha onde deixou outra mordida e depois partiu para meu rosto, por sorte a essa altura já estávamos a poucos passos do banco que por mais sorte ainda se encontrava vazio. Sentei com Rose ainda em meus braços, tomando cuidado para não machuca-la, ela se inclinou para frente de forma que ficasse sentada em meu colo, ela se virou de frente para mim deixando que meu corpo ficasse entre suas pernas, as quais ela deixou soltas atrás de mim passando-as através do buraco entre o encosto e a parte de sentar do banco, nessa posição Rose ficava um pouco mais alta do que eu. Ela colocou suas duas mãos na parte de trás da minha cabeça, arranhando meu cabelo com suas unhas e fazendo com que eu inclinasse meu rosto levemente para frente, de modo que nossos lábios ficassem na mesma direção. Rose se aproximou, mas parou a centímetros de minha boca.

– Scorpius? – ela chamou.

– Rose? – respondi.

– Você gosta de mim? – ela perguntou quase em um sussurro.

– Se eu pudesse diria agora que te amo, mas seria algo estranho para se dizer em um primeiro encontro. – respondi encarando os olhos dela.

– Então vamos precisar de mais encontros. – ela disse. Estávamos tão próximos que quando ela falava nossos lábios se tocavam. – Mas agora, vamos aproveitar o tempo que resta desse. – assenti com a cabeça e passei meus braços envolta do corpo dela, os apoiando em suas costas, trazendo-a para ainda mais perto de mim e por fim fisgando seus lábios novamente.


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