My Last Piece escrita por Skye


Capítulo 15
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Notas iniciais do capítulo

Primeiramente queria pedir desculpa por não ter postado nada ontem, é que não tive tempo de escrever, mas aí está o capítulo, espero que gostem.



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Rose POV:

– Hã... Não que eu saiba. – Scorpius respondeu confuso.

– Ótimo, apenas checando. – a mulher disse ainda sorrindo.

– Por algum motivo especial? – eu perguntei. Estava um pouco assustada, mas não demonstrei isso.

– Noite passada tentaram invadir aqui. – ela contou. – Por isso aquele rapaz está cuidando da porta hoje, para evitar confusões. – ela informou. – É claro que eu denunciaria tudo isso para a escola, mas aquele homem pagou um bom dinheiro para todos nós ficarmos de bico calado para qualquer coisa fora dos limites que acontecesse. – aquilo tudo fazia sentido, era o único jeito de a escola ainda não ter parado toda aquela baderna já no meio da madrugada passada. Os donos de lojas no vilarejo eram espertos em aceitar o dinheiro, já que depois Diggle não poderia provar nada e qualquer dano causado a qualquer aluno cairia como culpa dele. – Enfim, o que vão querer? – perguntou por fim a mulher.

– Ela primeiro. – Scorpius disse.

– É assim que um homem deve ser. – ela elogiou sorrindo e se dirigindo a mim. – E então adorável moça, o que vai querer?

– Um chá preto com leite e uma fatia de bolo de caldeirão, por favor. – pedi.

– Anotado. – ela disse mesmo que não estivesse anotando nada. – Sua vez cavalheiro.

– Também vou querer uma fatia de bolo de caldeirão e por acaso vocês teriam aquele café trouxa? Cappuccino acho que é como chamam. – Scorpius pediu. Meu pai era viciado naquilo, sempre contava a história de como havia descoberto o cappuccino com minha mãe e meu tio Harry.

– Adotamos essa receita ano passado, ótima escolha, é uma delícia! – ela disse. – Algo mais? – Scorpius olhou para mim e eu balancei a cabeça negativamente.

– Só isso, obrigado. – ele disse então. Ela se retirou e o silêncio voltou a permanecer no nosso meio. Eu queria mais do que tudo contar a história toda para Scorpius, só estava com medo de que ele pensasse alguma coisa ruim de mim, mas a mão dele junta a mina e as palavras que ele dissera me faziam acreditar que se ele não tinha me largado ali até agora, não o faria depois. Talvez eu estivesse nervosa contar pelo fato de que da última vez que eu havia confiado em alguém, no caso Roy, esse alguém tinha me largado em um momento em que nem eu mesma tinha noção do que estava fazendo, não estava com raiva de Roy, só um pouco decepcionada, mas se eu fosse parar para pensar, Scorpius e Roy não tinham nada a ver um com o outro e Scorpius além de tudo merecia uma explicação depois de tudo que tinha feito por mim.

– Isso é injusto. – eu falei.

– O que é injusto? – Scorpius perguntou.

– Você diz que não vai me perguntar nada, mas fica nesse silêncio profundo não me deixando nenhuma opção. – o encarei.

– Esse não era meu objetivo, só achava que você queria um tempo para pensar. – ele disse.

– Estou começando a ter certeza de que eu não mereço você. – eu disse como se ele fosse meu, mas eu nem sabia o que estamos fazendo ali, não era como se estivéssemos namorando porque não tínhamos nem ao menos nos beijado com esse objetivo, acho que às vezes eu só falava sem pensar.

– Não sou muita coisa para você ter que me merecer. – nós dois rimos.

– Eu quero te contar, não só porque você merece uma explicação, mas porque eu realmente quero. – disse com o rosto virado para ele. – Só não sei como começar.

– Você pode começar pela parte em que você fica um pouco, ou talvez bastante, alterada por culpa de alguma coisa. – ele sugeriu.

– Sei que você está falando ‘alguma coisa’ porque não acredita na possibilidade de eu ter ficado bêbada, mas infelizmente foi o que aconteceu. – contei.

– Você está certa, eu não acredito porque eu conheço você, então sei que isso tudo deve ter uma explicação mais lógica. – Scorpius disse. Eu sabia que ele estava certo, eu nunca teria escolhido uma bebida tão forte se soubesse o que fosse, e também não tomaria se não soubesse o que estava tomando, já sabia o que tinha acontecido, só não queria admitir, Domi havia me dado a bebida.

– Scorpius, eu sei o que aconteceu. – eu disse e ele permaneceu em silêncio, como se estivesse me esperando continuar a falar. – Domi me deu a bebida.

– Por que ela faria isso? – ele perguntou surpreso.

– Eu não sei, realmente não sei. – respondi. – Domi vem agindo estranho comigo desde quarta, não faço ideia do porque e ela não se prontificou a me dar alguma explicação. – contei. – Ontem na festa ela perguntou se estávamos com sede, todas concordamos e ela trouxe um copo de cada, Domi sabe que eu não bebo e mesmo com essa intriguinha boba eu não deixaria de confiar nela, então bebi o que tinha no copo sem perguntar o que era, logo depois já fiquei com vontade de tomar mais, avisei elas que estava indo pegar e ninguém me impediu e depois de alguns muitos copos acabei daquele jeito. – não queria acreditar em nada daquilo, estava com um aperto na garganta agora, podia sentir as lágrimas chegando aos meus olhos, não conseguia acreditar naquilo, Domi não podia ter feito aquilo. Sem conseguir me controlar, pensando na possibilidade de minha melhor amiga ter me embebedado, deixei minhas lágrimas caírem.

Scorpius POV:

Naquele momento tudo que eu conseguia sentir era raiva de Dominique, não fazia sentido nenhum ela ter feito aquilo, mas parecia ser a única hipótese.

– Está tudo bem Rose. – eu disse ao ver as lágrimas em seus olhos. Soltei minha mão esquerda da sua e passei meu braço envolta de seu ombro. Ela deitou sua cabeça em mim. – Talvez ela não tenha feito isso de propósito, talvez isso tudo tenha uma explicação. – não sabia muito bem o que pensar de tudo aquilo. – Quando chegarmos à escola você fala com ela, porque você sim merece uma explicação, principalmente agora. – falei me inclinando para o lado para depositar um beijo em sua testa. – O importante é que nada grave aconteceu. Você está bem e está aqui comigo, e se está aqui comigo significa que eu também estou bem.

– Scorpius por que você é tão Scorpius? – Rose perguntou e eu ri.

– Isso era pra ser um elogio? – perguntei passando minha outra mão por seu rosto, limpando uma lágrima.

– O melhor elogio do meu vocabulário. – ela disse aconchegando sua cabeça entre meu peito e meu ombro. Apertei meu braço envolto dela. Ficamos assim por alguns minutos até que a mulher voltou com uma bandeja, trazendo duas xícaras e um prato só contendo duas fatias de bolo grudadas.

– Optamos pela opção de dois bolos em um, já que lá de trás do balcão vocês parecem formar um belo casal. – foi tudo o que ela disse enquanto deixava nossos pedidos na mesa e depois se retirava.


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