– Ele vai matar todos, vai matar todos vocês – murmurou.

– Quem? – perguntou Harry se aproximando.

– O aprendiz do Lord.

Capítulo 9 – A invasão.

Todos olhavam assustados para a garota. Eles não sabiam o que dizer, Tiago apenas a abraçou mais forte e Willian se aproximou dos dois jovens, tentando passar força para a filha.

– Você o viu? Sabe onde ele está? – perguntou Rony.

– Não. É escuro, eu não consigo ver seu rosto nem saber onde ele está – ela fez uma pausa – ele vai matar todos vocês. Todos nós.

– Calma, amor – disse Tiago – ninguém vai se machucar, ok?

– A fênix. A pedra e a varinha. Ele sabe onde está.

– O que é essa fênix? – pergunta Tiago sem paciência.

– Ela é a fênix – afirma Hermione.

– Como? – Elizabeth, assim como todos os outros – menos Anne – fitava Hermione sem entender.

– Fênix renasce das cinzas. Ela renasce. Ele renasceu – explicou deixando os outros ainda mais confusos – Harry, quem tinha o Patrono em forma de fênix?

– Dumbledore, mas...

– Exato!

– Não pode ser, isso é um absurdo – exclama Willian entendendo onde ela queria chegar.

– Não é um absurdo, é, no mínimo estranho, mas ela é a fênix, a fênix renasce das cinzas, ele renasceu – repetiu as palavras.

– Você está querendo dizer que ela é o Dumbledore? – pergunta Rony franzindo o cenho.

– Não... É, quase isso, continua sendo complicado.

– Mas ela é só uma garota, a minha filha! – Will fala exaltado.

– Ela tem uma marca de nascença no ombro – diz Elizabeth fazendo todos se virarem para fita-la – quando bebe era apenas uma marca, mas com o passar dos anos foi se tornando...

– Uma fênix – completa Willian, praticamente sussurrando.

– Posso? – Hermione pergunta para a garota.

Anne sentiu e afastou a blusa na porta do ombro para que ela pudesse ver. Hermione assentiu, confirmando o que já sabia ou o que suspeitava.

– Ele não sabe quem é, mas sabe que ela existe e que tem a marca de nascença. Ninguém pode saber da existência dessa marca, ok? - fala Hermione e todos confirmam com a cabeça.

– Ela precisa descansar – diz Harry – posso conversar com Minerva, ela irá entender a situação.

– Tudo bem – confirma Will – mas a nossa casa foi destruída. Vamos ter que falar com Draco para saber se podemos ficar na casa dele...

– Não precisa – interrompe Harry – vocês podem ficar lá em casa, não terá problema algum. Além disso, depois que Anne descansar eu gostaria de conversar com ela.

(...)

Anne dormia tranquilamente em uma das camas da mansão Black sendo vigiada por Hermione e Elizabeth para que nada acontecesse a menina.

Nesse meio tempo Gina estava na cozinha com Monstro preparando o almoço. Willian, Rony e Harry estava discutindo sobre as informações que a garota tinha passado. Dylan estava na sala brincando com um de seus brinquedos enquanto Tiago estava em seu quarto observando o teto.

Ele sabia que a situação não estava bem e que todos corriam perigo, principalmente a garota adormecida no quarto ao lado. Tiago se sentiria extremamente culpado caso algo acontecesse a ela.

Uma movimentação estranha no corredor o fez levantar da cama para ver o que era. Ao chegar ao quarto notou que Anne já estava acordada e olhava confusa em volta. Elizabeth foi para perto da filha.

– Está tudo bem, querida? – perguntou segurando a mão da menina.

– Está, por enquanto – acrescentou e se virou para Hermione – porque isso só está vindo a tona agora?

Apesar da pergunta ser um pouco estranha, Hermione entendeu.

– Porque só estamos em perigo agora, mas o fato de sua inteligência absurda sempre esteve presente, disso todos sabemos – Hermione sorriu de canto.

– É estranho saber de tudo ou quase tudo – a fala fez todos os presentes rirem, foi então que ela notou a presença de Tiago e sorriu para ele.

Ela se levantou, caminhou até o garoto e o abraçou. Ele depositou um beijo em seus cabelos e passou o braço ao redor da garota. Elizabeth olhou a cena e sorriu.

– Vou ver como Dylan está – falou e saiu do quarto.

– Qualquer coisa me chame – Hermione falou antes de sair.

– Acho que isso foi uma forma sutil de nos deixarem sozinhos – Tiago afirmou rindo.

– Você acha? – devolveu Anne.

– Você está bem? – ele perguntou preocupado.

– Já disse que estou – ela forçou um sorriso.

– E eu acredito.

A garota deu um tapa fraco em seu braço e ele a beijou carinhosamente.

– Eu vou descer – o garoto diz – volte a descansar.

Ela assentiu e voltou a andar em direção a cama, mas ela notou a presença de alguém no quarto. Não era necessariamente alguém. Era um homem bonito e jovem. Com os cachos caindo sobre os olhos negros dando um charme sensual e displicente.

– Quem é você? – ela perguntou alarmada.

– Sirius Black – ele sorriu, mas era um sorriso irônico que não chegou aos seus olhos.

– Você morreu – afirmou confusa.

– Oh, eu morri, sim. Mas cá estou.

– Se você está morto, como está aqui?

– Eu vim ajudar vocês, mas preciso que chame Harry. Apenas ele, por favor.

– E o que vou dizer? Que o dono da casa em que estamos, que está morto, deseja falar com ele?

– Corrigindo, eu não sou mais o dono dessa casa. E acho que ele iria ficar um pouco assustado com suas palavras.

Rendida, a garota procurou onde ficava a biblioteca e bateu na porta assim que a achou.

– Entre.

– Hum, Sr. Potter, será que podemos conversar? – perguntou hesitante.

– Claro – ele se virou para Willian e Rony – vocês se importam...

Não foi preciso terminar. Os dois se levantaram e saíram, antes Willian depositou um beijo na testa da filha e seguiu Rony para fora da sala. Harry indicou a cadeira ao seu lado.

– Diga a ele que nós estamos ainda mais orgulhosos dele – Sirius disse.

Anne não tinha dado conta da presença dele até então. Revirou os olhos para a insistência dele e procurou as palavras para dizer a Harry sem que parecesse que ela tivesse ficado louca.

– Eu não quero que você me ache louca, mas eu estou vendo Sirius Black.

– Como? – ele perguntou.

– Eu não sei explicar, ele simplesmente apareceu no quarto em que eu estava. Eu consigo conversar com ele e Sirius me pediu para que eu chamasse você.

Harry estava surpreso com as palavras da garota, mas – por mais estranho que pareça – ele acreditou nela.

– O que ele falou? – perguntou curioso.

– Disse que “eles” estão ainda mais orgulhosos de você – transmitiu a mensagem.

– Harry precisa tomar cuidado. Ele fará de tudo para mata-lo – avisou Sirius.

Anne transmitiu a mensagem e o auror revirou os olhos. Isso era tudo o que ele ouvia ultimamente e já tinha feito de tudo para que nada acontecesse a ele, seus parentes e amigos.

– Sobre a Pedra da Ressureição se ele for procurar, ele não irá achar. Como você já sabe, só você e Tiago poderão encontrar e claro, com uma ajuda mais. Eu não serei o único a fazer uma visita para você, só para avisar.

Dito isso ele sumiu. Anne transmitiu a mensagem e Harry assentiu. Ele iria falar alguma coisa mais um estrondo no primeiro andar da casa o fez levantar e sair correndo. Anne o seguiu.

A sala estava cheia de homens vestidos de preto com mascaras. Willian, Rony, Gina, Elizabeth e Hermione já tinham empunhado as varinhas e começado a duelar. Tiago apenas não fez o mesmo porque sabia que era proibido usar magia fora da escola. Apenas pegou Dylan e o levou até as escadas onde estava Anne.

– O que vamos fazer? – ela perguntou nervosa.

– Leve ele e fica lá em cima – disse sério.

– Não! – Anne exclamou.

– Vai!

Ela queria ter ficado e discutido, mas Dylan estava com medo, por isso, os dois subiram e entraram no quarto em que ela estava segundos atrás.

Tiago observava tudo da escada para que se algo acontecesse a alguns deles, ele interferisse. Sorriu ao ver o pai desarmar o adversário e acerta-lo com um Feitiço Estuporante. Teve vontade de rir quando sua mãe utilizou o Feitiço para Rebater Bicho Papão.

Demorou algum tempo até que os Comensais da Morte que restaram, fugissem. Eles tinham consigo “capturar” dois deles. O que já seria de grande ajuda.

Elizabeth correu até o andar de cima para ver como estava o mais novo, já que ele tinha ficado com medo.

– Quem é? – Tiago perguntou assim que o pai tirou a mascara de um deles.

– Andrew Albert. Trabalha no Ministério, Departamento de Transporte Mágico – respondeu Willian.

– Você o conhecia? – perguntou Rony.

– Sim. De Hogwarts ainda. Ele não seria um Comensal.

– Porque diz isso?

– Na época em que Você-Sabe-Quem tomou o poder ele ajudava os nascidos trouxas. Entendam, Você-Sabe-Quem matou os pais dele porque eles eram da Ordem da Fênix.

– O que levaria uma pessoa assim a se tornar um Comensal da Morte.

– Ele foi obrigado – respondeu Anne descendo as escadas.

– Como assim?

– O Aprendiz do Lord ataca as casas de famílias de sangue puro e ameaças os lideres dela. Dizendo que se eles não se tornarem um Comensal, ele matara todos da família. Era isso que ele pretendia ao atacar nossa casa e é por isso que o pessoal do Ministério está desparecido.

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Ei, eu tenho outra fanfic de Harry Potter, só que eu não sei se ela é boa e tal, será que vocês podiam dar uma olhada e me dizer o que acham?

Obrigada!

http://fanfiction.com.br/historia/319962/A_Paixao_De_Alvo_Severo.