Before You Say Goodbye escrita por Dark Innocence


Capítulo 3
Se for Visitar um Parente, Traga Comida


Notas iniciais do capítulo

Bem, finalmente está aí nosso capítulo terceiro capítulo.
Gostaríamos de agradecer de verdade pelos reviews e esperamos que continuem acompanhando. :3



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   Hinata corou no mesmo instante, não esperava o pedido de Naruto. Olhava para o chão timidamente e as palavras prenderam-se em sua garganta e seus lábios moviam-se sem nenhum som.

  - Hina-chan? – Naruto chamou-a depois de um tempo naquela situação. – Hina-chaaaan?! – acenou em frente ao seu rosto. – Hina-chan, você está se sentindo bem? Hina-chan?!

- H-Hai! – respondeu com muita dificuldade.

  - Sim o quê?

  - Eu... Eu aceito ser... – pausou nervosa, mas enfim conseguiu prosseguir: - Sua namorada.

  - Sugoooooi! – o loiro saltou, logo depois abraçando a Hyuuga.

  Caminharam juntos até um lugar mais calmo e Hinata ainda não podia acreditar. Lá tentaram conversar para livrarem-se da tensão.

  - É... Hina-chan... Eu posso? – Uzumaki, perguntou tentando parecer descontraído embora estivesse nervoso.

  - O quê?

  Ele aproximou-se da moça dos olhos perolados e segurou seu rosto, fazendo seu rosto queimar. Naruto estava tenso, esperava por aquele momento fazia um tempo, mas não sabia como fazê-lo, afinal nunca beijara ninguém. Com exceção daquela vez com o Sasuke... Mas aquilo não contava, de jeito nenhum, Naruto pensava.

  Por fim, olhou para aqueles olhos tão lindos, aquelas belas bochechas coradas e sentiu a suavidadede sua pele.

  - Naruto-kun... – Hinata sussurrou antes que, finalmente, seus lábios se uniram.

  O loiro a beijava com vontade, com gosto pelo que fazia, explorava sua boca e convidava a moça para uma atitude. Se Naruto tinha receio pelo beijo, que dirá Hinata que nunca beijara ninguém. Timidamente, ela beijou-o gentilmente, mas com tanta vontade quanto o Uzumaki, se é que sua vontade não era maior. Aos poucos, conseguiram fazer com que o beijo se encaixasse, seguindo um ritmo só deles.

  - Hina-chan, eu gostaria de falar com o Hiashi-san sobre o nosso namoro. Quero que ele abençoe nossa relação.

  - Faria isso tudo por mim?

  - Claro que sim. Somos namorados ou não somos? – ele sorriu.

  O sorriso de Naruto encantava Hinata de tal forma que ela não conseguia descrever. Ela estava muito feliz, sem sombra de dúvidas, mas algo ainda a afligia, e a Hyuuga tinha medo de pensar no que era  e estragar toda a sua alegria.

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- Então é isso que vocês têm para me dizer? – Hiashi perguntou seriamente. – Você, Uzumaki Naruto, pode ter tido grande glória na guerra, pode ter sido reconhecido, mas vai precisar de mais que isso para ter Hinata.

  - Hiashi-san, somos mais fortes juntos, poderemos defender Konoha, formar uma família de renome. E eu... Eu gosto muito da Hinata-chan. Por favor, permita que ela seja minha namorada.  – o loiro explicou-se.

  - Hinata, você sabe de suas responsabilidades. Você deveria casar-se com um Hyuuga, para dar continuidade ao clã. Um Hyuuga. Está ouvindo?

  - Só que o Naruto-kun é um Hyuuga. – Hinata enfim disse algo.

  - Do que está falando?

  - Neji... Neji-nii-chan disse que Naruto era um Hyuuga, que a vida dele não era somente dele. Ele pediu que o Naruto ficasse ao meu lado.

  Hiashi encarou Hinata por um tempo e depois se dirigiu à Naruto:

  - Não envergonhe o clã Hyuuga, moleque. Confiarei minha filha a você porque Neji confiou. Ele era prudente, e eu espero que você também seja.

  - Hai.

  Depois se levantaram e tentando esconder a felicidade que sentiam, se retiraram da casa.

Naruto estava sentado na grama, na Praça Central de Konoha.
Hinata estava com a cabeça em seu colo, enquanto mexia em um aparelhinho estranho.

-O que é isto Hinata-chan?

-Ah, é um celular!

-Celu o quê?

-Celular Naruto-kun. É como um pombo-correio, porém mais
rápido e instantâneo.

-Oooh, eu nunca vi um. Isso deve ajudar muito na hora das
missões, para passar mensagens!

-Na realidade nem tanto, Naruto-kun... Ele pode ser facilmente interceptado, e assim, as mensagens secretas seriam espalhadas por
ai.  Mas é uma boa forma de falar trivialidades com as pessoas que estão longe, como a Temari-chan.

-Então, resumindo, ele serve apenas para futilidades? – perguntou o Loiro.

-Sim.

-Como você conseguiu um? Eu nunca vi à venda!

-Alguns privilégios do clã Hyuuga. Meu pai comprou para mim.

- Ahh, mas por que tão de repente?

Agarota ficou vermelha, e segurou as duas mãos juntas, envergonhada.

-E-ele dis-s-se que se, se vo-você tentasse m-me atacar,
e-eu, deveria ligar para ele. – a garota disse baixo e gaguejando.

O loiro soltou uma gargalhada.

-Aquele velho Hiashi!

-Eu sei que você nunca faria algo assim, Naruto-kun!

O Loiro colocou a cabeça da menina na grama e deitou-se por
cima dela rapidamente, antes que esta pudesse ver. Deixou apenas o braço com o celular livre.

-Tem certeza de que é certo confiar assim nas pessoas? – ele
disse, no ouvido da garota. – Hi-na-chan! – ele sussurrou, fazendo a garota se arrepiar.

A garota permaneceu imóvel, com os olhinhos fechados. Sentiu
o peso sair de cima dela, e abriu os olhos para dar de cara com um Naruto às gargalhadas.

-Você não seguiu os conselhos de seu pai, hein Hina?

-Cale a boca, baka! – ela reclamou, dando tapas no garoto
que ria ainda mais.

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A fortaleza Hyuuga. Era assim que Naruto a chamava, embora
seu sogro, Hiashi Hyuuga preferisse apenas falar “Clã”. Andou até a entrada, e encarou um dos dois guardas do local.

-Gostaria de alguma coisa, senhor?  - perguntou o Hyuuga, ironicamente.

-Naruto Uzumaki, o salvador da vila, ou melhor, do mundo shinobi. – ele falou emburrado.

-Eu sei quem você é lá fora. Aqui, você é apenas o namorado
adolescente da herdeira do clã. – o Hyuuga disse sarcástico. – E assim, você e seus hormônios não são bem vindos aqui. Mas Hiashi-sama permitiu que vocês marquem encontros semanais de duração de duas horas cada.

-Sim, vamos sair hoje.

O homem pegou um caderno e o leu.

-Não tente me enganar, bonitinho. Vocês saíram há seis dias.
Terá que esperar até amanhã.

-Isso é sério?

-Pareço estar brincando? – disse o guarda.

-Sinceramente, parece estar se divertindo com isto.

-De qualquer forma, volte amanhã.

O garoto se irritou, mostrou a língua para o guarda e saiu correndo, com o Hyuuga correndo atrás dele. Depois de despistar o homem, voltou até o Clã Hyuuga, dessa vez, porém, seguiu até os fundos, onde uma menina de longos cabelos azuis escuros, realmente alta esperava-o.

- Naruto-nii-san! – Exclamou a garota. Apesar de bem mais nova, ela já tinha a mesma altura do loiro.

-Hanabi-san, você cresceu? – perguntou o menino, intrigado.

-É claro que não! Você me viu anteontem, idiota! – reclamou
Hanabi.

-Mas, Hanabi-san, você já deve ter uns 1,80! Daqui a pouco,
não conseguirá arrumar namorado nenhum! Sua irmã mesmo, é 15cm menor do que você! – o loiro disse, irritando-a. – Eu só não acho que o tio Hiashi pulou a cerca porque você tem a cara igual a da sua irmã!

A garota socou a barriga do loiro que gemeu de dor.

-Eu não precisaria de um namorado inútil que se preocupa apenas com altura. – disse a menina, claramente irritada.

-Então você se ofendeu por isso? Não se importa com o fato de eu ter acusado seu pai de pular a cerca?

-Deixe de conversa. Você trouxe o que eu pedi?

Olhando de um lado para o outro, o Uzumaki tirou algo do bolso e estendeu até a Hyuuga. A expressão séria de Hanabi se transformou em um sorriso alegre com bochechas coradas.

-Balas Fini! Yeah! – cantarolou a garota, rodopiando, com o
pacote de balas de gelatina na mão. – Aqui no clã, por causa dessa estúpida dieta para treinamentos, eles não me deixam comer nenhum doce!

-Eu cumpri minha parte do trato. Posso ver sua irmã agora? – ele perguntou, enquanto apertava as bochechas da menina.

O momento de fofura da garotinha logo passou, e ela voltou à
expressão séria usual. Sem dizer mais nada, abriu a porta dos fundos, permitindo a passagem de Naruto pelos enormes muros do Clã.

-Obrigada Hana-chan! E pare de tomar leite, ou vai ficar maior que eu e não vai poder mais ser minha irmãzinha!

O loiro sorriu para a garota, que ficou vermelha e gritou um
“cala a boca!”, para o menino,  que nessa altura já rumava para o quarto da Hyuuga mais velha. Ele entrou  pela janela e abraçou pro trás a menina, que estava distraída, lendo um livro.

-Hinata-chan! – Ele gritou, fazendo a garota rir.

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Dois anos depois

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-Hinata-chan!

A menina de cabelos negros se revirou na cama, enterrando o rosto no travesseiro.

-Eu não quero acordar ainda. É muito cedo!

O loiro se irritou.

-Vamos, Hina!  Nós temos trabalho hoje!

Ele se aproximou e segurou os pés da namorada, que o chutou.

-Ainda são 6 da manhã...

O loiro agora estava claramente irritado.

-É sério Hinata. Nós vamos nos atrasar. Vou tomar um banho.
Comece a se arrumar, ou vou te arrastar lá, de pijama e tudo.

-Hai, hai. Só mais cinco minutinhos.

Hinata fechou os olhos, e quando os abriu novamente, estava
deitada em uma cadeira reclinável, e na sua frente havia um amontoado de papéis e arquivos. Olhou para baixo, e percebeu que ainda estava vestida em seus pijamas.

-Você realmente não volta atrás com a sua palavra, uh? – perguntou Hinata, sarcástica.

-É o meu jeito ninja. – disse o loiro, sem tirar os olhos da papelada a sua frente.

Hinata olhou o relógio. Sete horas... Seus 5 minutos de descanso haviam se tornado uma hora.

-Naruto-kun, a Tsunade-sama já se aposentou há um semestre. Eu pensei que você desistiria no primeiro dia, mas não é que você se adaptou bem ao trabalho de Hokage? – disse a morena, bocejando.

-Era o meu sonho, afinal. – ele disse, ainda sem tirar os olhos dos papéis. – Se fosse o seu sonho, você se empenharia também, certo, Hinata?

Mediante a falta de resposta da garota, Naruto olhou diretamente para ela. A menina mantinha os olhos nas mãos.

-O que foi Hinata?

-Eu não sei se eu tenho um sonho...

-Hmm, então acho que não entenderia, né. Você pode preencher esses papéis para mim? Você é minha assistente, afinal.

-Hai, Naruto-kun. – A garota se entristeceu mediante à falta de interesse do garoto, que continuava a ler algum documento.

-Ah, Hinata! – ele disse, como se lembrasse de algo, deixando a garota esperançosa. – Nós já namoramos há dois anos, e moramos na mesma casa tem meio ano. Você poderia parar de me chamar de Naruto-kun? Quer dizer, me chame apenas de Naruto. Quando vai criar coragem para isso?

-Hai, Naruto-kun! – a garota suspirou. – Desculpe.

-Acho que não tem jeito, não é?

-Sabe, eu não vejo isso como um problema, Naruto-kun. Mesmo nos conhecendo desde pequenos, eu e o meu primo nunca nos chamamos somente pelo primeiro nome! Ele me chamava de “Hinata-sama”!

-Por que você sempre tem de falar dele? Para tudo? Ainda mais nos últimos dias! Parece uma garota de 10 anos apaixonada!

-Não, não é isso... Eu apenas sinto falta dele... Amanhã fará dois anos desde a morte dele.

-Por que só fala coisas como “ele”, meu “primo”... Não consegue dizer o nome dele? – o loiro a encarava nos olhos. Andou até a garota, parando a centímetros desta. – NEJI!

Quando o menino gritou, Hinata rapidamente fechou os olhos e
tapou os ouvidos, como se recusasse a ouvir. O loiro continuou a gritar o nome o garoto, enquanto a garota se encolhia. Naruto tirou as mãos da namorada de eus ouvidos e disse, calmamente:

-Ele está morto, Hinata. Aceite os fatos.

A raiva do Uzumaki rapidamente passou, ao ver lágrimas escorrerem pelos olhos perolados da garota.Ele a abraçou.

-Me desculpe Hinata. Eu me exaltei. Amanhã de manhã iremos
juntos vê-lo. – disse o loiro, enquanto abraçava a garota. – Mas agora, ao trabalho!

Nenhum dos dois se falou pelo resto do dia. Era o dia mais silêncio,desde que Hinata se mudará para a casa do Uzumaki, meio ano atrás, com a desculpa de ajudar o loiro no trabalho como Hokage.Como ela já tinha 18 anos, Hiashi aceitou o pedido da filha, porém com uma única condição.

-Vocês não podem se tocar muito. No máximo, segurar as mãos.

O pensamento causava vontade de rir na Hyuuga. Oh, se seu
pai soubesse...

De noite, também, ao invés de dormirem abraçados, como sempre faziam, deitaram-se na mesma cama, mas a sensação era de que estavam sozinhos.

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  Naruto decidira ir ao cemitério sozinho de manhã, para que Hinata fosse à tarde e pudesse ter um pouco mais de paz sozinha, e quem sabe, livrar-se de toda essa tristeza que ainda sentia.

Lágrimas escorriam, borrando de rímel o rosto da garota de cabelos negros. Um vestido negro terminava em seus pés, e ela trazia flores brancas em suas mãos.

“Eram as preferidas dele”, pensou.

A noite caia e a pele pálida da garota se iluminava apenas com os postes de luz ao redor do cemitério. Ela caminhou até uma pedra, com vários nomes escritos. Os heróis de Konoha, que morreram em missão.

Colocou as mãos sobre a pedra, deslizando os dedos longos até um dos últimos nomes:

                                                      
Hyugga Neji

Seus lábios começaram a tremer e se contorceram em um bico, como uma criança desolada. Na terra caíram suas lágrimas, onde nada floresceria. Levantou-se sem se importar com a sujeira em seu vestido.

  Flores brancas na mão, ela seguiu até o túmulo de seu falecido primo, de olhos fechados. Abaixou-se, colocou as flores e suspirando abriu os olhos. Até que ouviu uma voz dizer:

- Você não oferece comida aos seus entes queridos?

A Hyuuga levantou os olhos e não pôde evitar um sussurro assustado:

  - Kami-sama....


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Notas finais do capítulo

Esperamos de verdade que tenham gostado e que mandem reviews contando o que acharam, o que ficou faltando, o que mais gostaram, o que não agradou para que possamos melhorar ela mais e mais.
Arigato!