Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 35
Capítulo 35 - ED .PARA CASA AGORA!


Notas iniciais do capítulo

MEU MUITO OBRIGADO PELA RECOMENDAÇÃO QUE A FIC GANHOU . RECOMENDAÇÃO POR FALTA DE UM NOME MELHOR ,FOI UMA DECLARAÇÃO DE AMOR AO PERSONAGEM RSRSR, OBRIGADA LITTLE D .EDMOND TAMBÉM MANDA BEIJOS ;)
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Aos olhos cheios de afeto
da mãe que o viu pequenino
seja qual for sua idade
o filho é sempre um menino
Soares da Cunha



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– Não vai mesmo me contar o que aconteceu em NY?

Edmond rodava a cadeira em frente a monitor do computador. Aquilo estava deixando Sarah louca. Mas ela estava tentando ficar comportada, para que Edmond contasse sobre sua mais nova aventura. Mas ele apenas tinha respondido tudo com monossílabos.

Sarah desistiu, se jogando na cama dele.

– Mamãe queria pegar o primeiro avião e te arrastar de volta para casa, sabia?

Edmond, agora tinha um sorriso malicioso no canto do rosto.

– Eu não viria com ela, se ela fizesse isso. Já tinha dito, que só ia voltar quando Milley ficasse boa.

– Como ela está?

– Bem!

– Não é isso que estou perguntando, Ed. Você contou a ela, não é mesmo?

– Não vou conversar sobre isso com você, fedelha.

– Há! Ele agora está se achando um homenzinho. Vamos ver o que papai vai dizer, quando souber que você abril a bocona para uma humana. Ele vai querer mata você.

– Já estou de castigo por gerações, Sarah. Não foi isso que nossa mãe disse? Por gerações, ou décadas.

– Você contou mesmo?

– Eu a amo, Sarah! Não tenho que esconder nada, da pessoa que eu amo.

– Não podia ter feito isso, Ed. Ela não é seu imprintig. Só podia falar para seu imprintig.

– Sarah, eu a amo. Imprintig ou não, é com ela que eu vou ficar.

– Até quando, Edmond?

A pergunta parecia banal, mas tinha um amplo significado. Edmond sabia o que Sarah queria dizer com o até quando...

– Até quando ela permitir que eu fique, Sarah. Só vou larga-la, se ela assim o quiser.

Sarah se levantou, mas se manteve sentada na cama. Não teve como não notar a tristeza que viu nos olhos do irmão, quando ele disse “Até quando ela permitir.” Baixou os olhos, meio envergonhada. Mas havia uma outra pergunta que queria fazer a ele. Sorriu constrangida, não o encarando.

– Vocês... Vocês transaram?

Edmond franziu o rosto, não acreditando na pergunta que sua irmã tinha feito.

– Sarah! Tá doida? Não vou falar essas coisas com você. Sai daqui. Anda, sai do meu quarto.

Edmond levantou-a, puxando pelo braço, para que saísse do seu quarto.

– O quê? É uma pergunta bem normal, sabia?

Sarah disse, de forma queixosa, quando ia sendo posta para fora do quarto do irmão.

Edmond a pôs para fora, batendo a porta na cara dela, que ainda esbravejava no corredor.

–Edmond não seja tão envergonhado. É só responder sim ou não...

Sarah ainda tentava do lado de fora, mas não teve sua resposta, desistiu encarando uma porta firmemente fechada . Socou de leve a porta e fez uma careta

– Deveríamos falar sobre tudo. Somos irmãos!

– Há coisas que um cavalheiro não comenta, e nem uma dama deve perguntar, Sarah.

Edmond, enfim falou, com uma nota divertida. Sarah sorriu, entendendo e tapou a boca, ficando corada.

– Vocês fizeram! Eu não acredito...

Do outro lado da porta, Edmond apenas balançava a cabeça, contrariado com as perguntas impertinentes de sua irmã curiosa. Nem sabia que ela se dava conta dessas coisas. Deveria realmente tentar conversar com ela sobre isso? Não! Claro que não. Isso é tarefa de Dona Renesmee, vulgo, mãe furiosa.

Edmond tinha voltado a poucos dias de NY. Deixar Milley, depois de três meses ao seu lado, tinha sido uma das coisas mais difíceis que fizera. Mas as ligações diárias de Renesmee, e por vezes de sua família inteira, enfim, o puxaram de volta para La Push. Tinha combinado com Milley, que voltaria assim que pudesse e convencesse sua família, que ele tinha que ficar com Milley. Mas as complicações vieram assim que ele desembarcou do avião e não viu sua mãe, nem seu pai, o esperando. Quem foi busca-lo foi Seth e Edward.

– Sua mãe está muito triste Edmond. Ela soube que seus tios se encontraram com seu irmão na Espanha. Há dias não fala com ninguém. Está trancada no quarto e só sai para caçar quando chega em seu limite, eu acho.

Meu avó disse, com sua voz embargada, de um jeito que Edmond nunca tinha ouvido antes.

– Jacob não vai mais nas oficinas, desde que ela entrou nesse estado de coma acordada, e Sarah tem evitado ficar em casa. Está na mansão com Alice e o resto da família.

– Por que não me disseram isso antes?

Perguntei indignado, me sentindo a mais egoísta das criaturas.

– O que ia adiantar, Ed? Só seria mais um aqui a sofrer com isso.

– Falei com ela a duas semanas. Ela brigou comigo, como sempre. Não sabia que estava assim.

– Era a única coisa que fazia, Ed. Ligar para você, perguntar de Sarah e se recolher para o quarto. Ela está letárgica. Carlisle acha que é porque ela não anda se alimentando de comida normal. Mas não sabemos. Ela se recusa a fazer exames, e está nos tratando agressivamente. Nos acusa de estar escondendo coisas dela.

A conversa de meu avô e Seth no carro tinha sido assustadora. Pareciam que estavam falando de outra pessoa, e não da minha mãe. Suspirei aliviado quando o carro de Edward parou em frente a nossa casa. Mas somente eu desci. Eles não entraram.

– É um momento de vocês ficarem a sós, Ed. Sarah está lá dentro agora. Seth a trouxe mais cedo. Espero que Nessie fique melhor, quando ver que você chegou.

Meu avô disse, se despedindo. Dei um aceno para Seth, já subindo as escadas de madeira do deck. A casa estava como sempre esteve. Só que quieta. Silenciosa, com um ar quase frio, que era algo estranho ali.

Ouvi os passo rápidos e saltitantes de Sarah, vindo em minha direção e depois saltando no meu pescoço.

– Seu maluco! Quase nos matou aqui, sabia?

Levei um fraco soco no braço e uma careta. Sorri bagunçando, o cabelo da piralhenta.

– Cala boca, sua fedelha! Onde estão minha mãe e pai?

O sorriso de Sarah se desfez, e isso me deixou tenso.

Ela apenas olhou para as escadas e me seguiu até o quanto deles.

Minha mãe estava adormecida, enrolada em lençóis. Meu pai apenas sentado em uma poltrona, olhando de forma triste para ela. Ele desviou os olhos para mim, apenas para me dar um sorriso fraco e um abraço silencioso. Minha mãe estava pálida como os lençóis, que a cobriam. Seu rosto geralmente tão brilhante e vívido, parecia ter estranhamente envelhecido, mesmo que isso fosse impossível. Seus cabelos, sem brilho e embolados, demostravam a pouca atenção que estavam recebendo pela dona. Nunca pensei vê-la assim. Parecia menor, encolhida na cama. Olheiras fundas e escuras marcavam seu rosto...

Me ajoelhei ao lado dela na cama. Minha testa encostou levemente em seu rosto, e estranhas lágrimas começaram a cair. Eu sabia que tinha contribuído, de certa forma, para ela estar assim. E só isso, era terrível demais para aceitar. Era enfiar uma lâmina de dois gumes, bem na minha garganta, e eu mesmo concordar que merecia isso.

– Mãe, me desculpe... Eu não...

Eu queria falar, mas o choro não deixava. Comecei um balbuciar sem sentido. Meu pai apenas tocou meu ombro.

– Calma, Edmond!

Mas eu não queria ter calma. Eu queria que ela acordasse. Por que ela não acordava? Chorava como um criança. Desesperado demais. Angustiado demais. Minha mãe, de forma fraca, falou algo. Parecia estar despertando...

– Mãe! Mãe fala comigo...

Ela abriu os olhos, e nada estava ali. Aos poucos, uma chama se via, e ela sorriu sem muita emoção ao me ver.

– Ei, garoto fujão... Finalmente voltou para casa hein...

– Mãe, por favor! O que está acontecendo com você?

Ela tentou se ajeitar na cama, mas parecia meio debilitada. Eu e meu pai a ajudamos, mas ela recusou de forma sutil a ajuda dele. Eu e Sarah nos olhamos constrangidos de ver isso. Era estranho ver eles assim. Minha mãe repelindo ele, era algo muito estranho de se ver. Ajudei ela, e ela segurou minha mão, me puxando para cama, para deitar ao seu lado.

– Fique aqui, filhote desgarrado, ao lado da mamãe. Você também mocinha! Os dois, agora mesmo, me dando o calorzinho gostoso de vocês.

Sarah sorriu, ficando ao lado dela, e nos abraçamos na cama, tendo minha mãe no meio, a aquecendo, como ela tinha pedido. Ela parecia realmente precisar daquilo. Seu corpo está estranho. Frio.

Sentia seu abraço frouxo, mas seu agradável perfume de flores estava ali. E isso era acolhedor.

– Nunca mais faça isso, Edmond. Nunca mais! Ouviu?

Ela pediu, e eu novamente comecei a chorar como um idiota.

– Desculpa, mãe! Eu não sabia que ia ficar assim. Por que ninguém me disse?

– Ela não está assim só por causa de você, Ed. Está assim, por causa de Jason...

Meu pai disse, no canto do quarto. Eu estranhei ele estar tão distante de nós.

– Estou assim, porque todos resolveram esconder coisas de mim... Não me deixam ir até o meu filho e não me contam nada!

Eu e Sarah nos levantamos nessa hora. Minha mãe parecia furiosa. E meu pai apenas a encarava.

– Eu não posso viver assim, Jacob. Com a minha família escondendo coisas de mim, e ainda mais, quando essas coisas dizem respeito de algum dos meus filhos.

– Não tínhamos como contar isso a você, Nessie. Olha para você, descontrolada emocionalmente e fisicamente enfraquecida...

Um objeto voou pelo quarto nessa hora, e eu e Sarah nos encolhemos devagar, já procurando a porta, para sair do meio do fogo cruzado. Mas...

– Paradinhos ai, os dois...

A voz da minha mãe soou firme, o que não combinava em nada com a aparência dela, no momento.

– Quero deixar algumas coisas claras aqui, mocinhos!

Ela se levantou, e eu quase corri para segura-la, que parecia que ia cair. Mas ela se apoiou na mesa perto da cama e me impediu com o olhar, de me aproximar meu pai. Parecia petrificado, a encarando com olhos arregalados, que pareciam mais escuros que o normal. Vê-la assim, devia estar matando ele por dentro.

– Não sei o que pensou, Sr. Edmond, quando saiu daqui desse jeito. Está amando? Que bom! O amor é uma coisa boa, mas quando fere outras pessoas, é uma maldição!!!

Engoli o ar nessa hora. Antes, eu não tinha visto o que vi nos olhos de minha mãe. Ela estava com raiva, e isso era muito perigoso. Uma fera ferida pode causar mais estragos, que alguém verdadeiramente são. E ela estava ferida. Na verdade, ela estava em carne viva.

– Eu quero que saiba que está de castigo por toda uma década, Edmond. Não vou ouvir que já é homem, ou que não tem idade para isso! Ninguém me impedirá de te dar umas palmadas, se eu achar necessário. Você, sendo um homem de dois metros, ou um fedelho sujando as calças... Farei isso na frente de sua namorada, ou na frente da matilha inteira.

Involuntariamente ou não, eu me encolhi, sem conseguir encara-la no momento. Onde tinha parado o carinho do encontro demostrado agora pouco?

– Sarah, eu sei que tem ficado muito tempo na mansão, e isso não me desagrada por completo. Mas saiba que é aqui a sua casa, e se o teto cair, você fica e ajuda a coloca-lo no lugar, e não sai fugida, como a última sobrevivente do navio, entendeu!?!?

Sobrou até para Sarah, que a olhava com os olhos arregalados, como se fossem saltar a qualquer momento!

– Podem ir agora! Mas antes, quero um abraço dos dois, agora mesmo!

Eu olhei para Sarah e ela para mim, sem entender, mas sem ter coragem de negar qualquer coisa que ela pedisse...

Nos abraçamos, e ela beijou minha bochecha e o auto da cabeça de Sarah.

– Não saiam mais de perto de mim, está bem? Não suportaria perde-los também. Eu não aquentaria, de verdade...

Segurei seu rosto com as mãos e sequei as lágrimas com os polegares.

– Estamos aqui mãe! Eu não fugi. Sabia muito bem onde estava.

– Não pode... Não pode sair daqui. Eu não vou perder mais um filho, nem mesmo para uma humana. Terá que traze-la para cá. Eu não quero saber. Não vai mais sair de perto de mim, entendeu?

Só concordei com a cabeça. Discutir com ela, toda emotiva, do jeito que está, só ia faze-la sofrer de forma desnecessária.

– Podem ir! Seu pai e eu temos que conversar, e preciso de um banho.

– Eu amo você, mãe! Desculpe não ter ficado com a senhora, quando estava precisando.

Sarah disse, toda chorosa, se apertando nos braços da minha mãe.

– Está tudo bem. Isso foi demais. Já passou, querida. Eu sinto muito também.

Saímos, fechando a porta. Já tínhamos passado por nossa seção de desculpas e perdões. Agora, era a vez do senhor Black. E algo me dizia, que não seria tão fácil assim, para ele...


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