Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 24
Capítulo 24 - NÃO SE PODE TER SEMPRE O QUE QUER


Notas iniciais do capítulo

You Can't Always Get What You Want
The Rolling Stones
Eu soube que ela encontraria sua conexão
Aos seus pés estava um homem desacreditado
...
Você não pode ter sempre o que quer
Mas se você tentar algumas vezes
Você pode encontrar o que precisa...



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Leah







Despertador gritava 5:30h.




Uma música alta começava a tocar e um locutor animado mandava os ouvintes levantar, em mais um dia que começava. A música era You Can´t Always Get What You Want dos Rolling Stones:

``You can't always get what you want

But if you try sometimes, yeah

You just might find you get what you need!```

´´Você não pode ter sempre o que quer

Mas se você tentar algumas vezes

Você pode encontrar o que você precisa``

– Droga, Leah! Desliga logo isso!!!

A voz de Seth vinha de seu quarto. Leah tirou o travesseiro que cobria sua cabeça, socando o despertador ao lado, que caiu no chão. Mas o troço era a prova de quedas ou algo assim, porque continuou com a música alta. Leah levantou abaixando para pega-lo do chão e desliga-lo, mas não. Apenas abaixou o som para que seu irmão pudesse ter seus trinta minutos de sono antes de ir para a oficina.

“Preciso de um banho frio, para acordar de vez”. Entrou no banheiro para um banho rápido, lavando seu cabelo com o shampoo de erva doce que tanto gostava. Saiu enrolada na toalha, escolheu seu velho jeans e suas botas de caminhada, como sempre. Não tinha mais paciência para ficar decidindo toda manhã que roupa usar. E a variedade não era muito mesmo. Camisetas sem manga, quase todas pretas ou cinzas, os seus blusões xadrez para dias, quanda era muito estranho não se agasalhar de alguma forma. Desceu, pegando uma maçã do cesto de frutas da mesa prendendo-a na boca com uma mordida, enquanto ligava a cafeteira para o café.

– Há, por favor. Sente e tome café direito.

Sorriu, deixando a maçã cair, mas pegou antes mesmo dela cair no chão. Sua mãe entrava pela porta da cozinha, com uma sacola de compras.

– Madrugando, dona Sue.

– Sempre.

Foi sua resposta rápida para sua mãe, que despejava as compras sobre a mesa da cozinha. Leah deu um beijo em sua bochecha, roubando os pãezinhos de milho que ela trouxe.

– Não precisa fazer mais isso, mãe.

– Sei! E o que vão comer? Aquela geladeira está tão vazia, que uma família poderia se mudar para dentro dela. Nem ovo tem. Por favor! Você trabalha em um mercado.

Leah riu, devorando a maçã e o bolinho, alternadamente.

– Não fico em casa, mãe. Nem mesmo Seth fica. E você, mais mora com Charlie que fica aqui. Então, seria um desperdício.

– Vai para Seattle este final de semana?

– Provavelmente. Por quê?

– Nada! Só queria saber.

Leah olhou sua mãe pelo canto dos olhos, e sabia que isso não estava muito normal. Sue não era de fazer comentários ou perguntas, sem ter um bom motivo. Jogar conversa fora não era um hábito seu.

– Desembucha logo, Dona Sue.

– Precisa dar um jeito em sua vida, Leah. Quando vai terminar seus estudos de enfermagem? Dr. Carlisle já disse que consegue facilmente um emprego para você no hospital de Seattle. Por quê está perdendo tempo trabalhando no mercadinho da reserva, filha? Falta tão pouco para você se formar. Uma enfermeira de verdade.

– Eu sei mãe. Mas é que...

Sue a interrompeu, com um gesto de pare com as mãos. Elas já tinham tido essa conversa, e Leah sempre se justificava da mesma maneira. Não queria ouvir de novo aqueles argumentos sem sentido de sua filha.

– Me prometa, Leah!

Ela exigiu de forma firme. Leah desviou-se das objeções de sua mãe e continuou a falar do ponto que tinha sido interrompida.

– Não posso! Tenho que ficar aqui. Sou a Beta de Jake. Ele precisa de mim.

– Isso nunca impediu você de ir e vir dessa reserva, Leah. Jake não vai impedi-la. Sabe muito bem disso. Fale com o senhor Tarock. Ele vai entender e arrumar outra pessoa para seu emprego no mercadinho. Dê um jeito em sua vida, Leah!

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– Mãe, pega o leite!

A voz era de Edmond, que gritava da mesa da sala.

Nessie afastava alguns alimentos da frente, para alcançar a garrafa de leite dentro da geladeira. Já com ela nas mãos, ia voltando para a mesa.

– Querida! Querida, não vou ficar para o café. Sinto muito! Senhoriat Milley já foi com Seth. Preciso correr para alcançá-los.

Jake descia a escada, abotoando a camisa com pressa, enquanto falava. Contornava a mesa, dando um beijo na bochecha de Sarah e uma bagunçada no cabelo de Edmond. Roubou um pedaço grande de bolo e enfiou na boca.

– Jake, não! Senta direito com a gente. Milley já saiu como uma louca daqui. Agora você. Assim não!

Jake pegava as chaves do carro perto da porta. Por mais que quisesse ficar, não poderia. O dia estava uma correria só.

– Não posso, amor. Eu tô muito enrolado. Não sei o que vai ser agora que Leah vai embora. Tudo vai ficar uma loucura por aqui.

A garrafa de leite que Nessie tinha nas mãos escorregou de seus dedos, fazendo um estrondo e muita sujeira pelo chão. Mas ela não se moveu para pega-la antes de cair. Parecia em uma espécie de transe.

Jacob já corria para ampara-la, de forma preocupada.

– O que foi amor? Fala comigo!

Nessie balançou a cabeça para ambos os lados, o olhando fixamente.

– O que disse Jake?

– Fala comigo, amor? O que ouve, Nessie? Está estranha.

– Antes. O que disse?

– Que Leah vai embora?

– Quando ela disse isso para você?

– Ontem.

– Vou pegar um pano, para limpar isso.

Edmond se adianta a frente, para organizar a pequena bagunça.

– Deixa pai. Eu limpo.

– Sarah, ajude seu irmão. Limpe isso para mamãe, por favor. Vem, amor. Senta aqui. Você tá mais branca que o normal.

Nessie se deixou ser praticamente levada por Jake para o sofá, onde ele a sentou, ficando agachado à sua frente.

– Fala comigo, Nessie.

– É isso, Jake! É isso. Da outra vez, Leah tinha ido também. Se lembra? Ela passou aquele tempo fora de La Push. Eu tive o sonho com Jason. E agora de novo. É ela, Jake! Ela não pode ir!

– O que está dizendo, Nessie?

– Ela não deve ir. Não deixe que ela vá.

– Não posso fazer isso, Nessie.

– Claro que pode!

O olhar de Renesmee era suplicante.

– Do que esta falando? Nessie, pelo amor de Deus, não me peça isso!

– É o nosso filho que está pedindo.

– Em um sonho. Não posso fazer isso com Leah. O motivo dela é muito justo, Nessie. Ela vai voltar para Califórnia. Vai terminar seus estudos. Sue também veio falar comigo. Falta menos de um período para ela terminar o curso. Carlisle vai conseguir um bom emprego para ela no hospital de Seattle.

– Seattle é muito longe daqui.

– Nessie, por favor. Ela não vai mais se transformar. Ela me pediu isso. Não posso negar isso a ela.

– Não vai mais se transformar? Não vai mais se transformar? Não vai mais... NÃO, NÃO! NÃO PODE PERMITIR. Eu vou lá falar com ela agora!

Sarah e Edmond estavam em pé. Edmond com uma vassoura na mão e Sarah tinha um pano. Mas ambos não conseguiam nem começar a limpar. Estavam presos, atentos à discussão na sala de estar.

– Não vai falar com ninguém. O que vai dizer? “Leah não vai. Olha... Fica aqui. Eu tive um sonho revelador com meu filho e ele disse para que eu não deixasse alguém partir. E olha, você está querendo partir. Então não vai, que ele já tá voltando!” Isso é loucura Nessie.

Jacob tentou falar da forma mais doce possível, para uma Renesmee completamente transtornada de raiva.

– Não acredito que você tá debochando de mim, Jacob!

Jacob dito de forma alterada não era um bom sinal.

Jacob fechou os olhos, respirando calmamente. Pegou as mãos de Nessie junto as suas.

– Não. Não! Claro que não, Nessie. Só quero que você ouça o que você está dizendo.

– Você não entende! Ela é o imprinting dele, Jacob. Se ele está me pedindo isso, é porque ela é o imprinting dele. Você não vê isso?

Jacob parecia pensar sobre isso por alguns segundos. Ficou calado encarando Renesmee.

– Nessie, sei que acredita nisso amor. Eu não duvido de você. Mas entenda. Eu não posso pedir isso à Leah. Eles nunca se viram. Jason nem mesmo sabe que ela existe. Como ele pode ter pedido por alguém, que ele não conhece.

Nessie não tinha uma explicação para aquilo. Mas seu coração de mãe dizia o que ela tinha que fazer, apesar de quanto absurdo isso parecesse.

– Eu pedirei, então. Eu posso. Eu vou explicar tudo para ela. Ela vai me entender!

– Nada que eu te diga vai fazer você mudar de ideia, não é mesmo?

– Nada!

– Ela pode não querer ficar. Sabe disso. E pior, se contar esse sonho à ela, é bem capaz de sair ainda mais rápido daqui. Você sabe que isso pode acontecer, não sabe?

– Acha que ela faria isso, Jake?

Jacob apenas confirmou com a cabeça, afirmativamente.

– Ela é teimosa o suficiente para fazer, acredite. Conheço muito bem como funciona a cabeça dela. Não conte nada disso ainda. Dê um tempo, Nessie. Ela ainda precisa esperar até o senhor Tarock encontrar alguém para ficar no lugar dela. E as aulas só começam no segundo semestre. Preciso ir agora. Depois eu vou passar na mansão, preciso falar com Edward e Carlisle sobre a nossa visitante de ontem.

Nessie concordou, lembrando da estranha mulher que eles tinham encontrado. Nerida a hibrida que dizia estar procurando por Carlisle. Jake a abraçou, beijando o alto de sua cabeça.

– Vai ficar bem?

Nessie olhou a expressão assustada de seus filhos e sorriu fracamente para eles. Depois se virou para Jake, alisando seu rosto em um gesto de carinho, dando um beijo no seu rosto.

– Desculpa por isso.

Ele a abraçou mais uma vez a apertando em seus braços. Querendo arrancar dela a angústia que ela sentia, que também passava para ele, por poder senti-la. Beijou seus lábios suavemente em um entendimento de sentimentos silencioso e carinhoso.

Pdv - Leah

Estava ali parada, olhando a porta de vidro, bufando impaciente. Eu realmente tenho estômago para enfrentar uma luta com vampiros. Uma discussão atroz com Jake e com qualquer um do bando. Mas enfrentar Renesmee Carli Cullen Black, deixava minhas pernas fracas. Uma covarde completa. Por quê? Não é medo. Mas é que ela tem o dom de me desarmar. Entendam... Eu não sou de fazer amigas. Eu não sou dada a carinhos extremos e nada disso. E ela sempre com esse papo de “Quero ser sua amiga, Leah.” Estava ali parada, encarando a porta de vidro, quando ela surgiu da varanda, segurando uma caneca que fumegava. Seus cabelos soutos, dançavam no vento. Ela vestia um lindo vestido amarelo florido e balançava a cabeça contrariada, olhando pra mim.

– O quê? Tô aqui, não tô?

Disse, fazendo um gesto impaciente com os braços.

– Eu te chamei já faz uma semana Leah. Eu tenho certeza que só veio, porque eu ameacei ir na sua casa e te levar para um piquenique com todas as meninas .

Revirei os olhos. As meninas! Quando Seth falou que era isso que ela ia fazer, eu fiquei apavorada. Ir ao piquenique com Emily, Claire, Kim, Sarah e Rachel, me dava calafrios, e ela sabia disso muito bem.

– O que quer Nessie?

– Entre! Não vou falar com uma estátua. Não na frente da minha casa.

Disse isso, entrando dentro de casa, me deixando sem opção a não ser entrar.

– Tá sozinha?

Perguntei indo pra cozinha. Ela não me respondeu. Colocava café em uma caneca e colocou na bancada, apontando pra mim. Virou abrindo o armário da cozinha, procurando latas de biscoitos, aparentemente vazias. Virou uma pra mim, que só tinha um biscoito.

– Por que fazem isso? Por que não comem tudo? Deixar um único biscoito na lata parece deboche. Mas eu tenho meus esconderijos. Fazer o que? Morar com lobos esfomeados deixa você mais esperta.

Disse isso, arrastando um banquinho pro meio da cozinha, subindo, ficando na ponta dos pés para pegar alguns pacotes de biscoitos em cima do armário.

– Eles podem sentir o cheiro, sabia?

Eu disse sorrindo, de sua atitude de esconder algo de olfatos apurados.

– Sim! Mas vão revirar toda a cozinha procurando, e provavelmente deixariam rastros e eu pegaria o ladrãozinho de biscoitos.

Ela disse, piscando e sorrindo maldosamente.

– Do que gosta? Temos morango, baunilha, leite e chocolate.

– Chocolate.

– Isso, garota!

Despejou todos em uma tigela, se sentando na minha frente na bancada, olhando pro nada em silêncio. Olhava desconfiada pra ela, esperando-a desembuchar. Mas nada.

– Me chamou aqui para comemos café com biscoito?

Ela me olhou, como se estivesse acordado de um sonho.

– Adoraria só comer biscoito e tomar café com você, como duas amigas, sem precisar fazer chantagem ou ter um bom motivo para isso. Mas você já deixou claro como água, que não tem interesse em ser minha amiga...

Não deixei ela terminar. Não ia começar a discutir com ela de novo sobre isso.

– Chega, Nessie. Eu não sou como um dos meninos, que você joga seu charme e eles fazem o que você quer. Não precisa de mim. Já tem suas amigas Emily, Rachel, Kim e Claire. Sabe que eu não sou assim. Eu sou diferente. Estranha, amargurada. Uma pedra no sapato. Enfim, tudo que dizem sobre mim é verdade. Não tem problema. Eu não ligo.

Ela colocou sua mão sobre a minha e outra nos meus lábios, como um pregador de roupa, me impedindo de falar. Franzia sua vista, me olhando fixamente.

– Você fala muita besteira, Leah Clearwater. Deveria ver suas qualidades, com a mesma clareza que vê seus defeitos.

Soltou minha boca e juntou suas mãos à minha, entrelaçando nossos dedos. Não disse nada. Era isso. Esse é o medo que tenho dela. De me desarmar. De me obrigar a baixar a guarda, quando quero atacar. Ela continuou.

– Vejo uma guerreira. Uma mulher valente, que enfrentou preconceitos, que juntou um coração despedaçado. Que cuidou de um irmão. Que lutou em batalhas. Que amparou meu Jake, quando eu não pude. Pode não me considerar sua amiga, mas eu a vejo como uma. Temos uma ligação Leah, e hoje, eu vejo isso com muita clareza.

Eu balancei a cabeça negativamente, não entendendo aonde ela queria chegar.

– O que quer de mim, Renesmee?

– Jake me contou que não quer mais se transformar. Que você pediu para ele liberar você do posto de Beta.

– O que tem isso a ver com você?

Ela prendeu os lábios, parecendo escolher bem as palavras. Tomou um gole de café, me olhando fixamente nos olhos.

– Adiantaria ser só um pedido meu pra você?

Soltei risadinhas forçadas, balançando os braços.

– Qual a parte de não sou como os meninos do bando que fazem o que você quer, que você não entendeu? Quero viver minha vida, Nessie. Terminar meus estudos de enfermagem, para poder ajudar seu avô na clínica da reserva. Arrumar um emprego em um hospital grande. Essas coisas... Mas antes, quero conhecer lugares. Ver gente.

– É isso mesmo? Não está indo procurar seu imprinting? Não estará fugindo? Quanto tempo pretende ficar fora?

Leah apenas abriu a boca sem ter uma resposta satisfatória para dar. Nessie a olhava com atenção e continuou a falar.

- E se eu disser pra você, que não vai achar seu impriting em nenhum lugar. Que não pode fugir.

Eu não sabia o que responder para ela. Ela tinha me desmascarado completamente e eu estava perdida sem entender o que ela queria. Lutando pra manter minha dignidade e não chorar na frente dela, levantei da bancada e caminhei para a sala, tentando organizar minha cabeça. Ouvi sua voz me chamando e vindo em minha direção.

– Leah. Quero te contar um sonho. Mas tem que me prometer que não vai sair correndo, achando que sou uma louca. Contei meu sonho pro Jake, e ele não acredita em mim. Mas sei que não sou louca.

Me virei para encara-la novamente. Seus olhos fitavam o vazio.

– Claro, Nessie! Conte seu sonho.

Ela me segurou pela mão, me lavando pra sentar com ela no sofá.

– Faz dois anos que tive este sonho pela primeira vez, e tive ele de novo ontem. Não entendia, mas quando Jake me contou do seu pedido, tudo fez sentido pra mim.

Ela suspirou, segurando uma de suas mão no peito. Ela tinha os olhos marejados e eu comecei a me preocupar se isso era boa ideia. Se Jake chegasse, ia ficar louco, achando que eu tinha feito sua Nessie chorar.

– O primeiro, ele veio como criança, me abraçava, brincava com meu cabelo e dizia para não deixar alguém ir embora. Não a deixe ir embora mamãe. Diga pra ela me esperar. Eu vou encontra-la. Eu não conseguia ver seu rosto, depois ele sumia em meus braços e era tão doloroso, como se alguém estivesse arrancando ele novamente mim. Agora ele já é um homem. Me abraça, afaga meus cabelos, mas não consigo mas ver seu rosto. Mas o pedido ainda é o mesmo. Não a deixe ir embora, mamãe. Diga pra ela me esperar. Eu vou encontra-la. Sorri, me dá um beijo na testa e some em uma nuvem escura.

Permaneci ali muda, sem ter o que dizer pra ela. O que fazer? Sou péssima nisso. Não sei consolar pessoas. Dar abraços... Nada disso. Não é da minha natureza. E depois de ter ouvido este monte de besteira e não poder dizer nada que eu realmente gostaria de dizer, é como engolir um ovo inteiro quente sem mastigar. Mas ia fazer o melhor que podia. Respirei fundo, segurando a mão de Renesmee, olhando no fundo de seus olhos e falando com toda a sinceridade do meu coração Quileute.

– Eu não sei o que dizer à você, Nessie. Mas prometo pensar em tudo isso que me disse, e não tomar nenhuma decisão precipitada, está bem?

Ela fez que sim com a cabeça e eu saí dali o mais rápido que minhas pernas permitiram. Esbarrei com Jacob na porta, que me olhava com olhar interrogativo no rosto.

– Leah, tudo bem?

Grunhi qualquer coisa, sem parar para falar com ele, correndo para casa.

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Leah estava deitada na grama nos fundos de sua casa na reserva. Ouviu passos se aproximarem mas não se mexeu. Conhecia aqueles passos. Era Seth, que se sentou a seu lado, olhando a irmã com curiosidade. Sem conseguir mais ficar quieto. O silêncio não era de sua natureza. O silêncio e Seth tinham sérios conflitos.

– O que ouve Leah?

– HUM! Nada! Pensando da vida.

– Tá pensando sobre o que Nessie disse a você?

Leah se sentou, olhando o irmão nos olhos.

– Você sabia do sonho?

– Sabia. E daí?

Leah começou a balançar a cabeça para conter a fúria que começava a crescer dentro dela.

– Você podia ter me poupado Seth. Ficar lá ouvindo aquele monte de absurdos foi dose.

– Você não acreditou. Você ainda vai embora.

– Mas é claro que eu vou. É óbvio que eu não acreditei nesse monte de besteira, Seth. Vai dizer que você também acredita que eu sou o imprintig do filho perdido da Nessie e do Jake?

Leah olhava incrédula para o irmão, que abaixava a cabeça envergonhado.

– É claro que você acredita. Só pode! Deve ser o único, pois nem o Jake acredita nisso. Por favor!

– Tem razão. Eu acredito na Nessie. Mas você está errada em dizr que o Jake não acredita nela, Ele só não fala dele, porque sabe que isso magoa os sentimentos da Nessie. Mas ele acredita, como eu acredito Leah. E se você não fosse tão cabeça dura, acreditaria também.

Seth se levantou irritado. Sabia que quanto mais falasse, mais pirracenta a irmã iria ficar. Talvez, até mesmo viajasse, só para contrariar a todos. Mas tinha que falar o que sentia. Ela que arcasse com suas decisões. Leah via Seth se afastar. Deitou novamente olhando o céu, estranhamente azul do dia de hoje. Eram raros dias assim em La Push. Dias claros, sem nuvens. Ficou ali parada, tendo lembranças percorrendo sua mente. Ela e Sam... O dia em que se conheceram. Já fazia tanto tempo, mas as lembranças ainda estavam lá. E a machucavam com a mesma intensidade de antes. Lágrimas sorrateiras escorreram por seu rosto. Ela as secou rapidamente, antes que alguém as visse e começasse um interrogatório. Odiava isso. Questionamentos idiotas tipo: Como está? Você está bem? Por que está chorando? Eram extremamente cansativos e irritantes.

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( Espanha – Valle Gran Rey, em La Gomera, nas Ilhas Canárias )


– Não seja impaciente Lucian. Os recém-criados são muito perigosos. O sangue humano ainda corre em seus corpos, dando a eles uma força atroz.




Lucian já estava cansado daquela conversa. Não via a hora de correr para o campo de batalha. Olhava para Felix ao seu lado, e ele tinha um sorriso de satisfação nos lábios. Lucian sabia que ele compartilhava com ele a mesma impaciência pela luta. Levantou sua mão em punho e Felix respondeu gesto, socando-a. Riram satisfeitos, um para o outro. Enquanto Jane olhava contrariada para eles. Ela detestava estas manifestações de amizade perante uma luta iminente. Ela, na verdade, não gostava de nenhuma manifestação de amizade. Mas em particular as que se relacionavam com Lucian.




– Concentrem-se!!


Ela pediu mais uma vez para os dois, que se comportavam como moleques. Nahuel estava mais a frente, observando os alvos. Fez um sinal para que eles avançassem, e Luciam se precipitou a frente, não tendo mais paciência para toda aquela enrolação. Ele estava indócil, depois de meses entediantes no castelo Volture. Estava ansioso por uma batalha. Ele era voraz. Um lutador ensandecido. Grunhiu à frente de todos. Jane ainda tentou impedi-lo, mas ele já saltava a frente de todos em sua forma de lobo, com seu pelo cor de Bronze forte. Um lobo enorme deu lugar ao homem. Suas roupas rasgadas ficaram pra trás. Ele pulou a frente, estragando o elemento surpresa. Os recém-criados se assustaram com o lobo gigante que gania e rugia ferozmente no meio deles, jogando corpos por todos os lados. Partiram para o ataque, mas a fera se desvencilhava sem dificuldades dos vampiros novos. Os Volturis observavam de longe. Nahuel cruzou os braços. Felix estava impaciente, mas ainda tinha que aguardar as ordens de ataque, que não tinha sido dadas. Deu uma passo à frente, mas foi impedido por Nahuel.

– Deixe o garoto. Ele quer se matar? Pois então, que morra!!

– Se algo acontecer a ele, Aro nos mata.

Felix encarou Nahuel. Ele parecia muito satisfeito com a possibilidade da morte de Lucian. Felix tentou mais uma vez persuadi-los a atacar junto com Lucina que lutava insanamente como os recém criados a baixo da montanha , olhava para Jane, que parecia confusa, olhando toda a confusão que Lucian estava armando lá embaixo.

– Vamos Jane. Não podemos deixar ele sozinho.

Felix falou exasperado. Jane fez um sinal para avançarem, mas Nahuel parecia não se mover. Ela se voltou para ele, com seu olhar feroz. Ele suspirou contrariado, se juntando ao grupo. Mas já havia pouco a ser feito. Luciam já tinha dizimado a maioria dos recém-criados em sua luta solitária e feroz. Rugidos assustadores eram ouvidos em toda a floresta. Os animas se afastaram em disparada, ouvindo o rugido do predador mais forte.



















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