Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 12
Capítulo 12 - O LOBO, A FERA, A BESTA... EU.


Notas iniciais do capítulo

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Fernando Pessoa



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( Os eventos ocorrem no mesmo dia do incidente com Sarah em LA Push - Em Volterra

A revolta :

Alec procurava em todos os cômodos do castelo. Descia e subia todas as escadas,mas nada de Lucian. Desde que conheceu Nerida, ele andava estranho. Algo dentro dele tinha mudado, e Alec tinha medo que ele se perdesse pra sempre dele. Tinha tido a fraca esperança de que o garoto volta-se ao normal quando a hibrida partisse mas não tinha acontecido assim . Nerida se fora a alguns dias de Volterra e Lucian parecia ter dado inicio a uma jornada de alto conhecimento recheada de indisciplina .

``Não posso te perder, garoto. Eu prometi à sua mãe."

Alec repetia a frase para si, mas com uma certa desesperança . Olhou pela janela, e pôde ver Lucian com Haide, no meio do pátio central , no lado de fora do castelo, encostados em um chafariz onde uma sereia semi nua jorrava água por um jaro em seus ombros, talhada em pedra . O cenário lembrava os filmes Italianos que ele gostava de ver em preto e branco teria apreciado a cena se não fosse de novo o frio em sua barriga que já estava ficando familiar a ele . A vampira tinha os braços envolta do pescoço de Lucian. Alec abriu a janela, para saltar. A vampira iria atacá-lo. Já se preparava, mas parou, quando viu Lucian beijando Haide. Mas o que...?Antes de seu cérebro poder formular um entendimento claro para o que iria acontecer depois se viu gritando pela janela .

– Lucian!!!

Chamou, sem acreditar no que via e buscando algum entendimento claro sobre tudo sem claro conseguir chegar a lugar algum . O garoto olhou para ele, e Haide correu de volta para o castelo como uma estudante pega no fraga pela madre superiora e agora esperava o seu castigo .

Lucian olhou zangado para Alec fechando os punhos , escalou as paredes do castelo até chegar à sala onde Alec estava . Entrou pela janela, sentando no batente, encarando um Alec com cara de confuso e admirado . O que só fez ele se irritar detestava os sermoes de Alec sobre moral e toda aquela conversa de seculos atrás. Naquele dia ele não tinha a menor paciência para isso tinha acordado como se tivesse uma corda envolta do pescoço e alguém por vezes puxasse para chamar sua atenção para algo , fora a opressão que estava em seu peito como se tivesse que correr para ajudar alguém sem saber para onde ir , os minutos com Haide começavam a distrai-lo um pouco e Alec estragara tudo .

– Você me atrapalhou, sabia?

– O que estava fazendo, Lucian?

– O que acha que eu estava fazendo? Eu ia beijá-la. O que achou que ia acontentecer afinal?

Alec teve que se sentar , na verdade ele não tinha que se sentar seu corpo não precisava de descanso , mas simplesmente achou que devia estava indo tudo muito rapido até mesmo para a mente privilegiada dele .

– Não, Lucian. Você é só um menino.

Lucian revirou os olhos impaciente e começava uma tremedeira que ele fracamente conseguia controlar cerrando os punhos . A dor no peito a angústia que o perseguia por toda a manhã ,agora se mostrava como uma bola de fogo crescente que parecia se expandir crescendo cada vez mais dentro dele !!!

– Olhe pra mim, Alec. Não tenho quatro anos. Pareço um garoto de dezesseis. Você mesmo me disse isso outro dia. Está se contradizendo, como sempre!!!

Alec observava atentamente agora a reação do corpo de Lucian , mas queria saber sobre o que ele falava .

– Como assim, Lucian? Como me contradizendo? Do que está falando?

Lucian não respondeu. Respirou fundo, indo em direção a porta, dando as costa para Alec. Ele estava estranho tremendo cada vez mais agora .

Alec queria trazelo de volta acalmalo sabia que ele estava ficando cada vez mas distante dele .Fugindo das aulas, passando muito tempo com Felix. A mente de Alec tentava trabalhar de novo em seu ritmo inumano para restabelecer a ordem de tudo que estava presenciando desde então .

– Vou sair esta noite com Felix. Vamos caçar. Não estou pedindo sua permissão. Só estou falando para que não fique me procurando por aí.

Alec sentiu um frio na barriga de novo !!!E isso definitivamente já estava se tornando um hábito muito ruim, quando se tratava de Lucian. Medo de novo. Estava apavorado na verdade.

"Começo a entender melhor os humanos ! Deve ser assim que pais de adolescentes se sentem, quando eles finalmente falam que vão sair com galera."

Mas a galera ali era de outro nível. Um nível sobre-humano e mortal , não exatamente para eles proprios mas para os outros para os humanos Eles eram definitivamente as mas companias a galera barra pesada do mal . Alec jogou as mãos, passando pelos cabelos. Tinha certeza que tinha envelhecido uns dez anos, se pudesse, ao se preocupar com Lucian.

– Lucian, não pode ir caçar com Felix. Ele não caça animas. Sabe muito bem disso.

– Nem você caça, Alec!

Lucian se virou, encarando Alec com desafio. Alec deu passo pra trás, sem conseguir encara-lo agora. Ele tinha se desviado há muito tempo, mas tinha esperança que Lucian não soubesse de suas transgressões. Mas seus pecados agora se voltavam emfim contra ele abaixou a cabeça sem conseguir encaralo levantando se tentando ir até Lucian que se desviou dele . Tremia seu corpo parecia mas querer entrar em estado de convulção . Alec tentou falar o mas mansamente que pode , na esperança de acalmalo .

– Eu sou diferente de você, Lucian. Somos diferentes. Eu já expliquei isso a você.

Se sentiu um impostor falando isso. Quando Lucian finalmente olhou em seus olhos, Alec finalmente entendeu o que estava por vir. A hora que tanto temia tinha chegado. Mas não sabia como fazer isso. Nunca soube o que fazer quando essa hora chegase, e agora não tinha mais como fazer nada a respeito. Lucian não veio com um manual de como criar um lobo adolescente. Droga, nem tinha contado a ele que ele era um lobo. E esse era um erro, que talvez tenha cometido e seja tarde para consertar. Olhava Lucian andar de um lado para outro, agora como uma fera dentro de uma jaula. Aquela sala do castelo começava a parecer pequena para os dois. Sua pele estava avermelhada e fechava e abria os punhos nervosamente, como se quisesse socar tudo em volta. Por fim, parou apontando para Alec, de forma acusadora, dando dois passos à frente.

– Eu sei que sou diferente, mas você nunca me diz o que eu sou, Alec. O que eu sou, Alec???

– Com o tempo logo você saberá, Lucian.

Tempo ? O que estou dissendo o tempo acabou como uma ampuleta quebrada nas mãos tentava fracamente deter a areia ..."Tempo! Preciso de tempo, " Alec .Pensava com desespero, mas se viu de novo com a ampulheta quebrada na mão, e os últimos grãos de areia começavam a cair sem piedade dele as odiosas areias do tempo acabaram o tempo se foi .

– Não quero saber com o tempo. Quero saber agora!

Alec não sabia o que dizer não tinha mas nada a diser para o garoto, que parecia cada vez mas descontrolado e tremia ainda mais . Ouvia seu coração batendo mais acelerado e o sangue dele fervia em sua veias, fazendo a pele do menino ficar mais quente como um vulcão que tentava reprimir sua larva dentro sem o menor sucesso . Podia sentir a temperatura que emanava dele, mesmo na distância que estavam. Ele estava se transformando bem na sua frente, no meio de um castelo cheio de seus inimigos naturais. Cedo demais! Cedo demais! Teve certeza que não devia ter sido assim. Algo tinha acontecido. Algo acelerou o processo.

– O que está sentindo Lucian? Tente se acalmar.

Foi a tentativa fraca de Alec ao falar. Tentou se aproximar de Lucian e tocar seu ombro, mas o menino se desviou, com uma cara ameaçadora, para que ele se mantivesse longe e não o tocasse.

– Não vou me acalmar. Não quero me acalmar. Você sempre tenta me controlar. Me vigia a cada passo. Eu não preciso disso. Eu não quero mais isso.

As palavras saiam débeis e desconectadas, como um dueto de vozes brigando para saírem juntas da boca de Lucian. Uma ideia debiu ocorreu a Alec , não tinha tentado mas teve a esperaça de talves conseguir conter a transformação .

– Sinto muito, garoto. Eu não queria fazer isso, mas você está me deixando sem escolhas.

Alec iria tentar entorpece-lo. Para-lo. Logo a imensa nuvem negra dos poderes de Alec invadiu a sala. Lucian o olhou com fúria, e um forte rosnado saiu de dentro do garoto e logo foram ouvidos passos de vampiros por todos os lados, vindo de todas as direções do castelo, para a sala. Lucian explodiu em um lobo enorme. O maior lobo que Alec tinha visto. Sua pelagem é cor de bronze, mas seus olhos são os olhos tempestuosos de Lucian. A parede da sala foi quebrada, pois o lobo é grande demais. Não cabia lá. Alec tentou mais uma vez jogar seu poder sobre ele, mas o lobo era protegido por seu escudo. Lucian rosnou novamente para Alec. Se posicionou para atacá-lo, mas vários guardas saltaram pra cima do enorme lobo nesta hora, mas foram jogados longe. Alec gritava.

– Não o machuque. Deixem ele!

O lobo destroçava soldado por soldado, com sua mandíbula de aço. Pisava com suas patas gigantes em alguns. Logo, nenhum soldado ousava mais se aproximar do enorme lobo. Jane chegou com Felix. Ela tentou mandar seu poder sobre o animal, mas tudo que conseguiu, foi que ele a arremessasse para longe, destruindo a parede que dava para fora do castelo. Lucian saltou com seu corpo lupino, para fora. Pôde, finalmente esticar seu corpo de animal. Alec o seguia à distância. O lobo começou uma corrida até a floresta. Um bando de pássaros fugiam, levantando vôo entre as árvores.

Árvores eram arrancadas do chão, com a força da corrida desenfreada do animal, que deixava a floresta devastada por onde passava. O lobo não tinha o cuidado de desviar das árvores, nem de nada. Corria em uma carreira sem rumo. Parecia cego, ou não se importava com o que tinha à sua frente. Alec tentava acompanhá-lo, mas o lobo era muito mais veloz. Seu copo nem podia ser visto. Era apena um borrão na floresta devastada. Alec parou. O lobo continuou, mas parou quando um enorme penhasco surgiu à sua frente. Se sentou, respirando muito rápido. Olhou suas pernas, que não eram mais pernas. Suas mãos, que não eram mais mãos. O pelo que cobria seu corpo. O rabo que se seguia. Soltou um uivo feroz, de choro e angústia, que fez a floresta inteira se calar e ecou pelo desfiladeira talvez acordando toda cidade adormecida abaixo . Alec já estava próximo e se aproximava com cautela do imenso lobo, que estava a pequenos passos do penhasco.

– Lucian.

O Lobo olhou em direção à Alec. Abaixou as orelhas e ganiu baixinho, abaixando a cabeça. O ganido , que parecia um lamento saiu dele de novo .

– Eu sei, garoto. Nós perdemos a cabeça lá. Eu sei. Eu devia ter te contado, mas eu achei que ainda ia demorar para acontecer.

Alec sentou mais próximo de Lucian, em uma pedra, olhando o horizonte.

– Tem que ficar calmo. Tem que se concentrar e usar alguma imagem que acalme seu coração, para que volte à forma humana Lucian .

Era tudo que Alec tinha prestado atenção sobre as conversas que ouvira na casa dos Cullens sobre lobos e de como voltavam para a forma humana. Aquelas lembranças sempre o angustiavam tentava não pensar nelas , mas eram essas lembranças que vinham em seu socorro nessa hora complicada .

O animal rugiu, ainda o encarando. Olhou o penhasco à frente. Era uma descida e tanto. Lá em baixo, a cidade de Volterra silenciosa e pacífica aquela hora da noite parecia pequena para ele . O animal se deitou no chão. Seu corpo imenso e peludo, mais parecia uma montanha em chamas . Alec pôde ver que tentava se acalmar fechando os olhos . Conversava baixo com ele sobre coisas banais, sem importância, para que ele pudesse se concentrar no som de sua voz. Estava funcionando. A respiração de Lucian foi diminuindo. O seu coração começava a bater em seu ritmo normal. Alec nunca tinha visto a transformação de um lobo. Muito menos a de lobo para a forma humana. Tirou sua capa, para cobrir o corpo do garoto , mas se sobressaltou, quando não viu mais o corpo de Lucian . Era o de um homem muito mais alto que ele. Como ele já era, mas estava maior, com seu ombros largos e físico feito. Alec abriu a boca. Lucian se levantava devagar olhava-se sem acreditar. Analisando suas mãos braços e pernas.

– Eu não sou eu. O que aconteceu comigo, Alec?

– A transformação. Ela deve ter acelerado mais ainda o seu crescimento, Lucian. Tome. Vista isso. Lucian se cobriu com a capa, mas ela se rasgou nas costas e braços, devido ao seu tamanho.

– Mas que droga, Lucian. Terá que usar as roupas de Felix, assim.

Lucian tirou a capa, apenas cobrindo sua intimidade amarando nos quadris.

– Era só o que me faltava. Além de andar em quatro patas, terei que usar as roupas de Felix, Alec?

A voz de Lucian começava a mudar de timbre de novo . E Alec vez sinal com as mãos para que se acalmasse .

– Calma, Lucian! ... Tente se manter calmo ....Felipe poderá ir à cidade amanha. Trará roupas novas.

Lucian franziu os olhos sua iris escurecendo de novo e suas palavras pareciam chicotadas vindo em diração a Alec

– Eu não não quero saber disso... .!!!!Me deve explicações. Muitas explicações, Alec. Que merda foi essa?

Alec endireitou a postura mantendo se firme , para a seção de interrogatórios que iria vir se Lucian conseguisse se manter em forma sem se transformar pela raiva ,mas não ia permitir que ele viesse com sua linguagem de taberna que ele tinha certeza que fora Felix que o tinha ensinado a falar .

– Não fale palavrão!!!

– Tá de brincadeira? Olha pra mim. Sou uma versão canina do hulk, e você tá me falando de palavrões. VAI A…

– Pare aí mesmo, garoto. Nem termine! Lobo ou não, ainda sou eu ,o seu tutor. E tem uma linha aqui, que você não vai passar. Eu… Sinto muito, garoto. Achei que teria mais tempo. Me enganei! Nunca me perdoarei por isso. Mas você não veio com manual, e vem se comportando pessimamente.

Lucian desviou dos olhos de Alec, mesmo com sua aparência forte, ainda se sentia uma garoto fazendo arte guando Alec falava com ele assim . Tinha fugido dele. Se afastando dele. Queria liberta-lo. Será que Alec não entende?

– Não quero mais que se preocupe comigo, Alec. Acabou. Diga o que eu sou. Diga o que você acha que me deve, e vá. Viva sua vida. Volte para a guarda. Eu posso seguir sozinho.

Ouve um silêncio velado depois disso, como se algo tivesse sido quebrado de maneira irreparável. Ambos mudos, se duelando em um silêncio que dizia muito mais que palavras. Que só serviria para afasta-los definitivamente.

– Não posso. Não posso garoto ! Prometi a sua mãe que cuidaria de você. Foi uma promessa perpétua, Lucian. Ela está morta. Foi o pedido de uma mulher moribunda, à mim. Entenda isso, por favor.

Lucian finalmente conseguia parar a tremedeira que vinha de novo tentando domina-lo a palavra MÃE sempre tinha um efeito sobre ele a figura da mulher de olhos cor de chocolate e cabelos cor de bonze vinha a sua mente ele sabia que era ela mesmo sem nunca alguém ter confirmado isso a ele .

– Por que prometeu isso a ela?

– Porque eu a amava!

As palavras saíram tão rápidas da boca de Alec , que eram definitivamente incontestavelmente verdadeiras . Lucian viu sua chance de acabar com todo aquele mistério sobre seu passado e as pergustas forram saindo como a fumaça de uma panela destampada .

– E onde fica meu pai nisso tudo? Por que eu não fiquei com ele?

– Ele era um lobo. E isso, é tudo que eu vou dizer a você.

– Como eu?

– Não! Só um lobo.Você é diferente. Tem um lado vampiro. Por isso, precisa de sangue.

– Como paro isso?

– O quê?

Alec não conseguiu desfazer a expressão de espanto.

– Não quero ser um lobo. Como paro isso?

– Não pode parar. É o que você é. Uma vez transformado, vai acontecer sempre que se descontrolar ou se ver em perigo .

Os braços de Lucian caíram sobre seu corpo sua face era de puro descontentamento e raiva .

– Ele não me quis meu pai não quis . Não quis ficar comigo? Me responda, Alec.

Lucian insistia quando Alec parecia finalmente ter encerrado a seção revelação .

– Ele… Eu não posso, Lucian. Eu não posso falar sobre isso. Me desculpe!Eu não sei ...

Mas as perguntas queimavam Lucian como veneno , era sua vida por que tinha que lutar um duelo de palavras com Alec para ter as informações que precisava .

– Ela amava você? Minha mãe amava você Alec ?

– Não ! Claro que não Lucian .Ela só amou um homem em sua vida, Lucian, e foi seu pai.

– Ele me odeia então ? Eu a matei ! E se a amou também, deveria me odiar.

– Claro que não Lucian. Eu não odeio você. Nunca!

– Se não fosse a promessa, talvez me odiasse.

– Não! Nessie não me amou, Lucian. Mas ela confiou a mim, o que tinha de mais importante. Você, Lucian.

– Onde meu pai está?

– Provavelmente morto, Lucian. Os lobos não conseguem ficar sem suas companheiras. É muito mais forte que eles. Pense em algo como Marcus, e some por mil. Eles não sobrevivem. É como se fossem uma coisa só.

– Aro sabe? Claro que sabe ! Todos sabem. Eu sou o único a não saber de nada. Como pode fazer isso comigo Alec?

– Fazer o que? Não contar que você é um lobo? É disso que me acusa, ou não sou eu, a quem esta acusando? Não sou seu pai, Lucian. Só tentei protege-lo. Se errei, foi por cuidado e zelo, não para feri-lo. Sei que está com raiva agora, mas não desconte em mim. Meu único erro foi não conta-lo antes, sobre o que você é. E de amar muito, algo que estava além de mim mesmo.

Lucian balançava a cabeça como se as informações que chegavam fosse de outra pessoa , nada fazia sentido pra ele parecia peças de outro jogo que tentavam entrar sorrateiras no tabuleiro da vida dele .

– Eu quero esquecer isso. Vou esquecer isso. Isso é uma maldição.

Lucian disse como se fosse a unica saída pra ele , pensar que isso não aconteceu talvez fosse o melhor .

– Não vai. Não pode esquecer. É isso que o torna especial, Lucian. É por isso, que todos o temem. Você mandou para o inferno, uns cinco soldados hoje. Aceite. É um dom. Como seu escudo, ou sua força.
Lucian olhou para Alec como se ele fosse um lunático a falar um monte de asneiras .

– Matei minha mãe, Alec!!!!. Matei soldados que só estavam tentando protege-lo. Poderia ter matado você. Sou um maldito. Uma besta. Jane está certa, quando me chama assim. Aliás, ela sempre me chamou assim. De besta, de cachorro fedorento. Eu achava que ela era só cruel e psicótica. Mas ela me disse, o que mais ninguém tinha coragem de me dizer. Pensei que era um mestiço de uma hibrida com um humano diferente especial ou sei la o que existe nesse mundo maluco em que vivemos . Não um lobisomem, lobo, sei lá o que... Nunca !!! O que eu sou, Alec, humano, vampiro, besta...?

Alec balançava tristemente a cabeça em negativa para Lucian . Pensava em Nessie o que ela falaria a ele nessa hora , o que disser a Lucian ??

– Você é aquilo que mais alimentar. Dentro de nos a vários seres Lucian todos cheios de ódio , amor , vingança , medo e muitos outros sentimentos alimente aquele que mas gostar e você saberá quem é . Eu não tenho mais o que dizer a você, Lucian. Se quer ficar aqui sentindo-se como um pobre coitado que foi enganado , abandonado ,,, eu não sei o que posso fazer por você. Acha que matou sua mãe? Eu acho que ela deu a vida por você. Ela escolheu a você. Vai honra-la assim? Sentindo pena de si? Culpando o mundo ou a você mesmo ?Ela o amava. Lobo, vampiro ou humano, não importa. Era seu filho. Não reconheço você, hoje!! Sempre entendeu as coisas muito melhor que qualquer um que eu conheça . Espero que esteja melhor, depois que se acalmar. Não quer a fera? Controle-a. Aprenda a conte-la. Quer o vampiro? Aprenda a viver com sua sede. Quer o humano? Faça-o entender, que entre ser um ou outro, só o mais forte vai se sobressair e tente compreender o que vive em você . Mas é tudo uma questão das escolhas que fazemos. Mas seja o que vier a escolher, eu não me importo. Já andei no inferno e já experimentei as frutas do paraíso. O que escolher, estará escolhido. Mas eu vou com você, para cumprir minha promessa. E por amor a você, garoto.

Lucian se sentiu pequeno de novo diante de Alec , da firmeza de suas palavras , da verdade contida nelas da força e certeza que emanava dele . Como se luta contra alguém que só quer o seu bem , que só pode estar louco se querer te seguir por caminhos ainda obscuros a você mesmo . Lucian soube olhando os olhos vermelhos e antigos de Alec , não se luta contra isso , tinha que se agarrar a corda que ele lhe estendia ou se perderia em lamurias sem sentido e brigando com aquilo que não poderia mudar .

– Não fique falando que me ama… Eu tô pelado. É constrangedor. Se alguém ver a gente assim ..Nem quero saber o que vão pensar .

Alec riu, e agradeceu silenciosamente aos céus, por ele estar de volta. Suas palavras debochadas era um sinal que ali ainda estava o garoto que educara seus olhos estavam menos escurecidos seus músculos menos tensos . Alec estendeu a mão a Lucian em um gesto de amizade , para finalizarem toda aquela confusão estabelecida . Lucian pegou sua mão o puxando em um abraço quase esmagador .

– Pensei que estava preocupado em verem a gente Lucian ?

– Não me importo mas . Sou um cachorro mestiço nada mas parece ser o que é , quem se importa afinal ? .

– OK ... E melhor me saltar esta me esmagando garoto e serio .

Lucian soutou Alec como se ele fosse um boneco . Rindo da cara sem graça que o vampiro fazia . O vampiro tentava se esticar como se seus ossos tivessem sido todos estalados .

– Agora que esta melhor ...Não vamos ficar nos abraçando de novo ... Você tem razão e constrangedor .

Lucian riu de novo e suas covinhas no canto da boca ainda estavam lá as mesmas do menino que fora e da criança que desabrochara rápido demais . Eram como marcas para lembrar , que pode -se endurecer a alma de um homem .Mas seu coração sempre deve estar protegido .

– Espere aqui. Eu vou buscar algo para você vestir Lucian .

– Por favor! Parece que fui assaltado.

Sim, ele está de volta. Alec pensou, sorrindo.

– Pode ficar com a capa depois. Eu não vou querer mais isso.

Lucian riu.

– O que? Não vai querer? Os pais guardam estas coisas. O pedaço do cordão umbilical do bebê, o primeiro cabelinho, ou dente que caiu. Não vai guardar a minha primeira roupa destruída ,quando me transformei? Você me magoa assim, Ala.

– Taque fogo, em uma cerimonia, ou coisa assim. Não chego perto disso.

Alec saiu, indo em direção ao castelo.

Lucian desmanchou o sorriso que sustentava, assim que ele virou as costas. Bufou contrariado, se sentando na grama. Tudo mudara para ele a partir deste momento. Sabia, desde sempre, que era diferente. Mas não desta forma brutal , como se fosse outra pessoa um outro ser . "Um lobo, cara! Sou um lobo. Não tenho mãos nem pés. Tenho patas. Descontrolado. Uma fera, que tirou a vida de cinco guardas em uma única transformação." Se viu ali... Sentiu que os matava, mas parecia o certo fazer. Na hora, achou que devia matar a todos. Somente quando viu o olhar assustado de Alec, e sua voz calma no meio do caos, é que teve um segundo de sanidade e pôs-se a fugir.

– Mas que droga. Como controlo isso?

Colocou a mão no peito, só para comprovar se estava lá. Se estava . O medalhão do lobo, como ele ficou inteiro na transformação? Lucian o tirou do pescoço, analisando os elos da corrente intactos. Nem uma sombra de ter sido forçado ou esticado. Sólido como sempre.

O troço era mágico ou enfeitiçado. Alisou as inscrições e o lobo entalhado. A verdade sempre esteve ali com ele, bem pendurada no seu pescoço queimando por vezes sua pele já tão quente . Fechou o punho, com o cordão na mão, esticando o braço pra tacar aquilo longe, pelo penhasco abaixo, queria se livrar da coisa como se pudesse com isso se livrar do que era . Um trovão ecou no céu tão alto e assustador, que fez Lucian pular pro lado em um susto. Logo, seguido de dois raios, que pareciam rachar o céu em dois. Lucian abaixou o braço lentamente , mas ainda cogitando a possibilidade de arremessar o cordão pelos ares .

Outro trovão e um raio, que tinha vindo tão perto de Lucian, que seus pêlos se arrepiaram. Olhou as nuvens limpas nenhuma nuvem negra nada . Nenhum cheiro de chuva no ar ou vento de tempestade . Nada. Por que dos raios e trovões? Olhou para o medalhão em sua mão pesando queimando a palma de sua mão . Colocou de novo no pescoço, sem saber muito bem o porque. Olhou o céu, de onde tinham vindo os raios e os trovões. Nada! Era como se tivesse tido uma visão . Colocou a mão no peito para tentar entender o que aquilo significava o medalhão já não queimava mas .Tinha absorvido sua temperatura corpórea , se tornando parte dele , fazendo-o enfrentar o que ele queria jogar desfiladeiro a baixo . O lobo a fera a besta ...Eu . Fechou os olhos apertando o amuleto em suas mãos e soltando em seguida em uma aceitação humilde . Que seja então inferno .

Alec retornou, tirando ele de sua epifania. Estendeu a ele, roupas maiores, que Lucian virou o rosto. Eram de Felix. Sabia pelo cheiro.

Ficaram justas, mas quebrariam o galho. Pelo menos, não chegaria nu no castelo.

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Notas finais do capítulo

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.
Clarice Lispector



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