Piratas Do Caribe: Um Novo Horizonte escrita por Tenebris


Capítulo 16
Capítulo 16: Plano




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Não tardou até que o Holandês chegasse em Tortuga.

        Eles obviamente não poderiam sair do Navio, mas assim que reconheceram o Porto, se tranqüilizaram.

        À noite, o Porto de Tortuga era o lugar mais movimentado do Caribe, tão típico quanto de dia, havia homens e mulheres em duelos, em romances, em comemorações e todo tipo de coisa. Assim que o Holandês se aproximou da Costa, houve uma leve queda no movimento do Porto, e vários murmúrios das pessoas que lá estavam.

        Will estava ao timão, com Elizabeth ao lado dele. E ambos avistaram o que estavam procurando.

        O Tesouro. O Navio temporário de Jack Sparrow.

        - Talvez não seja mais dele... – Disse Elizabeth preocupada. – A Marinha Real pode tê-lo tomado de volta.

        - Rezemos para que isso não tenha acontecido. – Respondeu Will sombriamente.

        E Elizabeth sentiu a apreensão crescer dentro de si. Will e os marinheiros do Holandês estavam tão preocupados com ela, que ela também se sentia obrigatoriamente assim. Na verdade, sentia-se mais assustada do que realmente preocupada. Afinal, se nada acontecera a ela, porque agir dessa maneira? Como se ela tivesse uma grave doença?

        A resposta para essas perguntas assustavam Elizabeth mais do que gostaria de admitir.

        E Will sentia-se aliviado e tenso simultaneamente. Queria ver todas as suas perguntas respondidas, e as mesmas respostas provocavam hesitação e temor dentro dele. Afinal, se Elizabeth não morreu quando saiu do Holandês, como podia estar vinculada a ele? Isso poderia significar que ela tinha um tempo de vida limitado?

        Logo eles avistaram bem a sua frente o navio.

        - Jack! Tia Dalma! – Will gritou, tentando se aproximar ao máximo do Tesouro.

        Depois de alguns minutos, eles ouviram uma voz irônica e divertida ao mesmo tempo:

        - Já se passaram dez anos? O tempo voa realmente, hein?

        Era Jack Sparrow, com sua bússola na mão direita. Tia Dalma estava logo atrás, ainda em silêncio.

        - Não, Jack. – Replicou Will.

        - Eu espero que tenha trazido dinheiro. Eu me lembro bem de ter-lhe dito isso anteriormente. – Falou Jack, aproximando-se do Holandês ainda em seu Navio.

        - Sei por que está aqui.

        Era a voz de Tia Dalma.

        Ela pulou a murada do Tesouro, agarrando-se a uma corda e pulando direto no Holandês. Seu olhar sempre acusador estava pousado em Elizabeth, embora a voz fosse para Will.

        - Não entre no Navio dos outros sem ser convidada. – Vociferou Jack, que pulou em seguida do mesmo jeito que Tia Dalma no Holandês.

        - Ela. – Disse Tia Dalma, apontando para Elizabeth.

        Ao perceber que Elizabeth recuava, Will se interpôs entre ela e Tia Dalma.

        - Sim. Ela caiu do Holandês, mas não morreu... Por quê? – Indagou Will, retribuindo mudamente o olhar de agradecimento de Elizabeth.

        - Não sei por quê. Nem sei se há um por que. Mas percebo que Elizabeth Swann Turner está de fato vinculada ao Holandês. – Respondeu Tia Dalma com sua voz sombria e misteriosa.

        - Então ela permanece prisioneira do Holandês. Mesmo depois do acontecido. – Afirmou Will.

        - Sim. Não se preocupe, Willian. Elizabeth terá seu curso de vida normal como de qualquer pessoa vinculada ao Holandês.

        Elizabeth estremeceu ao pensar em seu “curso de vida”. Will sabia que Tia Dalma estava respondendo à sua pergunta feita mentalmente. Então Elizabeth não teria seu tempo de vida limitado, pois ainda era prisioneira do Holandês.

        - Mas... – Interrompeu Tia Dalma. – Ela também está vinculada à Terra. Ela. Somente ela pode sair do Navio normalmente.

        - Então... – Indagou Will novamente. – Apesar de ser serva do Holandês, ela pode sair do Navio sem se prejudicar?

        - Exatamente. – Respondeu Tia Dalma, sorrindo abertamente.

        - Mas porque somente ela? – Perguntou um dos marinheiros. – Nós somos servos e não podemos sair do Navio. Porque isso acontece somente com ela?

        Tia Dalma parecia irritada quando respondeu:

        - Já disse! Não sei exatamente o porquê. Mas acho que é por causa da experiência dela de quase-morte. De alguma forma, por causa disso, agora ela pode sair do Navio normalmente, mas ainda assim permanece prisioneira do Holandês, tendo que cumprir suas tarefas.

        Will agradeceu Tia Dalma.

        - Obrigado, Tia Dalma. E, Jack... Espere. – Apressou-se ele a dizer.

        Pela primeira vez em tempos, Will pensou em um plano. Mas precisava de Jack para fazê-lo. Ele precisava da ajuda de Jack para afundar o Navio Inimigo.

        Para afundar o Navio de Lewis Evans.

        E não era só porque ele que quase matara Elizabeth, embora esse motivo se sobrepusesse a todos os outros. Era também porque Lewis estava atrás de seu coração, tentando controlar os Sete Mares através do Holandês. E tentava restabelecer o prestígio da Companhia das Índias Orientais.

        Ele precisava ser detido.

        - O que, caro Willian? – Disse Jack.

        - Quero que você, à frente do seu Navio Tesouro, navegue ao lado do Holandês, para que possamos acabar com Evans. De uma vez por todas.

        Elizabeth se surpreendeu. Não esperava algo daquele tipo de Willian, muito menos naquele momento. Embora lentamente, a verdadeira compreensão voltasse a ela.

        - O quê? – Ela gritou.

        - Isso mesmo. – Will confirmou. – Temos que afundar o Navio dele. Lewis está atrás do Baú. Ele quer fazer a mesma coisa que Backett tentou. Não podemos deixar isso acontecer. E podemos detê-lo.

        - Mas e a Corte da Irmandade? – Perguntou Tia Dalma, parecendo interessada no assunto.

        - Não há necessidade de convocá-la. A canção não foi cantada. Isso significa que de fato podemos detê-lo. – Disse Elizabeth, incorporando-se ao plano de Will.

        - Está certo. – Concordou Jack, alisando a barba. Parecia pensativo.

        - Mas e Elizabeth? – Perguntou Tia Dalma, pondo-se ao lado de Elizabeth. – Evans pensa que ela está morta.

        - E vamos usar isso contra ele! – Exclamou Jack, cambaleando pelo Navio desajeitadamente.

        - Parece um bom plano. – Finalizou Elizabeth, olhando para Will. Ele retribuiu o olhar, sorrindo para ela. - Estamos de acordo?

        - Sim. – Todos exclamaram em uníssono.

        - Mas, só mais uma perguntinha Willian! – Chamou Jack. A voz dele era divertida e séria. - Não há mesmo nenhuma aberração? Nenhum cracken para acabar com Lewis? Isso certamente ajudaria...

        - Lamento, Jack. – Disse Will franzindo o cenho. – Eu não costumo ter esse tipo de bicinho de estimação


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