Full Moon escrita por amelia_cullen


Capítulo 6
A surpresa - II


Notas iniciais do capítulo

Este trecho do capítulo é narrado por um novo personagem. Espero que gostem dele. No próximo trecho o capítulo volta a ser narrado pela Amélia.



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( Este trecho do capítulo é narrado por uma nova personagem, posteriormente, o livro volta a ser narrado pela Amélia. )

 

Naquela manhã, eu já levantei sabendo que o meu dia ia ser péssimo. Mais um sábado sem nada para fazer, exceto acompanhar Jacob. Aquilo já estava me chateando. Terminado o colégio, as únicas coisas que me restavam á fazer eram as minhas obrigações com o bando. Os meus turnos de vigia eram geralmente á noite, e o próximo seria só no domingo. Jacob havia se mostrado um bom amigo ultimamente, o meu único amigo, na verdade. Porém, eu tinha que aturar o cheiro daqueles sugadores de sangue que Jake trazia para casa todos os dias. Ele insistia em frequentemente visitar a menina Cullen. Eu não me intrometia nesses assuntos, já que não conseguia entender qual era a motivação que tornava tão forte esse lance de “impressão”. E também não tinha o que argumentar, os Cullens nem ao menos eram nossos inimigos. Não depois da batalha que tivemos que travar, semanas antes. Era Seth quem geralmente acompanhava-o, eu nunca havia entrado naquela casa, de fato.

E pensar que a minha vida nem sempre teve que ser assim; eu tinha uma vida  razoavelmente boa, há apenas alguns meses atrás. Está certo que eu não tinha amigos em La Push, mas isso nunca foi problema antes para mim. Eu era um garoto normal, que bem ou mal tinha uma familia. As coisas começaram a desandar quando eu descobri que havia me transformado em lobo. Eu era uma aberração e ainda por cima não era bem aceito no bando. A primeira vez que sofri a transformação, eu fiquei totalmente confuso. Diferente dos outros lobos, eu não tinha ninguém que me desse apoio. Eu já não era aceito antes pelo grupinho deles, porque é que eu seria aceito no bando como lobo também? Para o meu azar, eu ainda havia sofrido a transformação, em uma época de explosão populacional dos lobos Quileute, no período que antecedeu a última grande batalha. Só agora eu realmente entendo o motivo de tudo isso acontecer. Jacob era o único no bando que conversava comigo. Depois de toda a confusão em que Jacob, Leah e Seth separaram-se do grande grupo, foi que começou realmente a nossa amizade. E depois, ainda, aconteceu todo aquele transtorno com a minha mãe, em que eu tive que ir morar na casa dos Black – já que Billy era meu padrinho. Eu achava que jamais superaria seu abandono. Nunca a perdoaria por ter fugido de casa e me deixado sozinho em La Push. Por sorte, eu ainda tinha a amizade de Jacob.

Eu levantei da cama, me arrastando para tomar mais tempo com as minhas tarefas da manhã, que se resumiam em pegar a correspondência, preparar o café de Billy e arrumar o meu quarto. Eu deixei a correspondência por último. Arrumei o meu quarto antes de sair, e preparei as torradas de Billy, demoradamente. Eu coloquei tudo em uma bandeja e deixei na mesa da sala para que ele pudesse comer quando acordasse. As correspondências, com sempre, eram quase todas para Billy, na maioria contas. Foi quando eu percebi uma carta com papel diferente das de costume. Era uma carta sem remetente. Eu virei a carta para olhar o destinatário. Matthew Brime. Eu já sabia até do que se tratava. Era mais uma carta da minha mãe. Eu não via porque aquela carta pudesse ser diferente de todas as outras. Era apenas mais uma que reforçaria a grossa pilha de cartas na minha mesa de cabeceira. Ela esperava que eu fosse perdoá-la algum dia. Mas eu estava obstinado a fazer com que aquilo não funcionasse. Ela iria se arrepender um dia por tudo isso e eu queria que ela sentisse remorso.

-Hey, Matt! Bom Dia! - Billy saudou

-É.. nem tão bom assim.

-Carta da Lauren?

Eu só resmunguei em resposta.

-O seu café está numa bandeja na mesa da sala. Você quer que eu o esquente pra você?

-Não precisa. Eu mesmo faço isso. Pode cuidar das suas coisas.

-Eu não tenho nada para fazer. -  eu suspirei, colocando a carta sobre o balcão da cozinha.

Depois de todo esse tempo, eu havia percebido o quão parecido com Billy eu estava me tornando. Carrancudo, solitário. Nós nos dávamos muito bem. Nenhum dos dois se intrometia demais nos assuntos do outro e nos comunicávamos, geralmente, com resmungos.

Jacob entrou pela porta da cozinha, imundo dos pés á cabeça. No mínimo havia passado a noite na reserva. Era comum agora ele dar as escapadas dele, durante a madrugada. Eu não queria dar uma de intrometido, então eu deixaria que ele comentasse, se quisesse. 

-Bom dia, Matt! - ele disse, pegando uma maçã da cesta de frutas de Billy. – Meu pai já acordou?

-Já. está la na sala, lendo o jornal.

-Mais uma? - Jake perguntou, sinalizando a carta da minha mãe, em cima do balcão. Eu apenas resmunguei em resposta.

-Fica tranquilo, cara. Ela vai se tocar que você não quer nada com ela. Um dia ela para de escrever, e te deixa em paz. Ela vai ter o que merece.

-Escuta, Jake, a que horas nós vamos à casa dos sanguessugas? - Eu desviei o assunto.

-Não sei não. Acho que mais pro final da tarde. Bella não vai estar em casa hoje.

-Hum...

-E eu não quero ter que aguentar a loira metida.

-Escuta, Jake, você esteve na reserva hoje?

-De onde você acha que eu trouxe toda essa sujeira?

-Certo... Algum sinal da familia real dos sanguessugas?

-Não. Nem sinal deles. Mas eu não acho que eles vão aceitar a situação do jeito que foi. A guerra não terminou. Temos que ficar atentos.

 O dia se arrastou, demorado e chato, como eu achei que ele seria. Pouco antes do entardecer, Jake veio me avisar para irmos á casa do doutor.

-Acho que já podemos ir agora. Alice disse que estariam de volta antes do entardecer... Sabe Matt.. – ele pausou - você não precisa ir, se não quiser...

-Não... tudo bem. Eu não tenho nada interessante para fazer por aqui mesmo. 


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam do Matt?
reviews, pleasee!!
Lembrando, estou sempre aberta a críticas e sugestões.
=*
CaroooL



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