Full Moon escrita por amelia_cullen


Capítulo 22
Capítulo 6 - Desconfianças - Parte V


Notas iniciais do capítulo

Genteee.
Espero que gostem desse. O capítulo terá extraordinariamente seis partes.
Já tenho as minhas irmãs Colleman. Elas entrarão no próximo capítulo, espero que gostem delas!
Beijoos



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Desde que encontrei o amor da minha existência, a razão do meu viver, que eu não ficava tão confuso sobre o que fazer. Era a felicidade de alguém que eu amava em jogo. Amores diferentes, e nem por isso, menos complicado.. Eu nunca tive duvidas sobre os meus sentimentos com a minha irmã. Eu admitia que algo estranho me prendia a ela. Como se eu a conhecesse a séculos. Na verdade, eu conhecia. Mas o meu amor sempre foi um amor de irmão, com toda a necessidade de protegê-la e de me sentir no dever de zelar pela sua felicidade. Eram tipos de amor completamente diferentes. O amor e a paixão ainda incrivelmente infinitos pela minha mulher, o amor cativante e protetor pela minha filha, o amor pela minha família, e esse sentimento, que eu não sabia descrever, cheio de ternura pela Amélia. Quase como de um pai para uma filha, apesar dela ser até mais velha que eu, tanto de idade humana, quanto de eternidade. Eu agradecia muito que Bella pudesse compreender isso. Não queria que atrapalhasse em nada o amor imenso que havia entre nós. Mas eu devia ter imaginado que um amor como esse, que resistira além da vida, não teria dificuldades de passar por qualquer tipo de crise. Logo no inicio, cheguei a desprezar a Amélia, receando que a sua presença pudesse fazer Bella se sentir ameaçada. Mas isso pouco aconteceu, foi só o tempo de as coisas se esclarecerem para que elas se tornassem grandes amigas. E as coisas estavam certas outra vez. Amélia já fazia parte da familia, o que fazia com que ela pudesse estar o tempo todo ali, onde eu poderia vagia-la e vê-la sorrindo todos os dias. Mas quando é que alguma coisa boa permanecera intacta por muito tempo para mim? Era como se tudo precisasse de uma provação. Desde o amor de Bella, até que finalmente pude ficar junto dela, até a minha filha, que tive que aprender a amar a tanto custo no inicio, e agora era tão fácil quanto fechar os olhos. Tudo tinha que ser posto à prova. E chegou a vez da minha irmã, de uma forma que me deixou imensamente confuso. Eu já não sabia mais o que era certo. Até onde eu a estaria protegendo, e até onde eu já começava a privá-la de sua felicidade. Era tudo muito complicado. Eu tinha medo de estar me intrometendo demais, e , ao mesmo tempo, de estar permitindo que ela se tornasse alguém infeliz ou que pudesse se machucar, podendo e devendo ter feito algo por ela.

Não que eu achasse que o tal Matthew tivesse más intenções. Eu podia perceber sua mente pura, e até um pouco ingênua. Era uma pessoa sofrida, que merecia ser feliz também. Eu só não conseguia aceitar o fato de ter que ser a minha irmã. Eu tinha medo que a situação fugisse do controle se eu não impedisse. Eu tinha tanto medo por ela, quanto tinha por Renesmee. E eu tinha certo ciúmes dela. Não o ciúmes de quem deseja para si, nem perto disso, mais como se eu esperasse que alguém melhor fosse ficar com ela. Um pouco do meu preconceito com os Lobos, um pouco do protecionismo exagerado de irmão. O envolvimento com um Quileute, implicava em deixá-la vulnerável, exposta a perigos que eu não tinha como controlar. Alice se manteve o tempo todo do lado de Matt, desde que soube. E isso me irritava. Como ela poderia querer que a própria irmã acabasse desaparecendo de suas visões? Deixá-la a favor de um futuro incerto, longe da nossa proteção. Será que ela não via como eu, que isso não tinha como dar certo? As possibilidades de algo dar errado eram infinitamente maiores do que as de dar certo, era insano arriscar. Por fim, fui vencido. Eu não tinha mais argumentos para uma Alice que bradava o tempo todo que a vida era da Amélia e quem deveria decidir era ela. Ela chegou a argumentar, que quando era comigo e a Bella, nenhum dos meus irmãos interferiu como eu estava fazendo agora, mesmo sendo tão intensamente desastroso quanto. A conversa com Matt fora providencial para que eu pudesse deixar que essa impressão acontecesse. Não que eu estivesse muito contente por estar sendo contrariado, mas fiquei bem mais aliviado por poder compreender as intenções de Matt. Contra a minha vontade, e sobre a insistência irritante de Alice, ele estava com Amélia agora, podendo estar tendo sua impressão naquele exato momento. E a estúpida promessa de não ler a mente dele enquanto eles conversassem me causava um estrondoso arrependimento agora. Era como estar de mãos atadas. Mas, arrependimentos não ajudariam agora. Pelo menos ela pareceu gostar dele. Isso me deixou mais feliz do que eu esperava. Minha última chance de protegê-la, ou assim achava eu, era ela acabar não gostando dele. Porque assim, eu teria motivos para afastá-lo. Ele não ia forçá-la de forma alguma, o que não parecia o caso.

De repente, Bella me tirou dos meus devaneios. Ela se levantou e olhou diretamente nos meus olhos. Eu sabia o que ela queria, só pelo seu olhar, era tanto malicioso, quanto constrangido, da mesma forma que ela me olhara na ilha em nossa lua de mel. Um olhar desejoso, porém envergonhado e um tanto culpado. Apesar da sua mente fechada, era tão fácil ler o seu olhar.. Eu sorri para ela respondendo com aprovação, eu a queria tanto quanto ela me queria. E nós éramos exatamente certos juntos. Eu me levantei e fui empurrando-a pela cintura para a porta:

-Até mais tarde! – eu disse para todos. Dava para ouvir, ao longe, as risadinhas insinuativas de Emmett, antes de sair da sala. Ele gritou de lá:

-Querem uma placa de ‘não perturbe’ emprestada? 
– ele riu alto.

-Não. Eu tenho uma. –
A resposta veio na ponta da língua. E eu tinha mesmo. Um presente de Emmett a algum tempo atrás. Eu só não sabia onde estava...

-Só não ponham a casa abaixo, hein? –
Ele acrescentou, sem perder tempo. Obviamente não esperava que eu me lembrasse, e arranjou um jeito de “sair por cima”.
-Cala a boca, Emmett! 
– Bella respondeu em tom de brincadeira. Estava irritada com o comentário. Ela sempre ficava muito envergonhada com as piadinhas constrangedoras dele.

Nós atravessamos a distância até a nossa casa, em uma velocidade surpreendente. Só o fato de ter que ir até la, já era uma perda de tempo... Eu fui acariciando a sua pele. Sua expressão radiante, eu nem precisava olhar para o seu rosto. Sentia seus impulsos e seus movimentos ao meu toque. Naquele instante, parecia que todos os problemas tinham sumido. Só existia ela para mim naquele momento. E aroma doce e convidativo da sua pele. A lembrança do toque dos seus lábios. Tudo se resumia a estar com ela, além daquela porta. Os problemas ficariam para depois. Quando alcançamos a porta, eu peguei-a gentilmente no colo, comecei a passar os meus lábios pelo seu pescoço. Ela riu alto e me beijou entusiasticamente, longamente. Tirou com os próprios pés, sem nem perder a atenção, os sapatos, que ficaram pelo corredor.

-Eu amo você! – eu disse a ela, tão verdade como era. Se é que é possivel, eu a amava cada vez mais.

-Me diga algo que eu não saiba – ela disse, seu olhar provocativo, já tirando o meu casaco.

-Eu até teria assunto. Mas pensei que você tivesse outros planos para essa tarde. – eu disse, com um sorriso. Ela suspirou. E me beijou urgentemente.

-Eu terei tempo para ouvir, mais tarde... – ela disse, entrando pela porta do quarto. Um segundo depois, ela voltou no marco da porta, fazendo sinal com os dedos para que eu entrasse. Seus olhos brilhando. Em menos tempo que isso, eu entrei e fechei a porta. A plaquinha de Emmett ficaria para uma próxima vez.

 

(...)


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram, odiaram?
Comentem.
Amoooo S2 vocês!
BeijooS