Full Moon escrita por amelia_cullen


Capítulo 16
Deslizes - Parte V – Amélia Cullen




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Eu estava nervosa. Não sabia se podia confiar totalmente na promessa de Edward. Ele podia até se esforçar para cumpri-la, mas se as coisas saíssem do controle, aquilo iria acabar mal. Eu ficava andando de um lado para o outro da cozinha, com as mãos na cintura, absorta em meus pensamentos. Esme estava, aparentemente, preparando o almoço de Renesmee.

    -Oh... Esme, eu esqueci de dizer que Nessie não vai almoçar hoje. Ela preferiu ir caçar com Rosalie... Me desculpe! – eu lembrei de repente.

    -Ah, mas não se preocupe, filha. – aquela palavra foi música para os meus ouvidos; produziu um sorriso em minha face quase que instantaneamente – isto é para as visitas. Charlie vem nos visitar.

   -O pai da Bella?

   -É sim. Ele vai almoçar conosco hoje.

   -Hum, que bom. Será ótimo finalmente conhecê-lo!

Ela simplesmente sorriu e baixou a cabeça para o livro de receitas, enquanto batia os ovos em uma tigela.

   -Ahn... mas...Esme, ele deveria saber que nós... ahn... não comemos?

   -Claro! Edward disse que Jacob contou isso pra ele também. Ah, e filha, você acha que irão gostar de panquecas para o almoço?

   -Irão? – eu tinha deixado passar despercebido antes a presença de mais gente nessa reuniãozinha...

   -Oh, sim. Jacob também vem. E Seth e um outro Quileute também... ahn... Matthew, acho que é. – eu estava petrificada. Será que Edward sabia disso?

   -Ahn, eu acho que eles irão gostar sim, mas... Esme, Edward já sabe disso?

  -Claro. Foi idéia dele, querida. Me ligou há uns vinte minutos para avisar. Bella já está indo buscar Charlie, e como Edward e Emmett já estavam em La Push, virão com os outros depois.

Agora eu já não sabia mais de nada. Estava totalmente perdida. Há menos de duas horas, Edward estava querendo matar o tal Matt, e agora, convidava ele para almoçar. Alguma coisa muito estranha estava acontecendo ali. Mas, como eu prometi pro meu irmão que não leria mais a sua mente, eu ia ter que arranjar outras formas de descobrir. De repente, Bella aparece na porta:

   -Hey, Mel! Até que emfim te achei. Não quer vir comigo para a cidade, buscar Charlie?

   -Ahn... claro Bells, eu adoraria!

   -Certo, vá se arrumar então. Combinei com ele daqui á meia hora.  ela falou, voltando-se para Esme. – Hum... O que temos aqui? – ela perguntou.

    -Panquecas! – Esme respondeu, satisfeita com o próprio trabalho. – acha que vão gostar?

    -Acho que sim. Mas não se preocupe muito com isso. Charlie não deve comer uma coisa boa assim à semanas, por causa da viajem de Sue; e quanto aos garotos... bem, são cachorros, como diz o Edward, todos eles vão gostar do que quer que você faça. Além do mais, sua comida é excelente!

    -Obrigada querida!

    -E o que vai servir para... ahn.. beber?

    -Oh, é verdade, eu me esqueci disso! E agora? Eu não tenho nada em casa para servir!

    -Não se preocupe. Nós passamos no mercado e compramos refrigerante. Fica no caminho.

    -Faça isso, Bella. Como pude me esquecer?!

    -Oh, não se culpe. Como poderia, afinal, a quanto tempo não recebe visitas que bebam alguma coisa fora da nossa dieta, não é mesmo? – eu a tranqüilizei.

Eu subi e fui direto para o closet que Alice tinha organizado para mim. Estava tudo separado por cores. Eu rapidamente localizei o que queria: a blusa de mangas curtas, azul e preta. Coloquei uma calça jeans escuro, com uma sandália preta. Soltei os cabelos e fui me olhar no espelho. Engraçado como o meu cabelo ainda estava tão gracioso e perfeitamente alinhado em suas ondulações, mesmo depois de horas saído do salão. Rosalie disse que a escova feita nos cabelos durava dias com a aparência impecável de recém feita. Isso porque o nosso cabelo era muito menos suscetível a mudanças. Como eu nunca havia cortado, penteado ou sequer soltado o meu cabelo em todos esses anos, não havia como eu ter me dado conta. Tudo o que eu sabia, era que eles cresciam em um ritmo arrasadoramente lento, menos de meio centímetro por ano. Dei uma última ajeitada com a mão sobre os cabelos e desci as escadas.

     -Vamos então? – Bella me perguntou, levantando-se do sofá.

     -Aham.

Eu não conhecia o carro da Bella ainda. Embora eu tivesse certa aversão à cor vermelha, eu tinha que admitir, o carro era deslumbrante.

    -Wow! – eu deixei escapar um assobio. – Vocês tem bom gosto pra carros, hein?

    -E não é? – ela começou a rir.

 

   -Er... Bells, não seria melhor se eu dirigisse? – perguntei cautelosa, já entediada com a velocidade com que andávamos.

   -Tudo bem, acho que estamos mesmo atrasadas! – ela sorriu forçadamente. Eu sabia que aquela idéia não a agradava. Não porque ela quisesse dirigir, mas porque carros em velocidade nunca forma o seu forte. Ela ainda não se acostumara aos comuns 200 Km/h. Nós saímos do carro e trocamos os lugares.

    -Fique calma, Bella. Eu faço isso há mais de cem anos. E nunca me meti em nenhum acidente, quaisquer que fosse.

    -Eu sei... – ela disse baixinho, segurando na parte de baixo no banco e olhando para suas mãos, no colo.


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