POV's León. 

O ensaio parecia longo demais. Aliás, qualquer situação parecia longa demais quando eu estava longe de Violetta. Voltar com ela foi a melhor coisa que eu já fiz.

Eu a amava, e tudo o que eu mais queria era estar ao lado dela. Quando enfim o ensaio acabou — eu não estava cooperando muito, então Broadway terminou mais cedo — nada me veio à cabeça além da vontade de ir atrás dela.

E fui isso que eu fiz. Porém, ela não estava em nenhum lugar do estúdio. Resolvi perguntar à Cami e a Fran, já que estavam sempre juntas. 

— Vocês viram a Violetta?

— Ela esteve aqui há uns 15 minutos atrás, mas parecia meio... Triste. Não sei bem. Acho que foi pra casa. — afirmou Francesca.

Fiquei preocupado de imediato. O que teria acontecido? Saí rapidamente em busca dela. Com certeza estava em casa, ou então, a caminho dela. 

Como não era muito longe do Studio 21, logo cheguei. 

— León, há quanto tempo. — disse Ramalho, assim que abriu a porta para mim. 

— É verdade. A Violetta está? 

— Sim, chegou há pouco tempo. Está no quarto. Quer que eu vá chamá-la? — perguntou.

— Não precisa, eu vou até lá. 

Subi as escadas quase correndo. Era incrível a minha preocupação com ela. Desde que a conheci, senti a necessidade de sempre estar ao seu lado, protegê-la, cuidar dela. 

Violetta sempre me pareceu muito frágil e sensível. Mas acho que a maior parte desse comportamento super-protetor devia-se ao fato de eu amá-la. 

Bati na porta.

— Quem é? — perguntou em voz baixa.

— Sou eu, meu amor. Posso entrar?

Ouvi o som de passos e logo ela abriu a porta para mim. 

— León? O que faz aqui? — perguntou.

— Não está feliz em me ver?

— Claro que estou, é só que... Não queria que me visse assim. 

Sim, ela realmente estava triste. Diria até abatida. Não soube bem identificar.

— O que aconteceu? — perguntei, adentrando o quarto e me sentando na beira da cama.

— Não é nada.

— Violetta, você mente muito mal. Me conte o que aconteceu. Não confia em mim? 

— Claro que confio. 

— Então me conta. — insisti.

Eu não aguentava vê-la daquele jeito. Era como eu havia dito para ela quando nos conhecemos, no dia em que eu a salvei dos skatistas: "Uma garota linda que nem você não pode ficar triste."

Não suportava ver a minha amada tão angustiada. 

Ela se sentou ao meu lado, e eu pus meu braço em volta de seus ombros. 

— Hoje, mais cedo, a Ludmila disse que ia fazer de tudo pra nos fazer separados. E eu sei que estou sendo uma boba, mas tenho medo do que ela é capaz. Eu não quero te perder. 

Peguei seu rosto entre minhas mãos e a fiz olhar pra mim. 

— Meu amor, ela não vai conseguir nos separar, mesmo que tente. E pode deixar que eu não vou a deixar fazer nada com você. Vou estar sempre ao seu lado, não importa o que aconteça. 

Ela sorriu para mim, o sorriso mais angelical que já vi em toda a minha vida. Toda vez que ela sorria, meu coração se acelerava. Nunca a amei tanto como agora.

— Eu te amo. — disse-me. 

— Eu te amo muito mais.

Pus uma das mãos em seu queixo, puxando seu rosto para mais perto do meu, e assim, selei meus lábios nos dela.

Violetta não foi a primeira pessoa que eu beijei, óbvio que não. Mas, desde a primeira vez que nos beijamos, senti algo diferente no beijo dela. Algo especial. Era de uma doçura inestimável, acompanhada de uma sensação que eu nunca sentira antes.

E toda vez que eu a beijava, a mesma sensação vinha.Quisera eu parar o tempo exatamente naquele momento. 

Passei mais um tempo ali, com ela. Mas estava ficando tarde, então resolvi ir pra casa. 

Ao chegar em casa, minha mãe disse que alguém me esperava no meu quarto. Achei que provavelmente fosse André ou qualquer outro para ensaiarmos alguma coisa. 

Porém, assim que meu quarto, vi uma figura loira vestida de rosa sentada em uma das cadeiras.

— Ludmila? O que faz aqui?