Te Esperaré escrita por Gabs


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Olááá! Então, só mais dois capítulos para a fic acabar e a segunda temporada começar! Não sei vocês, mas estou super animada. Quero começar logo a postar, rs.
Esse capítulo é dedicado à Marianna, que está super nervosa com o resultado do concurso. Vai dar tudo certo, amiga! E dedicado também à nininha cullen, que estava SUPER ansiosa para este capítulo, haha.



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— P-por que vocês não se casam aqui em Buenos Aires? — perguntei, tentando manter a calma.

— Bom, sua avó deu a ideia de nos casarmos em Madrid. 

— Papai, por favor! — Choraminguei e ele me olhou, sem entender. 

— Violetta, nós não vamos nos mudar para Madrid. Vamos apenas nos casar. Dentro de uma semana, voltamos. Não se preocupe, querida. 

— Não, papai. O problema não é esse. 

Levantei-me rapidamente. Aquilo não poderia estar acontecendo. 

Em qualquer outra ocasião, eu ficaria feliz em ir à Espanha. Estava com saudades de minha avó e do país em si. Mas aquele não era um bom momento. Eu tinha que me resolver com León antes de viajar, se não tudo iria pelos ares. 

Corri para a porta e escutei passos atrás de mim, provavelmente Maxi me seguindo. Quando a abri, a última pessoa que eu queria ver naquele momento apareceu e entrou com um sorriso triste nos lábios.

Fechei a cara para o italiano. Por culpa dele — e de Ludmila — minha relação com León estava em risco. Por culpa dos dois agora estávamos terminados e León acreditava que eu era uma péssima pessoa. 

— Ah Federico, era com você mesmo que queria falar. — Escutei papai falando.

— Diga, Germán. 

— Amanhã vamos para Madrid. Angie e eu nos casaremos lá, então gostaria que você ligasse para sua mãe e perguntasse se você pode ir. 

Arregalei os olhos para meu pai, incrédula. Ah, não, Federico ia também? Isso era, definitivamente, um pesadelo. 

— Nem preciso perguntar, ela deixa sem problemas. Mas ainda preciso de dinheiro para as passagens e...

— Não se preocupe. — Papai o interrompeu. — Eu pagarei suas passagens. Vá arrumar suas coisas. 

— Federico vai também? — perguntei sem a mínima sutileza.

Também não escondi a raiva que estava sentindo naquele momento. A fúria tomava conta de mim e eu já não pensava mais. 

Maxi, o tempo todo, permanecia calado. Pude ver que havia preocupação em seus olhos. Com certeza temia que eu avançasse em Federico ou algo do tipo, tamanha a minha raiva.

— Claro que sim, filha. Ele veio para cá para assistir ao casamento. 

— Não sei não, papai. — falei em tom provocativo, olhando sugestivamente para Federico. — Parece que ele veio com outros intuitos. 

Federico olhou em outra direção, constrangido. 

— Como assim? 

— Pergunte para ele. — Sorri ironicamente. — Agora tenho que dar uma saída, vamos Maxi. 

— Aonde vai? Você tem que arrumar suas coisas para a viagem.

— Não demoro. 

Não esperei sua resposta. Puxei Maxi pela mão e fechei a porta com a maior força possível.

Acho que além da raiva, a decepção e a tristeza me consumiam. Federico prometera a mim que seríamos apenas amigos. Ele disse que me entendia e não iria fazer nada que me prejudicasse. Nem acreditava que ele apoiara Ludmila nisso. Eu confiei nele, e ele me apunhalou de uma forma cínica. 

Eu não o culpava por gostar de mim. Não se podia evitar sentimentos de maneira alguma. Mas ele extrapolou os limites de uma forma vergonhosa, foi longe demais. Se a intenção dele, com isso tudo, era fazer com que eu fosse para seus braços, falhara completamente. 

— Violetta, aonde vamos? — Maxi perguntou enquanto me seguia pela rua. 

— Quero encontrar o León, preciso acertar as coisas. — disse, olhando para todas as direções, na esperança de avistá-lo.

— Não é mais fácil você ligar para ele? 

— Ele não vai me atender. — falei, desanimada. — Mas você pode ligar para ele. 

— Eu? 

— É, são amigos, não são? Por favor, liga e pergunta onde ele está. — lancei-lhe um olhar suplicante.

Ele assentiu e tateou os bolsos, buscando o celular. Por fim, pegou-o e digitou um número rapidamente, depois levou o telefone até o ouvido. 

— Ele não atende. — afirmou depois de um minuto.

— Droga, onde será que ele está? 

— Eu não sei... Violetta, eu sinto muito mas tenho que encontrar a Naty. Depois você conta o que aconteceu, ok? — Maxi falou sem jeito, coçando a nuca.

— Tá tudo bem, Maxi. Você não pode ficar 24 horas do dia seguindo meus caprichos. Vai lá. — Gesticulei, para que ele fosse.

Um sorriso brincou no canto de seus lábios. Ele deu um beijo em minha testa e seguiu na direção oposta da qual estávamos indo. 

Não sei o que seria de mim se não tivesse um amigo como ele. Sempre estava ao meu lado para me apoiar e aconselhar, custe o que custasse. Nem sei como ele aguentava todas as minhas insanidades. 

Segui para o Restó Band, León poderia estar lá, pois sempre estava ensaiando no depósito com os meninos. Quando cheguei, Luca atendia algumas mesas.

— Olá, Violetta. Como está? — perguntou em seu jeito simpático de ser.

— Estou preocupada... Você viu o León?

— Ah, ele foi para o depósito há alguns minutos, parecia bastante chateado... Vocês brigaram? — Luca perguntou curioso, enquanto retirava o último prato da bandeja que segurava.

— Sim. Bom, estou indo para lá. — falei apressada. 

Quase derrubei todos os copos no balcão de tão nervosa que estava. Sorri sem graça para os clientes que me observavam, e praticamente corri para o depósito.

León encontrava-se de costas para mim. Ele limpava o violão com um pano. Ao escutar o barulho de meus passos, olhou de canto por alguns segundos, e voltou a atenção para o instrumento.

— O que quer? — perguntou, ainda de costas.

— León, o que você viu não é nada do que está pensando! O Federico e a Ludmila armaram pra você pensar que eu estava com o Federico e...

— Violetta, basta. — Ele me cortou, virando-se bruscamente. — Pode até ter sido algum plano da Ludmila, mas nunca reparou que sempre há algo que nos separa?

— O que quer dizer com isso? — Fiquei confusa.

— Sempre tem algo para nos atrapalhar, não percebe? Antes era o Tomás, você vivia correndo atrás dele, mesmo estando comigo. Tinha sentimentos por ele, mesmo que negasse. E agora, aparece o Federico.

— Mas eu e o Federico não temos nada! O que você viu ficou fora de contexto. 

— Eu sei, Violetta, eu sei. Mas sempre tem algo para nos atrapalhar. Sempre há alguma ameaça na nossa relação e eu não quero continuar com isso. — Ele respirou fundo e se aproximou. — Violetta, eu amo muito você, mas não posso continuar com essa confusão.

— Mas que confusão, León? Eu amo você! Você é a única pessoa que está nos meus pensamentos... Pode até sempre haver algo para nos separar, mas somos fortes. Conseguimos nos manter firmes, o nosso amor faz isso. 

— Violetta, não pode existir um relacionamento com tantas ameaças, com tantas desconfianças. Eu sempre vou desconfiar do Federico, você sempre vai temer que a Ludmila faça algo para nos separar. Não dá pra continuar assim.

— Mas León... — Comecei, já soluçando.

— Eu te amo, ouviu bem? — Ele limpou uma lágrima que escapara de meus olhos com o polegar. — Eu te amo muito mesmo, mais do que minha própria vida. Entretanto, não dá pra continuar assim. Vai ser melhor para nós dois se estivermos separados.

— Melhor? — Alterei meu tom. — Como vai ser melhor se eu vou estar longe de você? Por favor, León, estávamos tão bem. 

— Acredite em mim, Violetta.

— León, amanhã eu vou viajar. Não quero estar longe enquanto estamos nessa situação. Preciso de você, eu te amo. — Eu estava à ponto de prostrar ao seus pés e suplicar.

— Espero que você tenha uma boa viagem. — Ele deu um meio sorriso, acariciou meu rosto por alguns segundos e se retirou sem dizer mais uma palavra. 

Palavras não podem explicar a dor que eu estava sentindo naquele instante. Senti que a qualquer momento eu poderia cair de joelhos ali mesmo. Não conseguia sustentar meu próprio corpo, não conseguia sustentar mais nada. León, meu porto seguro, minha força, minha confiança, acabara de me deixar. 

As lágrimas corriam livremente por minha face. Lágrimas de dor, de tristeza, de decepção, de saudade. Era como se um buraco enorme tivesse sido cravado em meu peito e estivesse exposto. Sentia-me vazia. 

— Violetta, aconteceu alguma coisa? — Luca apareceu por trás de mim repentinamente. 

Abri a boca para falar, mas as palavras não saíam. Eu não conseguia propagar um som sequer. Sem pensar, o abracei. Precisava de um abraço, não importando de quem fosse. 

León's POV

Caminhei pelas ruas sem rumo. Não sabia para onde ir, não tinha um destino exato.

Preciso de você, eu te amo. As palavras de Violetta ecoavam em minha cabeça de uma forma dolorosa. Quando ela as disse, foi como se um filme passasse em minha cabeça. Lembrei-me claramente da última vez que ela dissera isso, há uns tempos atrás. Ela queria voltar comigo, mas eu recusava. Dizia que ela tinha algo com Tomás, que sentia algo por ele. E de fato, na época, ela sentia. Porém, tudo mudara e esse já não era mais o motivo de nossa separação. 

Como eu mesmo dissera para ela há minutos atrás, tudo nos separava, de alguma forma. Sempre tinha algum problema ou ameaça em nossa relação. Eu sei perfeitamente que todo casal passa por problemas, mas os nossos eram diferentes e mais complicados. 

Quando Violetta estava comigo, sabia que ela corria riscos. Ludmila era uma louca e seria capaz de fazer qualquer coisa para nos separar, sem se importar com as consequências. E uma prova disso tudo, foi o dia em que Ludmila cortara os cabos do elevador, para que ele despencasse com Violetta dentro. Eu não podia deixar minha princesa correndo perigo. 

Eu não queria ter feito isso. Na verdade, uma dor enorme tomava conta de mim naquele momento. Mas aquilo era o certo a fazer. Sentei-me na calçada, completamente desolado.

Senti algumas gotas gélidas caírem sobre meu rosto e só então percebi que uma enorme nuvem cinza tomava conta do céu. Permaneci ali, sem me importar com resfriado ou qualquer outra coisa. E então, uma lágrima escapou.

Eu não costumava chorar, muito menos por uma garota. Sempre tivera uma personalidade bastante forte e nunca me deixara abalar por ninguém. Mas Violetta era especial, ela mudara completamente minha vida. Eu a amava mais que tudo e a ideia de ficar longe dela me deixava infeliz.É o certo a fazer, pensei, tentando convencer a mim mesmo. 

Violetta's POV

Corri de volta para casa, pois estava chovendo. Depois de passar uns minutos desabafando com Luca, uma pessoa com quem eu não tinha muito contato nem intimidade, achei melhor voltar para casa e seguir em frente. 

Afinal, eu tinha que fazer minhas malas para a viagem de amanhã, e ficar me lamentando não ajudaria em nada. Tamanha era a dor e a angústia que eu sentia, mas precisava continuar minha vida. 

Cheguei completamente encharcada. 

— O que aconteceu, filha? — Papai perguntou, examinando-me dos pés a cabeça. 

— Começou a chover. — Dei de ombros e encaminhei-me até as escadas.

— Não, isso é evidente. Não é disso que estou falando. 

— Então do que?

— Você está muito triste... E o que foi tudo aquilo com o Federico? Achei que fossem amigos. 

— Nós éramos. — Dei ênfase no verbo do passado. — Agora vou arrumar minhas coisas.

Subi sem dar mais cerimônias. Não queria explicar tudo para ele. Ele era meu pai e eu o amava incondicionalmente, mas aquele não era um assunto para se discutir com ele. E de qualquer forma, ele não entenderia.

Peguei o celular em minha bolsa, para me certificar de que ele não ficara danificado com a chuva. Apertei o botão e a tristeza tomou conta de mim novamente quando vi minha foto com o León, que usava como papel de parede. 

Quando essa dor e esse vazio no meu coração passariam? Será que eu conseguiria superar isso tudo? 

***

Olhei pela janela enquanto sobrevoávamos Buenos Aires, à caminho de Madrid. Não troquei uma palavra com Federico que, para minha infelicidade, estava sentando ao meu lado. 

Ainda estava magoada com o que ele fizera. E como não estar? Era algo terrível. Achei que ele fosse meu amigo, por mais que ele quisesse ser algo a mais. 

— Violetta, quando vai voltar a falar comigo? — Ele perguntou com uma voz fininha.

Ignorei-o mexendo em meu celular.

— Violetta, responde.

— Sabe quando vou voltar a falar com você? — Sorri falsamente. — Dia 30 de fevereiro.

— Você acabou de falar comigo. — Ele arqueou uma das sobrancelhas e deu um sorriso maroto. 

— Você é um idiota.

Voltei a ignorá-lo. Perdera as contas de quantas vezes ele tentara puxar assunto comigo, mas eu não cooperava. Ainda estava com muita raiva. E também, triste demais para ter um diálogo — ou discussão — com alguém. 

A viagem pareceu durar uma eternidade e senti um alívio imensurável quando pousamos. Quase corri para fora do avião. 

Vovó nos esperava no aeroporto toda sorridente. Realmente estava muito animada em nos ver. Eu também estava morrendo de saudades dela, já fazia um tempo desde que nos vimos, entretanto, não conseguia me manter tão animada.

Tentei parecer o mais simpática e feliz possível, mas parecia que todos os que passavam à minha volta me traziam lembranças de León. Seja pelo simples corte de cabelo ou perfume. 

A angústia consumia-me vorazmente e perguntei-me como conseguiria lidar com o fato de estar separada dele. 


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Notas finais do capítulo

Eu não gosto desse capítulo mais do que vocês. Não gosto de destruir Leonetta, pois eu amo esse casal e me uma dor no coração ver a Vilu e o León tristes. Mas isso faz parte da história, acreditem. E Leonetta vai voltar, não se preocupem.
Estou super chateada porque muitas leitoras estão deixando de comentar a fic. Por favor, deixem seus reviews! Eles me motivam à continuar e a falta deles me deixa desanimada. Se este capítulo tiver muitos reviews, prometo que postarei o próximo beeem rápido.
Enfim, é isso. Beijos, comentem, e por favor, vão lá no ask: http://ask.fm/TeEsperareGR