Te Esperaré escrita por Gabs


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o tão esperado capítulo de vocês. Agora faltam apenas 3 capítulos para terminar a fic e começar a segunda temporada, haha.



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Ludmila's POV

Observei aquela cena com um sorriso satisfeito nos lábios. Era aquela reação que eu esperava há semanas e finalmente conseguira ser bem sucedida. Pela brecha da porta, observava Violetta com lágrimas nos olhos, provavelmente sem entender nada do que estava acontecendo.

Finalmente, depois de meses, um plano meu foi concluído com sucesso. Eu conseguira o que eu queria depois de tanto tempo. Antes tarde do que nunca, não é mesmo? 

Nem acreditava que tudo saíra com perfeição.

-FLASHBACK ON-

— Ludmila, você não tem tanto talento como pensa para estar falando assim. Fale assim novamente e vamos para a sala do Antônio de novo. — Angie me fuzilou com os olhos. 

Fiz a menção de falar alguma coisa, mas desisti de imediato. Bati o salto no piso, mas desci do palco e sentei-me em uma das cadeiras. Como ela poderia tratar uma diva assim? Ela não tinha esse direito.

Mas é claro! Isso tudo era por ser a tiazinha da Violetta, esse era o motivo desse tratamento. 

Eu sabia bem o que tinha feito. Ajudara Jade e Matias com o sequestro e tudo mais. Entretanto, se tivéssemos sequestrado apenas Angie e deixado Violetta fora disso, ela não estaria agindo assim. Mas óbvio que ela tinha que defender a sobrinha sem talento. 

Desde que aquela garota entrou no Studio, só tive problemas. Não deveriam deixar pessoas assim, medíocres, entrar num lugar como esses. Eu tinha que me vingar de alguma forma, ela precisava se pôr em seu próprio lugar. E então, de repente, algo veio à minha mente. Um sorriso malicioso ficou estampado em meus lábios, eu era um gênio. 

Esperei o restante das apresentações para executar meu plano. Todos foram horríveis, como sempre. Nem sei como eles tinham a coragem de passar uma vergonha dessas.

Quando por fim todos estavam se retirando, puxei Federico de canto.

— Olá, loser! — Cumprimentei-o com um sorriso inocente no rosto. 

— O que você quer? Estou com pressa. — falou friamente.

— Ai Fede, por que você é assim? 

— Não me chame de Fede. Pra você é Federico, entendeu? Fe-de-ri-co.

— Que seja, seu nome continua horrível.

— Até mais, Ludmila. — Ele fez a menção de sair, mas puxei-o de volta. Precisava de sua ajuda.

— Preciso de você. — Nem acreditava que eu, Ludmila Ferro, estava falando isso para alguém. 

— Achei que você fosse uma super nova. — falou em tom de deboche, me imitando de uma forma ridícula. — De qualquer forma, não vou te ajudar, seja com o que for.

— Sei que você gosta da Violetta. — Resolvi ir direto ao ponto e deixar de hesitar. 

— Eu? Não!

— Está blefando, querido, sei que está. 

— Eu posso até estar blefando, mas isso não lhe diz respeito. — Ele deu um sorrisinho seco.

— Estou lhe oferecendo uma forma de tê-la.

— Ela está namorando com o León, e de qualquer forma, estou gostando de outra pessoa.

— Ah, sim! — Meu sorriso se alargou ainda mais, e meu tom foi ainda mais irônico. — Eu vi você bastante próximo da Fran. Mas você sabe que ela gosta do Tom, não é?

— Sei sim. 

— E eu sei que você ama a Violetta.

— Sim, eu amo. E não entendo aonde você quer chegar.

— Aí que está. Quero que me ajude a ela terminar com o Lion. 

— E por que eu faria isso? — Ele ergueu as sobrancelhas, em desafio.

— Ai como você é lerdo! Você gosta dela, não gosta? — Não esperei a resposta dele. — Então, se eles terminarem, o caminho está livre para você ficar com ela. 

Ele deu um sorriso animado, mas as palavras que vieram dele logo em seguida me surpreenderam:

— A Violetta é minha amiga, ela ama o León e eu jamais faria isso com ela. 

— Você é muito burro, sabia? 

— Sinto muito, Ludmila.

Ele virou de costas e começou a caminhar em direção à porta do Zoom. 

— Isso mesmo, perca a sua oportunidade. Passe o resto da vida sendo apenas amigo dela. Quero que saiba que quem entra na "friendzone" jamais saí. Fique assistindo de camarote ela com o León. — falei para ele, de um modo que só ele pudesse ouvir, afinal, ainda tinham pessoas próximas a nós. 

Ele parou no meio do caminho, ainda de costas. Ótimo, minhas palavras surtiram efeito. Era questão de segundos até que ele virasse e escutasse atentamente meu plano.

— Eu estou gostando de outra pessoa. — disse-me, ainda de costas.

— Mas você ama a Violetta. — constatei. 

Ouvi seu suspiro, e como eu previra, ele virou-se novamente, ficando de frente para mim. Coloquei um sorriso de vitória no rosto. 

— O que você quer que eu faça? — perguntou, relutante.

— Algo bem simples: Você só precisa dar um beijo na bochecha da Violetta quando perceber que o León está observando vocês. — expliquei.

— Só isso? Não parece ser algo tão... Ruim. — Ele parecia surpreso.

— E não é. 

— Mas Ludmila, por que você faz isso? Achei que gostasse do Tomás. 

— E gosto. — respondi. — Mas a prioridade é o sofrimento... Ops, a felicidade da Violetta.

— Felicidade? — Ele arqueou uma sobrancelha, duvidando de minha resposta.

— Claro! Não acho que ela seja feliz com o León. — falei com inocência novamente. — Agora vá e faça o que lhe pedi. 

— Mas o que eu falo?

— Não sei, inventa alguma coisa! — Empurrei-o para a direção de Violetta, que estava concentrada em sua bolsa.

Pronto, uma parte do meu plano já estava garantida. Agora eu só teria que avançar para a segunda etapa. Avistei ao longe León quase saindo do Studio.

Corri até ele e parei à sua frente, impedindo sua passagem.

— Oi Lion! 

— Meu nome é León, não Lion.

— Sempre te chamei assim, não seja arrogante. 

— O que você quer? — Ele tentava passar, mas eu não permitia.

— Precisamos conversar.

— Não tenho nada para falar com você. — respondeu.

— Mas eu tenho! Como você pode acreditar sempre no teatrinho dessa sua namoradinha? 

— Já vai começar de novo? Ludmila, deixa a Violetta em paz. — Ele falou a última frase pausadamente.

— Lion, eu só quero o seu bem... Essa garota não serve para você. — Tentei manter uma fachada inocente e sincera, mas ele me conhecia bem demais para acreditar nisso.

— Eu a amo, e ela não fez nada.

— Ah, não? E todas as vezes que ela brigou com você e correu para os braços do Tomás? E o beijo que ela deu no Tomás, meses atrás? — desafiei.

— Isso é passado.

— Como você é ingênuo, darling. Bom, o Tomás posso ser passado, mas o Federico não.

— O que você está dizendo? Eles são apenas amigos. — Ele soltou uma risada.

— Amigos? — Ri — Por que não volta ao Zoom e vê o quanto eles são "amigos"? — Fiz aspas no ar.

— No Zoom?

— Sim, eles estão lá, juntinhos. 

— Você está mentindo.

— Se não acredita em mim, vá ver. — disse por fim e encaminhei à sala ao lado.

Fiquei observando pelo canto da porta. Tinha absoluta certeza de que ele iria até lá, mesmo que estivesse tentando convencer a si mesmo que não rolava nada entre Violetta e Federico.

Por fim, meu presságio se concluiu. Ele voltou rapidamente até o Zoom. 

-FLASHBACK OFF

Abri a porta e fui até ela, bem decidida. 

— Então finalmente a máscara caiu. — falei ironicamente. 

Violetta's POV

Lágrimas quentes desciam pelo meu rosto. Lágrimas de incerteza, confusão, tristeza e desespero. O que eu fizera? Por que León terminara comigo? Eu não fazia a mínima ideia.

E a ação de Federico era bastante suspeita. Repentinamente, ele dera um beijo em meu rosto. Parecia ter adivinhado, de alguma forma, que León nos observava e poderia tirar conclusões erradas.

— Então finalmente a máscara caiu. — Uma loira vestida de rosa se aproximou de mim e falou em um tom irônico.

— O que você disse pro León? — perguntei entre soluços, abandonando a tristeza e dando espaço à raiva.

— Eu? Nada, querida. 

— Ele disse que você estava certa. Você falou algo para ele. — Cerrei minhas mãos em punhos. 

— Só mostrei-lhe quem você é de verdade. — respondeu com a maior naturalidade do mundo.

— Você armou tudo isso, não foi? — perguntei, já compreendendo tudo.

Federico estava sendo cúmplice desse plano dela. Os dois planejaram tudo para fazer parecer que estava traindo o León. Eu não podia acreditar que Federico tinha se aliado a ela para fazer León terminar comigo. Agora tudo fazia sentido.

— Armar? Jamais. Apenas orientei o León. 

Minha paciência evaporou por completo e avancei até a ela sem a menor cautela, sem nem pensar nas consequências. Como podia ser tão falsa? O ódio tomava conta de mim e me impediu de pensar em qualquer coisa. 

Ela conseguira me separar do León. Ela armara para mim, e Federico a ajudou. Eu nunca a odiei tanto quanto agora e o que eu mais queria era descontar toda minha raiva.

Alguém segurou meus braços com força, me impedindo.

— Essa garota é louca! — Ludmila ergueu a palma das mãos para cima, com ar de inocência e descrença. 

— A única louca aqui é você! — rosnei, tentando alcançá-la.

— Violetta, acalme-se. — Maxi me repreendeu, ainda me segurando.

— Me solta! — ordenei, mas ele me ignorou e me puxou para fora do estúdio.

Droga. Odiava ser fraca, odiava ser inútil. 

Por que essa garota sempre tinha que arruinar a minha vida? O que eu fizera para ela? Nunca fiz absolutamente nada. O ódio dela por mim era completamente gratuito. Uns diziam que era inveja, mas eu não acreditava nisso.

Maxi segurou meus ombros com força e olhou nos meus olhos com preocupação.

— O que foi aquilo? — perguntou.

Antes que eu pudesse responder, mais uma vez as lágrimas venceram e passaram a descer inconscientemente por minha face. Ele me abraçou e era exatamente disso que eu precisava.

Milhões de emoções passavam por minha cabeça. Raiva, decepção, tristeza, angústia, medo, receio... Todas giravam em uma espiral nauseante. Logo agora, que tudo estava tão bem com León. 

— Agora você pode me contar o que aconteceu? — Maxi perguntou quando me acalmei.

Respirei fundo antes de responder.

— Ludmila e Federico armaram para separar León de mim.

— Como assim? — perguntou, incrédulo. 

— León agora pensa que eu tenho algo com Federico e não deve querer me ver nem pintada de ouro.

— Ele te ama, Vilu. Ele vai ouvir sua versão da história. Quer ir atrás dele?

— Acho que quero ir pra casa agora. — respondi.

— Ok, te levo até lá.

E assim ele fez. Acompanhou-me silenciosamente até em casa. Às vezes, o silêncio é o melhor remédio para as dores. Em certos momentos, é desagradável e inquietante, mas em outros, é o melhor. 

Maxi acabou por ficar para almoçar em minha casa. Eu precisava de uma companhia e meu pai não era a melhor de todas. Ele faria um milhão de perguntas sobre meu estado, e com Maxi ali, manteria-se calado. 

Quando chegamos, ele ainda estava no escritório. Olga pediu para sentarmos à mesa que logo serviria o almoço. Mas é claro que a paz não durou muito, pois logo papai saiu do escritório.

— Oi, filha. — Deu um beijo em minha testa. — Aconteceu alguma coisa? — perguntou, me examinando sem a mínima sutileza.

— Não. — menti, virando o rosto. 

— Tem certeza? — Apenas assenti. — E olá, André. 

— É Maxi, papai. — Revirei os olhos. Ele nunca aprenderia o nome de meus amigos?

— Que seja.

— Olá, Sr. Germán. — Maxi cumprimentou-o educadamente. 

— Violetta, tenho uma ótima notícia para lhe dar. — papai disse.

É, estou precisando de notícias boas mesmo, pensei. 

— O que?

— Vamos para a Espanha! — falou, em um ar animado.

— Como é que é? — balbuciei, sem acreditar. 

— Eu e Angie nos casaremos na Espanha, não é ótimo? Mas não se preocupe que é apenas uma viagem, logo vamos retornar. Vamos amanhã mesmo.

Fiquei completamente dispersa ao ouvir aquelas últimas palavras. Ah, não! Eu não podia ir para a Espanha, não agora. Estava brigada com León, ele estava achando que eu era uma péssima pessoa. Não poderia ir, não nesse estado. Isso é um pesadelo. 


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Notas finais do capítulo

Perdoem-me qualquer erro de pontuação. Enfim, vocês entenderam tudo (eu espero.) E agora? O que acontecerá? Será que Violetta vai para a Espanha sem se acertar com o León? O que Ludmila fará agora que conseguiu o que queria? Sexta no globo reporter, hsuahsausa.
Bom, por favor, peço que deixem seus reviews, eles me deixam muito feliz, vocês sabem. E por favor, vão lá no ask.fm: http://ask.fm/TeEsperareGR