Te Esperaré escrita por Gabs


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Estava com uma inspiração sobrenatural e resolvi escrever.
Antes de começar o capítulo, quero mandar um super agradecimento à Angela, a hungerpotter e Lara pelas lindas recomendações. Sério, eu fiquei super emocionada com cada uma. Vocês não tem ideia do quanto eu estou feliz, nem sei o que falar, estou aqui pulando de alegria! E também quero agradecer à minha linda Aninha, ela me deu umas ideias realmente boas para fic e não poderia deixar de dar os seus créditos. Te amo, amiga ♥ E acima de tudo, obrigada à todos vocês pelos belos reviews, favoritações, recomendações e por acompanharem. Vocês são as melhores leitoras do mundo, amo você.



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Olhei em volta, completamente zonza. Onde eu estava? Como fui parar ali? Só me lembrava de alguém tapando minha boca e uma venda sendo colocada em meus olhos.

Olhei em volta mais uma vez e o ambiente era escuro. Só uma fraca luz iluminava o local, que vinha de um abajur no canto. Não tinha mobília, só algumas caixas e vasos.

Senti uma dor em meus pulsos. Olhei para baixo e vi que estava amarrada à uma cadeira. Se não estivesse tão fora de órbita, com certeza entraria em um estágio de pânico. Minha cabeça latejava e de vez em quando, minha visão tinha uns espasmos. Olhei para o lado e vi uma loira, amarrada da mesma forma que eu, de olhos fechados.

Seu semblante era de angústia. Demorei alguns minutos para identificá-la. Senti um estalo ao reconhecer a loira. Angie.

— Angie? — perguntei e minha voz saiu arrastada.

Ou eu tinha levado uma pancada muito forte, ou tinham me dado algo que me deixara assim. Meu raciocínio estava lento demais, minha voz estava lenta demais.

Angie abriu os olhos lentamente, e um sorriso fraco se formou em seus lábios.

— Você está bem?

— Estou... — falei, pensativa. — O que tá acontecendo Angie?

— Eles nos prenderam.

— Eles? Quem?

De repente, voltei ao normal. Meus olhos não estavam mais pesados e meu cérebro voltou a funcionar corretamente. Dei-me conta da situação. E Angie? Meu Deus! Depois de semanas eu reencontrara Angie.

— ANGIE! MEU DEUS, VOCÊ TÁ AQUI. VOCÊ ESTÁ BEM? O QUE ELES FIZERAM COM VOCÊ? — Eu despejada as palavras de uma forma impressionante. Precisava colocá-las para fora.

— Calma, shhhh... Shhhh... — falou em um ar cansado, e ao mesmo tempo preocupado.

— VOCÊ ME PEDE CALMA? ANGIE, FAZ DUAS SEMANAS QUE VOCÊ DESAPARECEU, VOCÊ NÃO SABE O QUANTO EU FIQUEI PREOCUPADA. E O PAPAI, ELE ESTÁ DESESPERADO... — Comecei a tagarelar novamente.

— Não grite, por favor! Estou com dor de cabeça e além do mais, eles vão nos ouvir.

— Tudo bem, desculpe... Eles quem? — perguntei.

Ela abriu a boca para responder, mas algo nos chamou a atenção.

Escutamos passos no andar de cima. Eu escutava as tábuas rangerem. Alguém estava próximo de nós. Cada vez a pessoa estava mais perto. De repente, os passos foram interrompidos.

Ouvi um gemido gutural de dor e uma exclamação de espanto.

León's POV

André falava sobre qualquer coisa sem nexo, como sempre fazia. Beto nos juntou para compor uma nova música e agora estávamos tendo — ou tentando ter — novas ideias. Ele dizia alguma coisa sobre marcianos, algo que evidentemente nada tinha a ver com a canção. 

Queria logo ver Violetta. Ela estava muito mal desde ontem, com a suposta aparição de Jade na praia. Sabia que agora ela estava com Maxi e ele tentava descobrir o que ela tinha, entretanto, queria estar ao lado dela. Não suportava vê-la de tal forma, tão angustiada e preocupada.

— Será que os marcianos vivem só em Marte? Ou em Júpiter também? — André me perguntou, pensativo. 

Revirei os olhos e suspirei. Ele não mudava nunca. 

— André, nós temos que escrever uma música. — Era a décima vez que eu o advertia. 

— Ah, e ela pode ser sobre extraterrestres? 

Afundei o rosto em minhas mãos, já cansado. Já vi que teria que compor a música sozinho. Por fim, desisti e saí da sala, deixando André tagarelar sozinho. Ainda não entedia como ele conseguira entrar no Studio. Tão ingênuo e infantil. Se não fosse o talento que ele possuía, provavelmente nem colocaria o pé aqui.

Vi Maxi conversando com Napo no meio do corredor. Fui até eles. 

— Cadê a Violetta? — perguntei.

— Oi pra você também, cara. — disseram os dois e rolei os olhos. 

— Olá, meus caros amigos. — falei em um tom sarcástico. — Cadê a Violetta?

— Quando o Napo chegou aqui e atrapalhou tudo, ela saiu. 

Onde ela teria ido? Vi Cami caminhando em nossa direção junto à Fran, e decidi perguntar para ela. 

— Ei Cami, você viu a Violetta? — perguntei. 

— Ela saiu correndo quando eu disse que tinha visto a madrasta dela. 

— VOCÊ VIU A ANGIE? — gritei. Um misto de esperança e preocupação tomou conta de mim. Esperança porque finalmente aquela busca acabaria, e preocupado pois não sabia em que estado ela estava.

— Por que todo mundo pergunta se vi a Angie? Achei que a madrasta dela fosse a Jade... — afirmou confusa. 

— Não, é a Angie... Espera, você viu a Jade? E CONTOU PRA VIOLETTA? — Agora sim, e esperança desaparecera. A preocupação permaneceu e deu espaço ao nervosismo e ao desespero.

— Ai, pra que isso tudo? Sim, vi. 

— Camila, você não devia ter feito isso. — falei, tentando me acalmar. Mas é claro que foi em vão. 

— Por quê?

— Não tenho tempo pra explicar. Só me diz qual é o endereço. — exigi. 

— Me esqueci do número da casa... Só lembro que é na Rua Salinas e a casa era azul.

— É muito longe... Mas não importa. Obrigada, Camila. — Agradeci.

Puxei Maxi pelo braço e o arrastei comigo, para irmos até a Rua Salinas, ele poderia me ajudar. Afinal, duas cabeças pensando era melhor do que uma. Ele me olhava sem entender nada e eu estava irritado demais para explicar. Irritado por Camila ter dito para Violetta. Irritado por Violetta ela ter ido até lá.

Violetta praticamente entrava em risco de propósito. Por que ela simplesmente não me esperava? Com certeza teria se livrado de muitas enrascadas. Não que eu fosse o super-homem ou algo do gênero, mas poderia muito bem ajudá-la.

— Cara, aonde a gente vai? — perguntou.

— Atrás da Violetta, não é óbvio?

— Cara, que exagero, a Violetta deve estar bem. 

— Ah, claro! — Dei um sorriso sarcástico. — Até parece que você não conhece a Violetta. Sabe bem que ela vai se precipitar.

— É você tenho razão, mas tenho certeza que... — Ele parou de falar no meio da frase, estava distraído.

Segui seu olhar e ele acompanhava uma loira que caminhava do outro lado da rua. Maxi nunca mudava, era incrível.

— Maxi, pelo o amor de Deus, se concentra! Você tem namorada! — exclamei, dando um tapa nada leve em sua testa.

— Ai! — Massageou a testa, que ficara vermelha.

Ele demorou alguns minutos para se recompor. Mas por fim, chacoalhou a cabeça — como que para se focar — e assentiu. Como não encontramos nenhum taxi em circulação e eu estava com pressa demais para esperar um, pegamos um ônibus.

Não levaria exatamente para o local, mas pararia em uma parada bem perto da rua. Passaram-se uns 15 minutos e chegamos. Porém, para mim, pareceu um século. 

Andamos até a rua, que por sorte, ficava há uma quadra dali. Só bastava encontrarmos a cada certa.

— Você está vendo a casa azul? — perguntei, enquanto percorria o local com o olhar. 

— Que casa azul? Você não me falou nada.

— A que a Camila disse, idiota.

— Não é aquela? — Ele apontou para o oeste. 

Semicerrei os olhos — o sol da tarde estava forte demais — e tentei encontrar o local. Revirei os olhos ao ver para o que ele apontara. 

— Você é retardado? Isso é um supermercado! E nem é azul, é amarelo. — falei, apertando a ponte de meu nariz com força, uma imagem evidente de desaprovação. 

— Como você pode ter tanta certeza de que é um supermercado? 

— Hm, deve ser porque tem um letreiro enorme e bem visível escrito: "Mercado do tio Alfredo", ao lado da logomarca tem o desenho de um carrinho de supermercado, e tem pessoas de lá saindo com sacolas! — Gesticulei mais uma vez naquela direção. Estava ficando sem paciência. 

— Ah! É mesmo. — Ele olhou em outra direção. — E aquilo ali? Será que é a casa? 

Olhei na direção que me fora indicada e mais uma vez tive que respirar fundo para não dar um murro nele. Ele estava ficando pior que o André. 

— Isso. É. Um. Motel. — disse-lhe pausadamente. — Você fumou antes de vir pra cá? Ou simplesmente tem passado muito tempo com o André?

— Foi mal, foi mal. Fico meio sem noção quando to nervoso.

— Quem deveria estar nervoso sou eu.

— Hey, a Violetta é minha amiga, tenho direito de estar preocupado com ela.

— Não vamos brigar agora. Temos que achar a casa.

Olhei mais uma vez em volta e constatei o óbvio. A casa estava bem à nossa frente e não percebemos. Era azul e seu número era 58. Como não havia mais nenhuma casa azul naquela rua, supus que aquela era a certa.

Fui andando em direção à porta e Maxi me acompanhou meio hesitante. Sabia que estava temeroso. Revirei os olhos. Meu único medo era que Violetta não estivesse bem.

Fui girando a maçaneta e Maxi me repreendeu no mesmo instante.

— Não vai bater na porta?

Dei uma risada de escárnio. Ele estava brincando, não estava?

— Óbvio que não.

Girei a maçaneta e a porta estava aberta. Adentrei o local sem esperar mais nenhum segundo, completamente determinado. Era semelhante ao casebre que Violetta, Pablo e eu fomos duas semanas atrás.

Coloquei o pé para dentro e a tábua do assoalho rangeu. Ótimo, pensei ironicamente.

Fui caminhando a passos largos, para chegar com mais rapidez. Não me importava com o risco, queria ver minha namorada sã e salva. Sentia Maxi andando logo atrás de mim, então prossegui.

Quando virei o corredor, algo atingiu minha nuca. Gemi de dor e a última coisa que foi o semblante de Maxi, completamente aterrorizado.

Algumas horas depois – Germán’s POV.

Tentava me concentrar na papelada que estava em minhas mãos, mas não conseguia focalizá-la. De vez em quando eu bebericava meu café, tão amargo quanto eu. Ramalho falava alguma coisa, mas eu estava desligado.

Angie ocupava minha mente, todos os meus pensamentos. Já se passaram duas semanas e nada fora encontrado, nenhum vestígio, nenhuma pista. Eu deveria me conformar e começar a cogitar o pior, mas não podia. Recusava-me a acreditar isso. Minha cabeça bloqueava esses tipos de pensamento.

Arrependi-me de todas as brigas que tivemos, de todas as vezes que foi injusto com ela. Fui um idiota por bastante tempo e agora a mulher que eu amava havia sumido. A polícia ainda tomava conta do caso, mas tinha quase certeza de que eles não encontrariam absolutamente nada. 

— Germán, está me ouvindo? — Ramalho perguntou.

Pensei em ignorar, mas estava na hora de voltar à realidade.

— Sim, estou.

— Está disperso há muito tempo. — falou, em sua voz grave. — Germán, ela está bem.

— Você não pode me garantir isso, ninguém pode.

— Vamos pensar no melhor, sim?

— Eu tento. — falei.

Ele desistiu de puxar conversa e pegou alguns papéis. Começou a folheá-los distraidamente. Voltei a atenção para a papelada, mas não consegui me concentrar.

Já estava pensando ir para a cozinha, quem sabe comer alguma coisa levantasse meus ânimos. Mas, antes que eu pudesse me levantar, a porta do escritório foi aberta rapidamente e alguém adentrou com a mesma rapidez.

Fiquei boquiaberto ao ver quem estava à minha frente, mas antes que eu pudesse reagir, ela já me abraçava com toda força. Ela soluçava de uma forma compulsiva e eu não sabia o que fazer.

— Angie, você não está mais desaparecida! — falei, ainda surpreso e sem reação. 


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Notas finais do capítulo

Vocês devem estar pensando: "WTF? Como assim? A Angie estava presa e agora está aí? Gabriella, você é louca?" Não se preocupem, no próximo capítulo tudo será esclarecido! E Duda, não se preocupe pois o logo o romance retornará à fic e terá muito Germangie, ok? Hahaha.
Deixem reviews, por favor! Vou tentar escrever o próximo capítulo o mais rápido possível, pois minhas aulas começam dia 18 e a partir daí não terei mais taaaanto tempo livre para escrever.
E mais uma vez, obrigada pelas recomendações, vocês são MARAVILHOSAS!
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