Te Esperaré escrita por Gabs


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem BASTANTE esse capítulo pois vou demorar um pouco para postar o próximo. Perdoem qualquer erro ortográfico, estava com pressa.
Capítulo dedicado à Aninha linda *-*



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Abri os olhos e uma forte luz branca me atingiu em cheio, fazendo-me fechá-los novamente. Onde eu estava? Que luz irritante era aquela? Era de dar dor de cabeça.

Remexi-me na cama da qual estava deitada e não era muito confortável. Pelo menos a dor na minha perna já não me incomodava mais. 

Tentei abrir os olhos novamente, só que mais devagar. Olhei para o quarto ao meu redor, estava em um quarto de hospital. Minha perna, que encontrava-se engessada, estava sob um travesseiro. Meus braços estavam repletos de curativos.

Olhei para o lado e meu pai, com um semblante preocupado, me fitava.

— Papai? — perguntei ainda confusa.

— Oi, filha. Como se sente? — Ele afagou meu braço carinhosamente.

Franzi o cenho para ele. 

— Não está bravo? 

— A culpa não foi sua, armaram para você. — disse ele.

— Como sabe disso? 

— Depois que León te trouxe para cá, ele me ligou e contou tudo. 

— Então... Não está com nem um pouco de raiva? — persisti, ainda não convencida por completo.

— A culpa não foi sua. — disse-me mais uma vez. — Só fiquei chateado por você ter caído nessa, minha filha. Você acha mesmo que se eu quisesse me comunicar com você, colocaria um bilhete no seu armário? — Ele ficou indignado. — Sou o seu pai, e não um namoradinho de colegial.

Ri diante daquela afirmação, e o abracei com um pouco de dificuldade. Ele acompanhou a minha risada, em um ar condescendente. 

— Sinto muito. Mas sei lá, eu não estava suspeitando de nada. — disse-lhe.

— Eu entendo, o que importa que é que não aconteceu nada muito grave. O que é algo bastante inusitado, pois o elevador despencou. 

— É, graças a Deus não foi nada muito grave. — concordei. — Onde está León? — perguntei, olhando em volta mais uma vez. — E os meninos?

— Estão todos na sala de espera. Quer que eu chame alguém? 

— Pode chamar o León?

Ele relutou um pouco com aquilo, ainda não se acostumara com a ideia de sermos namorados. Porém, se levantou e dirigiu-se até a porta, até que me ocorreu algo.

— Papai? — O chamei.

— Sim?

— Cadê a Angie? — perguntei. 

— Não sei, filha. Não vi ela hoje, ela saiu bem cedo de casa e não atende o celular. — afirmou, bastante apreensivo.

Abanei a cabeça e ele saiu do quarto. Onde Angie estaria? E por que ela não fora dar aula hoje? A princípio, achei que fora encontrar minha avó. Entretanto, era tudo uma armação. Fiquei bastante preocupada. 

 Antes que eu pudesse pirar ou algo do tipo, León adentrou o quarto com um sorriso enorme no rosto, carregando um belo buquê de flores. Fiquei radiante ao ver aquilo.

— São para mim? — perguntei, abobalhada.

— Não, para a moça da recepção. — Ele rolou os olhos e lancei um olhar irritado para ele. — É óbvio que são para você, sua boba! — Riu e deu um beijo na minha testa.

Se sentou na cadeira ao lado da cama e me entregou o buquê. Rosas vermelhas, tão lindas.

— Adorei. — disse, ainda extasiada. Não parava de admirar a beleza das rosas. — Não precisava, amor.

— Claro que precisava! — exclamou em um tom autoritário e decidido. 

— Você é um tolo! — Ri e o abracei de forma desajeitada, a minha perna não permitia que eu me locomovesse muito naquela cama. — E os meninos? — perguntei.

— Estão na recepção, muito preocupados com você. — disse, retribuindo o abraço de forma carinhosa. 

— E Ludmila? Souberam dela? — perguntei agora com um tom temeroso.

— Não, nada. — Ele ficou bastante irritado quando toquei no nome dela. — Acreditamos que ela foi responsável pelo rompimento dos fios do elevador, o que causou a queda. 

— Será que foi ela mesmo?

— Ainda não temos provas, mas tenho quase certeza. 

— Não acredito no quanto ela é... — Não consegui completar.

— Maléfica? 

— Acho que essa é a palavra certa. — concordei. 

— Não vamos pensar nisso, certo? — Ele colocou um sorriso no rosto e passou o braço em volta de meus ombros. — Falemos de coisas boas.

— Bem que eu queria, mas infelizmente não posso, estou preocupada com outra coisa.

— Com o que, meu anjo?

— Com a Angie. Ela não deu aula e papai não consegue falar com ela. Será que Ludmila armou alguma coisa? — Estremeci ao pensar nas possibilidades.

— Duvido. Ludmila tem problemas com você e não com a Angie. 

— É, tem razão. Mas ainda assim, é estranho. — Suspirei. 

— Quem tem problemas com a Angie? — perguntou de repente, como se acabasse de lhe ocorrer algo.

— Só a... Jade. Ah, meu Deus, você acha que ela tem algo a ver com isso? — Arregalei os olhos, temendo essa ideia.

— Talvez. Quem sabe não se uniu com Ludmila?

— Com que propósito? 

León pareceu pensar um pouco, e logo pôs-se a falar. 

— Ludmila tem problemas com você, e Jade tem problemas com a Angie, certo? — Acenei a cabeça positivamente. — Quem sabe, tenham se unido para arranjar um forma de acabar com vocês duas ao mesmo tempo? Isso favorece às duas.

Estremeci mais uma vez, com a parte do "acabar". Angie possivelmente estava em perigo, e eu estava presa em uma cama de hospital.

POV Angie.

Não acredito que tinha viajado até Rosário para nada. E ainda por cima, tinha que pegar um trem para voltar para casa, graças à incompetência do meu melhor amigo, Pablo, que apenas me trouxe e foi embora. 

Eu devia ter percebido que tudo era uma armação. Algum tipo de brincadeira para me fazer dar uma viagem perdida. Mas não, claro que eu tinha que acreditar em tudo. Encostei a cabeça no vidro, me lembrando de como fora parar ali.

Flashback ON -

Acordei bem cedo, pois dormira cedo na noite anterior. Germán ainda dormia tranquilamente, preferi não acordá-lo. Tomei um banho rápido e me vesti de forma metódica. 

Desci para ajudar Olga com os preparativos para o café da manhã.

— Bom dia, Angie. — cumprimentou animadamente. 

— Bom dia, Olga. Precisa de ajuda em algo?

— Aqui na cozinha, nada. Mas pode olhar se chegou alguma carta? — perguntou.

— Claro. — afirmei, saindo pela porta dos fundos e indo em direção à caixa que ficava no muro, por onde entrariam as cartas.

Tinha apenas um bilhete rosa pink, com o nome "Angie" escrito com bastante visibilidade. 

Abri-o, curiosa, e me deparei com uma bela letra escrita em destaque.

"Angie, estou de volta à Argentina. Ainda não pude ir a Buenos Aires, estou em Rosário visitando uns parentes nossos. Venha me ver, estou morrendo de saudades.

Mamãe."

Achei estranho. Se ela estava em Rosário como tinha mandado aquele bilhete? E se realmente quisesse falar comigo, por que não me ligou? Era bastante suspeito.

Talvez, tivesse pedido para algum amigo ou conhecido deixar o bilhete. Conclui que minhas suspeitas poderiam ser tolas. Afinal, se alguém quisesse me atingir de alguma forma, com certeza não usaria um bilhete. É algo bastante clichê e óbvio.

Pensei em pedir para Germán me levar, mas ele estava dormindo e não queria despertá-lo agora. 

Claro! Ligaria para Pablo.

Peguei o celular e digitei o número rapidamente. Chamou duas vezes e ele atendeu.

— Angie?

— Oi, Pablo. Pode me levar a um lugar? 

— Bom dia pra você também. — Ele falou em um tom irônico. Rolei os olhos.

— Bom dia, meu caro amigo. — Ri. — Pode me levar?

— Para onde?

— Para Rosário, vou encontrar minha mãe. 

— Por que sua mãe não está aqui, em Buenos Aires?

— Aparentemente foi visitar uns parentes nossos... Pode ou não?

— Posso apenas te deixar lá e voltar. 

— Serve. Quem sabe eu pegue carona com alguém da família na volta. 

— Tudo bem, estou indo para aí.

Não sei o que faria sem Pablo. Mesmo que ele estivesse magoado por eu ter preferido ficar com Germán a ficar com ele, continuava a me aconselhar e a me ajudar como ninguém. 

Pablo chegou rapidamente e logo estávamos na estrada. Ficamos em silêncio uma boa parte do tempo, não tínhamos o que falar. Ou até tínhamos, mas não queríamos. O clima entre nós havia ficado um pouco tenso depois de tudo.

De vez em quando, eu puxava um assunto ou outro, mas ele não cooperou muito comigo. Quando menos esperei, já havíamos chegado.

Como havia dito, Pablo apenas me deixou e foi embora. Liguei para mamãe, para perguntar em que casa ela se encontrava. Ela me atendeu e então me deu a informação que eu menos esperava: Estava na Espanha e ainda demoraria muito tempo para voltar. Eu havia caído em uma pegadinho, ou até uma cilada. 

Flashback OFF - 

Olhei pela janela e fiquei observando monotonamente a paisagem. Fui extremamente burra. 

Lembrei-me da existência de meu celular. Estava desligado. Liguei-o, talvez tivesse recebido alguma ligação ou mensagem. Quando tudo carregou, fiquei assustada.

76 ligações perdidas e 39 novas mensagens. Todas de Germán e Violetta. Repentinamente fiquei aflita. Teria acontecido alguma coisa? 

Liguei para Germán de imediato, que atendeu na primeira chamada. 

Angie? Cadê você? 

— Estou em um trem, de volta para Buenos Aires. Me mandaram um bilhete, se passando por minha mãe e eu caí. 

Então você também? — Ele alterou o tom de voz.

— Eu também? — Franzi o cenho.

Também mandaram um bilhete para Violetta, se passaram por sua mãe. Ela foi até o endereço que tinham indicado no bilhete. Quando viu que não tinha ninguém, entrou no elevador para voltar e ele despencou.

— O QUE? — gritei, atraindo o olhar de todos ali presentes.

Acalme-se, não aconteceu nada tão grave. 

— Estou indo para aí. Onde vocês estão?

No hospital.

— Ok.

Desliguei o celular e fiquei extremamente irritada com lentidão daquele trem. Queria que fosse mais rápido. Precisava urgentemente ver a minha sobrinha. 

POV Angie OFF

Em algum lugar, bem longe dali, uma loira contemplava o sucesso de seu plano. Não saíra tudo como planejado, mas ainda assim fora um sucesso.

Tinha mais algumas armações em mente, e com a ajuda de sua nova cúmplice, com certeza seriam bem sucedidas.

Deu seu famoso sorriso maléfico e foi atrás dos preparativos para o seu novo plano.


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Notas finais do capítulo

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