Te Esperaré escrita por Gabs


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não demorei para postar, mas o próximo vai demorar um pouquinho, pois contém muita coisa.



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POV Geral

Um estrondo ecoou por todo prédio e foi seguido por um grito agudo de desespero. Maxi e León, que esperavam impacientes na recepção do hotel, se exaltaram ao ouvir o barulho.

— Violetta! — León exclamou.

— O que foi isso? — Maxi estava aterrorizado.

— Não sei, só sei que esse foi um grito da Violetta. — Ele já andava de em círculos com as mãos na cabeça, uma imagem de evidente desespero.

O rapaz que já estava aflito antes, sentia-se completamente preocupado agora. O que fora aquele estrondo? Seus olhos se encheram de lágrimas, mas fez de tudo para que elas não transbordassem.

— Vou ligar para a Violetta. — afirmou, retirando o celular do bolso com as mãos trêmulas.

Temia por sua namorada, sabia muito bem que estavam sob ameaça e aquele estrondo fora muito suspeito. Desesperou-se ao ver que celular da garota estava na caixa postal.

— León, acalme-se. — Maxi tentava tranquilizá-lo, mesmo que o próprio também estivesse igualmente nervoso.

— Não dá pra me acalmar! — Ele gritou. — O que foi esse barulho? Parece que alguma coisa bem pesada caiu. E o que foi esse grito? Tenho certeza que foi de Violetta. 

— Violetta já não deveria ter descido? Onde ela estava quando você ligou?

— No elevador. 

Ambos perceberam que a luzinha que indicava os andares em que o elevador se encontrava estava apagada. León tentava inutilmente se acalmar, mas sabia que não poderia.

Tinha a absoluta consciência de que algo acontecera a sua namorada. 

Um homem desconhecido entrou correndo na recepção com um semblante preocupado e aflito. Deveria ser o recepcionista do hotel, ou algo do gênero. Maxi e León o encararam com a mesma expressão.

— Quem é o senhor? — perguntaram em uníssono. 

— Isso não importa. — disse-lhes, andando de um lado para outro.

— O que aconteceu? Que barulho foi aquele? Você sabe? — León estava a ponto de socar o homem, pois este mesmo não lhe dizia nada. 

— O elevador despencou. 

— COMO É? — O moreno gritou.

— COMO ASSIM ELE DESPENCOU? — Maxi também gritou igualmente desesperado. 

— Não sabemos. — falou friamente. — Não tenho tempo para explicações. 

— Como você pode ser tão insolente? — León agarrou o homem pela roupa, levantando-o com toda a brutalidade que podia. — Minha namorada estava naquele elevador! 

— Sinto muito, mas não posso fazer nada. — O homem falou com a voz entrecortada, com medo da reação do rapaz. 

— COMO NÃO PODE FAZER NADA? — Ele gritou, pondo o homem no chão e indo em direção a uma porta de metal.

— Aonde você vai? — perguntou Maxi, roendo as unhas de nervosismo.

— Vou atrás da minha namorada. 

Ele abriu a porta e adentrou o local. Viu que haviam umas escadas que o levariam até o poço do elevador. Ele estava com medo, realmente. Mas tinha que ser corajoso e confiante, se não, jamais conseguiria encontrá-la.

Temia pela vida de sua amada. Se o elevador realmente tinha despencado, então ela poderia ter sofrido danos. Seus olhos se encheram de lágrimas novamente ao pensar nas piores possibilidades.

Maldita Ludmila. Ela havia ido longe demais. 

León desceu as escadas cautelosamente, pois estava escuro e poderia tropeçar a qualquer momento. Pode ouvir ao fundo a porta de metal fechando, provocando um barulho irritante. 

Estava tudo um breu. O rapaz pegou o celular para iluminar o caminho e pôde ver um interruptor na parede. Puxou para o lado "on" e uma luz fraca se acendeu. Embora a iluminação fosse pouca, pôde ver claramente o elevador ao fundo. 

Ele quase correu até o elevador e conseguiu abrir as portas com alguma dificuldade.

POV León

Então eu a vi ali, caída no chão e totalmente inconsciente. Pude ouvir sua respiração fraca e agradeci a Deus por isso, pelo menos estava viva. 

As lágrimas finalmente transbordaram e escorreram pelo meu rosto. Vê-la ali, tão frágil, tão machucada... Dava-me um enorme aperto no coração. Senti ódio de mim. Ódio por não ter impedido a ida dela, ódio por não ter sido mais cuidadoso.

Aproximei-me lentamente dela e a pus em meu colo. Seu rosto, braços e pernas estavam com alguns arranhões, e a perna esquerda estava com um enorme hematoma. 

— Violetta, amor. — falei entre soluços, minha voz estava fraca. — Violetta, está me ouvindo?

Ela se remexeu um pouco em meus braços, mas não abriu os olhos. Passei os dedos levemente por sua face. 

— Violetta, acorda. — Eu a sacudi um pouco. — Está me ouvindo? Eu te amo. Perdoe-me por todas as vezes em que me preocupei mais em te manter longe do Tomás do que com você mesma. Perdoe-me por todas as vezes que terminei com você sem ouvir o seu lado da história. Perdoe-me por todas as vezes que eu fui egoísta, egocêntrico e arrogante. — Eu estava em prantos. 

Sabia que ela estava viva, que ainda respirava. Mas estava tão machucada e inconsciente. Aquilo doía em mim, partia o meu coração em mil pedaços. 

Ela se remexeu mais um pouco, e pude perceber que tentava abrir os olhos. Acariciei o seu cabelo e a sacudi mais um pouco. 

Aos poucos, ela foi abrindo os olhos. 

— León? — A voz dela mal passava de um sussurro. 

— Sim, meu amor. Sou eu, eu estou aqui. — Coloquei um sorriso fraco no rosto, afagando a sua cabeça. 

— Eu estava no elevador e tudo ficou escuro... — Ela parecia confusa.

— O elevador despencou, amor. 

— Despencou? Como? — perguntou, com um semblante assustado. 

— Não sei, alguém deve ter cortado os cabos ou algo assim. 

— Ludmila. — sussurrou e abanei a cabeça, em forma positiva. — Por que ela me odeia tanto? O que eu fiz para ela? Ela tentou me matar. — Os olhos da minha amada ficaram marejados e aquilo me deu mais um aperto no coração. 

— Ela é uma pessoa horrível. — afirmei, estava preocupado demais para ficar com raiva de Ludmila e por isso não consegui arranjar uma explicação coerente o bastante.

— Minha perna tá doendo muito! — Violetta choramingou e me lembrei do enorme hematoma que vi nela. 

— Deve ter quebrado... — murmurei. — Vamos, tenho que te levar para um hospital. — Me levantei e a ergui. 

Ela tentou se colocar de pé, mas deu um grito de agonia ao por a perna esquerda no chão. Abracei-a com força. 

— Consegue andar? — perguntei. 

Que pergunta idiota, León! É óbvio que ela não consegue andar. 

— Acho que não. — falou, limpando as lágrimas que haviam escapado.

Assenti com a cabeça e a pus em meus braços, carregando-a até a escada. Violetta era tão magrinha que nem tive muita dificuldade, subi as escadas facilmente. 

Coloquei no chão para abrir a porta, porém, havia um imenso problema. 

— Mas que droga! — esbravejei. 

— O que foi? — Violetta perguntou, assustada. 

— A porta emperrou, estamos trancados. 

O resto dela empalideceu. 


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Notas finais do capítulo

Ficou consideravelmente pequeno. Estava bem maior, mas tive que separá-lo em partes, porque se não ia ficar grande demais e vocês iam ficar com preguiça de ler, rsrs. Deixem seus reviews e tudo aquilo que vocês já sabem, POR FAVOR! ♥