Te Esperaré escrita por Gabs


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Não consigo demorar muito para postar um novo capítulo. Principalmente essa semana, que meu namorado decidiu me abandonar (mentira, ele viajou) e então to com bastante tempo livre u-u HSUAUHSAUHSA. Enfim, espero que gostem.



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Acordar de bom humor nunca foi meu forte, porém, naquele dia o meu estresse foi aos extremos. Talvez pelo fato de que passei a noite em claro pensando nos possíveis problemas que estariam por vir, ou por saber que teria que suportar Ludmila e Tomás, os dois que mais poderiam trazer crises ao meu namoro.

O despertador em meu celular já tocava pela quarta vez e eu já estava a ponto de jogá-lo com toda força no chão. Decidi por fim desligá-lo, já que não existia possibilidade de ele parar sozinho.

Tomei um banho frio, mas nem isso conseguiu me despertar por completo. A qualquer momento eu poderia desmaiar de cansaço, mas me vesti e desci para o café da manhã mesmo assim. Eu poderia muito bem ficar em casa só por hoje, mas não queria passar o dia inteiro escutando meu pai falar besteiras que eu já estava cansada de ouvir.

— Bom dia! — cumprimentou-me Angie, no mesmo instante em que sentei à mesa.

— Bom dia. — A desanimação e cansaço eram evidentes em minha voz e rosto. Angie percebeu isso de imediato.

— O que houve? — perguntou.

— Não é nada, só não dormi direito. — Não era de todo uma mentira.

Antes que ela pudesse fazer qualquer objeção diante da minha explicação, meu pai e Ramalho chegaram, sentando cada um em suas respectivas cadeiras. O silêncio penetrou naquela sala, e ninguém ousou quebrá-lo.

O clima ainda estava tenso e eu não estava nem um pouco afim de concertar isso. Papai já havia me deixado irritada antes, agora ainda mais quando eu soube que ele chamara León e o havia culpado do meu comportamento "rebelde".

Ele ficou murmurando algumas coisas melosas para Angie, e ela sorria sem graça. Mesmo que estivesse com raiva dele, ficava feliz por as coisas entre eles terem dado certo e agora eles estivessem tão bem e felizes.

Sempre soube que eles haviam sido feitos um para o outro, por isso nunca deixei de apoiar e "dar corda" a esse romance.

Meu celular, que estava em cima da mesa, deu o sinal de que uma nova mensagem havia chegado. Olhei no visor, e vi que era de León. Uma expressão radiante se formou em meu rosto. Abri-a rapidamente.

"Já está pronta? Estou te esperando em frente à sua casa. León”.

Tinha me esquecido completamente de que iria para o estúdio com ele hoje. Engoli a comida rapidamente, quase ficando engasgada e saí de casa quase correndo, sem dar nenhuma explicação ou aviso. 

— Bom dia, amor. — falou, dando um beijo no meu rosto. — Como se sente?

— Cansada. Não preguei o olho a noite toda.

— Por quê?

— Pensando nas armações que a Ludmila possivelmente fará.

— Ela não vai nos separar. — disse-me, afagando carinhosamente meu rosto.

Assenti com a cabeça e fomos para o estúdio. Não tinha muita gente quando chegamos. Olhei em meu relógio e vi que estava muito cedo. Fomos para sala de música.

León sentou-se em uma cadeira qualquer, e me puxou para que me sentasse em seu colo. Entrelacei minhas mãos em sua nuca e pousei minha cabeça em seu peito, como havia feito ontem no Restó Band.

— Ainda está preocupada, não está? — perguntou, percebendo a minha aflição.

— Não. — menti.

— Esqueceu que eu te conheço? — Ele tentava incansavelmente olhar nos meus olhos, mas escondi meu rosto em seu peito, não queria que me visse assim. — Meu anjo, ela não vai nos separar, vai dar tudo certo.

— E se ela conseguir, León? Ela é Ludmila Ferro, ela pode conseguir o que quiser. — disse-lhe, já com os olhos marejados. — Ela quer que você volte com ela, e eu tenho medo de que ela consiga isso. Eu não quero te perder, não posso te perder. — Um choro já se formava em minha garganta. Talvez eu estivesse sendo tola, mas não podia evitar o medo.

— Meu amor, ela não vai conseguir isso. Quantas vezes eu vou ter que te dizer? Só você tem o meu coração, não vou voltar com ela.

Ele ficou afagando as minhas costas carinhosamente, e o tempo foi passando. Só me dei conta de que a hora das aulas estava chegando quando percebi um movimento e burburinho vindo do lado de fora da sala.

Disse-lhe que era melhor irmos para a sala de dança, antes que Gregório ficasse nervoso e expulsasse todo mundo. Ele assentiu e fomos nos trocar. Ao chegarmos à sala, recuei de imediato. Uma figura mediana e esguia ao lado de uma individua loira estavam conversavam no meio da sala.

León também ficou nervoso. Sabia que ele tinha um ódio mórbido de Tomás, e não queria que ele sequer se aproximasse de mim. Eu já estava começando a cogitar a possibilidade de matar aula, mas tinha que deixar de ser covarde e encará-los sem ter medo.

Segurei com força a mão de meu namorado, e com ele, adentrei a sala. Gregório entrou logo em seguida, fazendo uma expressão enojada ao ver quem estava presente na sala.

— O que você está fazendo aqui? — Ele fez questão de falar a parte do "você" com o maior desprezo possível.

— Eu vim passar uns dias aqui na Argentina.

— Bem, você não é mais um aluno válido desse estúdio, não tem motivo nem permissão para estar aqui.

— Ele tem sim! — Ludmila logo se intrometeu. — Ele está comigo e vai ficar aqui.

— Esse rapaz é uma ameaça para o Studio 21. Só traz problemas.

— Eu que o diga. — León e eu sussurramos em uníssono.

Depois de muita insistência vinda da parte de Ludmila, Gregório cedeu e permitiu que Tomás ficasse. Porém, este mesmo não fez parte da aula, apenas observou — me encarando o tempo inteiro, diga-se de passagem.

Já estava me sentindo completamente desconfortável diante daquela situação. Não só por sentir o olhar dele pousado em mim a cada instante, mas também porque León olhava com uma fúria evidente para ele.

Sabia que aquilo daria uma confusão enorme. Gregório nos deu um tempo para descansar e Maxi, Cami e Fran puseram-se ao meu lado.

— O que tá acontecendo? — perguntou Cami.

— Tomás passou a aula inteira te encarando. — Fran disse.

— Pessoal, deixem a Violetta um pouco sozinha comigo, ok? Parece que ela vai vomitar. — Maxi era um presente de Deus. As meninas assentiram e foram conversar animadamente no canto da sala. — Tá, agora pode me falar o que a está acontecendo.

— Não é nada, Maxi. — disse-lhe.

— Violetta, eu sou teu melhor amigo, sei que as coisas não estão nada bem. — Ele parecia bastante preocupado comigo. É, ele me conhecia bem demais. Dei-me conta de que ele não desistiria até que eu lhe contasse o motivo, então tratei de falar.

— O Tomás voltou e está meio que "aliado" à Ludmila. Não entende, Maxi? Ludmila fará de tudo para acabar com o meu namoro, e eu estou com medo. Eu amo o León, não posso perdê-lo, não posso. — Choraminguei e o abracei, já desesperada. Não sabia por quanto tempo aquilo duraria.

— Calma, Vilu. Vai dar tudo certo...

— Tenho minhas dúvidas, Maxi. — Minha voz saiu um pouco abafada.

— Maxi, pode nos deixar a sós um pouquinho? — Pediu uma voz conhecida. Tomás. Olhei para Maxi totalmente desesperada, e ele pareceu um pouco indeciso. Lancei-lhe um olhar determinado, ele não podia estar pensando em ceder àquele pedido.

— Vocês precisam conversar. — falou baixinho, de uma forma que só eu pudesse escutar.

— Maximiliano! Não faça isso, por favor.

— Desculpe, já estou fazendo. — sussurrou. — Claro, já estou saindo. — Disse a Tomás, voltando ao tom de voz normal.

Xinguei-o de todas as formas em pensamento. Como ele ousou? Ele sabia que aquilo traria muitos problemas.

— O que você quer? — perguntei friamente.

— Precisamos conversar.

— Já conversamos ontem a noite.

— Ah claro, quando você desligou na minha cara! — Jogou as mãos para o alto, frustrado.

— Já estou cansada dessa conversa! Será que não entende que não sinto mais nada por você? Não entende que quero ficar com León e mais ninguém? Eu mudei e percebi coisas que nunca havia percebido antes. Eu amo León, sempre o amei. Se o que eu senti por você fosse verdadeiro, não teria acabado.

— Isso não é verdade.

— Argh! — Agora era eu que estava lançando as mãos para o alto. — Tomás, por que você não fica com a Ludmila? Ela sim gosta de você.

— Porque eu gosto de você, e não dela.

— É, mas eu não sinto nada por você. Aceite, por favor.

Saí da sala já completamente dominada pela fúria. Não me importei com os olhares, apenas saí. Por que ele não conseguia entender?

POV Violetta OFF.

Ao longe, uma loira observava tudo com um sorriso maléfico nos lábios. Um plano já se formava em sua mente, e se tudo corresse como o planejado seria um sucesso.

Sua única amiga, Natália, observava a reação da loira com um olhar assustado e temeroso. Conhecendo a amiga, sabia que algo ruim e devastador estaria por vir. Sabia que no fim da história, alguém acabaria infeliz e destruído por dentro.






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Notas finais do capítulo

Ludmila do mal u-u Muitas emoções e confusões estão por vir.
Eu sei que é meio chato pedir isso, mas: Não esqueçam de deixar reviews, favoritar ou até recomendar (se quiserem), POR FAVOR! É fico muito feliz quando vocês fazem isso, e também é muito importante para mim.