Fogo Contra Fogo escrita por Moon and Stars


Capítulo 23
Píer 17


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores lindos. Mais um pov pra vocês. Eu sei que eu demoro, mas é por uma boa causa. Vou falar sobre esta causa nas notas finais. Um beijo aos meus leitores que não me abandonam nunca, amo muito vocês. Um beijo aos fantasminhas também que eu sei que rondam por aqui, gosto de vocês também. E um beijo para os novos leitores. Se você começou a ler agora, não seja tímido. Fale comigo! Adoro conversar (: Sem mais enrolação. Solta o pov, DJ!!



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*Ponto de vista do Adam

Eu estava escondido atrás de um dos containers do Píer 17 na South Street Seaport. Aproveitei a sombra para me esconder e como era noite, isso facilitava ainda mais. Eu estava armado até os dentes e não via a hora de gastar cada bala de cada cartucho que comprei. Meu esforço para conter meu ódio era astronômico, só de pensar que Lori estava atrás dos portões daquele maldito galpão fazia meus nervos ferverem. Apesar da minha impaciência furiosa, aguentei firme e esperei. O plano era ser discreto, invadir o galpão, garantir que Lori estivesse em segurança e só então me vingar daquele desgraçado do Cortez.

Chequei o relógio mais uma vez. Estava na hora. Peguei meu silenciador na parte interna da jaqueta e encaixei na minha nova pistola Sig-Sauer. Mantive a arma carregada em mãos e, seguindo pela sombra, aproximei-me do galpão pela extensa lateral. Eu já havia estudado o local e vi que só havia um homem fazendo a guarda do lugar. Eu não pouparia a vida dele, pois o reconheci como sendo o homem que espancou minha garota naquele vídeo. Definitivamente ele seria o primeiro e Mark Cortez seria o último.

Avancei pela lateral com passos suaves, usando a sombra projetada pela parede do galpão como esconderijo. Eu podia ouvir os passos do capanga de Cortez e também sua voz. Ele parecia estar envolvido em uma conversa, mas como não ouvi uma segunda voz, deduzi que ele estivesse ao telefone. Aquele seria o momento perfeito. Caminhei os últimos passos para fora das sombras e o coloquei em minha mira. Ele estava de costas para mim e por isso não atirei. Eu queria olhar nos olhos dele quando a bala atravessasse sua cabeça, bem no meio da testa. O reflexo dele alertou minha presença e ele se virou rapidamente com uma mão pronta para sacar sua arma enquanto a outra segurava o telefone ao ouvido. Ele foi rápido ao sacar a arma, mas não tão rápido quanto meu dedo no gatilho. Assim que ele se virou, atirei. Foi um tiro certeiro e silencioso. Vi o sangue escorrer lentamente pelo pequeno buraco que agora enfeitava sua testa alva. Seu corpo caiu com todo seu peso no chão.

Cheguei mais perto do homem morto e o encarei por alguns segundos e reparei na tela acesa do celular, ainda ligado numa chamada não encerrada, no chão próximo aos meus pés. Não me interessei em checar quem era, apenas dei um único e forte pisão no aparelho até que este se quebrasse, encerrando de vez a chamada. Voltei-me para o galpão atrás de mim, onde minha garota estava. Não hesitei nem por um instante sequer antes de erguer o portão de latão e entrar.

O lugar estava totalmente escuro e quase não dava para enxergar nada. A única luz entrava por pequenos feixes de uma minúscula janela retangular a quase três metros de altura. Olhei em volta e o lugar parecia vazio. Por um momento pensei que eu havia entrado no galpão errado, mas não fazia sentido ter alguém de guarda em um galpão vazio. Era um grande espaço e talvez ela estivesse em algum lugar depois das pilhas de caixas e containers logo à frente. Isso se ela não estiver presa dentro de um container. O pensamento me enfurecia, mas mantive o foco e continuei a procurá-la.

Encontrei um alicate velho jogado em um canto ali perto junto com um par de cordas rompidas e esgaçadas. Usei o alicate para quebrar as correntes que trancavam o primeiro container, mas só havia nele caixas e mais caixas com toda a sorte de frutas e alguns ratos. Enojado, fechei o container e parti para o próximo. Repeti o processo com o segundo container, mas este estava completamente vazio e fedia terrivelmente a peixe. Eu estava prestes a quebrar as correntes do terceiro container quando o galpão inteiro se iluminou. Saquei minha arma imediatamente e tentei ignorar a dor causada aos meus olhos por causa da luz.

“Ela não está aí, Hastings.” Disse a voz do homem que Adam esperava encontrar em breve.

Mark Cortez sorria, acompanhado por mais cinco homens, todos com suas armas apontadas para mim. Lori não estava ali entre eles e eu não sabia muito bem se isso era um bom sinal.

“Onde ela está, Cortez?” rosnei para ele. Eu ainda tinha minha arma apontada para sua cabeça meio grisalha, mesmo sabendo que eu estava em desvantagem.

“Sua namorada é mais esperta do que eu achava.” Ele disse sem tirar do rosto aquele sorriso venenoso. “Você escolheu bem.”

Onde. Ela. Está?” perguntei novamente, sem paciência para seus rodeios.

“Eu não sei.” Respondeu ele com um dar de ombros. “Deve ter pensado que você não viria e resolveu agir sozinha.”

Senti um aperto no meu peito de repente. Por um lado eu não acreditava em uma só palavra que ele dissera. Por outro lado, eu acreditava e não sabia se devia me sentir aliviado por Lori ter conseguido fugir ou magoado por ela ter achado que eu não viria buscá-la. Minha tristeza se transformava facilmente em ira e eu sem perceber estava caminhando perigosamente na direção de Cortez sem me importar com todas aquelas armas apontadas para a minha cabeça.

“Nem mais um passo, Hastings.” Mark me ameaçou tanto com o tom de sua voz quanto com o olhar.

Uma das pistolas disparou e eu senti a bala passar bem perto da lateral da minha perna, fazendo-me parar. Não desviei os olhos de Cortez nem por um segundo, nem mesmo para ver quem havia atirado. Mark não mais sorria e me observava com uma fria cautela.

“Eu dito as regras agora, Adam.” Disse ele. “Você se acha o fodão desde o incidente em Detroit, mas não passa de um garoto. Eu tenho mais que o dobro da sua idade, você não tem nem metade da minha experiência.” Cada palavra que ele dizia vinha carregada de desprezo. “Você não merece a fama que tem, Hastings.”

A risada de Cortez ecoou pelo galpão e só fez a minha fúria se inflamar ainda mais.

“Agora você vai largar a arma.” Ordenou ele.

Hesitei. Eu sabia que eu estava em desvantagem. Uma daquelas balas faria um buraco no meu crânio antes que eu fizesse o mesmo com a cabeça de Cortez. Eu teria tempo para pensar em algo depois, mas por ora eu tinha que me manter vivo. No fundo eu ainda tinha esperança de encontrar Lori. Abaixei a arma e a joguei no chão. A peça rodopiou e parou ao lado dos pés de Cortez. Ele sorriu, satisfeito por ter conseguido o que queria.

“O que mais você quer, Cortez?” perguntei, pensando no quanto eu gostaria de ter acabado com a raça daquele filho da puta quando tive a chance.

“Quero muitas coisas.” Respondeu ele em tom de conversa. “Sim, tenho planos para você, se é o que quer saber. Andei pesquisando sobre você há algum tempo e preciso dizer que você tem um passado bem interessante.”

Engoli em seco. Desgraçado.

“Mas não vamos falar de negócios agora!” exclamou ele com um sorriso ainda mais largo no rosto. Aproximou-se de mim e esfregou as mãos uma na outra de um jeito ansioso. “No momento, eu quero um pouco de diversão.”

Não compreendi o que ele quis dizer a princípio, mas depois de seu gesto seguinte não restaram dúvidas. Mark me surpreendeu com um soco no maxilar que me causou um corte na boca. Assim que senti o gosto do meu sangue fechei os punhos para revidar, por puro impulso, mas dois de seus homens me imobilizaram segurando meus braços. Foram necessários três homens para que eu parasse de lutar. Eu estava de joelhos e com a cabeça forçadamente erguida de forma que eu bufava enquanto tinha que observar Cortez sorrir para mim, obviamente orgulhoso de si mesmo. Novamente ele parou diante de mim, repuxou as mangas da camisa tranquilamente até os cotovelos e desvencilhou um murro surpreendentemente forte na boca do meu estômago.


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Notas finais do capítulo

Tadinho dele, né gente? O que vocês acham que vai rolar? Deixem suas opiniões, xingamentos (sei que tem muita gente querendo me xingar), sugestões. Pode falar à vontade! Bom, gente. Estou com uma nova fic chamada Avengers Time! É um crossover entre Hora de Aventura e Os Vingadores, então se você é um aventureiro ou um vingador, está mais do que convidado a conferir. Estou escrevendo com muito carinho e tenho ótimos planos pra essa fic, ok? Um beijo para todos vocês, leitores lindos, e até o próximo capítulo! ;*



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